segunda-feira, 31 de maio de 2010

Murilão

Às 20h14 do dia 31 de maio de 2010, nasceu o geminiano (com ascendente e Lua em Capricórnio) Murilo Bonecker dos Santos, filhos dos meus grandes amigos Bruno e Simone. Vocês se lembram que ele me deu a notícia aqui na minha casa como minha primeira visita? O pai é vascaíno, mas 90% da família é flamenguista, ainda bem!

Ah... Colocar o adesivo do titio aqui na visita ao berçario foi idéia do Thuri!

Z. Bauman

Mais uma dele:
Não há sentido em comparar os sofrimentos do passado e do presente, tentando descobrir qual deles é menos suportável. Cada angústia fere e atormenta no seu próprio tempo.

Sempre genial.

sábado, 29 de maio de 2010

Luisa entre nós!


Alguém se lembra que meu amigo Erick estava preparando sua nova animação Entre nós? Pois é... a parada é bem maior do que isso porque vai além dos 15 minutos de animação: a personagem adolescente Luisa invadiu o mundo virtual! Ela tem um blog divertidíssimo, Facebook, Twitter e Orkut!

Pelas redes sociais, Luisa vai narrar seu dia-a-dia dentro e fora do universo da escalada, com direito a namoros, fofocas, complicações escolares e - é claro - muito montanhismo, escalada e ecologia. E isso vai funcionar como um preparatório para a escalada que acontecerá em outubro e que é o tema da animação em si.


Não quero estragar a surpresa, mas Luisa passará maus bocados nesse passeio, quando seu pai e parceiro de escalada, Aurélio, despencar e sumir no meio da vegetação. Com imagens e música, o curta busca narrar essa história da forma mais universal possível, eliminando diálogos e barreiras da língua. No blog dela, tem o trailer.


Demais, não? E detalhe: já ganhou um prêmio especial do juri eslovaco no 11th horyamesto! Ah... e vai estar no Anima Mundi também! Show!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

FInal LOST: Não entendeu?

Consciente coletivo? Mundo paralelo? Vida pós-morte? Sei lá... só sei que quem perdeu as seis temporadas tem que perder agora seis minutinhos para entender tudo que aconteceu naquela maldita ilha:



Entendeu?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Lost: temporadas em cartaz... 2!

Lembram do designer gráfico grego denominado Gideon Slife que fez um cartaz para cada episódio de Lost? Então... fiquei devendo as duas últimas temporadas. Aí vai:

QUINTA TEMPORADA
SEXTA TEMPORADA
Continuam muito bons, né? Mesmo que cada episódio tenha inúmeros detalhes e nuances responsáveis pelos mistérios da série, ele conseguiu resumir em uma imagem o que realmente importava.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Final de LOST: Hã?


Caraca...

Bom... nem sei por onde começar... talvez pelos trocentos anúncios que foram colocados. A cada cena, um anúncio... e isso não fez o menor sentido na TV brasileira. Na TV americana, até vai, pois o valor dos comerciais foi caríssimo (até U$950 mil!). Mas aqui, a AXN ficava passando sua programação. Será que o canal não poderia ter reduzido as horas ininterruptas de comerciais para reduzir o tempo de espera do fim? Com certeza... Isso pra mim detonou um pouco... quando eu estava engrenando na emoção... PÁ... anúncio... quando eu estava começando a criar uma teoria... PÁ... um anúncio. Péssimo. Provavelmente essa foi uma outra razão para os baixos índices de audiência na TV americana.


Agora... todo mundo morto é sacanagem. É muito Caverna do Dragão! É muito Sexto Sentido! Já falavam sobre isso no fim da primeira temporada! Ouvi uma teoria que a ilha seria o purgatório e que todos precisavam expiar seus pecados por lá. Por isso a gente ficava sabendo do passado dos personagens. As mortes na ilha seriam a passagem para o Paraíso, como se eles tivesse sido perdoados. Mas aí eles saíram da ilha... e aí? Como ficou essa teoria? Furada! E pior... eles voltaram pra ilha! Aí surgiu a teoria de que eles estaria numa experiência científica da Dharma Iniciative que os deixavam em coma (como o filme A Cela) para estudar o consciente coletivo. Aceitei essa teoria. Levei adiante... até que chegaram Jacob e o Homem de Preto. E toda a espiritualidade que afastou o mundo da ciência... O eterno embate entre Jack e Locke, o homem da ciência e o homem da fé. Isso estava acontecendo dentro de mim... a história do coração da ilha, dos irmãos imortais, tudo sobre a fumaça negra, do Bem vs. Mal... não comprei nada disso. Fiquei até meio incomodado. Por isso, continuei buscando um final científico pra tudo. O penúltimo episódio ainda me mantinha no rumo.


