É fato que quem sedia os Jogos Olímpicos tem um aumento significativo de medalhas. Em Pequim, a Grã-Bretanha ficou em 4º com 47 medalhas, sendo 19 de ouro. Dessa vez, ficou em 3º com 65 medalhas, sendo 29 de ouro! Claro que poder colocar atletas em todas as modalidades independente do índice classificatório, interfere nesse resultado, mas os tão falados investimentos são o verdadeiro fator determinante. Como nós brasileiros (sim não só o Governo, mas todos aqueles que ficam criticando pelo Facebook) podemos exigir medalhas? O fato de chegar a uma Olimpíada sem qualquer tipo de ajuda já deveria ser comemorado como um ouro!
A natação ainda tem alguns clubes que investem... mas o que falar do boxe, gente? E os sempre vitoriosos do judô e da vela? E o pentatlo??? A Confederação Brasileira de Atletismo quer saber o que aconteceu... tipo... hã??? É por isso que achamos um absurdo o todo poderoso futebol não ter ainda um ourinho sequer.
Eu não consigo entender como um país como o nosso não utiliza o esporte universitário como os EUA fazem. A chance de botar gente no ensino superior sem inventar questionáveis cotas, dando educação e investindo em diversas modalidades não pode ser tão difícil.
Bom... vamos as medalhas:
OUROS INCRÍVEIS: Os inesperados ouros do ginasta Arthur Zanetti (nas Argolas) e da judoca Sarah Menezes dão orgulho. Assim como o das meninas dos vôlei de quadra... depois de um campeonato irregular cheio de críticas de sofá, uma semi-final e uma final que já entraram para a história dos Jogos.
PRATAS DÚBIAS: Como sempre a prata não é comemorada por ser na derrota, mas o nadador Thiago Pereira e o boxeador Esquiva Falcão não tem nem aí pra isso e mostram com orgulho suas medalhas prateadas. O problema é a decepção do vôlei masculino de quadra e de praia (com Alison e Emanuel) que todos esperavam mais. Do futebol masculino, nada a declarar quando a soberba adolescente sobressai ao futebol.
BRONZES GUERREIROS: As três medalhas de bronze do judô (com Felipe Kitadai, Mayra Aguiar e Rafale Silva) possivelmente faziam parte do ideário esportivo do brasileiro, mas talvez nas mãos de outros atlestas. Já as duas medalhas do boxe (com Adriana Araújo e Yamaguchi Falcão) e a do Pentatlo Moderno feminino (Yane!!!) são absolutamente sensacionais! Já o da vela (com Scheidt e Prada) e do vôlei de praia feminino (com Juliana e Larissa) esperava-se, no mínimo, num tom acima.
Com isso tudo, minhas malditas expectativas para o Rio 2016 são as piores. Teremos atletas em tudo quanto em canto, mas a pressão de fazer resultado em casa será insuportável. Se numa vez a vara sumiu e na outra o vento atrapalhou, Fabiana Murer não vai nem sair da cama!
Agora é com "nóis". Demos uma temperada no pop rock inglês do encerramento, mas temo pelo carvalesco em demasia. As Olimpíadas são no Rio, mas o espírito deve ser coletivo e mundial. Seguindo os novos termos cariocas, agora imagina na Olimpíada!!!
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