sexta-feira, 4 de junho de 2010

Novos brasões

Uma semana para a Copa do Mundo na África do Sul, então, este blog ficará um pouco mais "futebolístico", mas sem fugir de suas "raízes", né? Por exemplo, vocês sabiam que a Umbro e a Nike criaram marcas para algumas seleções?

Designers, artistas plásticos e ilustradores foram chamados pela Umbro para fazer esses novos brasões de seleções campeãs na World Champions Colection. O do Brasil foi feito pelo artista gráfico Fernando Chamarelli.

Argentina (ZZK Records), Uruguai (Martín Albornoz), Alemanha (Marok), França (Andre), Inglaterra (Ben Eine) e Itália (Tanino Liberatore)

E, também objetivando celebrar esse espírito esportivo que a Copa traz, a Nike lançou a True Colors com:

Brasil (por Nunca)

França (por So Me/Bertrand de Langeron)

África do Sul (por Kronk)

Holanda (por Delta/Boris Tellegen)

EUA (por Mr. Cartoon)

Inglaterra (por James Jarvis).

Bom... no geral... não fui muito fã, não. A iniciativa de contratar novos artistas é muito legal, mas os resultados... sei lá. Acho que só gostei do canarinho de Chamarelli. O da Holanda é tão viajante que acabei achando interessante.

Ah... e pra quem não sabe, eu sou um craque de bola que mostro minha arte sempre que posso. Resolvi fazer um blog lá da pelada que eu jogo só com bobagem da galera, mas, às vezes, coloco coisas referentes ao futebol mundial. Quem quiser, vá lá.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Simplificando Tim Burton em cartazes

Sou fã da estética dos filmes de Tim Burton e gosto de cartazes minimalistas. Então, é claro que eu ia gostar disso:

Os curtas Vincent (1982) e Frankenweenie (1984) e o longa As grandes aventuras de Pee-Wee (Pee-Wee's big adventure, 1985)

Os fantasmas se divertem (Beetlejuice, 1988), Batman (1989) e Edward Mãos-de-Tesoura (Edward Scissorhands, 1990)¹

Batman - O retorno (Batman returns, 1992), O estranho mundo de Jack (The nightmare before Christmas, 1993) e Ed Wood (1994)¹

Marte ataca! (Mars attack, 1996), A lenda do cavaleiro sem cabeça (Sleepy Hollow, 1999)¹ e a animação The world of Stainboy (2000)

Planeta dos Macacos (Planet of the Apes, 2001)², Peixe grande e suas histórias maravilhosas (Big Fish, 2003) ²e A fantástica fábrica de chocolate (Charlie & The Chocolate Factory, 2005)¹²

A noiva-cadáver (Corpse bride, 2005)¹², Sweeney Todd - O barbeiro demoníaco da Rua Fleet (Sweeney Todd - The demon barber of Fleet Street, 2007)¹² e Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, 2010)¹²

É quase toda a filmografia do diretor californiano! Infelizmente não descobri o autor dos cartazes.

¹ Com Johnny Depp.
² Com Helena Bonham Carter, sua esposa.

Missa de 7 dia de LOST!

Já tem uma semana que Lost acabou.

De início achei que ficaria como o fim da trilogia cinematográfica do Senhor dos Anéis ou dos infinitos livros de Harry Potter. Como viver sem a mágica de Hogwarts ou a saga na Terra Média? Foram anos acompanhando essas aventuras... assim como Jack, Kate, Sawyer e cia. que permaneceram durante seis anos na minha vida, fosse acompanhando os episódios semanais, fosse viajando na maionese buscando uma teoria.

Aliás, essa busca é uma das marcas dessa série que se tornou um fenômeno pop. Todo mundo tinha uma teoria. Concordo com meu amigo Otávio, quando ele diz que Lost caiu no domínio público, ou seja, nunca o final seria de acordo com o desejado. E talvez não fosse mesmo esse objetivo. Ao invés de esclarecer todos os mistérios, os autores preferiram se concentrar nos excelentes personagens e dar um fim mais "espiritualizado" que manterá a série viva durante muito tempo. Utilizo aqui uma frase de Otávio: "A série apenas deu seu primeiro passo rumo à eternidade no imaginário coletivo".

Por exemplo, clique AQUI e veja o verdadeiro e MELHOR FINAL de todos para Lost.

Eu, por exemplo, vou aguardar sair a última temporada em DVD para poder rever tudo! Tipo... Lost não vai desencarnar tão fácil assim! Só ebó forte!


PS.: Alguém viu o final de temporada de Grey's Anatomy? Putz... que é final! Mesmo sabendo que tem outra temporada e que são estilos completamente diferentes, fechou com chave de ouro cravejada de diamantes!!! Deu um banho de emoção, tensão e ausência de comerciais! Shondra Rhimes tinha que fazer um workshop para Cuse e Lindelof.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Psicografaram uma marca!

Venho eu cheio de discursos sobre uma mudança de pensamento, revendo meus conceitos sobre a profissão... quando me deparo com:

No Facebook, eu li que parece o Chico Xavier psicografando (veja a imagem de novo, considerando as mãos verdes como o cabelo e a mão amarela como a mão no rosto). E parece mesmo. Ou, então, é o povo brasileiro se lamentando pelo futebol mequetrefe e pela estrutura de quinta "catiguria"...

