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terça-feira, 24 de julho de 2012

Vou ali e já volto...

Chichen Itzá (México), uma das sete maravilhas do mundo moderno!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O vôo da noite

Em recente visita a Buenos Aires, conheci alguns museus fora do circuito turístico. Um deles foi o Museo Nacional de Arte Decorativo, que está instalado numa magnífica residência em estilo francês neoclássico, construída no início do século XX (e declarada monumento histórico em 1997).

Seu acervo não é de se encher os olhos, mas logo na entrada somos recebidos por uma estátua em mármore de tirar o fôlego.


A noite, de Joseph Michel-Ange (1814-70), é de uma beleza ímpar. Talvez hajam inúmeras esculturas em mármore dos grandes mestres com traços mais impressionantes no retrato. Mas a sensação de vôo dessa obra é impressionante. A divindade grega retratada (Selene) parece que vai cair/voar com seu manto noturno, mesmo tendo todo seu peso sustentado por uma base suave com um pequeno cupido.

 

Caso esteja na capital portenha, nem precisa pagar a entrada no museu. Só observe essa verdadeira obra de arte.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

DO PERU: Machu Picchu!

Finalmente... Machu Picchu!



Extasiado? Pois é... agora imagine estar lá. Passar pelas quase três horas de trem (um bom trem por sinal), depois mais 20 minutos em um ônibus que sobe um precipício de mão dupla em zigue-zague (!!!) e mais um bom número de degraus de pedra pra você se deparar com o Vale Sagrado visto bem de cima e uma cidade incrível encrustrada numa das montanhas!


Te garanto que na sua cabeça só fica: "como esses incas FDP conseguiram fazer isso aqui em cima???". E aí você vai andando pelas ruínas e conhecendo um pouco mais da história do lugar e a pergunta fica em negrito: como esses incas FDP conseguiram fazer isso aqui em cima???

É surreal. Concordo cada vez mais com Che Guevara:
Não importa muito, de todo modo, qual tenha sido a origem da fortaleza, ou melhor, é mais fácil deixar o debate para os arqueólogos. O que é inegável, entretanto, o mais importante, é que temos à nossa frente uma expressão pura da mais poderosa raça indígena das Américas, intocada pelo contato com a civilização invasora e cheia de tesouros imensamente evocativos em suas paredes, paredes que morreram em decorrência do tédio de não mais existir…
Algumas curiosidades e outras dicas:
  • Foneticamente, nós falamos "matchu pitchu", mas o correto é "matchu piCtchu". Não é à toa que Picchu tem dois Cs.
  • Machu Picchu significa "montanha velha", mas a cidade não está nessa montanha, não! Macchu Picchu é a montanha onde fica a Porta do Sol, por onde os viajantes (e mochileiros de hoje) chegavam.
  • Seu preparo físico está em dia? Sério... não é pra qualquer um não. Aliás, toda a viagem exige um bom preparo cardiorrespiratório. Cuide-se.
  • Wayna Picchu ("motanha jovem") é a montanha que sai em todas as fotos do lugar porque ela fica atrás da cidade quando se entra nela. Se você quiser subir lá, tem que se preparar bastante: são mais de 2 horas de caminhada íngreme e perigosa e compre suas entradas antes de viajar porque esgota num piscar de olhos (eu não pude ir...).
  • A entrada para o sítio arqueológico vale pelo dia inteiro. Normalmente, os guias fazem um passeio de 3 horas pela manhã e te levam pra almoçar no hotel que fica bem na saída do sítio. Então, VOLTE DEPOIS DO ALMOÇO!!! Os guias NÃO MOSTRAM TUDO!!!
  • Se tiver tempo livre, caminhe uns 20 minutos até o Museu do Sítio Arqueológico de Machu Picchu. Você passará pela ponte que treme acima do Urubamba e ainda pode visitar o Mariposário, os Jardins Botanicos e o museu em si.
  • Também dê uma voltinha (bem rápida) por Águas Calientes, o povoado onde - normalmente - todos ficam hospedados.

O trem Vistadome, com janelinhas no teto pra você ver a paisagem. É uma pena que não possua um guia pra te indicar onde você está passando, porque dá pra ver outros sítios arqueológicos no caminho que nem fazemos ideia do que sejam!

E essa é a subida louca para o posto de vigilância. A cidade está atrás de quem tirou essa foto (eu!).

