quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A presidência em cheque

Marina Silva (PV), Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Plínio Arruda (PSOL) são aqueles que disputam a presidência de nosso país, aqueles que querem nos governar. Ou não...

Dilma se apoiou no governo do Lula e só. Sempre respondeu falando do que foi feito por ele - como deve estar na cartilha - e que vai continuar a fazer o mesmo. Nada novo, nenhum olhar diferenciado... apenas uma monótona continuação (inclusive em não saber falar direito). E o governo dela, afinal? Assim fico cada vez mais certo de que ela é um mero fantoche de um governo questionável. E o pior foi o ato falho das doações de campanha não-declaradas...

Plínio fez questão de se mostrar contrário ao governo Lula e, portanto, a Dilma. E de forma bem contundente. Aliás, foi quem atacou todas as propostas de todos os candidatos e não me pareceu tão preparado assim. Perguntar de partido e pedir voto foi demais, não? E que tal afirmar que muita gente não o entende? Apesar da platéia a favor, foi muito mal... só queria saber de dinheiro, dinheiro, dinheiro e de não pagar a dívida externa! Eu hein... vislumbrei um passado recente e negro! Ainda bem que ele largou a canetinha irritante logo no início... Fraco!

Serra tem história política e me pareceu bem preparado. Se houvesse um vencedor no debate... acho que seria ele. Muito paulista para o meu gosto, ele infelizmente me lembra também um passado recente e tenebroso, com políticos que prometem muito e priorizam uma sociedade capitalista da classe dominante. Será que ele é o famoso lobo em pele de cordeiro?

Uma rouca Marina tentou ser ouvida, mostrando que sua visão estratégica é ampla. Tão ampla que quase sempre estourava o tempo. Mas será que ela se perderá no meio de tantas questões menores e pontuais - mas não menos importantes - que esse enorme país tem? Achei muito bom que ela foi a única capaz de dizer que programas de outros governos são bons e que ela irá mantê-los e melhorá-los, enquanto os outros criticavam ou mostravam que criar coisas melhores.

No geral, foi um debate fraco para mim. Senti falta, tanto neste quanto no dos governadores, as explicações sobre a Educação. Parece que o papelzinho não estava para sorteio ou, então, foi colado no fundo da caixa. E mesmo sem o papel, ninguém aproveitou esse tema quando tinham a liberdade de perguntar. Triste.

3 comentários:

Graça disse...

Pobre Educação!!!! Apesar de todos os países que deram grandes viradas nas suas trajetórias terem partido de investimentos maciços nesse setor, aqui o que impera é o descaso e a falência do ensino público, sobretudo nas esferas estaduais e municipais. As raras exceções ficam por conta de Escolas como o Pedro II (federal) e aquelas ligados às Universidades (os CAPs).
Num mundo globalizado e em constante mutação isso é tão anti econômico, tão anacrônico que "seria cômico se não fosse trágico".

fichagas disse...

educação não vence eleição... é a poderosa indústria da ignorância que faz o povo votar no tiririca...

Graça disse...

Tenho dúvidas quanto a essa sua colocação. Há demonstrativos de que o Tiririca recebeu votos inclusive dos setores mais educados da população paulista (o que, certamente, não quer dizer politizado).
Considero a vitória do Tiririca o resultado do desencanto com a política brasileira, com a corrupção impune, com os escândalos que sistematicamente acabam em pizza e que se agravaram muito nesse governo (embora os lulistas digam que tudo é mentira da imprensa. Ah a imprensa: sempre a imprensa).
A imagem que vi do Tiririca ontem na TV chegou a me dar pena: é um homem inteiramente assustado que se viu diante de uma situação criada por uma agência de publicidade e ratificada pelo voto popular e que não tem a menor idéia do que fazer. O problema é que certamente aparecerão os "amigos" para explicar como funciona tudo "direitinho"