quinta-feira, 26 de junho de 2008

Mais um bom cartaz asiático

Já escrevi anteriormente sobre cartazes asiáticos. Parece que o Oriente se especializou em fazer coisas bem mais interessantes do que os cartazes hollywoodianos com todos os atores atochados em poses clichês. É o caso deste cartaz japonês do filme Blindness, adaptação do livro de José Saramago, Ensaio sobre a Cegueira, que está sendo dirigida pelo brasileiro Fernando Meirelles e tem grande elenco, como Julianne Moore, Mark Ruffalo, Gael Garcia Bernal, Sandra Oh, Danny Glover e a nova brasileira queridinha, Alice Braga.

O filme narra uma inexplicável epidemia de cegueira e se passa dentro de uma estrutura de confinamento para os que perderam a visão. O cartaz mostra um olho pixelizado se desfazendo. Ótimo.

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ANOTHER GOOD ASIAN POSTER
I'd already written here about asian posters. It seems that they know how to do better than Hollywood and its lots-of-actors-posing posters. Look at this japanese poster for Blindness, film adapted from José Saramago's book, directed by Fernando Meirelles and had a starred cast: Julianne Moore, Mark Ruffalo, Gael Garcia Bernal, Sandra Oh, Danny Glover and Alice Braga. The film tells us about an unexplained blindness epidemy and the institution that people who lost their sight stay confined. The poster shows a pixelized eye beind undone. Very good.

terça-feira, 24 de junho de 2008

I'm a designer

A música não é lá essas coisas (ouça), mas alguns momentos da letra são reflexivos:

I'M A DESIGNER
Queens of the Stone Age


My generation’s for sale / Beats a steady job / How much have you got? / My generation don’t trust no one / It's hard to blame / Not even ourselves /The thing that’s real for us is: Fortune and Fame / All the rest seems like work / It's just like diamonds / In shit

I’m high class I’m a whore / Actually both / Basically I'm a Pro / We’ve all got our own style
(of Baggage) / Why hump it yourself /You’ve made me an offer that I can refuse (course either way I get screwed) / Counter proposal: I go home & jerk off

It’s truly a lie / I counterfeit myself / It’s truly a lie / I counterfeit myself /You don’t own, you don’t own, you don’t own / You don’t own what none can buy / You don’t own (Neither do I)

High and mighty you say selling out is a shame / Is that the name of your book? / Push a silver spoon in your ass / No more holding us down /Dog. down mutt. Nice mutt /You’re insulted / You can’t be bought or sold / Translation: offer too low / You don’t know what you’re worth / It isn’t much / My piano is for sale /How many times must I sell myself before my pieces are gone? / I’m one of a kind! / I’m designer /Never again will I repeat myself / Enough is never enough / Never again will I repeat myself

It used to be the plan was: screwing the man / Now it's have sex with a man (after he buys you .com for sale at a low, low price)

It’s truly a lie / I counterfeit myself / It’s truly a lie / I counterfeit myself /You don’t own, you don’t own, you don’t own / You don’t own what none can buy / You don’t own (Neither do I)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

A teoria alquímica da Halls

Como sou incomodado com a existência de guarda-chuvas, sempre pensei muito sobre eles... vou então descrever uma Teoria Alquímica que prova que o objeto – que não é descartável – passa por um processo de transformação em pacotes de balas Halls. Não acredita? Siga o pensamento:

- No centro da cidade do Rio de Janeiro, é possível encontrar vários ambulantes vendendo "3 halls é 1 real", certo?

- Quando surge uma pequenina nuvem no céu, começam a surgir os ambulantes do "sombrinha é 5", certo?

- Daonde surgem as "sombrinhas"? Na minha Teoria Alquímica, os ambulantes são capazes de realizar tal processo de transformação dos guarda-chuvas em pacotes de bala Halls.

Querem a prova?

- Digamos que você esta na balada e exagera na bebida, ficando com aquele bafo de cachaça. Para tirar o bafo, você come uma bala Halls, certo? E, no dia seguinte, a ressaca te deixa com gosto de quê na boca?

Podem responder sem medo...

GUARDA-CHUVA!!!!