Mas tá... eles estavam mortos... desde quando? Quando o avião caiu ou quando a bomba explodiu? Eu acho que foi quando a bomba explodiu. Ou então vou ter que considerar que tudo que eles viveram foi em vão! NÃO! NÃO!

E é aqui que me dei conta que o principal da série não era decifrar os mistérios absurdos, mas saber o que iria acontecer com os personagens. Eles são os verdadeiros mistérios... saber como eles chegaram até ali, como eles vão reagir aos extremos da ilha e como eles vão acabar (ou poderiam acabar). O programa de recapitulação foi incrível. Toda hora eu me arrepiava ao lembrar das três primeiras temporadas. Excelentes! Ficou visível que eles decidiram pelo final só a partir daí, porque a série muda a partir da quarta temporada. Os depoimentos dos personagens foram muito bons:
  • JACK: O herói. E o melhor: o herói falho. Essas falhas o tornavam verossímel. Sua passagem da ciência para a fé beirou a loucura. O quarteto amoroso entre ele, Kate, Sawyer e Juliet sustentou até o fim, com a divisão correta no final. Tinha que terminar em sacrifício. Era o fim de justo, o fim do herói, do mártir. Aliás, começou com ele acordando no bambuzal e terminou com ele morrendo no mesmo bambuzal. Épico.
  • KATE: A heroína também falha. Mesmo que a gente concorde com seus motivos, ela é uma criminosa. Mas é a personificação da força da mulher, capaz de amar, sofrer, ser mãe, atirar, matar e - até mesmo - ser a melhor rastreadora de todos! Seu despertar com Claire e Charlie foi ótimo.
  • SAWYER: O anti-herói. Pra mim, o melhor. O personagem em constante busca da redenção. Sua falhas são óbvias, mas a gente queria ver ele se consertando. E seu amor com Juliet foi o que todos pedimos. E com a morte de Juliet, Sawyer passou a ser o nosso injustiçado. Até que, no "universo paralelo", ambos se encontraram e tiveram um dos momentos mais emocionantes da série. O despertar dos dois me arrepia até agora!
  • LOCKE: A esperança, o mistério. Desde o início, Locke era o personagem que nos trazia os mistérios da ilha e que fazia a gente acreditar que tinha alguma coisa diferente ali. Seu passado sofrido, fazia com que tivéssemos pena do personagem, permitindo que ele fizesse suas estripulias insanas pela ilha. É responsável por número infinito de cenas incríveis ao longo da temporada: da escotilha a sua morte. Terry O'Quinn se mostrou um ator de altíssimo nível no papel da vida dele. ATENÇÃO: não estou falando do Dark Locke... pra mim, esse é outro personagem.
  • BEN: O verdadeiro vilão. Talvez um dos melhores dos últimos tempos. Rever suas primeiras participações na série e toda sua transformação é bárbaro! Ele é FODA! O que dizer do assassinato de Locke ou de suas manipulações quando era refém? Absolutamente sensacional! E vocês sabiam que ele só ia ficar por seis episódios? HA! Ele tinha que ser despertado na surra mesmo! E vai dizer que, mesmo sendo manipulador até o fim, você não gostou da família louca formada por Ben, Rousseau e Alex? FODA!
  • HURLEY: Todos amam o Hugo. O alívio de toda a série e de todos os personagens. Carisma puro. Todos torciam por ele e, por causa disso, Libby ganhou uma força fora das telas que a fez retornar para o fim. Assumir o manto de guardião foi emoção pura. Eu achava que seria o Jack (afinal, Shephard é parecido com shepherd, pastor em inglês) e estava certo até essa cena incrível onde tudo ficou certo. Quem seria melhor para defender o coração da ilha senão aquele que tem o maior coração de todos? E ao lado daquele que melhor conhece a ilha... ainda melhor!
  • KWON: O casal coreano foi ganhando força aos poucos, porque era uma cultura diferente, uma língua diferente, tradições diferentes... americanos não gostam disso. Até que a gente fica sabendo do passado complicado dos dois. A série faz de tudo para separá-los... acho que eles ficam totalmente juntos por poucos episódios. Mas eles sempre se juntam... mesmo depois de duas temporadas inteiras separados pelo tempo e pelo espaço. Aí... no episódio seguinte... a morte mais emocionante de todas. Quem não queria o despertar deles?
  • SAYID: O soldado, o guerreiro. Era o pau pra toda obra. A violência que marcava sua vida não gelava seu coração. Até que ele morreu e pirou. Mesmo assim, teve forças pra se sacrificar por todos. Ouvi dizer que seu personagem perdeu força, porque o ator andava fora dos eixos. Mas eu gostava dele.
  • DESMOND: A constante. Enigmático do início ao fim. Entrou como o "melhor amigo do herói" que iria ficar alguns episódios e acabou como "a arma". Até hoje não entendo metade das coisas que aconteceram com ele na ilha, fora da ilha, no reotrno a ilha, como arma, como experimento eletromagnético, como guia do despertar... Mas o carisma do ator e do personagem e as histórias ao redor do "Penny's Boat" já são ícones da TV.


