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sábado, 3 de outubro de 2015

Arte ao Lado: Alcemar Maia

Qual a matéria que se esculpe? Barro, mármore, pedra, madeira… e por que não o corpo humano?

A cirurgia plástica é um procedimento médico que muda a forma corporal, seja por razões reparadoras (lesões deformantes, reconstruções por doença ou acidentes, defeitos congênitos etc.) ou estéticas (“orelha de abano”, ginecomastia, mamoplastia, lipoaspiração etc.). É na plasticidade que a cirurgia encontra a arte.

Imagens meramente ilustrativas retiradas do site da
SociedadeBrasileira de Cirurgia Plástica.
Alcemar achou por bem não mostrar fotos de
pacientes, garantindo a privacidade individual.

Alcemar Maia é um cirurgião plástico dedicado, que utiliza todos os conhecimentos técnicos que adquiriu em mais de 25 anos de experiência em sua atividade profissional, buscando, acima de tudo, a segurança de seus pacientes. Assim como artistas mais do que conhecidos, ele trabalha sob demanda, ou seja, a partir do desejo do cliente/paciente. E isso o provoca artisticamente. Conseguir realizar a utopia de uma pessoa é um desafio e tanto: mais do que restabelecer a beleza física, este tipo de intervenção molda um novo ser psicológico. Os padrões estéticos existem e são extremamente rigorosos, mas Alcemar prefere olhar para as possibilidades que existem na sua frente. A harmonia nos contornos corporais de cada indivíduo e suas particularidades dentro da beleza do conjunto são sua inspiração artística.

Parceiro de trabalho e da vida, sei que Alcemar não tem essa visão somente para o corpo humano. Extremamente habilidoso, é também costureiro, designer de móveis, arquiteto, marceneiro, decorador e sei lá mais o quê ele é capaz de fazer. É como se sua expressão artística transbordasse em tudo que toca. (EAV)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Curiosidades médicas

Pâté é o apelido de Paul Paterman, um designer inglês que fez interessantes peças gráficas para o Centro Médico dos escritórios da Discovery Channel no Reino Unido.

Seus olhos possuem a resolução de 576 megapixels.
Seu cérebro pode ligar uma lâmpada.
Seu espirro viaja até 160 km/h.
Seu pé pode produzir um litro de suor por dia.
As batidas do seu coração segue a música que você estiver ouvindo.

Além das imagens ótimas, essa informação do coração é sensacional!

sábado, 12 de abril de 2014

Elos humanos

Já está rolando por toda a semana essa informação e, se você não viu, TEM QUE VER. Se você já viu, VEJA DE NOVO E COMPARTILHE porque todo o mundo deveria ver isso!

O Hospital Amaral Carvalho, de Jaú (São Paulo), desenvolveu junto a designers da FOM (fabricante de travesseiros, brinquedos e almofadas com material antialérgico) um ursinho que traz mais felicidade às crianças com câncer, que estão internadas em isolamento total. Unido à tecnologia dos dias de hoje, o brinquedo (chamado perfeitamente de Elo) leva mensagens de áudio de familiares e amigos às crianças do hospital.

Uma iniciativa linda e simples que, certamente, fará você se emocionar e acreditar que nós, seres humanos, temos saída. Assista ao vídeo até o final, pois a última cena é especial.



Pouco a falar e muito para refletir e fazer.

Como funciona a tecnologia: os ursinhos foram adaptados especialmente para comportarem um dispositivo com tecnologia semelhante a um aparelho celular que recebe mensagens. Caixas de som específicas foram desenhadas para funcionarem no interior dos ursinhos. Um mecanismo liga a mão dos “Elos” ao dispositivo, liberando mensagens armazenadas. As mensagens são enviadas para uma central e gerenciadas por um profissional do hospital, que as envia, então, para os ursinhos. As mensagens podem ser atualizadas a todo momento e ficam à disposição da criança para a próxima vez que decidir apertar a mão do seu ursinho para ouvi-las.

domingo, 30 de março de 2014

Clube de compras paliativas

Ron Woodroof tenta montar em um touro em Clube de Compras Dallas (Dallas Buyers Club, 2013), mas não é o touro que você está pensando. O filme foi vendido da seguinte forma: um cowboy heterossexual e homofóbico descobre que contraiu o vírus HIV e resolve contrabandear os medicamentos para sua sobrevivência. E isso com direito aos bonitões Matthew McConaughey e Jared Leto desfigurados pela magreza que a doença proporciona.

Preste atenção: o filme não é sobre a AIDS e muito menos sobre homossexuais. Entenda: o filme é sobre a crueldade da indústria farmacêutica. Quem não quer ver o filme porque é sobre gays ou doenças, está sendo pré-conceituoso (aceite o termo aqui como "um conceito que precede outro"). Vá ver o filme pra você entender o que acontece no mundo que a gente vive. Vá ver o filme para entender que nunca haverá uma cura para as doenças mais brabas que vier na sua cabeça agora. Vá ver o filme para entender que tudo na vida é um negócio (frase, aliás, falada no filme), até mesmo sua saúde.

Se você quer ver um filme sobre a doença, veja o sensacional/excelente/foda Filadélfia (Philadelphia, 1993), que mostra as terríveis consequências sociais na época. Tente ver logo depois de ir ao cinema, porque Tom Hanks foi ao glorioso (porque levou o Oscar) inferno da AIDS utilizando AZT, a maldita droga tóxica, que Matthew (que também levou o Oscar) tenta impedir. E isso vai te fazer pensar que, em 1993, alguém proibiu comentários sobre os Clubes de Compras que rolavam em vários estados americanos.

