segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Repensar a prática

Uma das coisas que tenho visto no meu curso de licenciatura é que os profissionais de educação carecem de um olhar auto dirigido, ou seja - simplesmente - repensar a própria prática de ensino. O discurso "os alunos estão muito diferentes hoje em dia" não seriam uma prova de que o ensino está engessado? Afinal... é ÓBVIO que os alunos estão diferentes. Então, não seria preciso avaliar metodologias, procedimentos e até mesmo conteúdos? Muito deve ser pensado.

Por isso, trouxe dois pequenos vídeos que falam sobre isso: Rethink Scholarship e Things to learn. Foram feitos para a área de criação, para designers, mas acho que vai além.

Rethink Scholarship, do Langara College (Vancouver, Canadá), é um vídeo que funciona como chamada para as inscrições de bolsas para a escola de comunicação e artes. Além de MUITO criativo, as mensagens são bem relevantes:

Rethink Scholarship at Langara 2010 Call for Entries from Rory O'Sullivan and Simon Bruyn on Vimeo. (Vi no Off Colors)


Things to learn é do designer Christian Borstlap para a Children's Stamp, uma entidade holandesa que promove projetos de educação infantil e vive de caridade ou da venda de selos.

things to learn from Matt Edgar on Vimeo. (Vi no Amenidades do Design)

Um comentário:

Graça disse...

Você tocou numa questão nevrálgica da prática educativa: parar de se lamuriar querendo a volta dos alunos do passado ou repensar a prática educativa e, ainda, ter um olhar crítico sobre os conteúdos.
Isso virou um grande jogo de empurra com cada segmento culpando o outro (da Educação Infantil a Universidade).
Infelizmente, muitos professores não sabem rever sua prática educativa porque não dominam os conteúdos suficientemente para adequá-los às exigências desse 2o milênio, até porque não tem tempo para aprofundamento pois, entre outros, vivem pulando de Colégio em Colégio para pelo menos se aproximar do fechamento da conta no fim do mês.
Então a culpa é do professor?
Não de forma alguma: professores e alunos despreparados e desmotivados são o resultado da falta de interesse político em efetivamente fazer uma revolução no ensino brasileiro desde sua base até o mundo acadêmico (que, antes que eu me esqueça, tem que parar com o narcisismo de se achar o único produtor de saber).
E me poupem: dizer que o Novo Enem vem corrigir as distorções e apontar um novo caminho é mais uma das falácias que ouvi em tantos anos de magistério.
Acho melhor parar por aqui caso contrário isso deixará de ser um simples comentário para virar um discurso pois o tema é longo e polêmico.