E ainda tinha Claire, Charlie, Rose e Bernard, Michael, Walt, Mr. Eko, Ana Lucia, Penny, Widmore, Miles, Faraday, Charlotte, Richard... Fiquei com a impressão que o "universo paralelo" era realmente o "final feliz", aquele que todos os fãs de novelas da Globo pedem. Enquanto isso, na ilha, acontecia o "verdadeiro final": o sacrifício de Jack, Hurley e Ben como guardiões da ilha e Lapidus tirando Miles, Richard, Claire, Kate e Sawyer de lá, para um mundo onde o acidente aconteceu.

Pra mim, Lost ainda não acabou. Tenho muito o que refletir e pensar sobre isso e - provavelmente - ver toda a série de novo. Ainda não estou pronto para o meu despertar da série... para moving on como disse Christian Shephard (aliás, vocês perceberam que esse nome significa "pastor cristão"?). Vou ter que aguardar o DVD com 20 minutos a mais pra saber:
  • Walt? Michael? Mr. Eko? Ana Lucia? Charlotte? Miles? Dr. Chang? Não estavam prontos para o despertar? São especiais?
  • Que cachorro é esse, gente? Vincent some, aparece, some, aparece e termina deitado docemente ao lado do héroi rasgando uns "óóóóó que fofo" de todo mundo! Só falta alguém me dizer que ele é um anjo...
  • Os números malditos existiam antes do avião, certo? Então, os candidatos de Jacob já estavam definidos antes também. Então, pra quê o avião caiu e sobreviveu tanta gente? Por que Jacob levou mais de 120 capítulos pra explicar isso tudo?
  • Charles Widmore já estava morto há muito tempo também? E aquele povo todo do cargueiro? E o povo todo da Dharma Iniciative? E os outros??? MEODEOS! Quanto morto!
  • Eloise Hawkins é médium? O pêndulo é uma tábua de Ouija?
  • Por que Jacob e o Homem de Preto eram imortais?
  • O que tem a ver viagem no tempo com isso tudo?
  • A Penny estava na igreja por quê? Ela morreu?
  • Como Ben saiu debaixo do enorme tronco de árvore que o prendeu durante a tempestade na ilha? Só porque ele sabia onde estava o barco de Locke, ele conseguiu se teletransportar?
  • O confronto final Jack/Locke começa e termina na chuva. Depois dos comerciais... cadê a chuva??? MEODEOS! (pra mim... essa foi de amador! E não me venha com a desculpa que foi uma chuvinha de verão, porque eles passaram o tempo todo dizendo que estava vindo uma tempestade fortíssima. Caído.)
  • Como fica então: Hurley, Ben, Desmond, Claire, Kate e Sawyer estão na igreja, mas também estão na ilha. Eles despertaram ou não? Morreram ou não? Lapidus, Richard e Miles não aparecem na igreja, então, dane-se...?
  • O que era o coração da ilha, afinal? Ficou com cara de ET, não?
  • O que era a fumaça preta afinal??? Tinha consciência, queria sair da ilha, podia se transformar nos mortos, foi criada a partir do Homem de Preto no coração da ilha... e aí?
  • Aliás... quando a ilha sumiu... sumiu qual? A maior, a da Hidra ou ambas?
  • Cadê o Rodrigo Santoro, vulgo Paulo, gente?
  • ...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Final LOST: É hoje! (ou não?)


Dentro de algumas horas, Lost vai acabar... ou não? Sinceramente, acho que não. Essa é a típica série que será eternamente comentada, seja pelo final que agradou (ou não) ou seja pelos mistérios que resolveu (ou não).

