segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Problemas olímpicos internacionais

Vejam como uma identidade visual pode causar incidentes internacionais...

O Irã protestou ante o Comitê Olímpico Internacional (COI) contra a marca oficial dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, alegando que é racista, porque nele pode ser lida a palavra "Zion" (Sion, em inglês), que remete à nação judaica. A desde-sempre-controversa marca tem o objetivo de estilizar o número 2012, mas indicou a pior avaliação possível para 80% do público inglês quando souberam que custou mais de R$1 milhão (queria ver essa pesquisa com a marca da Copa 2014...)! O Irã diz que pode boicotar o evento se as devidas providências não forem tomadas.
Cá entre nós: a marca de 2012 é tão esquisita que ia acabar dando problema mesmo. Tudo bem que o presidente iraniano parece gostar de fazer uma polêmica internacional, mas não esperava algo desse tamanho. Na verdade, essa marca não deveria ter saído. Era preciso uma revisão severa de design. Ou, então, um argumentação teórica que defendesse essa marca de qualquer crítica. Dizer que é "moderno, audaz e ágil" não quer dizer absolutamente nada.

E hoje foram anunciados os três mascotes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia em 2014, que foram escolhidos por voto popular. Mas parece que naquela nação-que-já-foi-socialista o povo não tem mais tanta razão. Pra começar, o presidente russo Dmitry Medvedev está questionando a legitimidade da eleição depois que um personagem (o Papai Noel russo Ded Moroz) "sumiu" da disputa. Já o político ultranacionalista Vladimir Zhirinovsky, candidato à presidência nas últimas eleições, diz que todos os três são um insulto para a Rússia. E, pra finalizar, o ilustrador Victor Tchijikov, criador do urso Misha das Olimpíadas de 1980, diz que o urso é uma exploração do seu design.
Cá entre nós: Pra mim, o Leopardo das Neves seria o suficiente. Mas parece que o premiê Putin andou enaltecendo a mascote e aí "de repente" ele ganhou. E outro cá entre nós... esse urso é A CARA DO MISHA! Nós acabamos de sair de uma discusão sobre Plágio vs. inspiração com a marca dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 da Tátil e - creio eu - que fica fácil de entender essa diferença. Mas esse ursinho tá meio brabo... por isso que repito: só o Leopardo era suficiente. Se o felino deu problema político, ficassem com a Lebre e ponto final.
Aos que estudam e fazem design, fica a lição que toda identidade visual tem que ser muito bem feita e argumentada para evitar constrangimentos internacionais ou acusações indevidas. Para os que precisam/contratam design, fica a lição que sua marca é um patrimônio importante e que precisa estar nas mãos de profissionais sérios e corretos, independente do valor.

PS.: Recolhi ambas as informações no site da Folha de São Paulo.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Visão além do alcance

A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (ou audiolivros, que são livros para cegos, deficientes visuais - até mesmo os com dificuldade de visão pela idade avançada) de forma totalmente gratuita sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. Para ter acesso, basta se associar na sede situada à Rua Primeiro de Março 125, Centro (Rio de Janeiro), mas não é exclusivo para moradores da cidade. Pode solicitar o livro pelo telefone (21 - 2233-8007), escolhendo o título pelo site, e é enviado gratuitamente pelos Correios.



A maior preocupação da instituição é apresentar bons resultados para que o governo continue ajudando. Eles precisam atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, se não ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar desse incrível serviço. Portanto, eles não precisam de dinheiro, mas de divulgação.

Sei que este blog não segue as leis internacionais de acessibilidade na web para que pessoas com deficiência visual possam lê-lo. Mesmo assim, espero que este post se espalhe ao máximo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O império do efêmero

Esse é o título do livro do filósofo francês Gilles Lipovetsky que levei 7 meses pra finalizar! Ele não é a razão da minha ausência por aqui, não... estou atarefado mesmo. Mas é um livro muito difícil de ler. Vou explicar o porquê...

Parágrafos que se arrastam por duas ou três páginas. Frases que são um parágrafo inteiro. Orações sem verbo. Somando isso tudo a uma prolixia de palavras redundantes e tiradas do fundo dicionário sem a menor necessidade, o livro se torna um parto doloroso de se ler. O que faz continuar é realmente o assunto (e subtítulo): a Moda e seu destino nas sociedades contemporâneas. Revisitando a história do frívolo e do efêmero através da moda, Lipovetsky faz reflexões que ultrapassam a lógica do diferenciamento social e confere à moda um caráter quase libertário, fazendo dela um prenúncio das sociedades democráticas. E essa "empolgação" com a moda é defendida com unhas e dentes!

É interessante dizer que, apesar do livro ter sido escrito em 1987, muitas de suas reflexões ultrapassam mais de 20 anos e se mantém vivas, quase premonitórias. Descobri que ele gerou muita polêmica com o livro, sendo duramente criticado por um lado e transformado em guia da década por outros. Eu concordo com o segundo grupo... ele deveria ter sido leitura obrigatória na época, não só para situar as pessoas, mas também para prepará-las para o que poderia vir... e acabou vindo! Sugiro a leitura da curta entrevista que ele deu para a revista Moda Brasil em 2002, reposicionado e revisitando alguns pontos.

