Casa Cor que nada... showroom da Orlean, isso sim! Cada papel de parede! Acústico, 3D, texturizado, camurçado... é o destaque sem dúvida da 22ª edição do evento de decoração que fui esta semana pela 8ª vez consecutiva!
E está cada vez mais fraco mesmo... antes sempre tinha alguma novidade, fossem os lofts (2008), os jardins (2010), as TVs em tudo que é lugar ou até mesmo as gavetas de cozinha que tinham amortecedor para fechar (que hoje é obrigatório). Dessa vez... NADA!
Essa onda de deixar parte da obra aparecendo (canos, tinta descascada etc) ficou com cara de desleixo... Achei muito ruim. Fora isso dizer que é sustentável só porque usa madeira de demolição e reutiliza sucata é ridículo. Os arquitetos parecem ter desistido de inovar ou ter uma proposta para mostrar qualquer coisa no evento. Aliás, parecia que nem mesmo o cômodo em si foi seguido... o quarto do carioca não tinha nada de cvarioca, o salão de jogos parecia estúdio de automobilismo... sei lá.
Com isso, o melhor está no quarto e último andar: o Flashback Bar. Boa música, bons petiscos, excelentes sofás, climaço! Usar o elevador para área do DJ e uma área reservada como lounge ficaram excelentes.
Para os bons observadores e amantes de arte em geral, verão que todos os quartos se tornaram uma galeria, porque o investimento nesta parte foi alta. Daria até para fazer um tour guiado só pra falar das obras e artistas que foram contemplados. A joalheria também está interessante e só. Fica até o dia 19 de novembro, mas só serve para o happy hour musical no bar.
* Sobre a casa: de frente para o Pão de Açúcar, em endereço nobre (Av. Rui Barbosa), a Casa Cor Rio se instala em um casarão com pé direito altíssimo e amplas janelas. O belo e famoso prédio em estilo eclético foi erguido em 1922 pela Prefeitura do Rio. Abrigou até 1926 o Hotel Balneário Sete de Setembro. Depois foi sede do Internato da Escola de Enfermagem Anna Nery (1926-1973) e da Casa do Estudante Universitário (1973–1995).
sábado, 20 de outubro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Na onda do tatu
Apesar das inúmeras críticas quanto aos nomes que a Fifa escolheu para a votação, o tatu-bola, mascote da Copa do Mundo no Brasil, fez sucesso. Tanto sucesso que a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) resolveu ter um representante da nossa fauna para o vôlei de praia: o Siribol!
Agora, o Zecaré (jacaré verde e amarelo) que também pisava na areia para animar os torcedores, passa a ser apenas o representante do vôlei de quadra.
Detalhe: eu até achei Sirilo um nome mais divertido que Siribol (que parece nome de um esporte exquisito que se joga de costas), mas o que não dá pra negar é que nosso naming é muito melhor do que o da Fifa, independente da explicação universal que eles queram dar. Fuleco, Zuzeco e Amijubi são meio fraquinhos, não?
Esse nome ganhou (por 47% em uma votação aberta pela internet) de Sirilo e Casquinha. |
Agora, o Zecaré (jacaré verde e amarelo) que também pisava na areia para animar os torcedores, passa a ser apenas o representante do vôlei de quadra.
Detalhe: eu até achei Sirilo um nome mais divertido que Siribol (que parece nome de um esporte exquisito que se joga de costas), mas o que não dá pra negar é que nosso naming é muito melhor do que o da Fifa, independente da explicação universal que eles queram dar. Fuleco, Zuzeco e Amijubi são meio fraquinhos, não?
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Tocante
Intocáveis (Intouchables, 2011) é bem melhor do que você imagina. É bem escrito, bem dirigido, bem editado e muitíssimo bem atuado. Os dois protagonistas disputaram o César de melhor ator (Oscar francês), que ficou merecidamente com o negão Omar Sy (primeiro negro a ganhar o prêmio), vencendo inclusive o ganhador do Oscar Jean Dujardin (d'O Artista). Foi a maior bilheteria em língua não-inglesa do ano passado em todo o mundo. Apesar disso, foi mal recebido nos Estados Unidos não só por ser estrangeiro, mas por ser "agressivo e estereotipado" demais. Aliás, essa foi a crítica n'O Globo. Talvez por isso tenha demorado a chegar por aqui.
Questiona-se o estereótipo do negro ferrado e deficiente zilionário numa França em crise. Questiona-se até mesmo a troca de culturas porque, na história real que inspirou o filme, o enfermeiro não era negro e sim argelino (mais uma contribuição xenófoba do país?). Tenha isso em mente, mas entendam que isso vai se apagar assim que os dois atores começarem a contracenar.