O "ou não?" faz parte da série. Pra mim, Lost beira o existencialismo... aquelas perguntas que a gente nunca tem a resposta e mesmo quando a resposta aparece a gente continua procurando uma melhor. "Quem sou eu?", "Pra onde vamos?", "Qual o meu objetivo na Terra?"... sei lá... acho que essa é a essência da série.



E isso gera uma produção incrível... criações autorais em larga escala, sempre com interpretações ótimas, pois tudo é possível (ou não?) com Lost. Vejam esses belos cartazes, por exemplo:


O ilustrador Scott C. resolveu desenhar os personagens frente animais, objetos, outros personagens - ou até mesmo o Monstro da Fumaça - que cruzaram seu caminho:


E esse sensacional tarô? Eu quero!


E essas pinturas com tinta acrílica do Dr. Mikey (que não é doutor). Estão a venda!


E quem se lembra de Ty Mattson? Ele fez cartazes monocromáticos para cada episódio da última temporada. Muito legais:


Acho que ainda vão surgir muito mais criações. Que venham!

(Novamente... a maioria das coisas aqui estão sem créditos porque eu não sei de quem são. Vieram do Vida Ordinária)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Final LOST: o mundo mudou!


Seis anos de mistérios em Lost irão terminar amanhã. E já sei que nem todos terão resposta (alguns serão respondidos no DVD... dá-lhe jogada de marketing!). Mas é impossível esquecer o que essa série fez pela televisão mundial. Ela mudou os parâmetros de muitas séries de suspense, ficção e aventura. Até mesmo o cinema se rendeu a capacidade de prender o espectador grudado a cada episódio. Todos sabiam que até mesmo os episódios fracos teriam um sentido qualquer em algum momento.

O mundo pop mudou. Todos queriam fazer parte desse universo (vejam o blog Dude! We are Lost!). Até os que nunca assistiram um episódio ou falavam mal, se incomodavam com tamanho sucesso. Existe até um wikipedia própria: o Lostpedia! Já falei um monte sobre isso, mas vou falar um pouco mais até amanhã... pelo menos!

Vejam, por exemplo, o designer croata Neven Mrgan, da Panic, fez um pixel art para comemorar o fim da série. A imagem de 8-bits tem: Jack, Kate, Sawyer, Locke, Hurley, Walt, Michael, Sayd, Claire, Charlie, Faraday, Eko, Ben e a Fumaça Negra. Ele também disponibilizou um arquivo para quem quiser adicionar mais personagens.


E que tal essa versão Simpsons:


Até o cantor Marilyn Manson entrou na onda e pintou um quadro de John Locke (Terry O’Quinn):


Pegaram as palavras mais ditas por Jack e Locke e fizeram uma imagem fotográfica deles bem legal:


E essa abertura de série no estilo Saul Bass, década de 60:



O canal AXN preparou uma programação especial amanhã. A partir das 18h, os 3 episódios anteriores serão revisados. Às 21h, o penúltimo episódio inédito. E, às 22h, as duas horas e meia do episódio final!

Alguém tem que acordar cedo na quarta? Eu não!

(A maioria das coisas aqui estão sem créditos porque eu não sei de quem são. Vieram do Vida Ordinária)

Rio!

Carlos Saldanha é muito foda mesmo... depois da excelente trilogia da Era do Gelo, ele resolveu colocar suas raízes na tela.

Sua nova animação, Rio, conta a história de uma arara azul nerd chamada Blu que vive em cativeiro em Minnesota (EUA) e acredita ser o último de sua espécie. É quando conhece outra arara azul, Jewel, e acaba embarcando em uma aventura no Rio de Janeiro, com direito a vôo de asa-delta da Pedra Bonita para o Cristo Redentor e praia lotada de popozudas ao som de "Mas que nada"!




Jesse Eisenberg, Anne Hathaway, Neil Patrick Harris e Rodrigo Santoro fazem vozes desse filme que já sairá em 3D. A estréia está marcada para abril de 2011 nos EUA, mas não tem previsão por aqui. Ainda.

Fúria dos homens!


Assisti o Fúria de Titãs (Clash of the Titans, 2010). Meus comentários estão lá no Mito+Graphos. Adianto que é divertido, mas com inúmeras incongruências mitológicas. O roteiro é chei ode furos e as atuações são fracas, mas os efeitos especiais tornam tudo real.

Ah... NÃO VEJAM EM 3D!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Tá na hora de rever os meus conceitos...

