Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) vive uma vida pacata no condado, como a maioria dos hobbits. Um dia, aparece em sua porta o mago Gandalf, o cinzento (Ian McKellen), que lhe promete uma aventura como nunca antes vista. Na companhia de vários anões, Bilbo e Gandalf iniciam sua jornada pela Terra Média. Eles têm por objetivo libertar o reino de Erebor, conquistado há tempos pelo dragão Smaug e que antes pertencia aos anões. No meio do caminho encontram elfos, trolls e a criatura Gollum (Andy Serkis) com seu precioso - e já famoso - anel.Impossível não se sentir em casa. Temos Frodo, Gandalf, Gollum, Saruman, Lorde Elrond, Galadriel... As paisagens são familiares e até mesmo os personagens desconhecidos nos passam uma sensação de deja-vu.
E isso é tão bom quanto ruim... porque o filme é chato! Já passamos pela longa trilogia do Senhor dos Anéis (Lord of the Rings, 2001, 2002 e 2003) e não somos apresentados a nada novo. São as mesmas correrias e batalhas lotadas, sendo que os efeitos especiais não parecem ter evoluído e é possível detectar alguns problemas de continuidade (fora os inúmeros clichês). E o pior é que Peter Jackson resolveu criar uma nova trilogia caça-níqueis que deixou esse filme sem um final e com partes alongadas que nem o fino livro considera! Devemos esperar ainda por Aragorn, Legolas, blá, blá, blá que não aparecem no livro!
Só Gollum salva! Mesmo um vilão, ele já havia conquistado o público e agora é facil você torcer por ele e vê-lo como vítima. Sua disputa com Bilbo é um dos poucos bons momentos do filme.
Apesar disso tudo, com certeza irei ao cinema para ver as continuações por mais chato que seja. E quero deixar aqui uma questão que me intriga desde a trilogia inicial: porque Gandalf não convoca as águias desde o início e encurta essas viagens longas e perigosas? Cara chato!
O filme está concorrendo à prêmios técnicos e tem chance de levar alguns, mas não merecia só por conta desse capitalismo exagerado que arruinou o potencial de um filme único (ou, no máximo, dois).