De início, só consegui criticar. Na matéria que saiu na Globo.com, falava em um juri de "notáveis" que selecionaram essa maravilha: Gisele Bündchen, Paulo Coelho, Ivete Sangalo, Oscar Niemeyer, Jérôme Valcke (secretário-executivo pentelho da Fifa), Hans Donner e Ricardo Teixeira.

Hã?

Cadê os desginers brasileiros aí? Ivete pode ser minha musa, mas o que a qualifica para falar de identidade visual? Gisele pode ser linda e ter uma marca pessoal mais linda ainda, mas o que a qualifica para falar de identidade visual de uma Copa do Mundo? O Valcke é um pentelho que só fala mal do Brasil e deve estar doido pra Copa ser em outro país. Niemeyer tem 102 anos e é arquiteto. Ricardo Teixeira acha que entende de futebol, que diremos de deisgn... Do Hans Donner, sei que existe uma legião de designers brasileiros que são contra ele, mas, no meio dessa turba, acho que ele se salva. Ah... preciso criticar a presença do Paulo Coelho?

A marca foi criada por um escritório francês e já teria sido registrada pela Fifa no Escritório de Marcas e Registro de Design da União Européia e será apresentada no fim desta copa africana. Ou seja... já era. Nem se dignaram a pensar que o próprio país teria profissionais capazes de realizar esta tarefa. Só nos resta ter a iniciativa de utilizar a internet para produzir um número sem fim de marcas que poderiam substituir facilmente essa daí. Aliás, essa é a iniciativa do blog Espaço.com.

Mas depois desse desabafo crítico e um pouco raivoso, eu me lembrei que mês passado fiz um post sobre as identidades visuais das copas. Rapidamente fui lá ver e conferir que existem coisas BEM piores.


Claro que isso não é motivo pra fazer qualquer coisa, mas percebe-se que o padrão da Fifa é bem duvidoso.

Só que aí vem meu amigo Fabio e me derruba (no bom sentido). Ele escreveu sobre essa marca de uma forma bem clara e cheia de argumentos que provam que essa marca funciona, é interessante, mas precisa de apenas uns ajustes. Resumindo, ele acha que as críticas que andam surgindo na internet é uma raiva coletiva da ausência de designers brasileiros e do juri. Isso eu concordo, afinal, tô nessa! Mas ele pergunta: quem são afinal esses profissionais que poderiam julgar esse trabalho? Acho que só ele, que deu inúmeras razões com fundamentação teórica (14 parâmetro de Chaves/Bellucia.. uau!) pra marca servir pra alguma coisa. Leiam AQUI na íntegra e, de quebra, vejam o Chico Xavier da marca.

Sinceramente, eu até concordo com algumas das citações dele, mas o resultado final é TOSCO! É ruim. Com cara de mal acabado. Tipografia péssima. Processo de seleção inexsitente, juri falso. Autoridade questionável. Acho que vou aproveitar o clima da Copa pra criar também e entrar no tal desafio. Ou, então, realmente rever os meus conceitos...

Vou deixar o "falcão" voar

Pra vocês verem... há poucos dias atrás eu falei que tinha que rever os meus conceitos e citei o "profissional dos olhos de falcão". E não é que ele ganhou um perfil de página inteira no Segundo Caderno do jornal O Globo, do último sábado? E com o seguinte subtítulo: "Exigente, vaidoso, arrogante e brilhante, ele já formou três gerações no Parque Lage e é considerado o principal professor de arte do país"...

E agora, mané? Não foi a toa que fiquei conhecido no curso como "o rapaz que discordou do professor"...

Ao ler a matéria, comecei a entender algumas coisas que se encaixam melhor no meu diagnóstico. Leiam essas frases:
Não tenho a pretensão de ensinar ninguém a pintar, sou um educador, quero que as pessoas reflitam sobre como fazer aquilo que escolheram fazer. (o próprio)

Gosto do formato de seus cursos, ele formula problemas, provoca, desafia, e eu sou uma artista de raciocínio, a lógica. Ele me mostrou um universo que eu desconhecia. (Beatriz Milhazes)

Ele é um homem honesto, para o bem ou para o mal, mesmo que essa honestidade às vezes pareça assassina. Ele mostra para seus alunos que a criação não é um dom divino. (Cadu)

Eu tento fazer com que meus alunos foquem naquilo que irão criar. Algumas pessoas podem tentar desvalorizar e chamar isso de autoajuda, mas, na boa, não vejo problema algum. Autoajuda é um expressão que significa simplesmente "olhe para você mesmo e faça!". Sei que fiz a diferença na vida de muita gente. (o próprio)
E não é que é isso tudo mesmo? Exigente, vaidoso, arrogante, provocador, desafiador (brilhante já é demais...). E se você pensar que ele foi uma das razões para eu ter feito o mestrado, ele acabou realmente fazendo diferença na minha vida. Isso sem contar as horas de energia gastas alimentando um ódio... Ainda mantenho algumas das minha críticas, mas acho que já posso viver em paz com essa história sabendo que fui provocado e desafiado pelo melhor professor de arte do país (vai pro currículo).

Vou deixar o "falcão" voar...