segunda-feira, 5 de julho de 2010

Coisinhas de design

Nem me lembro qual foi a última vez que eu postei coisinhas de design por aqui. Então vão algumas aí:

1- DESCANSO GIRASSOL
Não são legais esses descansos de mesa em silicone? O projeto Girassol foi criado por Sunny Chung para a Toast Living.

2- ESCOVA BOBA
Pra quem não gosta de apoiar a escova de dentes na pia molhada ou daqueles copinhos, vai gostar da Dews. Pena que ainda é só uma idéia que veio do clássico joão-bobo, mas os criadores, Hyun Jin Yoon e Eun Hak Lee, já ganharam prêmio!

3- AGULHA AUMENTADA
Seus problemas em colocar a linha na agulha acabaram! Os russos Chugunnikov Alexey e Alexander Trofimenko criaram o Little Helper, um carretel que vem com uma lupa pra facilitar a vida de todo mundo. Simples e premiado.

sábado, 3 de julho de 2010

E fica a pergunta: quem disse que o futebol europeu está em crise?

Uma semi-final européia (Alemanha X Espanha) que já garante uma seleção da Europa na final. E é válido lembrar que a final da última copa foi Itália X França.

Jogo polêmico fora de campo, mas previsível dentro. Apesar do poderio de ataque, não há defesa na seleção argentina, enquanto a Alemanha é um time estruturado em todas as posições.

São várias as semelhanças entre Brasil e Argentina: Dunga e Maradona, Michel Bastos e Otamendi, Felipe Melo e Mascherano, Kaká e Messi, fora ter sido envolvido por uma seleção européia. O único guerreiro argentino foi Tevez que correu até o fim e disputou todas as bolas. O resto foi fraco. Inoperante. Individualista. Sem direção.

Queria que a Holanda levasse essa Copa pra poder dizer que o Brasil perdeu para os campeões. Mas a Alemanha merece muito esse título. Tirando a derrota acidental para a Sérvia, a Alemanha mostrou contra a Austrália na primeira rodada o que viria fazer contra a Inglaterra e contra a Argentina nas fases de mata-mata: MASSACRE DE QUATRO! Lam, Podolski, Özil e o craque Schweinsteiger. Duvidei do poderio alemão no início, mas me rendo a eles.

E a prova de que o futebol sulamericano é meio fogo de palha aconteceu no Paraguai e Espanha. Paraguai até teve um jogo audaz, mas o jogo inteiro foi feio e chato. Pouquíssimas chances, muito amarrado. Até que veio o segundo tempo e o juiz resolveu aparecer: pênalti pra cada lado, nenhum convertido! Quer dizer... um foi feito, mas voltou atrás por invasão. Polêmicas a parte, o os paraguaios nem lateral sabem bater direito! Só fizeram três gol em toda a Copa do Mundo! Dava pra ir pra semi? Não, né! Em compensação a Espanha que tem o tão falado futebol bonito, não consegue produzir. Objetividade fraca, pouco resultado. Vai pegar uma Alemanha inspirada... será que vem outro massacre?

Fico com a impressão que todas as seleções que depositaram suas esperanças em 1 ou 2 jogadores perderam: Costa do Marfim (Drogba), Portugal (Cristiano Ronaldo), Itália (Cannavaro), Brasil (Kaká, Robinho e Luiz Fabiano), França (Ribery), Argentina (Messi), Camarões (Eto'o) e Inglaterra (Rooney e Gerrard). Holanda, Espanha e Alemanha estão nas semi-finais porque possuem um time inteiro excelente, focado e com reservas à altura. Uruguai é - agora sim - a zebra que possui um jogador (Forlán) e muita vontade pra ficar entre os 4 grandes desta Copa.

PS.: A Fifa deu o gol contra de Felipe Melo para Sneijder. Faz diferença pra gente?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Clima de Libertadores!

Já que temos seleções sulamericanas em todas as quartas, estava sentindo um clima de Libertadores da América!

E foi exatamente isso no primeiro tempo do jogo do Brasil contra a Holanda! Amarrado, cheio de faltinhas mimimi, timinhos nervosinhos... mas o gol foi do Brasil que veio melhor. Por mais incrível que pareça, o Felipe "Botinudo" Melo tirou um passe milimétrico de trocentos metros para Robinho. Michel Bastos segurou (até certo ponto) o craque Robben, com ajuda da melhor defesa do mundo: Júlio César, Lúcio e o CRAQUE JUAN (tinha que ter um troféu só pra ele).

