quarta-feira, 29 de agosto de 2012

As superolimpíadas



Descubra o que ser humano de hoje até o dia 9 de setembro em Londres.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Invasão espacial de Coca-Colas

A Coca-Cola é - pra mim - uma das empresas que melhor trabalha sua marca, sua identidade. Com isso, vária pessoas se sentem capazes de inventar com ela. Veja esse caso da designer canadense Erin McGuire em um projeto escolar inspirado no clássico game oitentista 8-bit Space Invaders.


Legal, não?

domingo, 26 de agosto de 2012

Pantone humano

Em 2009, um designer francês veio pra Bahia fazer um excelente projeto relacionado as cores de pele a Escala Pantone. Não sei quando a artista e fotógrafa carioca Angélica Dass começou o projeto Humanae, mas ele segue uma linha quase igual.


Talvez a diferença esteja no conceito. Enquanto Pierre David queria questionar o racismo e a igualdade/diferença da cor da pele, Angélica diz que seu objetivo é "registrar e catálogar, através de uma medição científica, todos os possíveis tons de pele das pessoas". Continuo achando um ótimo projeto!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A bonança

Estrelas não brilham sem escuridão.

domingo, 19 de agosto de 2012

No(a) risco(a)

Deixei fluir. Debulhei o trigo. E aqui estou eu, colhendo o que plantei. Legal, não? Então... é. É claro que é! Mas só que ninguém nos ensina que a realização dos nossos planos (ou sonhos) podem não ser exatamente o que a gente espera.

E aí? Continuamos sonhando, traçando planos, desejando coisa que podem dar errado?

That's life! Sempre arriscando...

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Toalha-bolsa!

Que inteligente!

Para aqueles que levam toalhas (ou cangas) para conseguir um lugar na praia ao invés de usar cadeiras pagas, a Towelmate é uma pedida. Primeiro, ela tem lado certo para usar: o que vai na areia e o que se deita. Neste, um travesseirinho embutido (removível para limpeza) e protegido por tecido à prova d’água para você relaxar com todo o conforto. E, ainda, nas laterais superiores, dois bolsões forrados e resistentes à água com zíperes para guardar bugigangas em geral (dinheiro, chaves, revistas etc.).


São várias opções de padronagens e cores e cada uma custa U$45 no Amazon. Corre que só tem 7 no estoque! Seria sucesso garantido por aqui!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Depende do ponto de vista


Projeto bem bacana do estudante Joseph Egan, que fez uma instalação tipográfica no Chelsea College of Art and Design em Londres, onde estuda, inspirado no pioneiro da técnica da pintura em perspectiva, o suíço Felice Varini, que desde 1979 a usa.


Essa ideia de tipografia anamórfica também foi feita pelo designer norte-americano Thomas Quinn em 2010 em um quarto na casa de seus pais. É um questionamento: encare a realidade do jeito que ela é.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A maldição da expectativa olímpica

Eu ia fazer um balanço do Brasil nas Olimpíadas de Londres... mas aí eu fui ler o que escrevi para Pequim 2008 e vi que ia escrever praticamente a mesma coisa! Expectativas exageradas, pressão absurda, psicológico fraco, Bolt e Phelps virando lendas... tudo igual.

É fato que quem sedia os Jogos Olímpicos tem um aumento significativo de medalhas. Em Pequim, a Grã-Bretanha ficou em 4º com 47 medalhas, sendo 19 de ouro. Dessa vez, ficou em 3º com 65 medalhas, sendo 29 de ouro! Claro que poder colocar atletas em todas as modalidades independente do índice classificatório, interfere nesse resultado, mas os tão falados investimentos são o verdadeiro fator determinante. Como nós brasileiros (sim não só o Governo, mas todos aqueles que ficam criticando pelo Facebook) podemos exigir medalhas? O fato de chegar a uma Olimpíada sem qualquer tipo de ajuda já deveria ser comemorado como um ouro!

A natação ainda tem alguns clubes que investem... mas o que falar do boxe, gente? E os sempre vitoriosos do judô e da vela? E o pentatlo??? A Confederação Brasileira de Atletismo quer saber o que aconteceu... tipo... hã??? É por isso que achamos um absurdo o todo poderoso futebol não ter ainda um ourinho sequer.

Eu não consigo entender como um país como o nosso não utiliza o esporte universitário como os EUA fazem. A chance de botar gente no ensino superior sem inventar questionáveis cotas, dando educação e investindo em diversas modalidades não pode ser tão difícil.