A efemeridade me interessa, então, para mim, o livro é muito bom. Mas fico imaginando que se ele tivesse sido melhor escrito (ou traduzido), O Império do Efêmero teria um alcance bem maior. Portanto, Companhia das Letras, sugiro uma segunda edição revisada e melhorada (nada de reimpressão ou edição de bolso), porque essa edição já passou do ponto e está se tornando um paradoxo: ela precisa da efemeridade!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

IRÃ. IRÁ? IRA!


PS.: Em breve, volto com a programação normal...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

É praticamente isso...


A diferença é que não peço pizza, faço um sanduíche.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Coincidências nominais (?)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

PQP!

Nem bem postei os trailers e vejam o que me aparece:



Vão mudar tudo que a gente já viu... mas me deixou mais tenso!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Avante!







Thor (Thor), Lanterna Verde (Green Lantern) e Capitão América (Capitain America - The First Avenger) estreiam no Brasil 29 de abril, 17 de junho e 29 de julho, respectivamente. Tô tenso!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Seu arquiinimigo pode ser você mesmo


Ontem vi o tão falado e aplaudido Cisne Negro (Black Swan, 2010). Eu mesmo já estava empolgado em novembro do ano passado quando vi os belíssimos cartazes que fizeram para o filme. Mas, como sempre, as altas expectativas atrapalharam um pouco. Saí do filme sem saber o que achei, tentando digerir tudo. Balé é um coisa bela que nos oferece imagens bonitas, mas o filme é tenso, forte, visceral, até com momentos de terror. Eu acho que agora estou começando a receber a verdadeira mensagem por trás de tudo. É o um filme bem interessante. Prato cheio pra psicólogos, psiquiatras, analistas, terapeutas... etc.

Bom... não dá pra falar do filme sem entregar alguma coisa. Mas, na verdade, se você conhece a premissa básica do clássico balé O Lago dos Cisnes, você sabe mais ou menos o que vai acontecer. Aliás, o proprio filme cita umas três vezes a releitura que está sendo feita do balé pra avisar a você exatamente o que está por vir. Então, não espere um final surpreendente. Mas o filme tem sido classificado como um thriller psicológico e é aí que está o tchan do filme.

Em busca da perfeição, uma insegura e frágil Natalie Portman (a bailarina Nina) encontra a perdição e nós somos os espectadores dessa estrada fatal. Após a aposentadoria forçada da bailiarina principal (Wynona Ryder), ela é escolhida pela primeira vez a ser a protagonista da companhia na releitura d'O Lago dos Cisnes. A pressão pela perfeição é reforçada por sua mãe (Barbara Hershey), mas colocada em cheque pelo sedutor diretor da companhia (Vicent Cassel) e por sua espontânea rival (Mila Kunis). E isso gera um universo paralelo na cabeça da bailarina que se vê no meio de uma transformação em um cisne real (a la A Mosca). Esse universo paralelo objetiva nos deixar em dúvida durante o filme: o que é real? O que é imaginação? Ela está louca? Ela está com a razão? Mas no fundo, no fundo, é possível distinguir esses momentos. O vilão aqui é o subconsciente.


As atuações, pra mim, estão muito boas. Não sei se dignas de Oscar porque não vi os outros concorrentes, mas Natalie Portman realmente está fora da escala. Sua mãe e sua rival estão no tom perfeito para compor e empurrar Portman a perfeição/perdição (e ao prêmio?). A cena do Cisne Negro é realmente o ápice do balé, da direção, da fotografia e da personagem. Belíssima.


Mas, como eu já disse, saí tenso do filme. Achei várias mensagens péssimas: pra você ser alguém na vida, você precisa se ferir (essa eu ainda não engoli)??? Para a mulher ser alguém, ela precisa de um orgasmo (de preferência lésbico)??? Mas depois de uma pizza, algumas horas de sono e outras de exercícios, dei uma boa reavaliada.

Acho que a verdadeira mensagem do filme é que nós somos nossos próprios obstáculos. Talvez muitos de nós não consigamos atingir nossos verdadeiros potenciais porque nós mesmos não deixamos. Travados por inúmeras razões, devemos avaliar até onde poderíamos ser mais, muito mais. Seu arquiinimigo pode ser você mesmo.

Pense nisso (mas, POR FAVOR, sem se ferir fisicamente no processo).

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Uma verdade

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

De onde vem os mitos?

A revista digital Revolutionart Magazine lançou hoje sua edição 28 com o tema Mitos e Lendas.


Ela é em PDF e seu download é gratuito. Seu objetivo é ser uma plataforma revolucionária, uma propaganda massiva para comunicar mensagens globais e fazer as pessoas pensarem. Quer servir como uma fonte de inspiração para artistas, modelos, publicitários, fotógrafos, designers e comunicadores em geral que desejam explorar novas alternativas de expressão por meio de amostras de design gráfico, fotografia, ilustração, anúncios, moda, música e geral das artes visuais.

Eu tô lá pela página 75 com o trabalho De onde vem os mitos! E pra quem (ainda) não sabe, eu tenho um blog de mitologia: Mito+Graphos!