sexta-feira, 22 de março de 2013

There's NO place like home

Vi o filme Oz: Grande e Poderoso (Oz: The great and powerful, 2013) há algum tempo, mas estava esperando ter tempo para rever o maravilhoso e original O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939) para escrever minha opinião. Saí do filme com uma certeza que só se confirmou: o novo filme é completamente desnecessário e sem sentido.

Adoro a Disney e contar como Oz chegou a Oz era intrigante, mas dessa vez ela errou feio ao tentar transformar em franquia uma marca consagrada e finalizada. Dessa vez não porque isso é uma coisa que a empresa adora... ou você não sabia que existe Rei Leão 2, Pequena Sereia 2, Cinderela 2, Mulan 2, etc etc etc? Pois é... chato pacas! E a Disney já planeja outro filme em Oz! Ainda sem Dorothy! Mas como? Não vai fazer o menor sentido! Esse já não faz sentido!

Veja bem... por mais que Dorothy não esteja sonhando no livro de L. Frank Baum, o filmaço que eternizou a história colocou nossa heróina - na atuação de Judy Garland - num incrível sonho. Portanto, se é um sonho... OZ NÃO EXISTE! Claro que a defesa é "estamos nos baseando no livro com mais liberdade criativa", até porque o romance original é de domínio público e o roteiro pode se basear nele, mas não pode utilizar nada incluído no clássico da Warner (como os sapatinhos de rubi que são mais do que importantes).

Claro que existem inspirações e o filme pode ficar mais interessante se você tiver visto o anterior. Por exemplo, o começo do filme em preto e branco remete ao tom sépia de antes. Mas se a ideia de Victor Fleming - diretor de 1939 - era brincar com o mundo dos sonhos, qual o sentido neste novo filme? E o que dizer da nova Terra de Oz? Tenho certeza que você vai achar que o protagonista chegou no País das Maravilhas e vai dar de cara com um coelho branco apressado...



Michelle Williams (Glinda), Rachel Weisz (Evanora) e Mila Kunis (Theodora, mas que tinha que ser Almira) são as bruxas que deixam o filme com alguma coisa interessante. Pra quem viu o primeiro, sabe exatamente quem é a boa e quem são as más, mas duvido que consiga imaginar que uma beleza de bruxa irá ficar verde, queixuda e horrorosa por causa de uma maçã... alguém aí ouviu Branca de Neve? Sobre James Franco, nada vou declarar porque nunca gostei dele como ator: está sempre com cara de chapado e, fazendo um mágico trambiqueiro garanhão sem a menor emoção, não melhorou minha opinião sobre ele. Um macaco voador (que deveria ser vilão) e uma bonequinha porcelana também não me compraram. Prefiro o leão travestido.


Então é isso... não veja no cinema essa Sessão da Tarde esquecível. Compre o DVD do original (que fiz questão de grifar como é melhor) e divirta-se com músicas lindíssimas, ingenuidade, fantasia e sonho. Afinal: "Não há lugar como nossa casa".


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