Bom... vamos as medalhas:

OUROS INCRÍVEIS: Os inesperados ouros do ginasta Arthur Zanetti (nas Argolas) e da judoca Sarah Menezes dão orgulho. Assim como o das meninas dos vôlei de quadra... depois de um campeonato irregular cheio de críticas de sofá, uma semi-final e uma final que já entraram para a história dos Jogos.

PRATAS DÚBIAS: Como sempre a prata não é comemorada por ser na derrota, mas o nadador Thiago Pereira e o boxeador Esquiva Falcão não tem nem aí pra isso e mostram com orgulho suas medalhas prateadas. O problema é a decepção do vôlei masculino de quadra e de praia (com Alison e Emanuel) que todos esperavam mais. Do futebol masculino, nada a declarar quando a soberba adolescente sobressai ao futebol.

BRONZES GUERREIROS: As três medalhas de bronze do judô (com Felipe Kitadai, Mayra Aguiar e Rafale Silva) possivelmente faziam parte do ideário esportivo do brasileiro, mas talvez nas mãos de outros atlestas. Já as duas medalhas do boxe (com Adriana Araújo e Yamaguchi Falcão) e a do Pentatlo Moderno feminino (Yane!!!) são absolutamente sensacionais! Já o da vela (com Scheidt e Prada) e do vôlei de praia feminino (com Juliana e Larissa) esperava-se, no mínimo, num tom acima.

Com isso tudo, minhas malditas expectativas para o Rio 2016 são as piores. Teremos atletas em tudo quanto em canto, mas a pressão de fazer resultado em casa será insuportável. Se numa vez a vara sumiu e na outra o vento atrapalhou, Fabiana Murer não vai nem sair da cama!

Agora é com "nóis". Demos uma temperada no pop rock inglês do encerramento, mas temo pelo carvalesco em demasia. As Olimpíadas são no Rio, mas o espírito deve ser coletivo e mundial. Seguindo os novos termos cariocas, agora imagina na Olimpíada!!!

domingo, 12 de agosto de 2012

Bem mais importante

É legal ser importante, mas é mais importante ser legal!
(Do I can read).

sábado, 11 de agosto de 2012

Aros olímpicos e informativos

Os aros olímpicos simbolizam a união dos povos. Nas mãos de um competente designer como Gustavo Sousa, os aros podem virar belos infográficos.

Emissões de CO2 per capita | Sacerdotes católicos | Lojas do McDonald's
Prisioneiros | Mortalidade infantil | Porcentagem mundial de venda de Coca-Cola
População | Lixo perigoso | Gente vivendo com HIV
Obesidade | Porcentagem de casas com TV | Porte de arma



Algo me diz que as cores estão erradas (lembre-se que: Azul = Europa, Amarelo = Ásia, Preto = África, Verde = Oceania, e Vermelho = Américas), parecendo que a África está em amarelo, a Ásia em verde e a Europa em preto, mas não invalida a iniciativa.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Batman ressurge

Outro dia cometi a (talvez) heresia de falar que não gosto de Woody Allen. Nem de Paris. Agora cometerei um ato de blasfêmia: eu não gosto do Batman.

Sei que corro o risco de sofrer ataques virtuais (e reais) por causa disso, mas eu gosto de super-heróis lúdicos, que tem poderes inverossímeis e me tiram da (às vezes) desagradável realidade. Um homem que usa os punhos e o cérebro pra lutar não pode vencer um super-homem. E isso é chato. Fica forçado quando acontece e histórias de superação são melhores quando são olímpicas. Dito isso... tento me redimir dizendo que coleciono todas as revistas do Batman e vi todos os filmes dele no cinema... inclusive o psicodélico Batman & Robin (1997) com George Clooney numa roupa com mamilos.

Então, não posso negar a importância desta nova trilogia do super-herói mais real e urbano possível criado pelo genial Christopher Nolan. Realmente passou a existir um "antes e depois" de seus filmes, principalmente com a atuação pertubadora e inigualável (desculpe-me, Jack Nicholson) do falecido e oscarizado Heath Ledger como o Coringa. O diretor construiu uma saga relevante para o cinema mundial, carente de bons filmes em todos os gêneros. O primeiro filme é uma excelente reintrodução do herói, preparando o terreno para o que poderia vir. O segundo filme é o ápice com o já citado Coringa e os embates psicológicos travados ao longo da película.

No entanto... (que venham as pedradas)...


Batman: O Cavaleiro das Trevas ressurge (The Dark Knight rises, 2012), o terceiro filme, é ARRASTADO! Sei que as críticas são todas maravilhosas e tal... mas são 2h30 de subtramas e amarração de pontas, criando outras novas subtramas e só 15 minutos de um final interessante. Olhei no relógio umas quatro vezes!

