terça-feira, 26 de março de 2013

O fim da agulha?

Tenho medo de injeção. Acho que é mais do que medo. É um pavor, um pânico, um incômodo, tudo junto e misturado em alguma questão psicológica que não pretendo descobrir daonde veio porque acho a prática medieval. Isso mesmo: acho que injeções são práticas ultrapassadas no século XXI. Cientistas e médicos podem me dar todas as razões possíveis para a excelência de um procedimento tão invasivo quanto esse que eu vou continuar não gostando.

Fora isso, o método de aplicação de vacinas à base de seringa e agulha gera uma grande quantidade de lixo contaminado, possui dificuldades logísticas e alta deterioração do produto, o que torna o custo do sistema alto. Isso tudo sempre me fez perguntar porque ninguém pesquisa uma alternativa. Oops... pesquisava!

O grupo holandês de tecnologia Bioneedle criou um novo método para substituir a maldita injeção: são os mini-implantes biodegradáveis.



Reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como uma tecnologia médica inovadora, o dispositivo é administrado de forma subcutânea por um aplicador ultra portátil e rapidamente absorvido pelo corpo. Este processo, praticamente indolor (poxa... podia ser totalmente indolor), quase não deixa resíduos e permite que um agente de saúde vacine 16 vezes mais pessoas a cada hora do que o método tradicional.

O projeto ainda está em estágio inicial de desenvolvimento, mas a ideia já ganhou o Prêmio Katerva 2012, auge do reconhecimento de excelência global em sustentabilidade. Segundo o site da empresa, a missão do Bioneedle é se tornar disponível para todas as pessoas, em todo o mundo. Ao fazer isso, a prática diária de vacinação será mais segura, evitando milhões de infecções com HIV/AIDS, Hepatite B e Hepatite C. Em um país como o Brasil, com mais de 12 milhões de diabéticos, segundo dados do censo IBGE 2010, essa pode ser uma boa solução para reduzir o grande número de seringas, utilizadas para aplicar insulina, descartadas em lixo doméstico.

Incrível! Finalmente alguém foi além do óbvio, do comum e da conformidade em busca de algo melhor para a humanidade. Torço para resultados positivos logo e disponibilidade global dessa tecnologia sem monopólios farmacêuticos.

sexta-feira, 22 de março de 2013

There's NO place like home

Vi o filme Oz: Grande e Poderoso (Oz: The great and powerful, 2013) há algum tempo, mas estava esperando ter tempo para rever o maravilhoso e original O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939) para escrever minha opinião. Saí do filme com uma certeza que só se confirmou: o novo filme é completamente desnecessário e sem sentido.

Adoro a Disney e contar como Oz chegou a Oz era intrigante, mas dessa vez ela errou feio ao tentar transformar em franquia uma marca consagrada e finalizada. Dessa vez não porque isso é uma coisa que a empresa adora... ou você não sabia que existe Rei Leão 2, Pequena Sereia 2, Cinderela 2, Mulan 2, etc etc etc? Pois é... chato pacas! E a Disney já planeja outro filme em Oz! Ainda sem Dorothy! Mas como? Não vai fazer o menor sentido! Esse já não faz sentido!

Veja bem... por mais que Dorothy não esteja sonhando no livro de L. Frank Baum, o filmaço que eternizou a história colocou nossa heróina - na atuação de Judy Garland - num incrível sonho. Portanto, se é um sonho... OZ NÃO EXISTE! Claro que a defesa é "estamos nos baseando no livro com mais liberdade criativa", até porque o romance original é de domínio público e o roteiro pode se basear nele, mas não pode utilizar nada incluído no clássico da Warner (como os sapatinhos de rubi que são mais do que importantes).