A impressionante arquitetura das casas de pedra da parte urbana . Seus telhados são uma aula!

Terraços de sustentação: esses são para preparar o terreno. Ainda tem os terraços de agricultura, que estão espalhados pela cidade (e pelo país!).

As incríveis fontes que funcionam até hoje. Água potável, viu?

A única estrutura arredondada da cidade. Ninguém sabe muito bem o que ela é: inicialmente foi considerada uma estrutura militar por sua localização e seu formato. Mas a pedra que existe no centro é natural e foi escavada por baixo em um incrível templo! Veja aí embaixo:

Incrível, não? E imaginar que o guia não me levou pra ver isso... ainda bem que voltei!

Essa pedra tem o formato das montanhas atrás, não tem? Pois é. Diz-se que é natural!

O Templo das Três Janelas. Não se sabe para quem exatamente era dedicado o templo, mas fica na "parte mística" da cidade.

Intihuatana, a pedra/relógio solar! Saiba mais AQUI.

O Templo do Condor.

Os Espelhos D'Água, utilizadas para estudar as estrelas e ver o sol sem ferir os olhos. Não está vendo?

Os silos de alimentos (depósitos).

Queria que Machu Picchu fosse aqui do lado pra eu poder visitar mais vezes, deitar nos terraços, ler um livro, pegar um sol (como muitos fazem). Gostaria de ver a cidade num momento enevoado tambem, para imaginar todo o misticismo que ela carrega.

Creio que nunca mais colocarei os pés em Machu Picchu, mas garanto que minha memória e minha imaginação vão passear com frequência por aquelas pedras.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

DO PERU: Vale Sagrado


Começa aqui a viagem para Machu Picchu. Mas ainda não é nesse post porque o lugar é longe e tem algumas coisas interessantes pelo caminho.

Ainda em Cusco, pegamos um ônibus até o Vale Sagrado - que leva esse nome por causa do Rio Urubamba (ou Wilcanota), um dos rios mais importantes do Império Inca. Mas, antes de chegar lá, paramos em um tipo de zoológico aberto chamado Awanakancha, onde vimos os vários tipos de camelídeos tão famosos do Peru... com isso, quero dizer, Lhamas (na foto), Alpacas e Vicunhas (o "Ouro dos Incas"). Também vimos o processo de transformar a lã desses animais em produtos belíssimos.


Depois de uma óbvia paradinha pra comprar produtos de alpaca, continuamos o caminho para o Vale Sagrado. Mas você acha que a gente vai direto? Não... primeiro a gente pára em um mirante para tirar foto do vale em si (a primeira foto daqui) e depois vamos fazer MAIS COMPRAS na tão famosa Feira de Artesanato de Pisac. Lá comemos empanadinhas gostosinhas e baratinhas feitas em forno de cerâmica de trocentos anos e vimos como é feita a prata inca. O resto... sinceramente... é camelô. Nada mais a declarar. Sorte a nossa que depois de uma paradinha para o almoço, nós fomos a Ollantaytambo e a viagem parece ter voltado para os eixos arqueológicos.

Essa fortaleza inca - dita com o formato de uma lhama - é impressionante! Seu tamanho, sua altura, sua arquitetura... tudo é grandioso. Sua história (ou mito) gira em torno do amor do general Ollanta com a filha do imperador Pachacutec. Renegando o amor de um plebeu com sua filha, Pachacutec teria exilado Ollanta, que fugiu para o vale e começou a construção de seu tambo (cidade-alojamento) em uma posição estratégica. Pachacutec não conseguiu invadir a cidade e mandou um de seus melhores guerreiros trazer Ollanta morto. Incapaz de realizar a tarefa, o guerreiro decidiu não voltar ao império com medo de ser morto pelo imperador e pediu asilo a Ollanta, que aceitou. Dez anos depois, o guerreiro traiu a gentileza de Ollanta e abriu as portas da cidade para os exércitos de Pachacutec. No entanto, o imperador já havia morrido e seu filho havia assumido. Conhecendo toda a história, o novo imperador perdoou Ollanta e permitiu que ele se casasse com sua irmã. Final feliz!


Tudo nesse lugar é incrível: os depósitos de alimentos (silos) que achavam ser uma prisão, o rosto de um sacerdote esculpido na pedra e - principalmente - o Templo da Água, uma pequena fonte que te permite mudar o curso da água com o passar de um dedo para que seja feito silêncio para a reza. Um absurdo!