"Somos todos iguais". "Só o amor constrói". São algumas das frases cliché que virão à sua cabeça depois do filme. A trama poderia ter virado um filme pesado por conta da história trágica do riquíssimo tetraplégico Philippe (o perfeito François Cluzet) e do ex-presidiário senegalês Driss (Omar Sy).
Driss é boa praça, sedutor, descolado, verborrágico e excelente dançarino. Politicamente incorreto, diz o que pensa e se espanta com os rapapés da alta burguesia. Através de Philippe recebe uma chance de fugir de sua realidade complicada na periferia e reencontrar um caminho na sua vida. E, através de Driss, Phillipe percebe uma chance de escapar de dias sem esperança e sem estímulos. É através do bom humor e da sinceridade mordaz de duas concepções diferentes de vida que vai conquistando o outro sem pieguice ou falsa compaixão. Ambos se colocam enfim vulneráveis, se despem de suas certezas.
A frase que vai realmente ficar na sua cabeça é: não seria possível aliar uma boa vida a menos certezas e armaduras, também fora das telas? Fica a dica.
PS.: Não confundam com Os Intocáveis (The untouchables, 1987), o famoso filme de Brian De Palma sobre Eliot Ness e Al Capone.
Questiona-se o estereótipo do negro ferrado e deficiente zilionário numa França em crise. Questiona-se até mesmo a troca de culturas porque, na história real que inspirou o filme, o enfermeiro não era negro e sim argelino (mais uma contribuição xenófoba do país?). Tenha isso em mente, mas entendam que isso vai se apagar assim que os dois atores começarem a contracenar.
"Somos todos iguais". "Só o amor constrói". São algumas das frases cliché que virão à sua cabeça depois do filme. A trama poderia ter virado um filme pesado por conta da história trágica do riquíssimo tetraplégico Philippe (o perfeito François Cluzet) e do ex-presidiário senegalês Driss (Omar Sy).
Driss é boa praça, sedutor, descolado, verborrágico e excelente dançarino. Politicamente incorreto, diz o que pensa e se espanta com os rapapés da alta burguesia. Através de Philippe recebe uma chance de fugir de sua realidade complicada na periferia e reencontrar um caminho na sua vida. E, através de Driss, Phillipe percebe uma chance de escapar de dias sem esperança e sem estímulos. É através do bom humor e da sinceridade mordaz de duas concepções diferentes de vida que vai conquistando o outro sem pieguice ou falsa compaixão. Ambos se colocam enfim vulneráveis, se despem de suas certezas.
Ele é insuportável, vaidoso, orgulhoso, brutal, inconstante, humano. Sem ele, eu estaria morto por decomposição. Abdel cuidou de mim sem cessar, como se eu fosse um bebê de colo. Atento ao menor sinal, presente em todas as minhas ausências, ele me liberou quando fiquei preso, me protegeu quando eu estava fraco. Ele me fez rir quando eu não aguentava mais. Ele é meu diabo guardião. (citação do livro "O segundo suspiro", escrito por Phillipe Pozzo di Borgo, o protagonista real, sobre Abdel Sellou, o verdadeiro enfermeiro)São os contrastes que dão equilíbrio ao filme: riqueza X pobreza, negro X branco, clássico X moderno, drama X comédia, desigualdades físicas X sociais, realidade X fantasia. Nenhuma dessas questões, contudo, chega a ser abordada em profundidade no roteiro dos diretores Olivier Nakache e Eric Toledano, pois o importante é a relação entre Philippe e Driss. Destaque para o elenco de apoio que também vai muito bem e mostra como a bondade pode mudar tudo. TUDO.
A frase que vai realmente ficar na sua cabeça é: não seria possível aliar uma boa vida a menos certezas e armaduras, também fora das telas? Fica a dica.
PS.: Não confundam com Os Intocáveis (The untouchables, 1987), o famoso filme de Brian De Palma sobre Eliot Ness e Al Capone.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
Nuvem incandescente
Uma enorme, impressionante e interativa instalação criada pela artista Caitlind "Remote Control" Brown (com colaboração de Wayne Garrett) chamou a atenção na Nuit Blanche, um festival anual de arte contemporânea (que dura apenas uma noite) realizado em Calgary, no Canadá. A Nuvem era formada por 6.000 lâmpadas: 1.000 em soquetes com longas correntes para acender e outras 5.000 queimadas e doadas pelo público.
Os visitantes eram os responsáveis pelo visual da obra que mudava a todo instante. As correntes davam a impressão da chuva e o acender e apagar das luzes deixavam a nuvem carregada de raios.
Ideia e efeito visual incríveis!
Os visitantes eram os responsáveis pelo visual da obra que mudava a todo instante. As correntes davam a impressão da chuva e o acender e apagar das luzes deixavam a nuvem carregada de raios.
Ideia e efeito visual incríveis!
(Via Bem Legaus)
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