domingo, 24 de junho de 2012

Nada de ingênuo

Matando a sede, de Elza O. S.
Se a arte já recebe todas as críticas por poder ser "feita por qualquer um", imagine o quanto sofre a arte naïf, que carrega o peso de parecer ter sido feito por crianças?

O termo naïf é empregado para essa arte chamada de ingênua ou primitiva, mas existe uma liberdade de estilos, academicismos, técnicas e temas que mostram uma modernidade evidente e renegada. Tendo registros de seu auge na época do impressionismo, a arte naïf teria forças para ser tão revolucionária quanto o Cubismo de Picasso, se seu objetivo não fosse tão simples. Os pintores naïf (como Henri Rousseau) não queriam romper com tradições ou fazer algum manifesto vanguardista e sim aprofundar suas obras na simplicidade do cotidiano usando bem as cores.

Inaugurado em 1995, o Museu Internacional de Arte Naïf (Mian) é o maior e um dos mais completos dessa arte no mundo e fica no Cosme Vellho, ao lado da subida do Cristo Redentor. Detalhe: é o único museu internacional de alguma coisa que existe no Brasil! E mesmo com todas essas credenciais, o museu fechou em 2007 por falta de conservação e infra-estrutura. Sorte a nossa que ele reabriu!


E está ótimo! Obras belíssimas em um trabalho curatorial e museográfico melhor que muitos museus por aí. O acervo conta com mais de 6 mil obras de artistas de todos os estados brasileiros - com destaque para a história do Brasil de Aparecida Azedo e o Rio de Janeiro de Lia Mittarakis, as duas maiores telas naïf do mundo! - e de mais de 100 países (tem um trabalho africano impressionante), do século XV aos dias de hoje.

Rio de Janeiro, gosto de você, gosto dessa gente feliz (1984-88), de Lia Mittarakis

Escolas, agrupem-se! Vale a visita! E ainda tem uma exposição temporária de Molas do Panamá (tecidos folclóricos com bordado aplicado) bem legal.

domingo, 17 de junho de 2012

Os jardins suspensos da reciclagem

Mais do que uma palavra da moda, o termo "reciclar" é uma atitude de vida que veio pra ficar. Inspirado nesse conceito o arquiteto e designer americano Garth Britzman criou uma cobertura em um estacionamento usando garrafas PET. Como cada PET tem na sua base um formato que lembra uma flor, ele resolveu deixar a ideia mais interessante, enchendo o fundo de cada garrafa com um líquido colorido. O resultado é o (POP)culture, um belo jardim suspenso multicolorido.


Bem que essas cores "brasileiras" nessa ideia simples e genial podiam inspirar o povo criativo e inovador que estão perdidos nesse nosso país, né?
(Via Gecko)

sábado, 16 de junho de 2012

Blogs verdes

Meus blogs aderiram ao VERDE da Rio+20:

H+Min+Sec, sobre relógios.

Mito+Graphos, sobre mitologias de todo o mundo.

Dêem uma olhada neles que vale a pena! Ou então fiquem por aqui mesmo onde falo de tudo um pouco. Tem postagem sobre natureza e ecologia, reciclagem (com destaque para o meu questionamento sobre o côco verde), animais e - é claro - sobre o nosso planeta (também nas tags mundo e terra). Mas eu também falo de todo o universo!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Suor e energia

Todos os anos, as revistas estão anunciando uma nova dieta da moda. E a cada vez, a mesma conclusão: ela não funciona. Para perder peso de forma eficaz e permanente, não há milagre. É preciso adotar uma dieta equilibrada, beber água e fazer exercício físico regular.

A marca francesa Contrex de água mineral (que na verdade é da Nestlé) resolveu posicionar seu produto entre as mulheres e fez um vídeo pra provar suas teorias:



Essa ação em Paris - organizada pela marca e pela agência Marcel - é algo que eu sempre pensei: por que as academias de ginástica não aproveitam a energia gerada por esteiras e bicicletas ergométricas para uso próprio? Pensando menor, acho que esses aparelhos nem deveriam precisar de tomada para seus painéis digitais, pois o movimento contínuo do exercício já deveria alimentá-los.

Mas vamos pensar grande, né?

terça-feira, 12 de junho de 2012

Frases para o dia de hoje

Para o mundo, você pode ser só uma pessoa. Mas para uma pessoa, você pode ser o mundo.
Eu não preciso de alguém que faça meu coração ser inteiro. Ao invés disso, eu peciso de alguém que nunca me faça sentir quebrado.
Cair de amor é bem melhor quando você tem alguém pra te segurar.
Você me faz sorrir. Você me anima. Você me faz gargalhar. Você me faz feliz. Voce me faz.
Não existe a palavra "amou". Amor não tem tempo verbal. Se você alguma vez parou de amar alguém, então você nunca a amou de verdade.
Se eu tivesse oito braços pra te abraçar...
Me amando, você me ensina como devo me amar.

