terça-feira, 9 de agosto de 2011
DO PERU: Vale Sagrado
Começa aqui a viagem para Machu Picchu. Mas ainda não é nesse post porque o lugar é longe e tem algumas coisas interessantes pelo caminho.
Ainda em Cusco, pegamos um ônibus até o Vale Sagrado - que leva esse nome por causa do Rio Urubamba (ou Wilcanota), um dos rios mais importantes do Império Inca. Mas, antes de chegar lá, paramos em um tipo de zoológico aberto chamado Awanakancha, onde vimos os vários tipos de camelídeos tão famosos do Peru... com isso, quero dizer, Lhamas (na foto), Alpacas e Vicunhas (o "Ouro dos Incas"). Também vimos o processo de transformar a lã desses animais em produtos belíssimos.
Depois de uma óbvia paradinha pra comprar produtos de alpaca, continuamos o caminho para o Vale Sagrado. Mas você acha que a gente vai direto? Não... primeiro a gente pára em um mirante para tirar foto do vale em si (a primeira foto daqui) e depois vamos fazer MAIS COMPRAS na tão famosa Feira de Artesanato de Pisac. Lá comemos empanadinhas gostosinhas e baratinhas feitas em forno de cerâmica de trocentos anos e vimos como é feita a prata inca. O resto... sinceramente... é camelô. Nada mais a declarar. Sorte a nossa que depois de uma paradinha para o almoço, nós fomos a Ollantaytambo e a viagem parece ter voltado para os eixos arqueológicos.
Essa fortaleza inca - dita com o formato de uma lhama - é impressionante! Seu tamanho, sua altura, sua arquitetura... tudo é grandioso. Sua história (ou mito) gira em torno do amor do general Ollanta com a filha do imperador Pachacutec. Renegando o amor de um plebeu com sua filha, Pachacutec teria exilado Ollanta, que fugiu para o vale e começou a construção de seu tambo (cidade-alojamento) em uma posição estratégica. Pachacutec não conseguiu invadir a cidade e mandou um de seus melhores guerreiros trazer Ollanta morto. Incapaz de realizar a tarefa, o guerreiro decidiu não voltar ao império com medo de ser morto pelo imperador e pediu asilo a Ollanta, que aceitou. Dez anos depois, o guerreiro traiu a gentileza de Ollanta e abriu as portas da cidade para os exércitos de Pachacutec. No entanto, o imperador já havia morrido e seu filho havia assumido. Conhecendo toda a história, o novo imperador perdoou Ollanta e permitiu que ele se casasse com sua irmã. Final feliz!
Tudo nesse lugar é incrível: os depósitos de alimentos (silos) que achavam ser uma prisão, o rosto de um sacerdote esculpido na pedra e - principalmente - o Templo da Água, uma pequena fonte que te permite mudar o curso da água com o passar de um dedo para que seja feito silêncio para a reza. Um absurdo!
Eu nunca tinha ouvido falar desse lugar e fiquei realmente impressionado. Por que não se fala desse lugar? Se for estratégia de impressionar, nota 10! Mas é preciso estar preparado fisicamente para esta fortaleza, pois subir e descê-la é um árduo exercício... talvez mais duro que Machu Picchu. E é por isso que voltamos cedo para o hotel, para nos recuperarmos do passeio e nos prepararmos para o dia seguinte.
PS.: Tivemos neste dia a melhor guia da viagem, Ayde (ou, como ela disse, fala-se como as vitaminas A e D)!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
achei um vídeo sobre a incrível fonte de ollantatytambo e atualizei o post. vale a pena ver, porque não dá pra entender! alguém me explica?
Postar um comentário