Há seis anos atrás, fiz um curso com um figurão que mudou minha vida (por razões negativas, achava eu). O curso era caro, o professor falava um monte de asneiras e a turma concordava com tudo, porque - afinal - ele era uma figurão. Isso sem contar o fato que ele terminou o curso faltando duas semanas para o fim porque ele não estava dando conta dos trabalhos dele... (hã?) Para vocês terem uma idéia, eu fiquei conhecido como "o rapaz que discordou do professor". E vou contar isso.

Em determinado momento do curso, o figurão disse que selecionava os profissionais de design para uma bolsa na Inglaterra a partir de seus trabalhos autorais e não com uma análise de portfolios engessados por clientes. Quase que instantaneamente eu retruquei: "e quem não tem tempo?". A turma toda ficou me olhando como se eu fosse um herege, mas ao longo do meu discurso alguns concordaram comigo. Perguntei sobre aqueles que trabalhavam por mais de 8h por dia e ainda tinham filhos pra criar, roupas pra lavar ou quaisquer outras funções particulares. Será que essas pessoas que não tem tempo e, portanto, não podem fazer trabalhos autorais, devem ser excluídas dos processos de seleção? Essas pessoas não tem valor? Não tem chance?

Resposta do figurão: " Eu sei o que eu estou falando. Eu tenho olhos de falcão."

A raiva que eu fiquei foi tão grande que pensei: "se esse cara pode falar esse monte de besteira e ainda ganhar dinheiro, eu também posso... e ele usa óculos! Olhos de falcão é o C@/@7#*". Por incrível que pareça, esse foi o pontapé inicial para o meu mestrado. Os quatro anos seguintes foram de reflexão, estudo, pesquisa e avaliação. Não de um tema para o mestrado... mas de mim mesmo. Eu precisava ter certeza que esse era o caminho a seguir. No início de 2009, eu me tornei mestre em design e me vi - pelo menos - melhor do que o figurão, pois eu poderia garantir que besteira eu não ia falar.

Mas todo esse processo de anos foi além. Quatro meses depois de obter o título do mestrado, decidi que o design precisava chegar às pessoas pela educação, desde pequenas, e não somente pelas prateleiras ou universidades. Então, estou fazendo um curso para me tornar professor de ensino fundamental e médio. Voltando ao figurão: ao invés de raiva, eu deveria agradecê-lo.

Só que me vi hoje numa situação ainda mais complicada... eu tenho a impressão que ele estava certo! Não pelos malditos "olhos de falcão", mas pela idéia dos trabalhos autorais. Estou participando de palestras sobre design cultural com um outro figurão e tenho percebido uma fala romântica, utópica, quase surreal sobre a atuação dos designers brasileiros. Confesso que inicialmente achei péssimo, achei distante, achei fora da realidade. Até que comecei a me dar conta que o discurso dos figurões era convergente. Refletindo sobre o que venho acompanhando sobre projetos-conceito, iniciativas de estudantes e investimentos de grandes instituições... trabalhos autorais fazem a diferença mesmo! (Fabio Lopez, por exemplo...)

E agora? As bases do meu "divisor de águas" mudaram da esquerda para a direita! Acho que agora só me resta ter a humildade de refletir mais sobre isso, rever meus "pré-conceitos" com os figurões e - tomara - me tornar um designer melhor.



Idéias para guarda-chuvas...

Ninguém resolve os problemas dos guarda-chuvas, mas tem gente que adora inventar algo.

LUZ
O Lighted Safety Umbrella pensa nas chuvas noturnas. Feito com tecido refletivo da 3M, ele possui uma lâmpada Krypton de 6V que ilumina seu usuário. É pra dar segurança mesmo. E eu descobri esse post no Bem Legaus, onde também descobri que compartilho meu ódio por guarda-chuvas com o André.


CORTIÇA
Vocês sabiam que 50% da cortiça do mundo vem de Portugal? Pois é... nem eu! E é de lá que veio essa coisa inusitada: um guarda-chuva de cortiça criado pela designer Sandra Correia! Sua cúpula é bem resistente à água e eco-friendly. O forro do Cork Umbrella é feito de algodão, com armação de metal e cabo de madeira.

MÚSICA
Cada gota, um som. Já imaginou o desespero num dia de temporal? Nada prático, o Rain Drum foi criado pela designer Dong Min Park.


Eu hein... é cada uma que me aparece...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Mais cartazes do egípcio...

