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sábado, 14 de outubro de 2017

Arte ao Lado: Erick Grigorovski

Com formação em design pela ESDI, é claro que Erick Grigorovski iria sistematizar sua produção artística… quer dizer… seus "filminhos" de animação. Independente do projeto, seja profissional ou pessoal, Erick mantém um processo de criação e produção bem semelhante: do briefing à pesquisa, do esboço no papel à finalização digital. Porém, como ele mesmo diz:
“Nos meus projetos pessoais, a diferença é que o cliente sou eu. E como nem sempre sei exatamente o que quero, de modo geral, o briefing vem a partir de conversas com amigos”.
Seus "filminhos" de animação são sem orçamento ou ambições, mas com muita vontade de contar histórias ao lado de amigos queridos. Então, somente após enxergar o projeto na sua frente com roteiro, artes conceituais, storyboard e cronograma, é que decide se tem motivação suficiente para colocar todo seu esforço nos meses seguintes e evitar cair na armadilha frustrante do engavetamento de um projeto pessoal. Por exemplo, Terra Incognita e Uruca levaram 10 meses, enquanto Entre Nós levou 18 meses e mais 10 meses ilustrando e escrevendo o blog da protagonista.


Em nenhum momento, Erick fala sobre fazer arte. Parece enxergar o que faz quase como um trabalho. Mas, quando fala que “faço porque quero contar aquela história, daquele jeito”, mostra sua motivação interior. Mesmo que um trabalho profissional de design, ilustração ou videografismo também o divirtam, é nesses "filminhos" de animação que realiza seu ato de arte. Não só no contar uma história, mas na dedicação à ilustração e no envolvimento pessoal.


Erick é de casa. Tem até marcador aqui no blog. Estudamos juntos na ESDI e passamos poucas e boas nessa vida. E é por isso que não entendo o diminutivo que ele usa para suas animações. Porra, cabeça, tu ganhou prêmio com teus “filminhos”! Vai estrear HOJE o novo Uruca no Rio Mountain Festival E no Inkafest, em Lima, no Peru! O que você faz é incrível! É arte! Você dá movimento ao desenho, vida à sua imaginação! Força na motoca!

domingo, 12 de março de 2017

Novo volume da revista Arte ao Lado

Tem tudo sido tão corrido que nem escrevi aqui que o segundo volume da revista do projeto Arte ao Lado saiu!

Com um cheirinho de nostalgia, a edição traz o Desenho mais do que bem representado por Letícia Vicentini, Sidney Chagas e o mestre Amador Perez.



Ah... e o "quem sabe" pela continuação do projeto pode estar virando um "com certeza"...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Arte ao Lado: Amador Perez

Na primeira edição do Arte ao Lado, fiz uma postagem sem conversar diretamente com o artista (no caso, Fabio Lopez). Hoje faço o mesmo para escrever sobre Amador Perez. Na verdade, escrevi sobre ele há 2 anos por conta da exposição comemorativa de seus 40 anos de carreira (Memorabilia), mas gostaria de reescrever e acrescentar algumas coisas.

Ofício I, do díptico baseado em "Newton", de William Blake.
Desenho, série "Imagens e espaços", 1991, grafite, 10 x 14 cm, Coleção do Artista.

Chamá-lo de desenhista é reduzi-lo. Sua técnica em grafite transborda do academicismo e inunda suas obras com uma riqueza de detalhes, uma perfeição estética inigualável. Isso oferece a abertura necessária para explorações técnico-visuais, onde Amador se permite embaralhar grafite, gravura, fotografia, impressão, Photoshop e até mesmo objetos pessoais em novas representações artísticas.

Livro de artista Nijinski:Imagens. 2013.
Estudos a partir de "Madame Récamier", de David.
Tonergrafia, série "Impressões da Arte", 2004, impressão a laser sobre papel, 42 x 29,5 cm.
Série COSMO-LÓGICA.
Negativo da imagem do desenho Indeciso, série Eus e Um, 1990, grafite e lápis de cor, 14 x 11 cm.

