quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

E se os super-heróis fossem africanos?

O publicitário brasileiro André Cox respondeu à essa pergunta do título com uma série de posters publicados no dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em diversas regiões do Brasil. Os super-heróis aparecem lutando contra algum problema que atualmente está presente no continente africano. Na página do projeto, entre um poster e outro, tem algumas informações sobre os problemas e conflitos acontecendo na África, como forma de conscientização.

Aquaman salva os imigrantes ilegais do afogamento.
Batman enfrenta o Coringa que recruta crianças para o combate armado.
Mulher-Maravilha resgata as meninas das garras do Boko Haram e as protege de outras atrocidades.
O órfão Superman protege seus iguais.
Hulk contra os fanáticos do Boko Haram.
Wolverine contra os caçadores ilegais.
A Fênix enfrenta as queimadas na savana, seja pela seca, seja pela ação humana.

Essa é uma discussão que já rola há tempos no mundo dos quadrinhos. A representatividade negra é pequena:

  • O personagem Falcão - que aparece no segundo filme do Capitão América - é de suma importância e hoje assumiu o escudo do Capitão.
  • Agora teremos o Pantera Negra vindo aí nos filmes: soberano de uma riquíssima nação africana, tão inteligente e ágil quanto os heróis mais conhecidos.
  • A x-woman Tempestade é outra que tem uma imagem fortíssima, sendo até chamada de Deusa, mas nunca foi retratada à altura nos cinemas.
  • Após a "morte" do Superman, um negro assumiu seu manto: John Henry Irons, o Aço, que chegou a virar filme (péssimo) com Shaquille O'Neal.
  • Em um desenho animado, Aqualad (parceiro mirim do Aquaman) foi retratado como negro.
Esses são alguns exemplos que chegaram a um público maior. Poderia colocar aqui também o desenho do Superchoque, a vindoura série da Marvel, Luke Cage, e o Homem-Aranha negro, Miles Morales, de outra dimensão, que faz tanto sucesso que quase foi o novo herói no cinema. Mesmo assim, ainda falta.

Um comentário:

Graça disse...

Aleluia!!!! Já estava na hora de variar a etnia dos super heróis. Vamos combinar que a teoria do homem branco, "raça superior", responsável por levar a civilização, o conhecimento e a libertação aos povos inferiores é do século XIX e, além de falsa, é absolutamente anacrônica.