Claro que existem inspirações e o filme pode ficar mais interessante se você tiver visto o anterior. Por exemplo, o começo do filme em preto e branco remete ao tom sépia de antes. Mas se a ideia de Victor Fleming - diretor de 1939 - era brincar com o mundo dos sonhos, qual o sentido neste novo filme? E o que dizer da nova Terra de Oz? Tenho certeza que você vai achar que o protagonista chegou no País das Maravilhas e vai dar de cara com um coelho branco apressado...



Michelle Williams (Glinda), Rachel Weisz (Evanora) e Mila Kunis (Theodora, mas que tinha que ser Almira) são as bruxas que deixam o filme com alguma coisa interessante. Pra quem viu o primeiro, sabe exatamente quem é a boa e quem são as más, mas duvido que consiga imaginar que uma beleza de bruxa irá ficar verde, queixuda e horrorosa por causa de uma maçã... alguém aí ouviu Branca de Neve? Sobre James Franco, nada vou declarar porque nunca gostei dele como ator: está sempre com cara de chapado e, fazendo um mágico trambiqueiro garanhão sem a menor emoção, não melhorou minha opinião sobre ele. Um macaco voador (que deveria ser vilão) e uma bonequinha porcelana também não me compraram. Prefiro o leão travestido.


Então é isso... não veja no cinema essa Sessão da Tarde esquecível. Compre o DVD do original (que fiz questão de grifar como é melhor) e divirta-se com músicas lindíssimas, ingenuidade, fantasia e sonho. Afinal: "Não há lugar como nossa casa".


terça-feira, 19 de março de 2013

Ciência tipográfica

Usar tipografia para representar o que a palavra significa (também chamado de alltype) pode trazer resultados interessantes, como esses cartazes do designer indiano Kapil Bhagat sobre cientistas famosos.

Arquimedes de Siracusa (287-212 a.C.) e a Lei da Alavanca
Pitágoras de Samos (570-497 a.C.) e os Teoremas da Matemática Geométrica
Nicolau Copérnico (1473-1543) e a Teoria Heliocêntrica
Galileu Galilei (1564-1642), o telescópio e a Astronomia
Sir Issac Newton (1643-1727) e a Lei da Gravitação Universal
Carles Darwin (1809-1882) e a Evolução por Seleção Natural
Thomas Edison (1847-1931) e suas invenções com a Lâmpada Elétrica
Nikola Tesla (1856-1943) e suas invenções eletromagnéticas
Albert Einstein (1879-1955) e a Teoria da Relatividade
Wilhelm Conrad Röntgen (1845-1923) e os Raios-X

Bacana! E dá pra comprar!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Going on

Está difícil de conciliar tudo que a vida nos oferece. Com isso, esse blog fica quase jogado pra escanteio. Já não é a primeira vez que apareço por aqui dizendo que vou voltar, mas não dá pra garantir nada... só posso dizer que vou tentar.

Enquanto isso, passem pelos meus outros blogs que eles andam bem mais atualizados. Um é sobre relógios e afins, o H+Min+Sec, e o outro sobre mitologias de todo o mundo, o Mito+Graphos. E agora ambos estão na maior rede social do mundo! Procure lá no Facebook (hminsec e mitographos) e mantenha-se atualizado!

sábado, 2 de março de 2013

30 anos da indústria fonográfica em um GIF

Vejam esse interessante GIF que faz um panorama geral da indústria fonográfica de 1980 a 2010:


É possível ver:
  • O CD chega em 1983 para substituir o 8-track, quando o vinil e o K7 estão equilibrados. Depois vai tomando conta do mercado e chega ao auge em 2003.
  • A indústria fonográfica entra na TV em 1989 e não sai mais.
  • A internet começa a influenciar a indústria fonográfica em 2004.
  • O fim do K7 é decretado em 2005.
  • Em 2006, entra o Mobile.
  • Perceberam que o vinil nunca saiu?
A indústria fonográfica tem muito o que pensar daqui pra frente. Internet e tecnologia móvel estão alterando completamente o panorama desse mercado. Bandas sem gravadoras que vivem de redes sociais já são uma realidade. Será bem interessante acompanhar essa história.