quarta-feira, 23 de setembro de 2009

CCBB na França e na Argentina

O CCBB do Rio de Janeiro está com duas exposições interessantes: Saint-Étienne, Cité du design e Argentina hoy.

A primeira faz parte das comemorações do Ano da França no Brasil. Seu objetivo é mostrar que a França não faz só vinhos e queijos! A cidade de Saint-Étienne se transformou num pólo de design francês e a exposição serve para apresentar o que os jovens designers andam fazendo por lá. Destaque para a luminária de compotas (foto no CCBB em Brasília), o relógio de limão (que não funciona! hahaha - foto no CCBB em Brasília) e os chocolates dos sete pecados (só consegui identificar luxúria, avareza e ira. os outros fiquei na dúvida). Gostei também da idéia das legendas na parede. Excesso de tamanhos de tipografias, mas está diferente. Infelizmente, acaba neste domingo... então, mexam-se! A segunda deve fazer parte das comemorações também... afinal, não dizem que Buenos Aires é a Paris sulamericana? (piadinha infame!!) Bom... a exposição me chamou atenção por ser de arte contemporânea e eu não ter referência de nenhum artista plástico argentino. Então, achei bem legal as interferências que foram feitas direto na parede do CCBB por Mariano Molina e Marina de Caro. Independente do resultado, acho legal quando uma instituição se permite esse tipo de interferência pela arte. Fiquei intrigado com o prego no barbante de Tomás Saraceno e impressionado com o tríptico de Nicola Costantino e com a estátua de isopor e alfinetes de Sandro Pereira. Infelizmente não consegui fotos, então... mexam-se! Ou não entenderam da primeira vez?

Lopez e Morales!

Fabio resolveu levar seu premiado cartaz "rethink consumption" para Evo Morales ver!
Brincadeirinhas a parte, depois de ter circulado por Tokio, Seul, São Paulo e Humaitá (palavras do autor), o cartaz foi selecionado para a III Bienal Internacional del Cartel na Bolívia e ficará exposto por lá em novembro deste ano! Lembrando: o cartaz foi criado para o concurso "Love your Earth" do portal designboom em 2007 e é um convite a reflexão sobre consumo e responsabilidade. Bruno Porto, Marcos Minini, Mateus Valadares, Benoni Ceratti e Carlos Vinicius também foram selecionados.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Deliciosas e criativas bandeiras

Traduzir um país em um símbolo só é complicado. Já até falei sobre as famigeradas marcas-país anteriormente... Mas achei muito interessante essa iniciativa de representar as bandeiras dos países com alimentos típicos. Clique nas imagens para ampliá-las e tente descobrir de que são feitos os "pratos":

Brasil

Austrália

Itália

Grécia

França

Líbano

Hungria

Suíça

Coréia do Sul

Marrocos

Japão

Espanha

Ótimo, não? Grécia, Itália, Líbano e Coréia são lindos! Tirando os frutos doidos de Marrocos, o da Hungria é o mais complicado pra mim... Strogonoff? Arroz? E o quê? Achei o azul roquefort da França muito forçado... e o da Austrália eu não faço a menor idéia do que seja! Vou começar uma campanha para mudar a bandeira brasileira para essa com limões e abacaxis...

Esses cartazes foram criados pela agência neozelandeza TBWA\WHYBIN para a Sydney International Food Festival (Festival Internacional de Comida em Sydney). Ficou com fome, né?

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Cartazes poloneses

Em 2000, tive a grata oportunidade de montar uma pequena mostra de cartazes poloneses no Museu da República. Eu nunca tinha visto um e fiquei absolutamente embasbacado com o material apresentado. Era sublime!

Através do blog FreakShowBusiness, fiquei sabendo que a Polônia possui uma escola forte e tradicional de arte gráfica para cartazes: a Escola Polonesa de Posters. No período em que era comunista (entre os anos 40 e 80), o país não divulgava os posters originais de filmes estrangeiros. Os artistas locais recriavam os posters de acordo com a tradição polonesa, em geral surrealista, empregando metáforas que apresentavam o conceito do filme não seu apelo comercial capitalista com rostos de famosos. Com o fim do regime comunista, e EPP virou passado. No entanto, muitos artistas do país continuam fazendo os cartazes, vendendo-os como arte. E veja como são arte MESMO:

Laranja mecânica (Clockwork orange)

O caçador de andróides (Blade Runner)

Império do Sol (Empire of the sun)

A má educação (La mala educación)

Apocalipse Now

Tootsie

Um secretária de futuro (Working Girl)

Um corpo que cai (Vertigo)

Quem quiser, pode me dar um ou vários!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A regra de ouro

Parece que meu discurso de "Coloque-se no lugar do outro" não é nada original. Mesmo que seja comum encontrá-lo em religiões pacifistas, foi com um estudo básico da filosofia que descobri a Regra de Ouro, também chamada de Ética da Reciprocidade. Diferente da Lei de Talião (o famoso "olho por olho, dente por dente"), essa regra nada mais é do que "não faça aos outros o que você não quer que façam com você". Bem simples. E se você pensar bem, é capaz de reger toda a moralidade humana. Immanuel Kant diria que nem precisaríamos de leis, pois essa regra é inata à natureza humana.

