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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Quero ser Rodin quando crescer: fazer E/OU pensar design?

As formações de design hoje são exclusivamente práticas, ou seja, te preparam para o mercado de trabalho. Possuem uma grade curricular voltada para esse fim com inúmeras disciplinas que buscam transformar os estudantes em máquinas de fazer trocentos trabalhos ao mesmo tempo dignos de notas altas. Falo por experiência própria, mas não garanto o resultado. Mesmo assim, o estudante recém-formado cai no córrego de oportunidades na área sedento. Sede essa que é aplacada em instantes... não pela água da satisfação, mas pelo chá amargo e desestimulante que nos é oferecido pelo mercado ignorante e escravizante. Palavras duras, porém conscientes.

Como sair disso? Não dá. Precisamos disso pra sobrevivermos. Tem saída? Deve ter. Uma delas é o lado acadêmco da questão. Mas quando se pesquisa sobre assunto percebe-se que o caminho oferecido é considerado o oposto total do aprendido na graduação. É como uma grande bifurcação que anda em paralelo, ou seja, os caminhos estão lado a lado mas nunca mais se encontrarão. E tudo indica que é assim mesmo. Os horários de aulas, as demandas, o tempo previsto, o pensar.

Pois é... o pensar. É explicitamente proibido fazer um projeto de mestrado que gere um produto / projeto gráfico. É estritamente necessário que seja um projeto com fundamentação teóricoa que gere conhecimento. Aí eu me questiono: ninguém preparou pra isso! A gradução não faz isso. Mas ao mesmo tempo eu questiono: isso significa que não se pensa na graduação? Olha... até se pensa, mas em argumentos para se defender um projeto. Argumentos esses que deveriam estar embasados na conceituação filosófica do projeto e não em fracos desenvolvimentos práticos quebráveis por uma simples autoridade/ego.

Estou sendo generalista a partir da minha vivência. Tenho visto mudanças, mas meus olhos só foram abertos depois que optei por conhecer o "outro caminho". Dei me conta que agora penso muito mais no design que faço. E penso muito mais no design que penso. Gerar conhecimento e passá-lo adiante é algo incrível. Valorizo cada vez mais os professores e pesquisadores que sabem fazê-lo (não é qualquer um).

Quero fazer parte deste universo. Quero fazer parte de uma força capaz de mudar o mercado ignorante e escravizante. Para isso devo atuar em duas frontes: no pensar e no fazer. Sempre com atitude, com postura de designer pensante E atuante. Sou contra o OU. Será difícil, mas quando não é? Quero ser um Rodin e transformar pedra em escultura, matéria bruta em matéria eterna.

sábado, 10 de maio de 2008

Contra tsunami

Não... não é um post sobre a luta da humanidade contra as forças da natureza. Não... não é um apelo de solidariedade, lembrando os problemas atuais em Mianmar (que vergonha, aliás...) ou até mesmo os de Santa Catarina. É uma pergunta: todo mundo se sente às vezes nadando contra maré? E, às vezes, parece que não é uma maré e sim uma tsunami?

Mercado, sociedade... exigências e expectativas diferentes dos desejos e sonhos que aprendemos a ter quando crianças e somos obrigados a abandonar quando adultos... Vou pedir emprestado um daqueles maiôs sinistros que batem recorde nas competições de natação pra dar uma facilitada...

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AGAINST A TSUNAMI
No... it's not a post about mankind vs. forces of nature. No... it's not a post about problems in Mianmar (by the way... what a shame!). It's a quesion: does everybody feel sometimes that is swimming against the tide? And, sometimes, it's not a tide but a tsunami? Market, society... requirements and expectations so different of dreams and desires that we learn to have when we are kids but we are obblied to abandon when we are grown-ups... I should ask for one of those swimming suits that were breaking records at swimming competitions... just a little help, right?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Dependência + Expectativa = Ciclo Molotov

Como já disse anteriormente, depender dos outros é horrível. Agora some isso a expectativa dessa dependência... É destruidor.

Imagine ter que ficar esperando que outro dê um rumo ou um posicionamento à sua vida, e quando essa "ordem" chega ela é diferente do que você imaginava. A expectativa traz a idealização do cenário mais positivo possível. Mesmo que tenhamos a capacidade de pensar no pior, num processo de auto-preservação, nunca pensamos realmente no pior. Até porque não somos capazes de pensar no diferente. Nesses casos, o diferente se torna a pior das possibilidades. Mas você se vê forçado a aceitar, mesmo contrariado... porque você depende disso. Começa o ciclo, vira um vício. E não estou falando de drogas (ainda).

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DEPENDENCY + EXPECTATIONS = A MOLOTOV CICLE
As I said, depend on others is awful. Now add that to the expectations of dependency... it is horrible! Imagine that you have to wait for someone give your life a direction and, when the "order" comes, it's completely different of what you thought. Expectation brings us the more positive ideal plan as possible. In an autopreservation process, we cannot think about the worst plan cause we cannot think about the different. And here different becomes the worst possibility. But you must accept the order cause you depend on that. The cicle begins, becomes addiction. And I'm not talking about drugs (yet).