segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Arte com a TV

Já mostrei aqui câmeras digitais como plataformas para a arte. E que tal televisores antigos? Uma boa idéia para quem não sabe o que fazer com a TV velha. E não precisa ser só arte. Pode ser algo útil, como uma estante ou um casinha de cachorro... Direto do blog Sedentário & Hiperativo.

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ART WITH TV
I've already said about digital cams as art plataforms. And old TVs? It's a good idea for everybody that doesn't know what to do with them. And you don't need to use only for art... you can transform it into a place for books or a dog house!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Spectroman!

Mais um saudosismo... monstros de borracha com zíper nas costas e efeitos bizarros; os Dominantes (!!!); o sinistro Dr. Gori (aquele macaco que falava com gestos e dublagem fora de sincronia que é referência até hoje); foi o primeiro herói gigante. Antes de Ultraman, Jaspion e outros.

Planeta: Terra. Cidade: Tóquio. Como em todas as metrópoles deste planeta, Tóquio se acha hoje em desvantagem em sua luta contra o maior inimigo do homem: a poluição. E, apesar dos esforços das autoridades de todo o mundo, pode chegar um dia em que a terra, o ar e as águas venham a se tornar letais para toda e qualquer forma de vida. Quem poderá intervir? Spectreman!



Acompanhe com a música:
Spectreman! Spectreman! | Hear the flash | Like a flame | Faster | Than a plane | A mistery | With the name | Spectreman! | Power | From the space | He'll save | The human race | Yet they'll never know the face | Of Spectreman! | We will never know the source | Of his power and his force | As he guides this planet's course | Spectreman! | Spectreman!

Spectroman (Supekutoruman, em japonês e Spectreman, em inglês) foi uma série de TV japonesa, exibida em seu país originalmente entre 2 de janeiro de 1971 e 25 de março de 1972, totalizando 63 episódios. Foi um grande sucesso na época, dando mais impulso ao gênero tokusatsu, que compreende os filmes e seriados com efeitos especiais japoneses. A série foi exibida no Brasil inicialmente pela Record no final da década de 1970, e depois, durante a década de 1980, pelo SBT.

A história contava que, no distante planeta Épsilon, vivia uma civilização de simióides (homens-macaco) pacíficos e civilizados com tecnologia muito superior à da Terra. Detentor de um intelecto muito acima de qualquer ser humano, o genial cientista Dr. Gori era o líder mutante. Ao assumir o poder, Gori pretendia construir armas mortíferas para derrubar o governo central de Épsilon e conquistar planetas pelo universo, pois achava que a tecnologia de sua civilização fora desperdiçada em projetos pacíficos. Seu plano foi logo descoberto, sendo considerado culpado. Como não havia pena de morte, a mente do cientista teria sua maldade eliminada. Antes que isso acontecesse, um oficial do exército chamado General Karas libertou o cientista e ambos fugiram em uma nave. Vagando pelo espaço, a dupla chegou à Terra graças a uma tempestade eletromagnética. Gori ficou encantado ao ver a Terra, e analisando o planeta descobriu que os seres humanos estavam destruindo seu próprio planeta com a poluição. Indignado, Gori passou a criar monstros a partir da própria poluição para conquistar a Terra, transformando-a em seu paraíso particular. Uma raça de vigilantes espaciais, os Dominantes do planeta Nebulosa 71, sabendo da chegada de Dr. Gori à Terra, enviou o ciborgue Spectroman para proteger o planeta. Spectroman adotou o nome de Kenji e se empregou na Divisão de Pesquisa e Controle de Poluição, chefiado pelo Chefe Kurata, onde combate os planos do Dr. Gori.

Minha infância era tão boa... mas era tão boa que eu nunca tinha parado pra pensar que o Dr. Gori poderia ser o verdadeiro herói. Aliás, o nome original da série era Homem-macaco Espacial Gori! Vamos pensar... apesar de suas idéias imperialistas de invadir e dominar a Terra, o Dr. Gori justificava seus planos com um argumento muito racional: os seres humanos realmente estão destruindo a Terra com a poluição, e por isso não mereciam viver nesse planeta. Então, se o Dr. Gori achava um absurdo a forma como os humanos tratavam o planeta onde viviam, ao lutar contra ele, Spectroman estaria defendendo as grandes corporações poluidoras e o aquecimento global? Além disso, os monstros do Dr. Gori eram ecologicamente corretos, sendo criados a partir de lixo reciclado! E agora?

