Eu não sou fã de Woody Allen. Nem de Paris. Pronto falei!
Mesmo assim, como bom cinéfilo, me aventuro pelas películas do chamado gênio. Recentementem então, vi o tão falado Meia-Noite em Paris (Midnight in Paris, 2011) e achei meio doido, mas com um questionamento bem interessante. Pelo menos pra mim.
Vi o filme do lado do computador para pesquisar sobre as figuras
incríveis que aparecem: Picasso, Degas, Hemingway, Gertrude Stein,
Josephine Baker, Scott Fitzgerald, Dalí, Buñuel e muitos outros! Até me
lembrei de quando participei da exposição sobre Burle Marx e, durante a pesquisa de sua história, descobri o grupo formado pelo paisagista, Niemeyer, Lúcio Costa, Portinari e muitos outros personagens da história cultural de nosso país. Que inveja!!!
Eu sempre tive o desejo de ter nascido em outra época. Acho que queria ter vivido a música e a arte da primeira metade do século XX. Imagine estar presenta na Semana de Arte Moderna de 1922!!! Queria a boemia, conhecer pessoas interessantes que fazem coisas variadas e produzem maravilhas. Coisas que não se fazem mais... O filme fala sobre isso, sobre viver numa cidade e numa época diferente da de hoje. Mas a conclusão - tanto do filme quanto minha - é que somos intrinsecamente insatisfeitos... que se vivessemos numa época passada estaríamos desejando viver numa época ainda mais antiga e assim por diante. Devemos fazer do presente o nosso desejo, a nossa vontade máxima. Para que no futuro, tenhamos o desejo de viver a nossa própria vida.
Ah... sobre o filme... hehehe... Owen Wilson encarnou Woody Allen de uma forma única. Nada merecedor de prêmios, mas está igualzinho ao diretor. As outras atuações fazem seus papéis sem erros, ams bem óbvios. Talvez o grande personagem seja realmente Paris e suas possibilidades... e sua história... e suas épocas... e suas pessoas.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
terça-feira, 10 de julho de 2012
O bem do MAR
Fiquei bem feliz de saber que em setembro deste ano será inaugurado o novo Museu de Arte do Rio (MAR) no Porto Maravilha - mesmo que a previsão tivesse sido para o fim do ano passado com metade do orçamento final.
A solução encontrada pelos arquitetos para unir um palacete de 1916 ao prédio modernista vizinho foi "tirar um pedacinho do mar e colocar lá em cima". Essa é a definição para a cobertura "fluida" projetada para interligar os dois prédios de estilos completamente distintos e fazer ainda mais sentido com a sigla do museu. Detalhe: teve ajuda do Salgueiro! Isso mesmo: da escola de samba! Quer mais carioca do que isso?
O prédio antigo será o das exposições e o moderno o do setor educativo, a Escola do Olhar (muito bom esse nome!). Na inauguração já teremos quatro exposições com direito a Tarsilas, Cildos, Tungas, Volpis e as duas Lygias! A escola só começara seus projetos em 2013. E outra coisa bacana do projeto arquitetônico é o fato de, para ver as exposições, é preciso entrar pelo prédio novo, subir até o último andar e ir descendo para ver as exposições. Primeiro: descer é bem mais fácil, não? Segundo: as exposições menores terão mais chance de serem vistas. E terceiro: todo o prédio será visitado! Acredito que isso possa riar algum tipo de inconveniente num futuro (até porque nada é 100% sensacional), mas achei bem bolado.
Salve a arte! Salve a cultura! Salve o Rio! E isso veio antes de virarmos patrimônio, hein!
PS.: O título dessa postagem é o nome de uma música de Dorival Caymmi que nada tem a ver com o museu em si, mas a sigla desse museu dá pano pra muitas mangas...
A solução encontrada pelos arquitetos para unir um palacete de 1916 ao prédio modernista vizinho foi "tirar um pedacinho do mar e colocar lá em cima". Essa é a definição para a cobertura "fluida" projetada para interligar os dois prédios de estilos completamente distintos e fazer ainda mais sentido com a sigla do museu. Detalhe: teve ajuda do Salgueiro! Isso mesmo: da escola de samba! Quer mais carioca do que isso?