Sobre o assunto da indústria farmacêutica, veja Missão Impossível 2 (Mission: Impossible II, 2000) e Splice - Uma nova espécie (Splice, 2009). Parecem filmes desconectados com o assunto, mas, no primeiro, Tom Cruise tenta impedir a disseminação de uma doença que fará o antídoto virar uma preciosidade; e, no segundo, a engenharia genética cria uma forma de vida somente para fins científicos e tem um final pesado. Também posso indicar Epidemia (Outbreak, 1995) sobre o vírus Ebola e, até mesmo, a franquia de zumbis Resident evil: O hóspede maldito (Resident evil, 2002).

Dito isso, volto ao filme em questão pra dizer que ele é bom. Não é maravilhoso porque se alonga no meio e o deixa cansativo. Matthew está bem e merecia o Oscar? Tirando Christian Bale no Trapaça não vi os outros para julgar, mas a Academia adora essas transformações físicas. Por isso, já seria fácil dizer que o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante iria para Jared Leto, que, além de emagrecer, fez o papel de um travesti e levou todos os prêmios possíveis. Mas deixa eu te falar: ele rouba o filme. Na sua primeira cena, você já sabe que vai ser um show.


Impossível sair do filme sem se perguntar um monte de coisa, principalmente, em relação aos remédios que você anda tomando. Então, vá ver o filme e, no mínimo, se pergunte: qual touro você monta?

terça-feira, 30 de julho de 2013

Fogo contra fogo

Sim, tenho problemas com os rumos da medicina hoje. Mas sei que a culpa não é dela e sim de quem a administra. Sei também que ainda existem pessoas aceitando as dificuldades, enfrentando-as da melhor maneira possível... até mesmo utilizando um mal contra o mal.

Vejam o caso de Emma Whitehead, uma menina de 8 anos que, em 2010, foi diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda (câncer que atinge os glóbulos brancos do sangue). Ela submeteu-se a todos os tratamentos quimioterápicos e estava chegando ao estado terminal (48 horas para ter falência múltipla de órgãos!). Os pais, já desesperados e procurando qualquer solução, resolveram tentar um tratamento polêmico: em abril de 2012, Emma se juntou a um grupo de 12 pessoas no Hospital Infantil da Filaldélfia e teve o vírus HIV injetado em seu organismo.


Esse tratamento usa uma forma deficiente do vírus da Aids para alterar as células do sistema imunológico, fazendo com que o próprio paciente elimine a doença sem ser infectado pelo HIV. Ou seja, usa-se o que de pior o vírus HIV tem, para exterminar as células cancerígenas! E não é facil, claro... Emma teve reações agressivas: febre de 40,5 graus, ficou inconsciente e irreconhecível de tão inchada. Precisou respirar por aparelhos e quase morreu. Mas, de acordo com o Dr. Carl June, à frente das pesquisas, esses sintomas são a comprovação de que o tratamento funcionou.



Emma já está há um ano sem câncer!


É fato que o procedimento ainda é experimental: outra criança que participou do tratamento melhorou, mas depois teve uma recaída; em dois adultos, o tratamento não funcionou. Mesmo assim, saber que existem pessoas batalhando pelo bem, pela vida, dá uma esperança enorme. Recoloca nossa fé na humanidade.

terça-feira, 26 de março de 2013

O fim da agulha?

Tenho medo de injeção. Acho que é mais do que medo. É um pavor, um pânico, um incômodo, tudo junto e misturado em alguma questão psicológica que não pretendo descobrir daonde veio porque acho a prática medieval. Isso mesmo: acho que injeções são práticas ultrapassadas no século XXI. Cientistas e médicos podem me dar todas as razões possíveis para a excelência de um procedimento tão invasivo quanto esse que eu vou continuar não gostando.

Fora isso, o método de aplicação de vacinas à base de seringa e agulha gera uma grande quantidade de lixo contaminado, possui dificuldades logísticas e alta deterioração do produto, o que torna o custo do sistema alto. Isso tudo sempre me fez perguntar porque ninguém pesquisa uma alternativa. Oops... pesquisava!

O grupo holandês de tecnologia Bioneedle criou um novo método para substituir a maldita injeção: são os mini-implantes biodegradáveis.



Reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como uma tecnologia médica inovadora, o dispositivo é administrado de forma subcutânea por um aplicador ultra portátil e rapidamente absorvido pelo corpo. Este processo, praticamente indolor (poxa... podia ser totalmente indolor), quase não deixa resíduos e permite que um agente de saúde vacine 16 vezes mais pessoas a cada hora do que o método tradicional.

O projeto ainda está em estágio inicial de desenvolvimento, mas a ideia já ganhou o Prêmio Katerva 2012, auge do reconhecimento de excelência global em sustentabilidade. Segundo o site da empresa, a missão do Bioneedle é se tornar disponível para todas as pessoas, em todo o mundo. Ao fazer isso, a prática diária de vacinação será mais segura, evitando milhões de infecções com HIV/AIDS, Hepatite B e Hepatite C. Em um país como o Brasil, com mais de 12 milhões de diabéticos, segundo dados do censo IBGE 2010, essa pode ser uma boa solução para reduzir o grande número de seringas, utilizadas para aplicar insulina, descartadas em lixo doméstico.

Incrível! Finalmente alguém foi além do óbvio, do comum e da conformidade em busca de algo melhor para a humanidade. Torço para resultados positivos logo e disponibilidade global dessa tecnologia sem monopólios farmacêuticos.