Taí a prova.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Pecados capitais transparentes

O designer inglês Kacper Hamilton decidiu pensar nos pecados capitais de maneira... transparente! Criou taças de vinho tinto baseados nos pecados, que são revelados pelo ritual de beber em si. Interessante. Teatral. E está à venda!Mas ele não é doido não. O projeto da cadeira Solare e da mesa PSR são realmente interessantes. Vejam o site dele.

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DEADLY TRANSPARENT SINS
The English designer Kacper Hamilton decided to think about the deadly sins in a... transparent way! He made red wine glasses based on the sins, which are revealed through the ritual of drinking. Interesting. Theatrical. And you can buy them! But he is not a crazy man. The Solare Chair and PSR table are realy good. Visit his website.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Guarda a chuva?

Há algum tempo tento uma campanha para mudar uma das palavras compostas de nosso vasto vocabulário.

Acredito que a palavra GUARDA-CHUVA deva ser trocada por GUARDA-MARQUISE, uma vez que as pessoas que usam tal objeto estão sempre debaixo das marquises, enquanto aqueles que saem sem o devido artefato acabam tomando um banho de chuva. Sem contar, é claro, os
acidentes oculares que colocaram o GUARDA-MARQUISE como sendo um objeto de periculosidade média... quiçá, uma arma branca, obrigando seus usuários a terem porte de arma.

Contribuam com comentários ou um abaixo-assinado.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Inovação em exposição

Já trabalhei com exposições, então, me interesso pelo assunto. No blog Vida Ordinária, fiquei conhecendo o projeto head-in | im kopf, instalado no Museu de Arte, Fotografia e Arquitetura Contemporânea de Berlim.

O conceito é explorar a propriedade dos materiais, suas formas, cores e luzes que se resume a uma enorme instalação laranja de tecido flexível que é esticada pelas paredes, teto e chão da galeria. A “coisa laranja” consegue ser vista de quase todos os lugares da exposição, ainda que ela funcione como um canal para que o público foque em detalhes menores.

Os visitantes vêem desenhos, fotografias, maquetes penduradas por fios dentro do tecido laranja através de aberturas nele. Todos os projetos são da Magma Architecture, também responsável pela exposição e reconhecido por sua criatividade e experimentalismo em arquitetura.

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INNOVATION IN EXHIBITION
I worked with exhibitions before, so I'm interested about it. This is the head in | im kopf project, installed in Museum of Contemporary Art, Photography and Architecture in Berlin. Its concept is based on exploring the properties of materials, form, color and light that resumes an alarmingly orange flexible fabric stretched between the walls, ceiling and floor. The fabric is the most visible part of the exhibit, yet it is also the tool with which the viewers can focus on smaller details. Visitors bend down under the fabric into which openings were cut to view drawings, models and photographs suspended from wires. All items are from Magma Architecture, also responsible for this project and known for its inventive, experimental and experiential approaches to architectural work.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Guarda o sol!

O blog da revista Galileu apresentou uma coisa interessante para nosso país tropical: um guarda-sol! Mas não é qualquer guarda-sol... é um GUARDA-sol mesmo! Além de proteger do sol, esse novo guarda-sol fornece energia captada por placas solares incoporadas ao seu tecido. Em sua base há uma tomada de 12V e duas entradas USB. Em tempos de sustentabilidade, aquecimento global e questionamentos ambientais, esse projeto é bem legal.

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KEEP THE SUN!
The Galileu Magazine's blog show an interest thing for our tropical country: a parasol that really keeps the sun! It protect from sun rays and convert them to energy because it has solar dispositives in its fabric. It has USB ports and it is a 12V battery. In times of global warming, sustainability and ecological issues, this is a great project.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Quirkyalone e a tribo urbana

Sempre tive vontade de dar mais divulgação a esse texto de Helga D'Ottaviano. Agora é a oportunidade. Mesmo longo, vale a pena ler e entender ainda mais o mundo em que vivemos.

A editora da revista To-Do List Magazine, Sasha Cagen, cunhou o termo quirkyalone (QA = quirky: especial, diferente, único// alone: sozinho, só) para todo um grupo de pessoas, no qual ela também se inclui. Os QA adoram celebrar a condição de solteiros, preferem estar sozinhos do que num mau relacionamento ou numa busca frenética pela tão proclamada alma gêmea. Após constatar que era uma solteira irremediável, e muito feliz com sua vida, independência, trabalho e grupo de amigos, escreveu um artigo sobre o tema. Logo recebeu grande volume de correspondências de pessoas que se identificavam com ela, e assim transformou-o num livro de sucesso, chamado “Quirkyalone: a manifest for uncompromising romantics".