O prédio antigo será o das exposições e o moderno o do setor educativo, a Escola do Olhar (muito bom esse nome!). Na inauguração já teremos quatro exposições com direito a Tarsilas, Cildos, Tungas, Volpis e as duas Lygias! A escola só começara seus projetos em 2013. E outra coisa bacana do projeto arquitetônico é o fato de, para ver as exposições, é preciso entrar pelo prédio novo, subir até o último andar e ir descendo para ver as exposições. Primeiro: descer é bem mais fácil, não? Segundo: as exposições menores terão mais chance de serem vistas. E terceiro: todo o prédio será visitado! Acredito que isso possa riar algum tipo de inconveniente num futuro (até porque nada é 100% sensacional), mas achei bem bolado.
Salve a arte! Salve a cultura! Salve o Rio! E isso veio antes de virarmos patrimônio, hein!
PS.: O título dessa postagem é o nome de uma música de Dorival Caymmi que nada tem a ver com o museu em si, mas a sigla desse museu dá pano pra muitas mangas...
segunda-feira, 9 de julho de 2012
A filmografia de Tim Burton
Apesar do fraquinho Sombras da Noite, eu sou fã de Tim Burton e dos mundos que ele cria com uma estética visual incrível. Já até mostrei cartazes minimalistas dos filmes dele por aqui e hoje vou trazer uma animação feita por Martin Woutisseth que também faz isso:
E cada imagem criada forma um cartaz lindo:
Ainda fã!
E cada imagem criada forma um cartaz lindo:
Ainda fã!
domingo, 8 de julho de 2012
Sombras da Sessão da Tarde
Não sei se Tim Burton e Johnny Depp resolveram pegar carona na onda vampírica ao se envolver com Sombras da Noite (Dark Shadows, 2012), mas não deu muito certo não. Eles precisam se reinventar como diretor e ator nessa parceria de 8 filmes.
Depp é incrível, mas já está começando a ficar repetitivo nas caras e bocas de seus personagens loucos que vivem no mundo de Tim. Michelle Pfeifer é linda, mas está insossa. Helen Bonham Carter é a esposa do diretor e sempre aparece de algum jeito em seus filmes, mas fez uma ponta fraca que só serve mesmo para uma possível e duvidosa sequência. Do resto da disfuncional família, nem vale perder espaço aqui. Me pergunto o que levou o todo-poderoso Christopher Lee a fazer uma ponta de 3 minutos...
Pelo menos, salva-se Eva Green. A vilã está ótima em todos os jeitos, falas e obsessões.
Aguardem chegar na TV ou, então, vejam o trailer porque as piadas com a década de 1970 estão todas lá...
Depp é incrível, mas já está começando a ficar repetitivo nas caras e bocas de seus personagens loucos que vivem no mundo de Tim. Michelle Pfeifer é linda, mas está insossa. Helen Bonham Carter é a esposa do diretor e sempre aparece de algum jeito em seus filmes, mas fez uma ponta fraca que só serve mesmo para uma possível e duvidosa sequência. Do resto da disfuncional família, nem vale perder espaço aqui. Me pergunto o que levou o todo-poderoso Christopher Lee a fazer uma ponta de 3 minutos...
O vampiro Barnabas Collins (Depp) que acorda em 1972 para ajudar sua família. |
Pelo menos, salva-se Eva Green. A vilã está ótima em todos os jeitos, falas e obsessões.
Aguardem chegar na TV ou, então, vejam o trailer porque as piadas com a década de 1970 estão todas lá...
sábado, 7 de julho de 2012
Prometheus, tem que cumprir!
Tenho lido críticas ruins sobre o filme Prometheus (Prometheus, 2012), mas não concordo. Talvez porque eu sou fã incondicional da trilogia clássica do Alien - O oitavo passageiro (Alien, 1979). Ridley Scott voltou às suas origens com uma ficção científica / terror do jeito que eu gosto... confesso: sem nenhuma surpresa no terror, porque o filme é considerado um predecessor dos famosos alens, mas tem uma cena de cesariana de tirar o fôlego! Cheguei a tampar os ouvidos*!