Eu nunca tinha ouvido falar desse lugar e fiquei realmente impressionado. Por que não se fala desse lugar? Se for estratégia de impressionar, nota 10! Mas é preciso estar preparado fisicamente para esta fortaleza, pois subir e descê-la é um árduo exercício... talvez mais duro que Machu Picchu. E é por isso que voltamos cedo para o hotel, para nos recuperarmos do passeio e nos prepararmos para o dia seguinte.

PS.: Tivemos neste dia a melhor guia da viagem, Ayde (ou, como ela disse, fala-se como as vitaminas A e D)!

sábado, 6 de agosto de 2011

DO PERU: Cusco


Ou Qosqo, o umbigo da mundo, a capital do Império Inca em forma de puma... onde a aventura estava realmente pra começar.

Se você for a Cusco deve saber desde já duas coisas: o soroche VAI acontecer e a cidade é muito mais seca do que Brasília... ou seja, você vai ficar sem ar, com dor de cabeça, com o nariz sangrando e a boca rachada. Tragédia? Seria se você não fosse bem tratado pelo povo de lá. Assim que você chega no hotel já recebe um chá de coca gratuito pra você iniciar sua adaptação. No quarto, a água é de graça também. A sugestão é tomar o chá de 2 a 3 vezes nos dois primeiros dias e água em profusão. Funciona? Sim... mas o soroche vai te pegar mesmo assim, nem que seja uma dorzinha de cabeça.

O que é o soroche, afinal? Simplificando: falta de oxigênio no seu corpo. Você chega de Lima - cidade ao nível do mar - e sobe 3400 metros. Ar rarefeito é um fato. Frio com sol destruidor é outro fato (protetor e boné são fundamentais). Seu sangue chega oxigenado, mas 3 ou 4 horas depois, ele vai pedir arrego. Por isso, a sugestão é ficar pelo menos esse tempo em repouso assim que se chega. Você vê aí na foto ao lado que existem caminhões vendendo oxigênio a granel!

E o chá de coca? Dá barato? Claro que não. Não é cocaína. É chá... E RUIM PRA CACETA!!! Os peruanos fazem uma mega propaganda dos atributos da folha de coca: excelente digestivo, limpa o organismo e deve até trazer o seu amor em 3 dias... mas é RUIM DEMAIS!!! Eu troquei o chá pela balinha que é mais palatável.

Bom... quem vai ao Peru querendo conhecer Machu Picchu, tem por objetivo ver sítios arqueológicos e coisas interessantes sobre a incrível civilização inca. Informações urbanas e católicas são iguais a todos os lugares e pouquíssimo interessantes. Só é válido citar que todas as igrejas estão construídas sobre terrenos sagrados incas (muitos vezes EM CIMA de templos) e que a polícia rodoviária obriga os motoristas a pararem o carro caso vejam um grupo de turistas querendo atravessar (afinal, turismo é a roda financeira da cidade). Ir a mercados só serviu para conhecermos algumas batatas, milhos e ervas.

Então o que me interessou (e me surpreendeu como o sítio de Pachacamac, em Lima) foi ver:
  • Saqsaywaman (leia-se sexy woman, piada deles), uma provável estrutura militar com pedras de mais de 150 toneladas dispostas em muralhas. Em quecha, seu nome significa "falcão satisfeito", e seria a cabeça do puma no desenho da cidade de Cusco.


  • Tambomachay, conhecido como "Os Banhos do Inca", seria um templo para reverenciar a água. É dito que suas fontes mantém o mesmo fluxo durante todo o ano.

  • Puka Pukara, a "fortaleza vermelha", uma outra estrutura militar que tem uma vista incrível do Vale de Cusco e pode ter sido também um posto de registro de visitantes.

  • Qenqo, o templo do Deus Puma talhado em uma grande formação calcárea com direito a monolito de reverência à chuva e altar para sacrifícios humanos.

  • Qoricancha, o templo do Deus Sol e - provavelmente - o local mais importante de todo o Império Inca. Hoje é o Convento de Santo Domingo, que foi construído sobre o templo inca. São contadas histórias dos terremotos no Peru que destruíram o convento mais de uma vez, mas o templo se manteve de pé com sua arquitetura antisísmica.


