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domingo, 29 de novembro de 2009

Terráqueos

Nunca consegui ver o premiado documentário Earthlings (2005), narrado pelo ator Joaquim Phoenix, que está no YouTube dividido em 10 partes. É muito pesado.

Criticado como "feito por vegetarianos", o documentário mostra o sofrimento dos animais ao se tornarem comida, vestimenta, pesquisa médica ou entretenimento humano. Começa questionando a palavra "terráqueo": se ser terráqueo é viver no Planeta Terra, então, toda a vida deve ser considerada terráquea independente de espécie, sexo ou raça. A partir daí desenvolve sua idéia mostrando a humanidade como tirana, controladora, escravizadora e má com os terráqueos de outras espécies, sexos ou raças. E também com os do mesmo sexo, mesma raça e mesma espécie!

Fica fácil de imaginar que, se um alienígena chegasse a Terra, ele se chocaria conosco. E de forma negativa. Talvez, por isso, os filmes de invasão extraterrestre são sempre violentos e de guerra. Deve ser a nossa consciência manifestando o que fazemos. O primeiro filme da trilogia Matrix possui um diálogo que chama o homem de vírus por sua capacidade de reprodução e destruição do ambiente em que vive. E não será verdade?

Então... você acha que aguenta? Se sim, clique AQUI para começar. Os vídeos seqüenciais estão no menu lateral. Se conseguir ver até o décimo vídeo, me conte. Só o primeiro dá pra ver com um pouco mais de tranquilidade. O segundo mostra o nosso relacionamento com animais de estimação... e aí... o bicho pega (literalmente!)! A crueldade é vil, gratuita e desnecessária.

Conselho: não se incomode de chorar e prepare-se para passar muito mal. Sua visão da "humanidade" vai mudar.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Ensaio sobre a humanidade

Em um post anterior, falei sobre um interessante cartaz japonês para o filme. Agora coloco outro muito bom que foge do clichê hollywoodiano de colocar atores em close: utiliza o teste de visão convencional com tamanhos diferentes de letras, ignorando convenções gramaticais. Pena que deram uma distorcida na tipografia do EGU... não era necessário.

Normalmente, os livros são melhores do que suas versões cinematográficas. Por isso imagino que o livro Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, seja muito bom. Não li o livro, mas o filme é muito forte, muito bem feito, com um elenco que está excelente e muito bem dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles.

A sinopse do filme diz que uma inédita e inexplicável cegueira contagiosa atinge uma cidade e é chamada de "doença branca", já que as pessoas atingidas passam a ver uma superfície leitosa. Os afetados são colocados em quarentena. À medida que os serviços oferecidos pelo governo começam a falhar as pessoas passam a lutar por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários.

Pra mim o filme vai além. Ele questiona a humanidade que se perde ao longo do filme e nos damos conta que ela se perdeu antes da epidemia começar. Já no primeiro caso da doença, percebemos que os valores morais estão distorcidos. E por isso o título deste post é sobre a humanidade e não sobre a cegueira. Moral, dignidade, poder, solidariedade, indiferença e intolerância são todos questionados. O filme prega que a humanidade não tolera o diferente, o desconhecido, e imediatamente cria uma quarentena para aqueles que não pertencem a "normalidade". Mesmo quando todos são equalizados pela "doença branca", existe uma necessidade de hierarquizar. Seja o líder da ala, o anarquista, o médico, o que controla a comida, o cego de nascença (que tem o poder da experiência) e o que enxerga (que tem o poder da habilidade).

Existe uma tentativa constante de colocar o espectador na situação dos atores. Por isso, o filme tem uma fotografia estourada no branco que reduz as cores. Em um momento que a única personagem do filme que enxerga entra num ambiente sem eletricidade, o filme também fica no escuro e o espectador precisa apurar seus ouvidos para tentar traduzir o que possa estar acontecendo. E todos ficam satisfeitos quando uma caixa de fósforos é encontrada. É nesse momento apenas que nos damos conta de como somos seres intensamente visuais.

Vejam o filme sem pensar nos atores celebridades, no diretor brasileiro ou na fotografia diferenciada. Reflitam sobre a mensagem de Saramago e o slogan do filme fará sentido: "sua visão do mundo nunca mais será a mesma".

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HUMANITY-NESS
Everybody says that books are better then their adaptations to movies. So, José Saramago's book is awesome, because the movie Blindness is great. The film tells about a disease that makes everybody blind, a white blindness. Then the government puts everybody in quarentine, but the system fails and blind people revert to their primary instincts. Humanity is questioned everytime, not only between the infected, but since the beginning of the movie. Go, watch the movie and reflect about Saramago's message. It can change your lives.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

De cor

O texto que reproduzo a seguir foi assinado por uma criança africana. Se foi mesmo, eu não sei, mas é genial:

"Quando eu nasci, era preto. Quando cresci, era preto. Quando pego sol, fico preto. Quando sinto frio, continuo preto. Quando estou assustado, também fico preto. Quando estou doente... preto. E quando eu morrer, continuarei preto! E você, cara branco: quando nasce, você é rosa. Quando cresce, você é branco. Quando você pega sol, fica vermelho. Quando sente frio, você fica roxo. Quando você se assusta, fica amarelo. Quando está doente, fica verde. Quando você morrer, você ficará cinzento. E vocês vêm me chamar de homem de cor??!!"
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OF COLOR
It's said that this text was written by an african child. I don't know if this is true, but it's amazing:
"When I was born, I was black. When I grew up, I was black. When I get tanned, I got black. When I'm cold, I'm still black. When I am scared, I'm also black. Whem I'm sick... black. And when I die, I will be black! And you, white man: when you were born, you're pink. When you grow up, you're white. When get tanned, red. In the cold, purple. When you are scared, yellow. When you're sick, green. When you die, you will get gray. And then do you call ME the color man?"