sexta-feira, 12 de agosto de 2011

DO PERU: Machu Picchu!

Finalmente... Machu Picchu!



Extasiado? Pois é... agora imagine estar lá. Passar pelas quase três horas de trem (um bom trem por sinal), depois mais 20 minutos em um ônibus que sobe um precipício de mão dupla em zigue-zague (!!!) e mais um bom número de degraus de pedra pra você se deparar com o Vale Sagrado visto bem de cima e uma cidade incrível encrustrada numa das montanhas!


Te garanto que na sua cabeça só fica: "como esses incas FDP conseguiram fazer isso aqui em cima???". E aí você vai andando pelas ruínas e conhecendo um pouco mais da história do lugar e a pergunta fica em negrito: como esses incas FDP conseguiram fazer isso aqui em cima???

É surreal. Concordo cada vez mais com Che Guevara:
Não importa muito, de todo modo, qual tenha sido a origem da fortaleza, ou melhor, é mais fácil deixar o debate para os arqueólogos. O que é inegável, entretanto, o mais importante, é que temos à nossa frente uma expressão pura da mais poderosa raça indígena das Américas, intocada pelo contato com a civilização invasora e cheia de tesouros imensamente evocativos em suas paredes, paredes que morreram em decorrência do tédio de não mais existir…
Algumas curiosidades e outras dicas:
  • Foneticamente, nós falamos "matchu pitchu", mas o correto é "matchu piCtchu". Não é à toa que Picchu tem dois Cs.
  • Machu Picchu significa "montanha velha", mas a cidade não está nessa montanha, não! Macchu Picchu é a montanha onde fica a Porta do Sol, por onde os viajantes (e mochileiros de hoje) chegavam.
  • Seu preparo físico está em dia? Sério... não é pra qualquer um não. Aliás, toda a viagem exige um bom preparo cardiorrespiratório. Cuide-se.
  • Wayna Picchu ("motanha jovem") é a montanha que sai em todas as fotos do lugar porque ela fica atrás da cidade quando se entra nela. Se você quiser subir lá, tem que se preparar bastante: são mais de 2 horas de caminhada íngreme e perigosa e compre suas entradas antes de viajar porque esgota num piscar de olhos (eu não pude ir...).
  • A entrada para o sítio arqueológico vale pelo dia inteiro. Normalmente, os guias fazem um passeio de 3 horas pela manhã e te levam pra almoçar no hotel que fica bem na saída do sítio. Então, VOLTE DEPOIS DO ALMOÇO!!! Os guias NÃO MOSTRAM TUDO!!!
  • Se tiver tempo livre, caminhe uns 20 minutos até o Museu do Sítio Arqueológico de Machu Picchu. Você passará pela ponte que treme acima do Urubamba e ainda pode visitar o Mariposário, os Jardins Botanicos e o museu em si.
  • Também dê uma voltinha (bem rápida) por Águas Calientes, o povoado onde - normalmente - todos ficam hospedados.

O trem Vistadome, com janelinhas no teto pra você ver a paisagem. É uma pena que não possua um guia pra te indicar onde você está passando, porque dá pra ver outros sítios arqueológicos no caminho que nem fazemos ideia do que sejam!

E essa é a subida louca para o posto de vigilância. A cidade está atrás de quem tirou essa foto (eu!).

A impressionante arquitetura das casas de pedra da parte urbana . Seus telhados são uma aula!

Terraços de sustentação: esses são para preparar o terreno. Ainda tem os terraços de agricultura, que estão espalhados pela cidade (e pelo país!).

As incríveis fontes que funcionam até hoje. Água potável, viu?

A única estrutura arredondada da cidade. Ninguém sabe muito bem o que ela é: inicialmente foi considerada uma estrutura militar por sua localização e seu formato. Mas a pedra que existe no centro é natural e foi escavada por baixo em um incrível templo! Veja aí embaixo:

Incrível, não? E imaginar que o guia não me levou pra ver isso... ainda bem que voltei!

Essa pedra tem o formato das montanhas atrás, não tem? Pois é. Diz-se que é natural!

O Templo das Três Janelas. Não se sabe para quem exatamente era dedicado o templo, mas fica na "parte mística" da cidade.

Intihuatana, a pedra/relógio solar! Saiba mais AQUI.

O Templo do Condor.

Os Espelhos D'Água, utilizadas para estudar as estrelas e ver o sol sem ferir os olhos. Não está vendo?

Os silos de alimentos (depósitos).

Queria que Machu Picchu fosse aqui do lado pra eu poder visitar mais vezes, deitar nos terraços, ler um livro, pegar um sol (como muitos fazem). Gostaria de ver a cidade num momento enevoado tambem, para imaginar todo o misticismo que ela carrega.

Creio que nunca mais colocarei os pés em Machu Picchu, mas garanto que minha memória e minha imaginação vão passear com frequência por aquelas pedras.

Um comentário:

Graça disse...

Em síntese:
Para aqueles que já foram a Machu Picchu as postagens são uma lembrança maravilhosa e despertam o desejo de retornar.
Para os que nunca foram está na hora de pensar seriamente em planejar a viagem.
Para os que nunca poderão ir, por razões diversas, cada postagem foi uma forma de ver Machu Picchu, de absorver a energia do local, de pensar em seus mistérios e de lembrar que a História não morre.