  • A famosa pedra de doze ângulos, que fica num muro inca - hoje a lateral do Palacio Arzobispal. A capacidade de trabalhar a pedra é citada constantemente e - constantemente - te assombra. Essa pedra é famosa, mas é só um pequeno exemplo. Em Machu Picchu, você até começa a achá-la insignificante.


Aqui vale uma reflexão. Em Lima, fiquei questionando a fraqueza dos museus. Aí me dei conta que esse sítios também não possuem a devida estrutura turística que eles merecem. Há alguns anos estive no sítio arqueológico de Delos, na Grécia, onde paguei minha entrada, recebi um folder bem completo com mapa e fui explorar o local cheio de legendas e textos explicativos ao longo do caminho. No Peru, nada disso acontece: nada de folder, nada de legendas... NADA. Se você for sozinho, sem guia, você vai ver um monte de pedra e supor que serviu pra alguma coisa e só. Inicialmente fiquei desapontado com isso... até que despertei para o lado social disso. Museus e sítios sem legendas ou folders tornam essencial a presença de um guia! Um emprego é gerado! É mais válido empregar uma pessoa do que gastar milhões com folders que serão usados (ou não) e jogados fora (ou não). Bom... nem tanto ao mar, nem tanto ao vento... mas - repito - vale uma reflexão.

Os museus de Cusco seguem - portanto - a linha de Lima, sendo ainda mais fracos e nos mostrando outra deficiência: são todos iguais. Explicando: todos - eu disse TODOS - os museus que visitamos possuíam a mesma curadoria de apresentação das culturas pré-incaicas até a queda do império, mostrando peças semelhantes. Até mesmo em museus com algum tema (como o Garcilaso de la Vega), essa estrutura se mantém. Espero que alguém abra o olho pra isso e potencialize essa parte turística do país.

No geral, Cusco é bem interessante e movimentada. Cheia mesmo. E como fomos no mês da pátria, vimos algumas manifestações folclóricas na cidade. O comércio é todo igual (praticamente um Saara carioca) e a bandeira de Cusco é das cores do arco-íris, como a do movimento GLBT. Alguns dizem que é invertida (do roxo para o vermelho) ao invés do convencional (do vermelho para o roxo), mas a explicação é meio divina. Veja AQUI. Vale uma visita ao Templo de la Merced por sua arquitetura e pelo inesperado de seu interior, e à Catedral (somente por causa do famoso quadro com a Santa Ceia inca, onde o prato principal é porquinho da índia e dizem que Judas é a cara de Pizarro, o conquistador).

terça-feira, 2 de agosto de 2011

DO PERU: Lima

Então... começo aqui meus rápidos comentários sobre a recente viagem ao Peru que fiz com meu pai e tinha o objetivo claro de conhecer a incrível cidade de Machu Picchu.

A viagem começa em Lima, capital do Peru. O que dizer da cidade? Bom... é grande, tem um trânsito caótico (desesperador!), não tem taxímetro (combinar preço de taxi é surreal!) e é cinza. Pegamos dias nublados e feios. Ficamos no bairro residencial de San Isidro que é distante do centro turístico do bairro de Miraflores. Para os cariocas: digamos que você more no fim do Recreio dos Bandeirantes e o buxixo fica no Jardim Oceânico... só de taxi, né? E esse mesmo que você tem que combinar o preço e piorar o trânsito ao ficar negociando no meio da rua.

A comida peruana é muito boa! Do início ao fim da viagem (até mesmo em lugares mais ou menos que tivemos algum problema), a comida era bem feita e bem servida. Logo no primeiro dia, tivemos as expectativas culinárias alçadas às alturas: o restaurante Alfresco fica como dica certa! A comida estava EXCELENTE! E não esqueça que o Peru é famoso por seu ceviche (nada de copinhos miseráveis, e sim grandes porções!), pelos 3500 tipos de batata (!!!) e os outros tantos tipos de milho. Aliás, vale falar do peruá... sabe aquele milho de pipoca que não estoura? Então... lá é couvert de restaurante! E é bom pacas!

Sobre a parte turística, o básico de Lima é sua Plaza de Armas (ou Plaza Mayor) com a catedral principal que possui o túmulo do conquistador Francisco Pizarro (porque endeusar o cara que destruiu a civilização inca, eu não sei...) e a vista do Oceano Pacífico a partir do Parque del Amor. Mmmm... tá. Sorte a nossa que Lima guarda "segredos" incas não revelados...