Sasha explica que os QA não são contra relacionamentos, desde que aconteçam de forma natural, sem procura sistematizada ou até desesperada, e são valorizados por terem respeito mútuo, comprometimento e confiança. Ou seja, esse grupo de pessoas, no fundo, é romântico e acredita num amor verdadeiro que os ligue profundamente sem nenhum tipo de anulação de suas personalidades, preservando assim a criatividade de cada individuo. Por isso, não gostam de casos fugazes e "ficadas" de final de semana, preferem a masturbação, chocolate e um bom filme do que uma saída com um pretendente desinteressante. (...) Gay ou hétero, a cobrança pelo par perfeito existe e, num mundo onde a palavra casamento define a ordem social, nós somos todos rebeldes.

A escritora também lembra que ser um QA é um estado de espírito, e mesmo depois de casadas, dificilmente essas pessoas abandonarão seus hábitos e rituais adquiridos ao longo dos anos passados sozinhos. Os amigos funcionam como uma espécie de família, apoiando e dando força uns aos outros. A amizade é o sustentáculo do grupo que luta diariamente contra os estereótipos da nossa sociedade, sempre tão crítica, a respeito dos solteiros. Na TV, apesar dos vários programas para se arranjar namorado, os solteiros se vêem cada dia mais representados por ótimos programas como Will & Grace, Sex and The City, Ally McBeal, Friends e Seinfeld. Nessas séries, os núcleos são compostos por bons amigos que adoram sair juntos e se divertir, mostrando de forma positiva suas vidas.

Outro livro que demonstra as vantagens de se criar uma "tribo" de solteiros é o "Urban Tribes: a generation redefines friendship, family and commitment" de Ethan Watters. Ethan também escreveu baseando-se em suas próprias experiências. Em seu livro é demonstrado que nas grandes cidades, as pessoas com mais de vinte e cinco anos postergam o casamento ao máximo, ou às vezes ele nem acontece. A família tradicional foi trocada por um sólido grupo de bons amigos que podem ou não trabalhar juntos, em que todos tem hábitos em comum como, por exemplo, futebol às quintas ou massagem às terças. Além, de óbvio, viverem plenamente felizes com suas escolhas de vida.

Outra razão para não se casar cedo é a grande taxa de divórcios nas gerações anteriores, ou seja, divórcios entre os pais e avós desses solteiros. Ethan cita que a porcentagem de divórcios entre pessoas que se casam após os vinte cinco anos é menor do que daqueles que se unem muito jovens.

Do tamanho das embalagens individuais de comida aos novos serviços oferecidos na linha personal, passando por cafés e lounges que valorizam o conforto aliado à sofisticação, vemos surgir à força desse novo grupo de consumidores que, pouco a pouco, muda o cenário urbano.

A mensagem que fica é bem simples: Aprecie a vida, os amigos e os bons relacionamentos. Seja feliz!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Identidade líquida

Divulgo aqui o livro "Identidade" do sociólogo polonês Zygmunt Bauman (Jorge Zahar Ed., 2005), baseado em entrevistas feitas por Benedetto Vecchi.

Bauman é questionado sobre a formação da identidade e como ela se dá nos dias atuais. Ele desenvolveu ao longo de seus trabalhos o conceito de "líquido" para a humanidade atual, ou seja, as coisas estão num estado fluido de constante mudança e movimento.

Lembro-me daquele provérbio que dizia que um rio nunca é o mesmo. O mesmo vale para nós. A cada momento somos pessoas diferentes que desejam coisas diferentes em um mundo que oferece oportunidades de diferenças.

Em vários momentos, Bauman parece pessimista, mas, na verdade, ele está constatando a realidade em que vivemos hoje. Uma realidade onde não sabemos quem somos porque temos muitas "possibilidades de ser".

Acho válido todo mundo ler para entender o Hoje. É muito bom para que nós vejamos como se dão as relações do homem consigo mesmo, do homem com o outro e do homem com o mundo.

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LIQUID IDENTITY
Everybody should read the book "Identity", by Zygmunt Bauman. It's a good book to understand how we relate with ourselves, with the others and with the world nowadays. Our identites are changing as the reality.