terça-feira, 2 de agosto de 2011

DO PERU: Lima

Então... começo aqui meus rápidos comentários sobre a recente viagem ao Peru que fiz com meu pai e tinha o objetivo claro de conhecer a incrível cidade de Machu Picchu.

A viagem começa em Lima, capital do Peru. O que dizer da cidade? Bom... é grande, tem um trânsito caótico (desesperador!), não tem taxímetro (combinar preço de taxi é surreal!) e é cinza. Pegamos dias nublados e feios. Ficamos no bairro residencial de San Isidro que é distante do centro turístico do bairro de Miraflores. Para os cariocas: digamos que você more no fim do Recreio dos Bandeirantes e o buxixo fica no Jardim Oceânico... só de taxi, né? E esse mesmo que você tem que combinar o preço e piorar o trânsito ao ficar negociando no meio da rua.

A comida peruana é muito boa! Do início ao fim da viagem (até mesmo em lugares mais ou menos que tivemos algum problema), a comida era bem feita e bem servida. Logo no primeiro dia, tivemos as expectativas culinárias alçadas às alturas: o restaurante Alfresco fica como dica certa! A comida estava EXCELENTE! E não esqueça que o Peru é famoso por seu ceviche (nada de copinhos miseráveis, e sim grandes porções!), pelos 3500 tipos de batata (!!!) e os outros tantos tipos de milho. Aliás, vale falar do peruá... sabe aquele milho de pipoca que não estoura? Então... lá é couvert de restaurante! E é bom pacas!

Sobre a parte turística, o básico de Lima é sua Plaza de Armas (ou Plaza Mayor) com a catedral principal que possui o túmulo do conquistador Francisco Pizarro (porque endeusar o cara que destruiu a civilização inca, eu não sei...) e a vista do Oceano Pacífico a partir do Parque del Amor. Mmmm... tá. Sorte a nossa que Lima guarda "segredos" incas não revelados...


No meio da cidade, passamos de ônibus por duas huacas (templos de adoração a Mama Cocha, que já nos apresenta à incrível arquitetura inca: os tijolos de adobe dispostos como "livreiros" são antisísmicos. Uma pena que não paramos para fotografar ou até mesmo curtir mais de perto a Huaca Pucllana e a Huaca Huallamarca.


Mas o melhor ainda estava guardado pelos trocentos hectares do sítio arqueológico de Pachacamac, o deus dos terremotos (que abordarei no meu outro blog em breve).


O lugar é gigantesco! Cheio de construções antigas e nem é muito citado! Debaixo dessa terra toda deve ter praticamente uma cidade! Impressionante!


Os museus do Peru que visitamos são uma questão a parte. Em Lima, visitamos Museo Nacional de Arqueología e Antropología e o Museo Larco Herrera. O primeiro é público e conta toda a história da civilização inca a partir de todas as civilizações anteriores que a formaram, com bastante material, maquetes, banners, caveiras do Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, múmias, cerâmicas e muito mais. O segundo é privado e conta com uma quantidade absurda de cerâmicas (mais de 45 mil!) e metais preciosos. A diferença fica clara não só no material exposto, mas na forma como isso é feito. Iluminação, legendas, curadoria, expositores, tudo meio mambembe no museu público. Nada que prejudicasse por completo a experiência museológica, mas deixou a desejar. Isso aconteceu por todos os museu visitados e falrei mais sobre isso posteriormente.


A seguir: Cusco, a capital do Império Inca e o umbigo do mundo (e dos peruanos)!

sábado, 30 de julho de 2011

Bolyakuy!


Estou de volta após pisar em terras incas! Em breve, um panorama sobre a viagem aqui mesmo!

PS.: O título significa "retorno" em quechua, um dos idiomas incas.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Na pedra velha...

Mesmo com um monte de trabalho rolando, arrumei uma brecha e vou realizar mais um sonho: conhecer Machu Picchu! Sendo assim, ficarei uma semana longe dos meus blogs, me reenergizando, mas voltarei contando tudo por aqui!

Enquanto isso, saibam um poco mais sobre a mitologia inca no meu blog Mito+Graphos.

Hasta luego!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Verdades inconvenientes


Esse anúncio aí em cima foi criado pela agência Y&R para O Estado de São Paulo. Ele tem a seguinte frase: Global warming: who will be here to see the consequences? (Aquecimento global: quem estará aqui para ver as consequências?). Comecei o post com essa imagem porque na última semana andei vendo/lendo muitas coisas ditas sustentáveis em sites e blogs de design. Bicicletas de novos materiais, embalagens, baterias recarregáveis, veículos elétricos e por aí vai.

Até que eu vi a novidade da marca Puma no blog Amenidades do Design, da Carol Hoffman: a Clever Little Shopper, um saco plástico totalmente biodegradável (feito de amido de milho) que dissolve na água em 3 minutos! Saiu até na Exame!



Mesmo com o risco de derreter na chuva ou com o suor da mão, o projeto é incrível, não? É a solução para as sacolas plásticas, não? É o fim do "continente de plástico", não?

NÃO!

Vai resolver o problema do plástico? Não. Vai diminuir o problema? Talvez. Mas pensem comigo: a água é um recurso cíclico NÃO-renovável, ou seja, a água que existe no planeta não aumenta nem diminui! O que tem de água por aí agora, é o que vai ter daqui há milhões de anos! O ser humano não cria água potável em laboratório! Portanto, de que vale dissolver um saco em água morna limpa e jogar fora uma água cheia de amido de milho? Será que não é muito mais válido manter as iniciativas de replantio de florestas e fazer papel de reflorestamento?

Eu não sei, mas acho que antes das pessoas ficarem se achando sustentáveis e ecológicas, deveriam pensar o processo global de seus produtos: da manufatura AO DESCARTE! E, assim, faço coro com essa ilustração da dinamarquesa Humon. Vale clicar e ampliar:


Também acho válidas as manifestações artísticas que buscam alertar para essa situação, como o coletivo australiano The Glue Society e sua obra (autoexplicativa) Hot with the chance of late storm:


Mas até mesmo para a arte fica a pergunta: o que se faz com um carrinho de sorvete derretido com um objetivo único claro, localizado em uma praia de Sydney na Austrália, depois do recado dado? A obra vai pra acervo? Fica na praia pra sempre? Ou se perde? Ela é reciclável? Reutilizável?

Reflitamos.

sábado, 16 de julho de 2011

Esboçando o paraíso

O artista gráfico e ilustrador malaio Lim Heng Swee diz que adora fazer doodles. E você sabe o que é um doodle?

Então... o Google chama de doodle todas aquelas ilustrações comemorativas feitas a partir de sua marca. Mas, na verdade, doodles são esboços simples, descompromissados, muitas vezes abstratos, como desenhos em cadernos pra se distrair em sala de aula.

Sabendo disso, você diria que que Lim faz doodles? Veja:


Na boa... se ele chama isso de esboço e faz distraidamente, fico imaginando quando ele resolver fazer pra valer! Essa série de ilustrações se intitula In search of paradise (Em busca do paraíso) e é de uma sensibilidade ímpar.