Aproveitei um horário vago que surgiu repentinamente na minha tarde de quarta-feira para apreciar mais um
Casa Cor (meu sexto ano consecutivo!).
Primeiro, vamos começar pelo local. Sempre tive vontade de ver o
Palacete Modesto Leal de Laranjeiras direito que ficava com grades fechadas, mas tinha no ar uma aura de tempos gloriosos da elite carioca. E valeu a pena... é muito bonito! Os tetos originais do início do século XX são uma experiência a parte que fazem você olhar pra cima e deixar o queixo cair.
Agora os jardins... sério... são de chorar! É de uma beleza contemplativa que só a natureza poderia nos ofertar mesmo, com direito a Mata Atlântica preservada! O cheiro, a tranquilidade, o frescor... você rapidamente se esquece de estar numa área urbana, na beira da insuportável Rua das Laranjeiras. Se você planeja ir ao evento, verá que o passeio pelo palacete é até esquecível diante do exterior maravilhoso gigantesco desse terreno (cerca de 50 mil m² de área verde para quase 4 mil m² de área construída!).
Aliás, gigantesco é uma boa palavra para as decorações. Tudo era meio nababesco! Até demais... confesso que me frustrei com os excessos e - principalmente - com a falta de coisas realmente aplicáveis no dia-a-dia. Por isso, concordo com Vivanne Pontes, do blog
de(coeur)ação, e também acho que o
Casa Cor tem deixado de ser um evento criativo para ser um evento somente belo (já tinha comentado isso do evento em
2008 e
2009).
O Quarto das Crianças de Mariana Índio da Costa é muito bom. Talvez por ter um toque de design. Entrem no site
Cognikids e vocês verão que os ambientes criados por ela tem um quê a mais. A construção externa onde fica a Champanheria também é incrível. Também achei bem legal a parede de molduras (que ainda vou fazer na minha casa!) e o
home office que tem um nicho muito interessante com uma mesa oval e um tapete circular.
Já a sala de jantar de Jairo Sender dói a vista... só resta a clarabóia lindíssima! Não entendi nada! Portanto, entrem nesse cômodo de cabeça erguida e saiam da mesma forma. Os cômodos de serviço deixaram a desejar, como a lavanderia (que tem uma proposta cabalística interessante, mas elevador pra máquina de lavar é demais, né?), a rouparia (hã?) e o quarto da governanta (que se sujar o chão ou a cabeceira da cama vai viver num chiqueiro!).
Me chamou a atenção que papéis de parede texturizados estão em todos os cantos da casa (até onde você não espera), espelhos são truque batido, móveis laqueados são quase onipresentes e que tapetes são a "nova" tendência (principalmente os tapetes "colcha-de-retalhos" que foram usados por diferentes arquitetos em cômodos diferentes, inclusive, usaram da mesma cor!). Então, você pode procurar que possivelmente você vai achar algum deles (ou todos!) pelos ambientes. Vale o destaque à simpatia de todos os recepcionistas.
Concluindo, vá passear nos jardins do Casa Cor que já vale o ingresso. De dia ou de noite!
(Fotos de divulgação)