Na história, Batman é obrigado a voltar à ativa após 8 anos de paz em Gotham City, esta alcançada graças a uma grande mentira que amarra a obra: Harvey Dent, o Duas-Caras. Ele descobre uma enorme conspiração - orquestrada por Bane e a Liga das Sombras (do primeiro filme) - que já está acontecendo há tanto tempo que é quase impossível impedir. Eu disse: quase.

Não estou discutindo a grandiosidade do filme, com explosões, exércitos e armas em altos números que dispensam (amén!) o 3D. Estou falando:
  • Do motivo fraco do filme acontecer (uma cidade precisa ser destruída para TODA a civilização ocidental prosperar? Tipo... hã?).
  • Da identidade do Batman ser tão óbvia pra alguns e tão impossível para outros.
  • Do vilão Bane tentar ter a voz do Darth Vader, sem um pingo do carisma.
  • Dos novos personagens em sua maioria rasos (alguém entendeu o Matthew Modine?).
  • De colunas que quebram e consertam num piscar de olhos.
  • De um Espantalho imortal.

Tirando as presenças indiscutíveis de Morgan Freeman e Michael Caine (que dá um show e pode até fazer alguns incautos verterem lágrimas), temos somente uma Anne Hathaway que segura a peteca com sua Selina Kyle que não é uma Mulher-Gato, um Hans Zimmer sempre excelente em suas trilhas e uma batmoto ainda melhor. O resto fica nas mãos do diretor. Ele sabe trabalhar bem as questões que permeiam o heroismo e vilanismo neste filme. As relações entre pais e filhos também são investigadas a fundo, assim como, a forma que você leva sua vida: por ações verdadeiras ou discursos infundados. E apesar do tempo demasiado que ele leva pra contar a história, ele SABE como contá-la.


Você precisa ver os filmes anteriores, mas sairá do cinema tendo certeza de que não precisava deste. Eu daria uma nota 6,5, que daria pra passar direto porque a média dos outros filmes foi muito boa.

Apesar das minhas críticas, o personagem ressurgiu cinematograficamente e melhorou o que vemos por aí. Aguardemos o reboot... porque se o Homem-Aranha pode...

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Adivinhem quem está de volta?


The Wolverine (nome do segundo filme solo do herói mutante) começou a ser filmado na Austrália na última terça-feira. Vídeos e imagens do set estão surgindo diariamente.

Foto do set de filmagem

O longa terá como base a série Eu, Wolverine, saga japonesa criada por Chris Claremont e Frank Miller. Wolverine (Hugh Jackman) viaja ao Oriente em busca de seu amor, a bela Mariko Yashida (Tao Okamoto) que estava prometida para o corrupto ministro Noboru Mori (Brian Tee), e é humilhado em combate pelo Samurai de Prata (Will Yun Lee). Logan, então, descarrega sua ira na organização criminosa Tentáculo, controlada pelo pai de sua amada, Shingen Yashida (Hal Yamanouchi), iniciando também um poderoso embate psicológico entre sua fera interior e o homem que ele deseja ser. Pelo caminho, Wolverine encontrará sua aliada Yukio (Rila Fukushima) e - talvez - o vilão Holocausto e a espiã Víbora.

O filme estreia em julho de 2013!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Inspiração maia

Antes de falar sobre minha viagem ao México para conhecer as incríveis ruínas de Chichen Itzá, vou mostrar aqui as pirâmides que alguns de meus alunos do 6º ano do Ensino Fundamental fizeram, inspirando-se na arquitetura da cultura maia. Clique para aumentar!

Maria Clara Peixoto da Silva — Ingrid Preza Nunes
Luiza Paiva Morães — Renato Welsing Baptista
Pedro Filgueiras Haschelevici — Juliana Barros de Sousa
Clara Gruber Telles — Diogo Conde Soler Teixeira dos Santos
Liora da Costa Epelbomi — Clara Miranda da Silva
Teve até sítio arqueológico!

Muita criatividade, isopor e canetinha! Legal, né?

Muito mais que descortês

Faço questão de reproduzir aqui na íntegra a coluna de Miriam Leitão que saiu na última terça-feira no blog que a jornalista mantém n'O Globo, inclusive com o mesmo título para essa postagem:
As declarações do ministro Aldo Rebelo sobre o fato de a ex-ministra Marina Silva ter carregado a bandeira olímpica poderiam ser apenas mais uma exibição dos maus modos do ministro, ou de suas esquisitices. Mas foi pior do que isso. Sua fala pública e a de outros nos bastidores mostram que eles confundem país com governo, o que é comum apenas em regimes autoritários.

