Independência ou Morte! (Pedro Américo, óleo sobre tela, 1888), quadro sobre o famoso mas duvidoso Grito do Ipiranga.
Em sete de setembro de 1822, o Brasil iniciava sua autonomia política mundial: era o Dia da Independência do Brasil.
Acho que a independência completa é virtualmente inexistente. Seremos sempre dependentes de algo para sobreviver em sociedade, e não estou falando das necessidades básicas do ser humano como comer, respirar etc. Falo dos contatos humanos, das emoções, do maldito dinheiro, das telecomunicações (TV, rádio, internet etc.). A figura do eremita não possui mais base... ser um indivíduo que vive isolado é (hoje) fatal e quase impossível. Até mesmo os lugares mais distantes do planeta já possuem a ciência do homem. Por essa razão que questiono a independência do nosso país, principalmente naquela época.
Mas resolvi virar essa pergunta pra mim mesmo. Desde que me entendo por gente (adoro essa frase, mas não faço idéia do momento exato), busco minha independência. Mas independência de quê, afinal? Na adolescência, é óbvio que é independência dos pais e da escola... fazer o que der na telha, sem controle, sem responsabilidade. Mas é bom não adquirir a independência nessa época ou muitas besteiras virão pela frente. Até podem ser besteiras que levam a acertos, mas o caminho fica muito mais duro.
O ideal não é ficar sem controle e sem responsabilidades, mas TER o controle e DOMINAR suas responsabilidades. É escolher por conta própria quais serão as suas dependências. Se você já tem isso, sua independência está logo ali na esquina. Talvez você até já a tenha.
Porém, tem dois elementos fundamentais e contraditórios – pois também são responsáveis por criar novas dependências: o DINHEIRO e as EMOÇÕES. Ambos potencializam tudo, podemos dar asas aos mais profundos desejos (e aos mais sombrios também). São difíceis de controlar, de dosar... mas são a chave para o que considero uma verdadeira independência hoje. Pra finalizar essa conquista, só faltaria se libertar de antigos e ultrapassados conceitos, verdades que aplicamos a nós mesmos e que já perderam o significado, mas continuam como tradição e se tornam preconceitos. Abrir a cabeça para novas opiniões e enxergar por novos olhos é encontrar a independência (e por que não, a felicidade?) a cada momento.
Dessa forma, vejo que a vida tem vários momentos de independência. Mesmo tendo que fazer concessões e criar algumas novas dependências, estou vivendo um momento importante. Agora são as dependências que EU escolhi. Por exemplo, na escola nós TEMOS que estudar, agora eu QUERO estudar. Diferença total. Acho que estou dando passos largos para tentar encontrar minha felicidade.
Então, fica a pergunta: quando você se viu independente?
Um comentário:
Respondendo a sua pergunta: NUNCA.
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