domingo, 3 de julho de 2011

Consciência do inconsciente

Sempre tive vontade de conhecer o Museu de Imagens do Inconsciente - que fica no Instituto Municipal de Assitência à Saude Nise da Silveira (antigo Centro Psiquiátrico Pedro II), na zona Norte do Rio de Janeiro. A abstração e suas significações me intrigavam. O tempo foi passando e o abstracionismo geométrico se tornou uma questão pontual pra mim: o que é aquilo afinal? O que faziam os russos? E os concretistas brasileiros? Afinal: qualquer um faz ou só uma mente elevada (ou louca) é capaz de transformar em arte um quadrado negro?

Perdão pela falta de legendas. Só sei que as duas imagens menores são de Arthur Amora e Fernando Diniz. Se alguém souber, me atualize!

Ainda busco várias dessas respostas, mas a apreciação por esse tipo de arte só aumentou. Fui até fazer um mini-curso sobre o diálogo entre a arte concreta e o design. E nesse curso fui novamente despertado pela necessidade de conhecer o Museu do Inconsciente ao saber que a história do design brasileiro, de nossa arte concreta e do museu se cruzaram na década de 1950.

A produção dos ateliês de terapia ocupacional organizados por Nise da Silveira no Centro Psiquiátrico Pedro II era tão abundante e cientificamente/artisticamente relevante que, em 1952, houve a necessidade da criação de um acervo para pesquisa. Em 56, já era um museu. Em 57, Carl Jung conheceu o trabalho de Nise no museu em uma exposição em Zurique.

Tentar interpretar os belos grafismos concretos e abstratos me fez ter mais tolerância por muita arte que é feita hoje. Por isso, acho que o Museu de Imagens do Inconsciente merece maior destaque. Acredito que dificilmente ele sairia de onde está (muito escondido) hoje pela importância do local, mas acho que precisa de mais mídia... por que não exposições no Centro do Rio e seus incríveis espaços culturais gratuitos?

Além disso, Nise da Silveira precisa sair do universo da psiquiatria/psicologia e ser conhecida pela grande massa. Uma mulher pioneira, ética, forte, inquieta e batalhadora. Enxergou que ter alguém assistindo em silêncio a produção artística de um esquizofrênico mudaria seu trabalho: o artista queria ser visto. E, hoje, quem não quer?

Ser visto? Ser ouvido? Ter um minutinho de atenção? O Museu de Imagens do Inconsciente quer! Deve! Precisa!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pra refletir no fim de semana


Ambas do I can read.

sábado, 25 de junho de 2011

Dicas para manter sua criatividade afiada



Do estúdio japonês de motion graphics To-Fu, temos esse vídeo com ótimas dicas de criatividade. Fiquei muito feliz de ler que logo o primeiro é o meu TOC! E eu também canto no chuveiro (7)! Mas eu não tomo café (8), me arrisco pouco (20) e sou perfeccionista (25). Sorte a minha que me permito errar (16) e sei que do erro coisas boas podem vir. Afinal, quem tropeça sempre cai pra frente! (Salve Mestre Tubarão!)


E você? Já é criativo ou ainda falta muito?

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Swing das marcas

É isso aí: troca-troca generalizado! O designer inglês Graham Smith resolveu inverter marcas concorrentes no projeto Brand Reversions!


Graham fundou a Imjustcreative, estúdio de design de marca e identidade. Em seu site, ainda mostra os projetos Unevolved Brands (com a simplificação/involução máxima de algumas marcas) e 8-bit Brands (marcas feitas com poucos pixels). Legal!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Marca em constante mutação


Há bastante tempo queria falar sobre a nova marca criada pelos designers do estúdio The Green Eyl para o 25º aniversário do Media Lab, o famoso laboratório de desenvolvimento de novas tecnologias e inovação do MIT (Massachuttes Institute of Technology). Pelo que entendi, o laboratório nunca teve uma marca, mas alguns componentes identitários, criados por Jaqueline Casey em 1984 a partir de um mural do edifício onde ele fica.

O novo símbolo é baseado em formas geométricas simples que simulam três focos de luz nas cores primárias e podem ser posicionados de várias maneiras diferentes a partir de um algoritmo que permite cerca de 40 mil variações de formas em 12 combinações de cores, estimando uns 25 anos de cartões de visita inéditos!


Eles fizeram um software que simula todas as combinações montando um mapa de opções onde cada funcionário, professor ou aluno pode escolher uma para colocar no cartão de visitas! Cada combinação escolhida fica reservada para a pessoa e ninguém mais pode usá-la!




É uma ideia sintonizada com a proposta da organização, onde trabalham pessoas especiais e com áreas de formação bem distintas que se inspiram e se combinam mutuamente para desenvolver uma visão de futuro. Considerando que o laboratório trabalha com o fato de que o significado de mídia e tecnologia estão constantemente sendo redefinidos, o conceito é completamente coerente.

Na verdade, é uma idéia sintonizada com o hoje, com um mundo de indivíduos que querem suas particularidades dentro do mesmo grupo. Muito interessante!