Bom... não sou Jesus, Gandhi, Confúcio ou Zoroastro, mas sou adepto. É inato à minha natureza.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Se a vida te dá limões, faça uma limonada!

Essa frase é ótima para aqueles que acham que a vida não é boa com eles, que só exsitem obstáculos e nada para ajudá-los. Na verdade, quem deve fazer alguma coisa somos nós mesmos. Não podemos esperar que venha tudo de mão beijada.

Mas e quando as coisas são tiradas repentinamente de nós?

A crise americana fez com que mais de 70 mil agências de publicidade e design demitissem e reduzissem as áreas de criação. Com um monte de criativos soltos na praça, limonadas tinham que aparecer... Um deles (Erik Proulx, autor do blog Please feed the Animals, inciado após sua demissão da Arnold Boston em 2008) tornou-se documentarista e resolveu mostrar como a vida de 15 "desafortunados" se transformou e de como eles passaram a usar a criatividade deles para seguir novos rumos e cuidar da vida. Desde já, vale a reflexão: temos capacidade de mudar? Sabemos fazer uma limonada?


A direção é de Mark Colucci, da Park Pictures, mas ainda não tem data de lançamento. AQUI tem uma entrevista com Erik.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Independência ou...?

Independência ou Morte! (Pedro Américo, óleo sobre tela, 1888), quadro sobre o famoso mas duvidoso Grito do Ipiranga.

Em sete de setembro de 1822, o Brasil iniciava sua autonomia política mundial: era o Dia da Independência do Brasil.

Acho que a independência completa é virtualmente inexistente. Seremos sempre dependentes de algo para sobreviver em sociedade, e não estou falando das necessidades básicas do ser humano como comer, respirar etc. Falo dos contatos humanos, das emoções, do maldito dinheiro, das telecomunicações (TV, rádio, internet etc.). A figura do eremita não possui mais base... ser um indivíduo que vive isolado é (hoje) fatal e quase impossível. Até mesmo os lugares mais distantes do planeta já possuem a ciência do homem. Por essa razão que questiono a independência do nosso país, principalmente naquela época.

Mas resolvi virar essa pergunta pra mim mesmo. Desde que me entendo por gente (adoro essa frase, mas não faço idéia do momento exato), busco minha independência. Mas independência de quê, afinal? Na adolescência, é óbvio que é independência dos pais e da escola... fazer o que der na telha, sem controle, sem responsabilidade. Mas é bom não adquirir a independência nessa época ou muitas besteiras virão pela frente. Até podem ser besteiras que levam a acertos, mas o caminho fica muito mais duro.

O ideal não é ficar sem controle e sem responsabilidades, mas TER o controle e DOMINAR suas responsabilidades. É escolher por conta própria quais serão as suas dependências. Se você já tem isso, sua independência está logo ali na esquina. Talvez você até já a tenha.

Porém, tem dois elementos fundamentais e contraditórios – pois também são responsáveis por criar novas dependências: o DINHEIRO e as EMOÇÕES. Ambos potencializam tudo, podemos dar asas aos mais profundos desejos (e aos mais sombrios também). São difíceis de controlar, de dosar... mas são a chave para o que considero uma verdadeira independência hoje. Pra finalizar essa conquista, só faltaria se libertar de antigos e ultrapassados conceitos, verdades que aplicamos a nós mesmos e que já perderam o significado, mas continuam como tradição e se tornam preconceitos. Abrir a cabeça para novas opiniões e enxergar por novos olhos é encontrar a independência (e por que não, a felicidade?) a cada momento.

Dessa forma, vejo que a vida tem vários momentos de independência. Mesmo tendo que fazer concessões e criar algumas novas dependências, estou vivendo um momento importante. Agora são as dependências que EU escolhi. Por exemplo, na escola nós TEMOS que estudar, agora eu QUERO estudar. Diferença total. Acho que estou dando passos largos para tentar encontrar minha felicidade.

Então, fica a pergunta: quando você se viu independente?