Mais do que uma palavra da moda, o termo "reciclar" é uma atitude de vida que veio pra ficar. Inspirado nesse conceito o arquiteto e designer americano Garth Britzman criou uma cobertura em um estacionamento usando garrafas PET. Como cada PET tem na sua base um formato que lembra uma flor, ele resolveu deixar a ideia mais interessante, enchendo o fundo de cada garrafa com um líquido colorido. O resultado é o (POP)culture, um belo jardim suspenso multicolorido.
Bem que essas cores "brasileiras" nessa ideia simples e genial podiam inspirar o povo criativo e inovador que estão perdidos nesse nosso país, né?
Todos os anos, as revistas estão anunciando uma nova dieta da moda. E a cada vez, a mesma conclusão: ela não funciona. Para perder peso de forma eficaz e permanente, não há milagre. É preciso adotar uma dieta equilibrada, beber água e fazer exercício físico regular.
A marca francesa Contrex de água mineral (que na verdade é da Nestlé) resolveu posicionar seu produto entre as mulheres e fez um vídeo pra provar suas teorias:
Essa ação em Paris - organizada pela marca e pela agência Marcel - é algo que eu sempre pensei: por que as academias de ginástica não aproveitam a energia gerada por esteiras e bicicletas ergométricas para uso próprio? Pensando menor, acho que esses aparelhos nem deveriam precisar de tomada para seus painéis digitais, pois o movimento contínuo do exercício já deveria alimentá-los.
Esse anúncio aí em cima foi criado pela agência Y&R para O Estado de São Paulo. Ele tem a seguinte frase: Global warming: who will be here to see the consequences? (Aquecimento global: quem estará aqui para ver as consequências?). Comecei o post com essa imagem porque na última semana andei vendo/lendo muitas coisas ditas sustentáveis em sites e blogs de design. Bicicletas de novos materiais, embalagens, baterias recarregáveis, veículos elétricos e por aí vai.
Até que eu vi a novidade da marca Puma no blog Amenidades do Design, da Carol Hoffman: a Clever Little Shopper, um saco plástico totalmente biodegradável (feito de amido de milho) que dissolve na água em 3 minutos! Saiu até na Exame!
Mesmo com o risco de derreter na chuva ou com o suor da mão, o projeto é incrível, não? É a solução para as sacolas plásticas, não? É o fim do "continente de plástico", não?
NÃO!
Vai resolver o problema do plástico? Não. Vai diminuir o problema? Talvez. Mas pensem comigo: a água é um recurso cíclico NÃO-renovável, ou seja, a água que existe no planeta não aumenta nem diminui! O que tem de água por aí agora, é o que vai ter daqui há milhões de anos! O ser humano não cria água potável em laboratório! Portanto, de que vale dissolver um saco em água morna limpa e jogar fora uma água cheia de amido de milho? Será que não é muito mais válido manter as iniciativas de replantio de florestas e fazer papel de reflorestamento?
Eu não sei, mas acho que antes das pessoas ficarem se achando sustentáveis e ecológicas, deveriam pensar o processo global de seus produtos: da manufatura AO DESCARTE! E, assim, faço coro com essa ilustração da dinamarquesa Humon. Vale clicar e ampliar:
Também acho válidas as manifestações artísticas que buscam alertar para essa situação, como o coletivo australiano The Glue Society e sua obra (autoexplicativa) Hot with the chance of late storm:
Mas até mesmo para a arte fica a pergunta: o que se faz com um carrinho de sorvete derretido com um objetivo único claro, localizado em uma praia de Sydney na Austrália, depois do recado dado? A obra vai pra acervo? Fica na praia pra sempre? Ou se perde? Ela é reciclável? Reutilizável?
Eu permaneço inquieto diante dos vários enigmas da humanidade. Um dos que me incomodam é para onde vai todo o côco verde e já até falei por aqui. Outro que mexe com minhas caraminholas é pra onde vai todo o cabelo que o ser humano perde por dia! Pra vocês terem uma ideia: a indústria de beleza no Reino Unido importa mais de 15 milhões de toneladas de cabelo por ano!!!
Mas parece que não sou só eu que está preocupado com esses cabelos, não. E não estou falando de indústrias de xampu ou de alguma associação de cabelereiros. Muito menos de perucas. O cabelo humano tem sido estudado para se tornar uma alternativa viável e renovável de material. A designer inglesa Kerry Howley, por exemplo, resolveu criar jóias de cabelo humano! Vocês pensam que eu estou brincando? Vejam só:
Essas "jóias" são o projeto de graduação da designer e se chama Attraction/Aversion (Atração/Aversão). Ela deu esse nome por querer transformar algo de aversão imediata em algo atrativo, num balanço entre espectador e usuário. E aí... ela conseguiu? Eu acho que não, mas o Studio Swine foi além com seus Hair Glasses.
