sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Canonizem esses homens!

Chocólatra assumido (e pervertido), investiguei as origens do chocolate acreditando que deveria santificar o homem que inventou a guloseima. Em minhas pesquisas, descobri a (óbvia) ligação deste alimento com o divino e postei lá no Mito+Graphos. Agora minha curiosidade busca canonizar outra pessoa, aquela responsável por salvar a vida de inúmeros cariocas no calor senegalês que desponta em todo verão... o homem que inventou o ar condicionado!

Desde a Antiga Roma já se buscava amenizar o calor. Mas eu não quero saber de ventiladores, leques, abanos, eunucos, aquedutos, cisternas ou processos químicos... o que me interessa é o ar condicionado! Então, fico sabendo que em 1824, o médico americano John Gorrie (1802-1855) usou tecnologia de compressão para criar gelo, o qual usava para arrefecer o ar para os pacientes do seu hospital na Flórida. Apesar de ter visionado futuros sistemas de ar condicionado central e até mesmo patentear a tecnologia, seus protótipos tinham vazamentos e funcionamento irregular. Mesmo assim, é considerado o pai da refrigeração.

Depois disso, o engenheiro norte-americano Willis Carrier (1876-1950) precisou resolver um probleminha de uma gráfica que era sua cliente. No verão, o papel absorvia a umidade do ar e se dilatava, prejudicando demais a impressão. Carrier teorizou, então, que poderia retirar a umidade da gráfica pelo resfriamento do ar. Usou seu conhecimento em aquecimento de objetos com vapor e reverteu o processo. Ao invés de enviar ar por serpentinas quentes, enviou-o através de serpentinas cheias de água fria. O ar era, assim, arrefecido e podia-se controlar a quantidade de umidade nele contida. Por sua vez, a umidade na sala poderia ser também controlada. Seguindo estes princípios, projetou e construiu o primeiro aparelho de ar condicionado, que iria iniciar sua operação a 17 de julho de 1902. Sua invenção controlava não só a umidade, mas também a temperatura do ar. Os baixos níveis de calor e umidade destinavam-se a manter constantes as dimensões do papel e do alinhamento da tinta. Tornou-se, assim, o pai do aparelho moderno de ar condicionado!

Mais tarde, a tecnologia de Carrier foi aplicada para aumentar a produtividade nos postos de trabalho e a crescente procura daquela tenologia levou à criação da empresa Carrier Air Conditioning Company of America, ainda hoje existente como o maior fabricante de equipamentos de refrigeração e condicionamento de ar do mundo. Com o passar do tempo, o ar condicionado veio a ser usado também para o conforto interior em residências e em automóveis. Na década de 1950, a utilização de ares condicionados domésticos expandiu-se de forma dramática.

Portanto... Santo Willis Carrier, abençoai o nosso Rio!

PS.: Salve a Wikipedia!

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