Lembram que o egípcio Ibraheem Youssef fez cartazes para os filmes de Tarantino? Então... agora ele fez outros:

A vida marinha com Steven Zissou (The life aquatic with Steven Zissou, 2004)

O Parque dos Dinossauros (Jurassic Park, 1993), O Iluminado (The Shinning, 1980) e Guerra nas Estrelas (Star Wars, 1978)

Pura Adrenalina (Bottle Rocket, 1996) e Os excêntricos Tenenbaums (The Royal Tenenbaums, 2001)

Legal, não?

O desejo de todos

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Cartaz em suspense

Incrível como filmes de suspense permitem incríveis cartazes minimalistas. Já mostrei aqui cartazes de Hitchcock e Stephen King feitos por Laz Marques e outros. O jovem designer norte-americano Nicholas Tassone (Bee Combs) também refez os cartazes para Stephen King, mas não somente os de suspense:

Carrie, a Estranha (Carrie, 1974) e O Iluminado (The Shinning, 1977)

A incendiária (Firestarter, 1980) e Christine (1983)

Cemitério Maldito (Pet Sematary, 1983) e A coisa (It, 1986)

Olhos de gato (Cat's eye, 1985) e Conta comigo (Stand by me, 1986)

Louca Obssessão (Misery, 1990) e Um sonho de liberdade (The Shawshank Redemption, 1994)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Auto-explicativo

Vamos ver se agora vocês entendem como eu me sinto na minha profissão:

terça-feira, 11 de maio de 2010

Lost: temporadas em cartaz!

Lost está chegando ao fim e a últim temporada tem sido alvo de críticas pesadas, sem explicações plausíveis e um possível fim frustrante. Mas os episódios sabem deixar o espectador preso até o final, esperando a próxima loucura.

O estudante grego de design gráfico denominado Gideon Slife é apaixonado pela série e resolveu fazer um cartaz para cada episódio! No estilo minimalista!

PRIMEIRA TEMPORADA
SEGUNDA TEMPORADA
TERCEIRA TEMPORADA
QUARTA TEMPORADA
Quando terminar, eu coloco a quinta e a sexta temporada. Estou ansioso para ver a conclusão disso, porque achei tudo muito legal!

Nenhuma dúvida!

Acabo de ver Dúvida (Doubt, 2008) com Meryl Streep, Philip Seymour Hoffman e Amy Adams. Gente... Meryl Streep é ABSURDA! Sei lá... acho que qualquer coisa que ela faça fica bom mesmo. Até mesmo Mamma Mia! Nem preciso dizer que ela foi indicada a todos os prêmios cinematográficos do ano. A cena principal do filme onde ela (Irmã Aloyisis) e Philip Seymour Hoffmann (Padre Flynn) colocam as cartas na mesa é um show de interpretação de ambos, sendo que ela se sobrepõe com uma facilidade incrível. Amy Adams é uma excelente coadjuvante que personifica a inocência como poucos.

O título do filme não poderia ser melhor. O filme todo te deixa em dúvida até o fim. Mesmo quando você acha que sabe a verdade, o fim te deixa em dúvida. Acontece que quando uma das possíveis verdades é defendida por uma Meryl Streep, você acredita e ponto. O filme tem como cenário a década de 60 americana, com os questionamentos raciais em voga. Mas o tema do filme é bem atual: pedofilia na igreja. Assunto difícil, porém bem abordado.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Super (POP) Heróis!

Há algum tempo a indústria cinematográfica colocou os super-heróis de volta à moda. Anos e anos de quadrinhos que eram lidos por poucos e sempre considerados nerds agora são megaproduções que geram milhões e milhões de dólares e atingem toda a população. Não conhecer um super-herói é ser nerd.

Mas nem só de quadrinhos e cinema vivem os super-heróis. O artista italiano Adrian Tranquilli expôs em 2008 na Louise Alexander Gallery esculturas que representam a vulnerabilidade dos super-heróis, realçando seu caráter humano. Vejam as imagens da Heroes: The route of exposure (Heróis: A rota da exposição):


E que tal essas capas de livro retrô baseadas em heróis e sagas dos quadrinhos criadas pelo designer gráfico inglês Fonografiks? Além do minimalismo, as retículas garantem um visual muito interessante.


Capas de disco da década de 80 também podem servir de inspiração para os heróis. Foi isso que o ilustrador americano Cliff Chiang fez e ganhou uma matéria na revista Pequenas Empresas & Grande Negócios:


E - é claro - que não poderiam faltar alguns cartazes minimalistas, né? São bem simples, baseados em uniformes, símbolos ou algo de destaque. São legais. Produzidos pelo site Screen Rant.