No meio da cidade, passamos de ônibus por duas huacas (templos de adoração a Mama Cocha, que já nos apresenta à incrível arquitetura inca: os tijolos de adobe dispostos como "livreiros" são antisísmicos. Uma pena que não paramos para fotografar ou até mesmo curtir mais de perto a Huaca Pucllana e a Huaca Huallamarca.


Mas o melhor ainda estava guardado pelos trocentos hectares do sítio arqueológico de Pachacamac, o deus dos terremotos (que abordarei no meu outro blog em breve).


O lugar é gigantesco! Cheio de construções antigas e nem é muito citado! Debaixo dessa terra toda deve ter praticamente uma cidade! Impressionante!


Os museus do Peru que visitamos são uma questão a parte. Em Lima, visitamos Museo Nacional de Arqueología e Antropología e o Museo Larco Herrera. O primeiro é público e conta toda a história da civilização inca a partir de todas as civilizações anteriores que a formaram, com bastante material, maquetes, banners, caveiras do Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, múmias, cerâmicas e muito mais. O segundo é privado e conta com uma quantidade absurda de cerâmicas (mais de 45 mil!) e metais preciosos. A diferença fica clara não só no material exposto, mas na forma como isso é feito. Iluminação, legendas, curadoria, expositores, tudo meio mambembe no museu público. Nada que prejudicasse por completo a experiência museológica, mas deixou a desejar. Isso aconteceu por todos os museu visitados e falrei mais sobre isso posteriormente.


A seguir: Cusco, a capital do Império Inca e o umbigo do mundo (e dos peruanos)!

sábado, 30 de julho de 2011

Bolyakuy!


Estou de volta após pisar em terras incas! Em breve, um panorama sobre a viagem aqui mesmo!

PS.: O título significa "retorno" em quechua, um dos idiomas incas.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Na pedra velha...

Mesmo com um monte de trabalho rolando, arrumei uma brecha e vou realizar mais um sonho: conhecer Machu Picchu! Sendo assim, ficarei uma semana longe dos meus blogs, me reenergizando, mas voltarei contando tudo por aqui!

Enquanto isso, saibam um poco mais sobre a mitologia inca no meu blog Mito+Graphos.

Hasta luego!

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Dossiê Filipe de Noronha - parte final

E o último dia - infelizmente - chegou...

Mas as aventuras não haviam terminado! A pranchinha submarina FINALMENTE foi confirmada! Explicando: basicamente, é uma prancha de acrílico que você segura enquanto é puxado pelo barco durante 50/60 minutos. Você pode mergulhar, fazer piruetas e curtir o fundo do mar de uma maneira bem diferente. Pelo o que eu entendi, esse passeio originalmente se chamava Plana Sub. Até que começaram a copiar - é claro - e veio o Aqua Sub e - o nome mais simples - pranchinha submarina. No Museu dos Tubarões, você encontra indicações para o Plana Sub original.

Saímos do Porto de Santo Antônio e o barco fica por ali mesmo, da Praia da Biboca até o Morro do Forte de Santo Antônio, próximo ao Rugido do Leão (que tive o prazer de ver novamente). Em determinado momento, somos avisados que vamos passar sobre o navio grego Eleani Stathatos, que naufragou em 1929, impedindo até hoje a chegada de navios maiores a Praia da Biboca.



Mas não pensem que é fácil fotografar ou filmar durante esse passeio. Vejam o que aconteceu comigo:



Eu tava todo me sentindo, quando a câmera escapou da minha mão! Ainda bem que deixei ela presa no meu pulso. Qualquer problema que se tenha durante essa aventura, é só levantar a mão que você é puxado de volta, mesmo que seja só para ajeitar a máscara.
DICA 9: Esteja bem preparado para a pranchinha! De todos os jeitos: amarre bem a sunga ou o biquini, arrume uma boa máscara e malhe os braços, porque você vai precisar MUITO deles! Principalmente, se você for querer filmar/fotografar como eu, já que você precisará se sustentar com apenas um dos braços! Outra coisa: nas fotos acima, você deve ter visto que eu estava usando respirador. Então... se você ficar só na superfície, o respirador é excelente. Mas se você ficar mergulhando, esqueça o respirador e fique só na apnéia. Eu perdi o meu com a força de empuxo do barco e temo que algum golfinho vá comê-lo... E tem mais: a pressão submarina é forte! Seus ouvidos irão doer um pouco quando você mergulhar. Inclusive isso poderá destruir sua câmera mesmo que ela seja à prova d'água... como aconteceu comigo... Também não sei se aconselho fazer esse passeio no mesmo dia que você irá pegar um avião. São duas mudanças de pressão num mesmo dia e sua cabeça vai doer no fim.
Fim de passeio e consegui concluir os principais eventos da ilha. Faltou o forró do Bar do Cachorro (lembram que falei que ia ser uma viagem diurna?) e o Mirante dos Golfinhos. Sobre esse mirante, é preciso acordar BEM cedo, tipo 4h30 da manhã, porque os golfinhos entram na Baía dos Golfinhos a partir das 5h da manhã. Você fica mais de 50 mestros de altura com um binóculo avistando golfinhos... uma média de 500 a 800! Deve ser bem legal... mas acordar tão cedo para ver golfinhos de binóculo? Preferi ver os do barco que estavam BEM perto, mesmo sabendo que os golfinhos que se aproximam do barco são machos adultos que estão desviando a atenção dos turistas para o resto do grupo que está indo para outro lado (isso foi dito pelo especialista na palestra).

Voltei para o hotel, almocei e me preparei pra voltar para a dura realidade. E só uma música vinha a cabeça:


Valeu a pena, ê ê! Valeu a pena, ê ê!

Finalizo dizendo que é um passeio único na vida de uma pessoa. É caro? Sim, mas nem tanto quanto é dito pelo o que você recebe em troca. AN e DN. Viva 2011!


quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Dossiê Filipe de Noronha - parte VI

Foi tanta natureza, tanta tranquilidade até aqui, que acabei tendo uma noite de catarse. Foram sonhos reveladores, abrindo a mente pra muita coisa na minha vida. Surreal. Papo de despertar! AN e DN!

E o dia foi surreal também... mas não por boas razões. Um cruzeiro aportou na ilha e aí... azar dos turistas que não fazem parte do navio! A ilha toda se volta para aqueles que só irão ficar um dia e querem fazer tudo ao mesmo tempo, cheios de grana no bolso. Não há taxi. Passeios ficam com reservas. Restaurantes lotados. Péssimo... mas lembre-se sempre que você está em Noronha.

Bom... eu resolvi passar a manhã na Cacimba do Padre, onde poderia aproveitar a Baía dos Porcos novamente e ainda andar pelas Praias da Quixabinha e do Bode. Pedi para o transfer do hotel me deixar lá e - como não havia taxis - me buscar às 13h. A maré estava baixa e consegui ficar bem perto de um dos Morros Dois Irmãos (talvez o barco tenha passado mais perto, mas a sensação de proximidade é ótima!).

Lembra que eu disse que a Baía dos Porcos, ainda tinha reservado um mistério pra mim? Pois é... o mar estava batido (o tal do swell...), mas a maré baixa me fez ver que tinha um ponto diferente: uma piscina natural protegida por leis ambientais... um grande aquário! ÍMPAR!

Fiquei tonto com isso aí em cima e perdi o maior tempão na Baía dos Porcos. Nem deu pra andar até a Praia do Bode por causa da maré. Acabei ficando nas barraquinhas da Cacimba, aguardando meu retorno... e aguardando... e aguardando... ainda bem que estava aguardando em Fernando de Noronha!

O transfer só me buscou às 15h30! Isso mesmo... 2h30 depois do combinado! E ainda me trouxe uma "excelente" notícia: o passeio de barco vespertino havia sido cancelado novamente! Eu ia ficar sem a pranchinha!!! Não... não... pedi pra marcarem a pranchinha na minha última manhã porque eu não ia sair da ilha sem fazer o passeio que todo mundo recomendou!

Faminto e frustrado, voltei ao hotel e resolvi almoçar no restaurante do porto, o Mergulhão. E foi a melhor coisa que eu poderia fazer! Um pôr-do-sol esplêndido, pra você lembrar onde você está e esquecer completamente qualquer problema que possa ter acontecido. E ainda estava cheio de gente bonita (como eu, é claro!)! Nota 10!

O fim da minha última noite foi mais social, com um drink no Flamboyant e um japonesinho no Arte & Sabor. Mas uma chuvinha apareceu pra lembrar que aquele dia tinha tido seus percalços. Tá... sem problemas... eu estava em Noronha!