Uma coisa eu posso dizer: meu último ano solar foi (in)tenso. Fisicamente e mentalmente. E ainda ganhei a certeza que a idade chegou pra valer (e não estou falando dos cabelos brancos).
Consegui algumas vitórias profissionais significativas, mas, por causa de uma lesão reincidente no joelho, tive que reavaliar minha vida. Andei mancando durante um mês e meio. Bem devagar. Olhando ao atravessar. Esperando o tempo certo. Saindo mais cedo pra chegar na hora. Tendo dificuldade para subir escadas e dirigir. Posso garantir que não é uma experiência agradável, mas faz a gente pensar. Bastante.
E quando voltei a andar (quase) normalmente, eu estava acelerado. Como se eu quisesse recuperar o tempo perdido (mesmo com dor). E isso transbordou. Agora quero acelerar minha vida. Recuperar o tempo que passei tentando encontrar um rumo que ainda não achei. E nem sei se quero achar.
Mas quero ser livre pra procurar.
Quero ser livre pra encontrar.
Quero ser livre para errar.
Quero ser livre para ir além.
Foi aí que me dei conta de que não era livre. Aliás, ninguém é! São tantas as coisas que nos prendem e tentam nos definir, que acabamos perdendo a noção do que a gente realmente quer. De quem realmente somos. Vamos dificultando e colocando obstáculos sem saber o porquê.
Então, o que vou fazer nos próximos 35 anos é pular obstáculo por obstáculo, mesmo que um deles me faça ter outros 20 novos obstáculos mais à frente. Mas se esse é o caminho para a utópica liberdade, é esse que vou saltar.
2 comentários:
Disse Martin Luther King: "Se não puder voar, corra. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito".
Diz Buzz, personagem do Toy Story: "Ao infinito e além".
Parabéns.
"Just do it" (Nike)
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