terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Lição de sangue

Batismo de Sangue (2006/2007) não é um filme fácil. Até porque falar sobre a ditadura no Brasil nunca é agradável... ainda mais quando o foco fica na tortura. Mas não quero fazer uma crítica ao filme em si. Quero fazer uma constatação pessoal.

A Igreja me incomoda. Seus rituais, suas necessidades, suas exigências, suas manipulações. Estudar a História do mundo nos coloca frente a frente com uma instituição politicamente incorreta e economicamente desleal (o que falar da Inquisição? E as indulgências abusivas?) Bom... mas também não vou discursar sobre os malefícios dessa igreja.

O filme de Helvécio Ratton baseado no livro homônimo de Frei Betto nos revela a ação dos frades dominicanos durante a ditadura brasileira. Confesso aqui minha surpresa. Não tinha a mínima ideia dessa presença ativa e fundamental em favor da democracia no país.

No meio do filme, aparece um cardeal que reprova as ações do frades, representando a posição que eu imaginava da Igreja. Mas uma missa dentro do presídio do DOPS, realizada pelos quatro frades com Tang sabor uva como vinho e biscoito Maria como hóstia quebrou esse meu paradigma. Na verdade, meu antigo ponto de vista é abalado desde o início quando acompanhei os frades envolvidos em reuniões estudantis e fuga de líderes do movimento libertário.

A missa.

Caio Blat como Frei Tito
As torturas servem para impactar - é claro -, mas fazem muito mais: eles humanizam a Igreja. Fortalecem a minha opinião de que a Igreja é uma criação humana... feito por homens para os homens. E, por isso, em nenhum momento fiquei incomodado com as ditas traições dos frades que revelaram informações vitais aos militares. Eles o fizeram sob tortura física e psicológica. Homens sentem dor. Sentem medo.




Sendo assim, creio que esse filme não deve ser apenas um registro do passado: precisa ser ensinado. Em aulas de História, de Política e, principalmente, de Religião.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Poesia pelada

Fabrício Carpinejar é um moderno poeta, escritor, autor, gaúcho e cafajeste (como ele se intitula) com um blog bem interessante. Recentemente, para falar das combinações de um churrasco, comparou ao futebol. Leiam um pedaço:
Marcar futebol é uma negociação tremenda. Se o jogo é domingo, o marmanjo fica o sábado confirmando os nomes. É uma expectativa de menino. Sofre pavor de trabalhar no final de semana, mas não larga o celular para agendar a turma ao campinho. Não achará tempo para mais nada. O finzinho da tarde dominical será dedicado a se recuperar do cansaço e das lesões ou para lembrar os melhores momentos da partida.

Não existe gostar de futebol e desligar o assunto. É fácil entender a fobia das mulheres com o "joguinho". Não se trata de um esporte com hora marcada, é ser envolvido pelos bastidores de uma campanha eleitoral (Ele vai? Não vai? Por quê?). Não é somente um que planeja e efetua a série de telefonemas, todos se falam entre si para reiterar o convite. A crise aumenta se não é salão e sim sete, mais ainda no momento do futebol de campo.

A histeria masculina repousa nas chuteiras. Caso o homem fosse jogar e voltasse assim que terminasse, pronto, estava resolvido; o pomo da discórdia é que inventa de se concentrar como profissional. Ele é amador no trato com a bola e rigoroso na preparação e nos rituais de véspera.
Legal! É praticamente isso mesmo! Agora, me dêem licença porque eu vou pra minha peladinha sagrada!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Mais um pra ele (e pra gente!)








Em 27 de janeiro de 1949 nascia em Maceió, um menino chamado Djavan Caetano Viana, filho de uma família humilde mas muito musical. O menino queria ser jogador de futebol, mas para nossa sorte, a música falou mais alto e ele se transformou num dos maiores músicos brasileiros!

Djavan está celebrando seu 63º aniversário hoje, dentro do estúdio, onde grava seu novo disco, com músicas inéditas! Numa feliz coincidência, o artista recebeu hoje em sua casa o prêmio Grammy, que ganhou merecidamente com seu último trabalho "Ária". Presentão pra ele e - em breve - pra gente!



PS.: Foto, texto e vídeos do site dele!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A história das marcas de cinema

No ritmo de marcas e cinema, trago hoje pra vocês a história por trás das marcas dos grandes estúdios de Hollywood.

PARAMOUNT PICTURES
Em 1912, a Paramount Pictures Corporation foi fundada, mas a "montanha majestosa" surgiu como uma brincadeira durante uma reunião do dono do estúdio com W. W. Hodkinson, importante nome da indústria cinematrográfica. Hodkinson desenhou uma montanha de Utah, sua terra natal, e colocou 24 estrelas ao redor que representariam os grandes nomes do cinema na época. Hoje são 22 estrelas e acredita-se que a montanha representada seja no Peru, mas não se sabe ao certo o porquê dessas mudanças.




COLUMBIA PICTURES
Em 1919, surgia a Columbia Pictures, mas só em 1924 foi criada a marca inspirada na Estátua da Liberdade, como a personificação da América. Não se sabe a real identidade da modelo que se tornou a Senhora da Tocha. Em 1993, a senhora foi gerada por computador. Hoje o estúdio faz parte da Sony Pictures.




WARNER BROS.
Em 1923, quatro irmãos judeus poloneses fundaram a Warner Bros. (depois de alterarem seus nomes originais, ou seja, não eram Warner). Desde o início, a marca era um escudo com as letra W e B sofrendo algumas variações ao longo de sua existência. Teve uma pequena mudança de conceito na década de 1980, mas o escudo retornou e continua até hoje (ainda sofrendo mudanças).




MGM
Em 1924, o publicitário Howard Dietz criou o leão Leo para a Goldwyn Picture Corporation, baseado no time dos Lions da Universidade de Columbia. Quando a Goldwyn Pictures se fundiu com a Metro Pictures Corporation e Louis B. Mayer Pictures, a recém-formada MGM manteve a marca. Cinco leões fizeram a famosa vinheta do estúdio. O segundo (Jackie) foi o primeiro a ter seu rugido sendo ouvido pelo público e o primeiro a aparecer em cores. Mas o terceiro (Tanner) foi o mais famoso pelo número de aparições. O lema da empresa, ars gratia artis (arte pela arte, em latim), está inscrito nas faixas cinematográficas da marca.




20th CENTURY FOX
Em 1933, o pintor e paisagista Emil Kosa Jr. criou a famosa marca para o 20th Century Pictures. Em 1935, o estúdio se fundiu a Fox Film Company e a marca ganhou o "Fox". O século mudou, mas a marca não.




DREAMWORKS
Em 1994, Spielberg fundou a Dreamworks. Ele queria que a marca lembrasse as épocas áureas de Hollywood e, por isso, pediu que tivesse um homem pescando na Lua cheia. O artista americano Robert Hunt pintou à mão a marca pedida por Spielberg, mas também fez uma versão com um menino (inspirado em seu filho) sentado numa Lua crescente. Nem preciso dizer qual foi a escolhida, certo?

Foto de Hunt e seu filho.



(Via Neatorama)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

E se os filmes de hoje fossem de ontem?

O designer gráfico novaiorquino Peter Stults reimaginou alguns clássicos modernos em cartazes à moda antiga... beeeeem antiga! E não só no layout como nos atores. A série se chama What if... Movies reimagined for another time and space e foi inspirada em outro artista. Vejam:



Muito bom, não? Direto do túnel do tempo!

(Via Hollywoodiano)