Não importa! Eu ficava feliz de almoçar vendo Spectroman derrotar os monstros e a poluição. E ele me fez acompanhar todos os seriados japoneses seguintes!

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SPECTREMAN!
Rubber monsters, ziper clothes, bizarre visual effects, Dr. Gori, The Dominants and my chldhood was the best!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Amizade

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Ensaio sobre a humanidade

Em um post anterior, falei sobre um interessante cartaz japonês para o filme. Agora coloco outro muito bom que foge do clichê hollywoodiano de colocar atores em close: utiliza o teste de visão convencional com tamanhos diferentes de letras, ignorando convenções gramaticais. Pena que deram uma distorcida na tipografia do EGU... não era necessário.

Normalmente, os livros são melhores do que suas versões cinematográficas. Por isso imagino que o livro Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, seja muito bom. Não li o livro, mas o filme é muito forte, muito bem feito, com um elenco que está excelente e muito bem dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles.

A sinopse do filme diz que uma inédita e inexplicável cegueira contagiosa atinge uma cidade e é chamada de "doença branca", já que as pessoas atingidas passam a ver uma superfície leitosa. Os afetados são colocados em quarentena. À medida que os serviços oferecidos pelo governo começam a falhar as pessoas passam a lutar por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários.

Pra mim o filme vai além. Ele questiona a humanidade que se perde ao longo do filme e nos damos conta que ela se perdeu antes da epidemia começar. Já no primeiro caso da doença, percebemos que os valores morais estão distorcidos. E por isso o título deste post é sobre a humanidade e não sobre a cegueira. Moral, dignidade, poder, solidariedade, indiferença e intolerância são todos questionados. O filme prega que a humanidade não tolera o diferente, o desconhecido, e imediatamente cria uma quarentena para aqueles que não pertencem a "normalidade". Mesmo quando todos são equalizados pela "doença branca", existe uma necessidade de hierarquizar. Seja o líder da ala, o anarquista, o médico, o que controla a comida, o cego de nascença (que tem o poder da experiência) e o que enxerga (que tem o poder da habilidade).

Existe uma tentativa constante de colocar o espectador na situação dos atores. Por isso, o filme tem uma fotografia estourada no branco que reduz as cores. Em um momento que a única personagem do filme que enxerga entra num ambiente sem eletricidade, o filme também fica no escuro e o espectador precisa apurar seus ouvidos para tentar traduzir o que possa estar acontecendo. E todos ficam satisfeitos quando uma caixa de fósforos é encontrada. É nesse momento apenas que nos damos conta de como somos seres intensamente visuais.

Vejam o filme sem pensar nos atores celebridades, no diretor brasileiro ou na fotografia diferenciada. Reflitam sobre a mensagem de Saramago e o slogan do filme fará sentido: "sua visão do mundo nunca mais será a mesma".

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HUMANITY-NESS
Everybody says that books are better then their adaptations to movies. So, José Saramago's book is awesome, because the movie Blindness is great. The film tells about a disease that makes everybody blind, a white blindness. Then the government puts everybody in quarentine, but the system fails and blind people revert to their primary instincts. Humanity is questioned everytime, not only between the infected, but since the beginning of the movie. Go, watch the movie and reflect about Saramago's message. It can change your lives.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Manet em Pantone

Direto do blog Sobre Design: O designer inglês Tom Fraser Brown e sua equipe reproduziram a obra "Bar at the Folies Bergere" de Édoaurd Manet utilizando cartelas antigas de Pantone! Ele recortou as palhetas para chegar às tonalidade certas.

Para quem não sabe a tabela Pantone é o desejo de todo designer. Em teoria, a idéia do sistema Pantone é escolher as cores desejadas dos guias e então utilizar os números para especificar de que forma é que se vai imprimir em gráfica. Desta forma, o produto final será exatamente o pretendido. Recomenda-se que os Guias Pantone sejam substituídos anualmente. Mas custam 500 reais cada! Então, dá pra imaginar o que/quanto foi fazer esse quadro?

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MANET IN PANTONE
The English designer Tom Fraser Brown and his team made a Manet paint with old Pantone charts! Each Pantone costs R$500. Can you imagine how much did it cost?