domingo, 17 de junho de 2018

COPA 2018: Nervos à flor da pele

Quando te vi, aquilo era quase o amor / Você me acelerou, acelerou, me deixou desigual / Chegou pra mim, me deu um daqueles sinais / Depois desacelerou e eu fiquei muito mais - Acelerou, Djavan
Foi a música que veio na minha cabeça ao ver a Costa Rica. Quase aquele Diabo da Tasmânia do Looney Tunes que sai atropelando (chutando) tudo no caminho sem qualquer noção, querendo repetir a boa atuação de 2014. A Sérvia tem muito mais habilidade técnica, mas teve dificuldades para mostrar seu bom futebol. Parecia esperar os erros da aceleração costariquenha. E foi numa falta que conseguiu furar o bom goleiro Navas.


Gostaria de observar que o primeiro gol do Brasil nesta Copa foi feito aos 19:08 minutos, por um jogador chamado Philippe em chute de direita pela esquerda. Dito isto...

O famoso ferrolho suíço deixou de ser somente na defesa e a Suíça estendeu (bem) sua marcação por todo o campo. Tem bons jogadores, mas não muita criatividade para abrir espaços. Jogou no contra-ataque perigoso e se deu bem porque o Brasil não se impôs. A lateral direita não está resolvida com Danilo, pois ele está prendendo o William, deixando a seleção torta pra esquerda. Gabriel Jesus não é aquele atacante que prende zagueiros por ser temido, então, faz com que as zagas adversárias adiantem a marcação até o meio de campo ofensivo do Brasil. Alisson não é um goleiro que inspire qualquer confiança. Ainda somos Neymar-dependentes, mesmo com Philippe Coutinho em excelente fase. E, pra mim, Tite arriscou demais ao tirar Paulinho.

Agora a situação é a seguinte: próxima rodada tem Brasil contra uma Costa Rica que precisa ganhar pra ter qualquer chance de ainda disputar a segunda vaga. Sérvia (com torcida brasileira) pega a Suíça numa disputa pela liderança do grupo. Ou seja, uma segunda rodada tensa.


A Alemanha é foda. Ponto. Mesmo com o time renovado, manteve um estilo de futebol com bons jogadores. Porém... nos últimos amistosos não mostrou aquela eficiência, talvez, exatamente pela renovação que traz inexperiência. Pareciam assustados, lentos e tortos (pro lado direito). Pagaram o preço do nervosismo (e de uma certa soberba?).

O México é sinistro. Ponto. Pode perguntar pra qualquer brasileiro se não tem receio de jogar contra os mexicanos em qualquer competição ou amistoso. Tanto pode ser premiado por sua ousadia, quanto penalizado por sua irresponsabilidade. Dessa vez, levou na garra, na raça, na habilidade, na vontade, na catimba e na torcida (mas não podem ter a soberba). Olé!

Atenção: existem grandes possibilidades do Brasil enfrentar Alemanha ou México nas oitavas. Se segurem.

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