Aí veio o segundo tempo... e o Brasil ficou no vestiário. Felipe Melo mostrou tudo que todo mundo falava: gol contra, falha de marcação, expulsão e a derrocada do Brasil. Júlio César falhou junto com Felipe Melo, mostrando que ele ainda não havia sido exigido em toda Copa. Depois, o anão Sneijder consegue fazer gol em cima do Felipe Melo e do Gilberto Silva. Aí... já que o Dunga não tirou, o Felipe Melo pediu pra sair pizsando no jogador. Cartão vermelho e a instauração da Era Felipe Melo (+Dunga). Mas fica a pergunta: Luiz Fabiano e Kaká jogaram? Aliás... acho que aquele era um clone nervosinho e ruim de bola do Kaká. Esse não vai pro céu.

A Holanda veio pro segundo tempo com aquele futebol eficiente, beirando a perfeição, atacando, buscando buracos, instigando a seleção. Está invicta a não sei quantos jogos e carrega credencial pra final, pois terá um semi-final (baba). E ainda mostrou que a Europa não está tão em crise como se especula.

No primeiro e único teste da seleção, falhamos. Azar do Dunga... que vai ter que dar todas as explicações por tudo até agora. Azar o nosso que não teremos mais feriados.

Jogo histórico entre Uruguai e Gana. As estrelas negras vieram pra cima e fizeram as jogadas mais perigosas do primeiro tempo, com direito a um golaço de Muntari. Mas quem tem Forlán acredita até o fim. Aos 48 do primeiro tempo, veio o empate numa falta perfeita. O segundo tempo, veio igual e terminou no empate pra prorrogação. E que prorrogação aberta! Com um pênalti no último minuto perdido pelo artilheiro ganês! PERDEU UM PÊNALTI QUE IA CLASSIFICAR GANA! Caraca! E pior: os africanos bateram os pênaltis com tanta displicência que só podiam perder! Uruguai na semi-final - após uma cavadinha do Loco Abreu -, carregando 190 milhões de brasileiros contra a Holanda.

E tchau África!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Amor líquido

Nesse intervalo de Copa do Mundo, consegui acabar um dos livros que mais demorei a chegar ao fim: Amor Líquido, de Zygmunt Bauman (Jorge Zahar, 2004).

Conta minha tia que foi a uma feira de livros para procurar este livro que estava sendo lançado. Chegando no stand, procurou a prateleira de Sociologia, Filosofia e Antropologia, mas não foi capaz de encontrar. Chamou um dos monitores e indagou sobre o livro de Bauman. O rapaz perguntou o nome do livro e ao ouvir respondeu: "Ah... a senhora errou. Esse livro está em Auto-Ajuda"... Na boa... Auto-ajuda? Esse livro deve ser de "auto-bagunça"! É o famoso "não julgue o livro pela capa", porque de amor mesmo só se fala no início e comparado à morte!
Quando se trata de amor, Posse, Poder, Fusão e Desencanto são os Quatro Cavaleiros do Apocalipse!

É impossível sair impune às palavras cruéis que constatam a realidade das relações humanas contemporâneas. Família, amizade, trabalho, paternidade/maternidade, nacionalidade, solidariedade... a Humanidade é colocada em cheque. Bauman escreve que as relações tornaram-se excessivamente flexíveis, gerando enormes e crescentes níveis de insegurança. A prioridade dada a relacionamentos virtuais que podem ser tecidos e/ou desmanchados com igual facilidade - às vezes sem qualquer contato real -, faz com que não saibamos mais manter laços presenciais a longo prazo.

Cada vez que eu lia uma ou duas páginas, levava dias para digerir aquelas informações. De início, eu ia contra. Não queria acreditar no mundo em que vivemos e tinha certeza que eu era diferente. Cheguei até a ir contra todo o ideal de "líquido" do sociólogo, pensando que até mesmo ser somente líquido é um sinal de estar estático. Viajei. Mas o tempo vai passando e aquelas páginas ficam te remoendo. Você fica querendo saber mais, querendo que ele dê uma resposta, que ele melhore. Mas não... são 180 páginas de alertas pessimistas. Porém, verdadeiras... o que deixa tudo ainda pior.

Em alguns raríssimos momentos, encontramos apontamentos de soluções. Soluções essas que ele sempre coloca como quase impossível por conta das tramas relacionais globais:
Amar o próximo como amamos a nós mesmos significaria então respeitar a singularidade de cada um - o valor de nossas diferenças, que enriquecem o mundo que habitamos em conjunto e assim o tornam um lugar mais fascinante e agradável

Acho que é preciso estar bem preparado emocionalmente para a leitura desse livro. É um livro duro, com muitas metáforas para facilitar seu triste entendimento. Ao sobreviver a sua leitura, é fundamental refletir sobre nós mesmos e todas as nossas relações.

Mestres do cinema!

Não comparem. Divirtam-se!

Kubrick e Scorcese:


Tarantino e Irmãos Cohen:

Ambos por Leandro Copperfield no Vimeo.