Todas do I can read. Feliz Dia do Amor.

sábado, 9 de junho de 2012

Bomba de arte

A guerra de Andy, por Filipe Anjo
Gostei disso!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Família Adams (da Silva)


A Família Adams é realmente um musical para a família, com atores globais, dança e humor no ponto. A história não é a dos filmes de Raul Julia, Angelica Houston e Christopher Loyd. É a das tiras de Charles Adams que se transformaram em série de TV:
Wandinha Addams, a última princesa das trevas, tem um namorado "normal", e para os pais, Gomez e Mortícia, esse é um acontecimento que irá virar de cabeça para baixo a casa dos Addams quando eles são forçados a organizar um jantar para o jovem e seus pais.
A produção é ótima. Claudio Botelho fez uma versão impecável do espetáculo da Broadway, ficando bem atual - com direito a "Eu quero tchu, eu quero tcha"! Marisa Orth é uma excelente atriz e não decepciona no canto e na dança. Daniel Boaventura está sensacional. Aliás, a força musical da peça está nele, que é um excelente cantor/ator. Fester Adams é um espetáculo à parte feito por Claudio Galvan com seu humor vivaz, sua loucura e seus "efeitos especiais".

Marisa e Daniel como Morticia e Gomez Adams.

Wandinha, Lucas e sua família normal não se destacam tanto. Feioso Adams tem seus momentos, assim como a Vovó Adams, mas é no trio principal que o musical tem sua força. Atores-fantasmas ajudam a compor o espetáculo e ainda temos um excelente mordomo Tropeço feito por Rogério Guedes (com uma surpresa no final). Ah... e ainda vemos o primo It (aquele cabeludo que parece uma cruza de Capitão Caverna com uma vassoura) e ums relances da Mãozinha.

O elenco principal.

Com um jogo de cenários e cortinas impressionante, vale o ingresso pra toda a família!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Mais do que uma jóia

Quando alguém entra numa joalheria, escolhe uma jóia por sua beleza (e preço, é claro). E são várias as razões. Então, é possível entender que as jóias são mais do que simples acessórios de moda. A maioria deles carrega algum tipo de valor sentimental que vai além do status social. Mas você já parou para pensar que elas podem ser representações religiosas ou étnicas?


Essa é a ideia que passa a exposição Jóias do Deserto, que traz um acervo de cerca de 2000 peças entre brincos, colares, braceletes, vestes, tornozeleiras e adornos peitorais e de cabeça do século XIX e início do XX, reunidos pela historiadora Thereza Collor em suas viagens.


São tecidos, couros, pedras e metais em prata e ouro comuns aos locais de origem destes artefatos: o Deserto do Saara (Marrocos, Argélia, Mali Níger, Tunísia, Líbia e Egito até o Sinai, chegando à Palestina), o Deserto da Arábia (Arábia Saudita, Iêmen, Sultanato de Omã e Síria), o Deserto da Ásia Central (Uzbequistão, Turcomenistão e Kazaquistão, passando pelo Irã e chegando ao Afeganistão), o Deserto da Índia (Índia e Paquistão) e o Deserto Tibetano, (Tibete e Ladakh).

O projeto curatorial da mostra sugere um mergulho na cultura desses povos para que os espectadores entendam o caminhos dessas sociedades a partir desses ornamentos. É possível ver a miscigenação das culturas nômades, resultando em trabalhos criativos que associam diferentes técnicas artesanais, valores estéticos, funções utilitárias e ritualísticas, significados simbólicos e psicológicos.


A exposição traz ainda fotografias dos diferentes desertos e de seus habitantes, todos registrados pela própria colecionadora. O trabalho educativo também é bem feito. As vitrines com areia, os mapas com recorte na iluminação e todo o circuito são muito interessantes.

Foto: José Pelegrini
Digamos que a surpresa é garantida por conta do nome da colecionadora que aparece no subtítulo. Talvez ela afaste algumas pessoas, mas o material é de alta qualidade. Ela o vem coletando desde os 14 anos e a gente fica imaginando como ela guardou e catalogou todo material. Fica até o próximo final de semana na Galeria de Arte do SESI-SP / Centro Cultural FIESP Ruth Cardoso.

Dica dada! É certo que, da próxima vez que você comprar um bijuteria qualquer, não vai ficar na dúvida entre o "peixinho", o "solzinho" ou outro desenho. Você vai criar uma história pra ela.

sábado, 2 de junho de 2012

Me.