Em uma grata oportunidade, Amador resumiu diretamente sua relação com a arte:
A arte salva. Esse é o meu lema e escopo. É por ela e através dela que sobrevivo.
O interessante disso é pensar que ele foi meu salvador. Conforme escrevi anteriormente, Amador foi meu professor na faculdade. Sua fala doce, seu amor pelo ensino, pelo design e pela arte transbordavam para aqueles que - como eu - andavam desmotivados pelo boulevard esdiano. Com ele aprendi a errar e encontrar beleza no erro. Aprendi a insistir e persistir em busca de um processo significativo, relevante, engrandecedor que transcende o resultado.

Mais uma vez, obrigado.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Mondo Marvel

Em dezembro do ano passado, o sempre incrível estúdio Mondo realizou a exposição Snikt. Bamf. Thwip. A Celebration of Marvel Comics em Austin, Texas (EUA), só com serigrafias sobre os personagens da Marvel. Veja alguns aí embaixo e clique para aumentar:

O Espetacular Homem-Aranha por Chris Skinner.
Homem-Aranha por Gianmarco Magnani.
Spider-Gwen por Phantom City Creative.
Asgard por Emily Tetri.
Thor e Loki por Matt Taylor.
Capitã Marvel por Glen Brogan.
Planeta Hulk por Boneface.
Demolidor por Matthew Woodson.
Manto e Adaga por Craig Drake.
Fênix Negra por Becky Cloonan.
Noturno por Florian Bertmer.
Noturno por Sam Wolfe Connelly.
Wolverine por Tom Whalen.
Eternidade por We Buy Your Kids.
Hypno-Creature por Francesco Francavilla.
Thanos por Mike Mitchell.
Thanos por We Buy Your Kids.

O Mondo é um estúdio que começou com ilustrações para camisetas e hoje faz vários produtos e já possui um reconhecimento mundial.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Imaginação heróica

Vocês se lembram das silhuetas das crianças brincando de super-heróis? (AQUI) Então... nessa vibe, o artista digital americano Jason Ratliff criou sombras geometrizadas que refletem a imaginação das crianças. Clique para aumentar as imagens ou aqui pra encomendar um cartaz do Super Shadows para sua casa.

Essa é a obra que deu origem a todas as outras: Walking Shadow, Hero.

Novamente me identifiquei.

sábado, 24 de outubro de 2015

Arte ao Lado: Sidney Chagas

Todas as crianças no mundo desenham e rabiscam desde muito pequenas. Mas pra onde será que vai essa habilidade? O que é feito no meio da criação/educação que as crianças perdem a vontade de se expressar graficamente? Essa é apenas uma das reflexões que passaram pela minha cabeça quando li as respostas do designer Sidney Chagas.

Pra ele, quando crianças, ninguém julga seus próprios desenhos como ruins. As pessoas crescem e começam a se comparar umas às outras, e tudo que não se adequa ao conceito de correto ou bonito é classificado como ruim. Às vezes as próprias pessoas decidem que seus desenhos não são bons o suficiente e desistem de continuar à desenhar.