Esses óculos que vocês viram possuem armações de cabelo humano! Criados com uma bioresina que faz a ligação do material, são 100% biodegradáveis e não liberam nenhuma toxina durante a fabricação! Incrível, não? Isso sim é uma utilidade interessante para o cabelo.
Mas eu ainda creio numa ilha fantástica onde estão todos os côcos verdes, cabelos e canetas bics...
Após anos sendo zoado por suas proporções diminutas, o Japão resolveu botar til em tudo. É terremoto de grande magnitude, tsunamis, explosões nucleares... Começo até a enxergar as bandeiras deles de duas novas formas:
Torço pelo bem de todos e para um repensar geral da humanidade com relação a sua posição nesse mundo, porque me parece que isso é só o começo.
Mais um saudosismo... monstros de borracha com zíper nas costas e efeitos bizarros; os Dominantes (!!!); o sinistro Dr. Gori (aquele macaco que falava com gestos e dublagem fora de sincronia que é referência até hoje); foi o primeiro herói gigante. Antes de Ultraman, Jaspion e outros.
Planeta: Terra. Cidade: Tóquio. Como em todas as metrópoles deste planeta, Tóquio se acha hoje em desvantagem em sua luta contra o maior inimigo do homem: a poluição. E, apesar dos esforços das autoridades de todo o mundo, pode chegar um dia em que a terra, o ar e as águas venham a se tornar letais para toda e qualquer forma de vida. Quem poderá intervir? Spectreman!
Acompanhe com a música: Spectreman! Spectreman! | Hear the flash | Like a flame | Faster | Than a plane | A mistery | With the name | Spectreman! | Power | From the space | He'll save | The human race | Yet they'll never know the face | Of Spectreman! | We will never know the source | Of his power and his force | As he guides this planet's course | Spectreman! | Spectreman!
Spectroman (Supekutoruman, em japonês e Spectreman, em inglês) foi uma série de TV japonesa, exibida em seu país originalmente entre 2 de janeiro de 1971 e 25 de março de 1972, totalizando 63 episódios. Foi um grande sucesso na época, dando mais impulso ao gênero tokusatsu, que compreende os filmes e seriados com efeitos especiais japoneses. A série foi exibida no Brasil inicialmente pela Record no final da década de 1970, e depois, durante a década de 1980, pelo SBT.
A história contava que, no distante planeta Épsilon, vivia uma civilização de simióides (homens-macaco) pacíficos e civilizados com tecnologia muito superior à da Terra. Detentor de um intelecto muito acima de qualquer ser humano, o genial cientista Dr. Gori era o líder mutante. Ao assumir o poder, Gori pretendia construir armas mortíferas para derrubar o governo central de Épsilon e conquistar planetas pelo universo, pois achava que a tecnologia de sua civilização fora desperdiçada em projetos pacíficos. Seu plano foi logo descoberto, sendo considerado culpado. Como não havia pena de morte, a mente do cientista teria sua maldade eliminada. Antes que isso acontecesse, um oficial do exército chamado General Karas libertou o cientista e ambos fugiram em uma nave. Vagando pelo espaço, a dupla chegou à Terra graças a uma tempestade eletromagnética. Gori ficou encantado ao ver a Terra, e analisando o planeta descobriu que os seres humanos estavam destruindo seu próprio planeta com a poluição. Indignado, Gori passou a criar monstros a partir da própria poluição para conquistar a Terra, transformando-a em seu paraíso particular. Uma raça de vigilantes espaciais, os Dominantes do planeta Nebulosa 71, sabendo da chegada de Dr. Gori à Terra, enviou o ciborgue Spectroman para proteger o planeta. Spectroman adotou o nome de Kenji e se empregou na Divisão de Pesquisa e Controle de Poluição, chefiado pelo Chefe Kurata, onde combate os planos do Dr. Gori.
Minha infância era tão boa... mas era tão boa que eu nunca tinha parado pra pensar que o Dr. Gori poderia ser o verdadeiro herói. Aliás, o nome original da série era Homem-macaco Espacial Gori! Vamos pensar... apesar de suas idéias imperialistas de invadir e dominar a Terra, o Dr. Gori justificava seus planos com um argumento muito racional: os seres humanos realmente estão destruindo a Terra com a poluição, e por isso não mereciam viver nesse planeta. Então, se o Dr. Gori achava um absurdo a forma como os humanos tratavam o planeta onde viviam, ao lutar contra ele, Spectroman estaria defendendo as grandes corporações poluidoras e o aquecimento global? Além disso, os monstros do Dr. Gori eram ecologicamente corretos, sendo criados a partir de lixo reciclado! E agora?
Não importa! Eu ficava feliz de almoçar vendo Spectroman derrotar os monstros e a poluição. E ele me fez acompanhar todos os seriados japoneses seguintes!
:: SPECTREMAN! Rubber monsters, ziper clothes, bizarre visual effects, Dr. Gori, The Dominants and my chldhood was the best!