A polêmica gira em torno do enredo que fala sobre a criação da vida na Terra. Não... não é a velha disputa entre a Galápagos (darwinismo) e a costela de Adão (criacionismo). É um elemento além... além do universo! É a teoria do intervencionismo, aquela que diz que seres de outros planetas são responsáveis pela vida na Terra. E isso não é nenhum mistério no filme, já que os primeiros minutos já são sobre isso. Mas isso está torcendo o nariz de muita gente que não consegue entender que isso é um filme!
Existe também toda uma discussão sobre sexismo. Seres fálicos, deuses machos com corpos definidos, mulheres estéreis ou com postura masculina. É verdade... essa discussão também rola quando se fala dos alienígenas de cabeça alongada que explodem em uma gravidez indesejada.
Sinceramente, tirando um Michael Fassbender robótico muito bom, o resto das atuações são medianas. Charlize Teron é um personagem óbvio e desnecessário. A maquiagem de Guy Ritchie é melhor do que ele. Logan Marshal-Green é pequeno. Noomi Rapace não é sensacional, mas segura a peteca.
A história em si é a grande atriz. E tem mais: vale o 3D! Eu que sou contra essa tecnologia, fiquei de queixo caído com as cenas espaciais e tecnológicas. Já estou esperando a sequência.
PS.: O título dessa postagem é uma piadinha infame que foi feita no início da sessão do cinema. O péssimo Cinemark de Botafogo começou os anúncios e os trailers só com som, sem imagem. E quando começou surgiu o Scratch do filme Era do Gelo 4. Tive que falar com os responsáveis que mudaram na hora... acho que tinha gente fazendo bobagem na sala de projeção...
PS2.: Como amante de mitologia, não gostei do nome do filme. Acho que houve um erro de entendimento no mito de Prometeu, que pretendo esclarecer em breve no Mito+Graphos.
* Para mim, tampar os ouvidos é expressão máxima de nervosismo!
A polêmica gira em torno do enredo que fala sobre a criação da vida na Terra. Não... não é a velha disputa entre a Galápagos (darwinismo) e a costela de Adão (criacionismo). É um elemento além... além do universo! É a teoria do intervencionismo, aquela que diz que seres de outros planetas são responsáveis pela vida na Terra. E isso não é nenhum mistério no filme, já que os primeiros minutos já são sobre isso. Mas isso está torcendo o nariz de muita gente que não consegue entender que isso é um filme!
Existe também toda uma discussão sobre sexismo. Seres fálicos, deuses machos com corpos definidos, mulheres estéreis ou com postura masculina. É verdade... essa discussão também rola quando se fala dos alienígenas de cabeça alongada que explodem em uma gravidez indesejada.
Sinceramente, tirando um Michael Fassbender robótico muito bom, o resto das atuações são medianas. Charlize Teron é um personagem óbvio e desnecessário. A maquiagem de Guy Ritchie é melhor do que ele. Logan Marshal-Green é pequeno. Noomi Rapace não é sensacional, mas segura a peteca.
A história em si é a grande atriz. E tem mais: vale o 3D! Eu que sou contra essa tecnologia, fiquei de queixo caído com as cenas espaciais e tecnológicas. Já estou esperando a sequência.
PS.: O título dessa postagem é uma piadinha infame que foi feita no início da sessão do cinema. O péssimo Cinemark de Botafogo começou os anúncios e os trailers só com som, sem imagem. E quando começou surgiu o Scratch do filme Era do Gelo 4. Tive que falar com os responsáveis que mudaram na hora... acho que tinha gente fazendo bobagem na sala de projeção...
PS2.: Como amante de mitologia, não gostei do nome do filme. Acho que houve um erro de entendimento no mito de Prometeu, que pretendo esclarecer em breve no Mito+Graphos.
* Para mim, tampar os ouvidos é expressão máxima de nervosismo!
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