O mal estar gerado por algo que deveria ser visto como um motivo de orgulho foi mais significativo do que pode parecer. É autoritarismo o que está implícito na ideia de que só governistas podem representar o país, suas causas, suas lutas. Era comum no regime militar essa mistura entre o permanente e o transitório, essa apropriação do simbolismo da pátria pelos governantes. É também falta de compreensão do que é o espírito olímpico: a boa vontade que prevalece sobre as diferenças. Foi por isso que os escolhidos representavam o combate à pobreza, a luta por justiça, os pacificadores, o esforço de convivência entre povos, a preservação da Terra.

Quem o ministro gostaria que fosse o símbolo da proteção da floresta? Ele e seu projeto de Código Florestal que permitia mais desmatamento? Marina dedicou a vida a essa causa, desde o início de sua militância com Chico Mendes. Esse é um fato da vida.

“A Marina sempre teve boas relações com a aristocracia europeia. Não podemos determinar quem a Casa Real vai convidar, fazer o quê?”, disse o ministro dos Esportes. Nisso revelou que desconhecia os fatos, as regras de etiqueta, a lógica da festa, o simbolismo da bandeira olímpica, o que o governo inglês pretendia com a abertura e até quem é responsável por organizar a festa. Obviamente, não é a Casa Real.

Isso é mais espantoso, porque o Brasil é o próximo país a receber uma Olimpíada e a preparação já está em andamento. Se essa pequenez exibida na declaração do ministro tiver seguidores, o Brasil fará uma festa governamental. Outro integrante do governo comparou a escolha de Marina ao desfile de um trabalhista na frente de um governo conservador. A espantosa confusão não é exclusividade do ministro, é feita por outros graduados funcionários. Outros concordaram com essa canhestra interpretação. A demonstração de desagrado do governo brasileiro foi tão evidente que o representante inglês se sentiu obrigado a lembrar aos jornalistas o óbvio: a escolha não foi política, porque este não é o momento.

O governo poderia interpretar os fatos como os fatos são. O Brasil é detentor da maior fatia da floresta com maior biodiversidade do planeta. É o segundo país em cobertura florestal do mundo. O primeiro é a Rússia, que não tem a mesma riqueza de espécies. Nem de longe. A escolha de uma brasileira demonstra esse reconhecimento de que, numa causa estratégica para o século XXI, o Brasil tem destaque.

Marina mostrou que tinha entendido exatamente o que tudo aquilo representou. Fez declarações delicadas e com noção da grandeza do momento. O incidente não é apenas uma descortesia à Marina, mas uma demonstração de falta de capacidade de compreensão do espírito olímpico por parte dos governantes do país que organizará a próxima Olimpíada.

Autoridades que falaram aos jornalistas, com o compromisso de não divulgação de seus nomes, explicaram por que estavam amuadas: não foram avisadas. Como a ex-ministra disse, os organizadores pediram que não divulgasse a informação. Ela fez isso. Até a presidente Dilma deu uma nota fora do tom ao dizer que “o Brasil fará melhor" na festa de abertura. “Vai levar uma escola de samba e abafar”. A hora era de elogiar a festa de Londres e entender a complexidade da preparação da abertura de uma Olimpíada. Não basta chamar uma escola de samba.

Pra quem não sabe, Marina Silva é reconhecida mundialmente por seu trabalho de defesa do meio-ambiente. Ela entrou carregando a bandeira com os anéis olímpicos juntamente com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o maestro argentino Daniel Barenboim, o ex-boxeador Muhammad Ali, o fundista etíope Haile Gebreselassie e alguns prêmios Nobel. O convite partiu do Comitê Olímpico Internacional, sem o conhecimento do governo brasileiro, e foi mantido em sigilo a pedidos. Acabou dando mais ibope que a presidenta...

E tem muito mais... o presidente da Câmara, Marco Maia, disse que ficou surpreso e que o COI deveria ter feito um melhor trabalho de comunicação com o governo brasileiro "para a escolha das pessoas". Outro membro da delegação (que pediu para não ser identificado) acredita que o COI fez o equivalente a convidar um membro da oposição britânica para um evento no Brasil que tenha o governo de Londres como convidado especial.

E a educada e delicada Marina explicou que recebeu o convite poucos dias antes e, para não criar polêmica com a presidenta, insistiu em dizer que "sentia orgulho" em ver a primeira presidente mulher do país na arquibancada do estádio olímpico. Para ela, a emoção olímpica se equiparou à sua alfabetização tardia.

Gente... esse ano é de eleição. Vamos começar a mudar essa governância. Não reconhecer os ideais olímpicos é digno de repulsa. Começo a temer o que vem por aí em 2014 e 2016.