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quinta-feira, 24 de março de 2011

Vamos flanar!

Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. (...) É vagabundagem? Talvez. Flanar é a distinção de perambular com inteligência. Nada como o inútil para ser artístico. Daí o desocupado flâneur ter sempre na mente dez mil coisas necessárias, imprescindíveis, que podem ficar eternamente adiadas.'' (A rua, de João do Rio)
Flanêur é uma palavra do francês que pode ser traduzida como ''flanador'' e usada para se referir a homens com um certo comportamento peculiar, descritos pelo poeta Charles Baudelaire como "aquele que andam pela cidade experimentando-a".

Flanar seria, então, vagar pelas ruas não simplesmente caminhando, é andar observando tudo à volta. É reparar em detalhes que para outros cidadão passam despercebidos. É valorizar objetos, lugares, pessoas que o observador comum já não repara, por fazerem parte de uma rotina.

O flanêur é simplesmente uma pessoa que vê o mundo com olhos diferentes da maioria da população, a sua visão é com riqueza de detalhes, e detalhes nas coisas mais simples. Isso não é uma descrição de como todo designer deveria ser? E se depender das palavras de Charles Bezerra (no livro O desiger humilde) somos todos designers, então... VAMOS FLANAR!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Uma verdade

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Me dá um pudim!!!

Para este feriado que vem aí, sugiro uma leitura do texto "Pudim", de Martha Medeiros. Se for homem, mude o gênero. O que importa é a conclusão geral:
Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir Pudim de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente um pedacinho minúsculo do meu pudim preferido. Um só.

Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa. Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um pudim bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O pudim é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.

A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade. A gente sai pra jantar, mas come pouco. Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons. Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil'). Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta. Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo. Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar... E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação... Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão... Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'... Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos. Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções. Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim: 'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar vários pedaços de pudim, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado. Um dia a gente cria juízo. Um dia. Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga: um pudim inteiro, um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente. OK? Não necessariamente nessa ordem. Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.

Carpe diem!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Filosofando sobre a vida



Ambos do I can read.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Bom lema...

Do I can read.

domingo, 15 de novembro de 2009

A culpa do nada

Aproveitei o sol de hoje pela manhã para dar uma corridinha na Praia do Flamengo. De repente, fiquei pensando no porquê não fico mais parado tomando sol. Conclusão: porque acho perda de tempo... É... eu prefiro correr, andar, sentir que estou fazendo alguma coisa. Parar e ficar tomando sol me faz sentir uma culpa de que eu poderia estar usando aquele tempo para fazer uma das milhares de coisas que sempre tenho pra fazer e depois fico reclamando que não tenho tempo. Mas se eu estou correndo, eu tenho uma "desculpa" para não usar aquele tempo para realizar os infinitos afazeres que surgem na minha mente. Pra ficar sentado na praia, eu preciso ler um livro, uma revista ou até mesmo fazer a unha só pra ter a tal "desculpa".

Aí me dei conta de que esse problema não é só meu. Não fazer nada é muito ruim hoje em dia. Almoçar é ruim, ir ao banheiro, tomar banho, até dormir é ruim. É tudo perda de tempo. Vejam quantas pessoas deixam de almoçar porque estão fazendo alguma coisa imprescindível que o chefe pediu. Quantas vezes você já ouviu: "Dormir pra quê? Quando morrer, eu durmo de vez".

E férias? Quantas vezes vocês já ouviram falar que precisam de férias das férias? Viajar não é pra descansar. É pra fazer tudo que você não faz normalmente... sem parar! Se forem férias turísticas, é preciso conhecer tudo no menor tempo possível... até a exaustão! E dizemos que as férias foram para "descansar a mente" como desculpa para nosso cansaço físico.

Em conversas com professores sobre a confusão do ano letivo de 2009 que teve gripe suína e confusões no Enem, todos reclamam que não tiveram e não tem tempo para concluir suas propostas porque tudo está muito rápido. E a conclusão sempre parece ser que a culpada é a tecnologia. Foi ela que fez nossa vida ficar conectada com os fusos horários de outros continentes e, assim, nosso dia passou a ter horas infinitas. E, como a tecnologia pretende fazer tudo mais rápido, os resultados humanos precisam ser tão rápidos (ou mais) quanto às máquinas.

Os designer sabem bem o que é isso. Tendo a tecnologia como ferramenta, sempre recebemos ordens do tipo "faz um cartaz rapidinho aí". Para aqueles que trabalham com web então... muito pior! A web não pára! E tem mais... e quando nós conseguimos ser mais rápidos que a máquina? Quando ela demora a processar nossos arquivo pesados e somos culpados por isso? E quando a impressora não imprime nosso trabalho pronto porque o arquivo ainda está passando pelo cache? Mas a culpa é da tecnologia? Se ela é uma ferramenta, a culpa é nossa. É a forma como nós a usamos e nos tornamos dependentes dela.

Por causa disso, sabem o que eu fiz na tarde de domingo? NADA! Claro que não deu pra ficar a tarde toda de bobeira, né? Mas acho que vou começar a valorizar mais o meu tempo livre. O meu tempo de não fazer nada.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Reboot / Restart

Você já parou e percebeu que você poderia (gostaria de) ser diferente do que você é hoje, mas para isso teria que nascer de novo? Não são apenas arrependimentos por decisões tomadas no passado ou questinamentos estético-genéticos. São abatidos desejos de um futuro pessoal melhor.

