sábado, 30 de abril de 2011

Eu queria ser amigo da Sofia

Cara... acho um peso muito grande ficar falando que as crianças são a salvação do mundo. As coitadas ainda nem sabem o que é a vida para já serem responsabilizadas. E, se isso fosse verdade mesmo, os investimentos na área de Educação seriam muito maiores e inquestionáveis.

Mas aí... chega nas minhas mãos um Globinho - aquele caderno infantil do jornal O Globo que ninguém lê - e leio isso:
Eu queria fazer uma poesia
Que não fosse quente
Que não fosse fria.

Eu queria fazer uma poesia
Que não falasse de História
Que não falasse de Geografia

Eu queria fazer uma poesia
Que todos lessem
Que fosse como magia

Eu queria fazer uma poesia
Que não fosse de tristeza
Que fosse de alegria

Eu queria fazer uma poesia
Mas, sem idéias,
Perguntei a minha amiga Sofia

Pra quem não sabe
Sofia parece Filosofia
E, quem não sabe,
Filosofia é ser amigo do Saber

Sofia é esperta, Sofia é legal
Filosofar é uma coisa muito especial
Essa poesia - belíssima em sua simplicidade - foi escrita por Roberta Miglioli Tamabasco, do Colégio Verbo Divino, em Barra Mansa, Rio de Janeiro. Roberta tem apenas 10 anos!!! É nessas horas que tenho certeza que ainda existe esperança, sabe?

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Visualizando as palavras (2)...


Da série Visualizando as palavras...

Para aprender design


Ainda na esteira do Dia Mundial do Design Gráfico que aconteceu na última quarta-feira, dia 27, um cartaz que não descobri a autoria (peguei no Collecta), mas tem uma mensagem legal (mesmo que extremamente simplista).

E aproveito para divulgar o tutorial sobre design criado pelo designer Fabio Lopez. O tutorial é um compacto das aulas de conteúdo em Programação Visual apresentadas as turmas do curso de Design da Puc-Rio. Aborda os temas identidade visual, tipografia, diagramação e naming, com finalidade estritamente acadêmica: "seu intuito é reforçar de forma remota os principais pontos do conteúdo teórico das aulas. Contém 148 páginas, 180 imagens, links, referências bibliográficas e diversas ferramentas teóricas de grande utilidade. Bom proveito"!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Adotado, mas feliz!

Hoje é o Dia do Designer Gráfico! Mas, ao invés de celebrar a profissão e falar maravilhas (e críticas), prefiro dividir um sentimento recente.

Sabe quando um filho sempre achou que fosse diferente demais de seus familiares e um belo dia descobre que foi adotado? Mas ele não sofre, pois tudo passa a fazer sentido? Esse é o sentimento que quero celebrar!

Explico: sou filho da ESDI. Fiz tanto graduação quanto mestrado na considerada melhor instituição de design do país, com direito a ser um marco importante na história da profissão. Mesmo tendo orgulho disso, sempre fui muito critíco (as usual...) e achava que alguma coisa estava errada em toda aquela lavagem cerebral que era feita. Meu crescimento profissional sempre "tateou no escuro", como se sempre estivesse procurando algo que me parecia errado na minha relação com o design. Aí, então...

Comecei neste mês de abril um mini-curso com um professor que também me deu aulas na ESDI. Na segunda aula, ele iria falar basicamente sobre a história do design no Brasil. Eu já esperava a tal lavagem cerebral, mas, como sempre respeitei a sabedoria infinita deste professor, acreditei que poderia vir alguma coisa nova. PUTZ!

Não vou conseguir reproduzir aqui o que foi falado com a mesma maestria, mas, em duas horas, ele contextualizou o design brasileiro com o cenário mundial através da ARTE, da política e da economia. PUTZ (de novo!)! Foi como se uma ficha tivesse finalmente caído! Comecei a entender as minhas diferenças, as minhas questões (por exemplo, porque gosto tanto de Construtivismo Russo)... finalmente me senti designer! Me lembrei até do sentimento que tive ao ler o livro Modernidade Líquida, de Zygmunt Bauman...

Incrível! E isso tudo está acontecendo no ano em que completo 10 anos de formado. Excelente! Aguardo as próximas aulas com ansiedade adolescente!

PS.: João de Souza Leite é o nome deste verdadeiro mestre! Costumo me perguntar como ele consegue absorver tanta informação para depois expressá-las com coesão.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Rio!


Só um brasileiro para retratar o Rio de Janeiro da forma certa para o público internacional. Carlos Saldanha aproveitou essa onda de brasileirismos que percorre o mundo inteiro e lançou a animação Rio (2011), explorando as exuberantes belezas naturais - e também as urbanas - de nossa cidade (com eufemismos na pobreza e na violência, é claro).


O filme conta a história do pássaro Blu (Jesse Eisenberg), uma arara azul que nasceu no Rio de Janeiro mas foi capturada na Floresta da Tijuca e acabou nos EUA. Lá é criada pela norte-americana Linda (Leslie Mann) como um animal de estimação até que o pesquisador Túlio (Rodrigo Santoro) entra na vida da dupla ao revelar que Blu é o último macho da espécie e poderia se reproduzir acasalando com a única fêmea viva, Jade (Jewel, na voz de Anne Hathaway), que está no Rio de Janeiro. Chegando lá, o casal de araras acaba capturado por uma quadrilha de venda de aves raras e precisa se unir para escapar do cativeiro. O grande detalhe: Blu não sabe voar.


Roteiro simples, comuníssimo. Todas as liberdades criativas tomadas ficaram bem num filme que - by the way - fala sobre liberdade. Mesmo que o lado comercial-turístico seja ressaltado, algumas mínimas incongruências e que o estilo de vida americano é o herói em detrimento das futilidades brasileiras, fiquei com orgulho do resultado final. A mensagem ecológica contra o tráfico de aves consegue ser passada. E as aves sambam mesmo! Só um brasileiro para fazê-las sambar MESMO! A trilha sonora é muito boa também - cortesia de Sergio Mendes e Will.I.Am.

<a href="http://video.msn.com/?mkt=us&brand=msn%20video&from=sp&vid=390a5af2-fac2-4e20-8b6e-4cc518d71596&src=FLCP:sharebar:embed:null" target="_new" title="'Rio': Film's First Two Minutes">Video: 'Rio': Film's First Two Minutes</a>

Fiquei sabendo que a parte do filme onde rola uma discoteca de hip-hop no filme legendado, se tornou um interessante baile funk no dublado. Portanto, se puder, veja as duas versões! Sobre 3D ou 2D, vocês já sabem minha opinião... mas podem ir para o cinema!