Quando ingressou na faculdade de design, Sidney aprendeu que o conceito de ilustração sugere que a mesma acompanhe um texto, um conceito ou um produto com o propósito de complementar, o que acontece frequentemente em seu trabalho como designer. A profissão “ilustrador“ lhe pareceu agregar propósito demais ao desenho e isso tirava um pouco da magia que essa atividade representava pra ele:
Tive a impressão de que o desenho desenhado era um pedaço de mim que se mostrava bem pequeno em relação ao mundo de tipos, regras e planejamento que me eram apresentados.
Isso o incomoda muito, ao ponto de ter tido grande dificuldade de responder as perguntas deste projeto (“Foi um parto de mim mesmo!”). Sidney questionou-se sobre como iria escrever sobre algo tão livre como arte se sua criatividade tem ficado cada vez mais condicionada ao trabalho:
Tem aquela criatividade já forjada pro trabalho, sabe? Te pedem uma coisa e você produz. Produto puro, TEM que vender, TEM que ser bom, o cliente TEM que gostar. Isso afeta demais quando se quer simplesmente desenhar. Chego em casa e não tenho mais aquele desejo...
Agora ele busca se sentir criança novamente, retomando o desenho sem expectativas no final, sem razões concretas, sem responsabilidades de parecer correto. Não quer mais desenhar somente para complementar algo ou ter uma explicação necessária. Sabe que tem nas mãos uma ferramenta de moldar o mundo ao seu redor (“Desenho quando não quero estar preso à regras, ou quando quero quebrá-las”) e, seja de forma analógica ou digital, entende que as técnicas se tornam inúteis sem uma inspiração. E ao falar disso, Sidney relembra a magia do desenho:
É comum eu querer criar algo e passar horas com uma folha de papel em branco na minha frente pois nem sempre a criatura obedece ao seu criador. Geralmente extraio inspiração de pessoas peculiares que vejo na rua, de personagens e personalidades que admiro. Se algo que vejo gera uma reação forte o bastante pra que eu fique pensando naquilo por um certo período, isso geralmente me motiva a desenhar e, ao fazê-lo, tento recaptar aquela sensação. O desenho pode vir também pela simples vontade de desenhar, como um chamado, se eu quiser colocar “poeticamente”. Eu desenho porque é uma das poucas coisas em que se tem total liberdade pra se fazer.

Esse chamado poético é o Chamado da Arte. Fez Sidney sofrer ao se dar conta que sua forma de expressão, sua liberdade, está sendo tomada pelo cotidiano voraz capaz de eliminar o ato de desenhar da vida das pessoas. Mas foi essa angústia (que emergiu ao ter se deparado ironicamente com uma folha branca na sua frente) que o motivou a retomar o caminho de sua vocação.


Apesar do sobrenome em comum, não somos da mesma família, mas carinhosamente nos chamamos de “primos”. Ele foi estagiário de design no Museu da República quando eu trabalhava lá. Ambos estudamos na ESDI (em momentos distintos) e me lembro de termos rapidamente conseguido uma conexão profissional (suas ilustrações já me impressionavam e salvaram vários momentos de falta de criatividade!). Aos poucos a ligação se tornou pessoal e vivíamos ouvindo músicas no rádio (odiando a “Hora do Blush”). Mesmo com nossa separação profissional e o intercâmbio para a Alemanha que o fez morar lá, mantivemos contato pelas redes sociais e hoje estabelecemos novos vínculos. Espero que esse projeto reanime sua Arte.

sábado, 1 de agosto de 2015

Cartazes para o novo herói

Vamos ver alguns cartazes bacanas feitos para o filme do Homem-Formiga (Antman, 2015)?


Não descobri quem fez, mas veio do Facebook brasileiro da Marvel.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Cartazes (de hoje) para amanhã (e sempre)

"School", Mario Fuentes (Equador)
Poster for Tomorrow é o principal projeto da 4tomorrow, uma ONG parisiense fundada em 2009. Seu objetivo é encorajar as pessoas a criarem cartazes que estimulem o debate sobre questões universais, como liberdade de expressão, direitos das mulheres etc. Para a ONG, o cartaz é melhor plataforma por ser de fácil criação e distribuição, além de atrativos e acessíveis a todo espectro social.

Fica até o próximo fim de semana na Caixa Cultural, a ótima exposição Poster for Tomorrow - Direitos Humanos em Cartaz. A mostra traz uma seleção dos 100 melhores cartazes de seis edições do projeto, separados por temas: Direito à Educação, Igualdade de Gêneros, Um lar para todos, Desenhe a Democracia, Liberdade de Expressão e A Morte não é Justiça.

"Stand up", Elias Riedmann (Áustria)
"Where are you sleeping tonight?", Mathieu Rousseau (Canadá)
Adriana Bermúdez (Colômbia)
"Weapon of mass defence", Ferdinando Dambrosio (Itália)
"The truth revealed by its own cycle", Anadel Velasquez (México)

Tem cada um melhor do que o outro. As soluções gráficas são muito interessantes e abrem as portas da criatividade! Se quiser participar, o concurso é anual e aberto a todos. Inscreva-se no site do projeto.