Melhor? Ou apenas diferente? Essas respostas ninguém pode dar. Mas podemos nos responder o que queremos de nossas vidas. Afinal:
  1. Você sabe o que você quer?
  2. Se você sabe, você já conseguiu?
  3. Se conseguiu, está satisfeito? Quer algo mais?
  4. Se não conseguiu, como irá conseguir?
  5. Irá desisitir e viver dos arrependimentos, questionamentos e desejos? Ou vai pensar numa forma de conseguir?
Hoje li uma frase que remete a isso:
Embora ninguém possa voltar a atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.
Questiono minhas decisões ininterruptamente e em muitas vezes chego a solução que só voltando atrás. Mas, logo em seguida, penso que obstáculos e caminhos tortuosos podem ser maneiras difíceis porém mais enriquecedoras de se chegar ao fim. Portanto, – como dizia meu mestre de capoeira, Tubarão – cada tropeço que dou, caio pra frente. Vivo numa eterna busca dos meus reais e próprios desejos. Tudo que observo, interfere. Tudo que vivo, transforma. Sou líquido, mas todo líquido possui uma constituição. É nessa essência que me silencio e trago à tona o melhor para desejar o melhor.

Descubram seus desejos, mas não os chame de sonhos. Sonhos são intangíveis e, muitas vezes, inatingíveis. Desejos são saciáveis. Lembremos de nossa finitude sem amargura, considerando que nosso tempo é o presente. É nele que construímos nossa identidade e deixamos nossa marca.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Vale a pena

É bom ouvir um cara que ganha muito dinheiro agradecendo pelos obstáculos que teve na vida.



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GOOD TO HEAR
It's good to hear a man who has tons of money being thankful for all obstacles life put in his way.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Paralisia cerebral? Não... Inspiração cerebral!

Hoje pela manhã – antes da minha corridinha –, vi o atleta paraolímpico da Tunísia, Mourad Idoudi, ganhar medalha de ouro no lançamento de disco com a marca de 19,72 metros na categoria F32/51. Não sei como funcionam as categorias. Só sei que qualquer pessoa teria pena ao olhar o grau de paralisia cerebral do atleta. No entanto, ele está em Pequim ganhando medalha.

Vocês não acham que está na hora de parar de reclamar da vida? Eu acho.

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BRAIN PARALYSIS? NO... BRAIN INSPIRATION!
This morning I saw Mourad Idoudi, a Tunisian paralympic athlete, win the gol medal of Men's Discus F32/51 with 19.72 meters. I do not know how this categories works, but the athlete has a high level of brain paralysis... a sad level. A problem for him? No. He's in Beijing winning medals! Don't you think that is time to stop complaining about life? I think so.

terça-feira, 18 de março de 2008

Antes de partir, viva!

Vou reproduzir aqui trechos da coluna escrita por Martha Medeiros na Revista de domingo do jornal O Globo (16/03). Vale a pena ler e refletir:

"Um filme cujos protagonistas são Jack Nicholson e Morgan Freeman, com diálogos bem construídos e um humor inteligente, já entra em cartaz com vantagem, mesmo que o roteiro não seja um primor de originalidade."

"(...) Ficamos sempre correndo atrás de fórmulas novas, efeitos mirabolantes e impactos que nos desestabilizem, quando deveríamos nos dedicar mais a reforçar certas verdades. E a verdade do filme, se pudesse ser resumida numa frase seria: aproveite o tempo que lhe resta. (...)"

"Você, eu e cerca de bilhões de homens e mulheres também estamos com a sentença decretada, só não sabemos o dia e a hora. Está certo que é morbidez pensar sobre isso quando se é muito moço, mas alcançando uma certa maturidade, já dá para parar de se iludir com vida eterna, amén. Com dinheiro ou sem dinheiro, faça valer a sua passagem por aqui. Não sei se você percebeu, mas viver é nossa única opção real. Antes de nascermos, era o nada. Depois, virá mais uma infinidade de nada. Essa merrequinha de tempo entre dois nadas é um presentaço. Não seja maluco de desperdiçar."

"Reconheçamos o básico: uma vida sem amigos é uma vida vazia. O mundo é muito maior que a sala e a cozinha do nosso apartamento. A arte proporciona um sem-número de viagens essenciais para o espírito. E amar é disparado a coisa mais importante que existe."

"Que mais? Demediocrize a sua vida. Procure seus 'desaparecidos', regate seus afetos. Aprenda com quem tiver algo a ensinar, e ensine algo àqueles que estão engessados em suas teses de certo e errado. Troque experiências, troque risadas, troque carícias. Não guarde tantos segredos e tantos rancores. Faça um inventário do que vale a pena preservar e do que vale a pena desvencilhar-se. E desvencilhe-se mesmo."

Muito bom. Principalmente a parte de reavaliar sua vida. Pra quem gosta de fazer listas obssessivas como eu, é um prato cheio! Ainda bem que já comecei a fazer algumas dessas coisas há algum tempo... há quase 5 anos...