sexta-feira, 15 de março de 2013

Going on

Está difícil de conciliar tudo que a vida nos oferece. Com isso, esse blog fica quase jogado pra escanteio. Já não é a primeira vez que apareço por aqui dizendo que vou voltar, mas não dá pra garantir nada... só posso dizer que vou tentar.

Enquanto isso, passem pelos meus outros blogs que eles andam bem mais atualizados. Um é sobre relógios e afins, o H+Min+Sec, e o outro sobre mitologias de todo o mundo, o Mito+Graphos. E agora ambos estão na maior rede social do mundo! Procure lá no Facebook (hminsec e mitographos) e mantenha-se atualizado!

sábado, 2 de março de 2013

30 anos da indústria fonográfica em um GIF

Vejam esse interessante GIF que faz um panorama geral da indústria fonográfica de 1980 a 2010:


É possível ver:
  • O CD chega em 1983 para substituir o 8-track, quando o vinil e o K7 estão equilibrados. Depois vai tomando conta do mercado e chega ao auge em 2003.
  • A indústria fonográfica entra na TV em 1989 e não sai mais.
  • A internet começa a influenciar a indústria fonográfica em 2004.
  • O fim do K7 é decretado em 2005.
  • Em 2006, entra o Mobile.
  • Perceberam que o vinil nunca saiu?
A indústria fonográfica tem muito o que pensar daqui pra frente. Internet e tecnologia móvel estão alterando completamente o panorama desse mercado. Bandas sem gravadoras que vivem de redes sociais já são uma realidade. Será bem interessante acompanhar essa história.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ao Oscar com: os prêmios!

Quem gosta de cinema, seja o de Hollywood ou o de Michael Haneke, tanto faz, fica acordado até três horas da matina quando o evento televisionado é a entrega do Oscar. Não interessa se você vai trabalhar ou estudar quando o sol raiar. Cinéfilo de coração aguenta o sono, musicais com Russell Crowe, um bloco inteiro de in memorian, piadinhas infames e muitos, muitos intervalos comerciais para chegar de olhos abertos até Best Picture.

Estas são as palavras do meu amigo Otávio no seu ótimo blog de cinema Hollywoodiano. Concordo totalmente, até porque fui um dos que ficou na madruga e tive que raiar com o sol.

As Aventuras de Pi (The life of Pi, 2012) foi o grande vencedor com 4 títulos e - se analisarmos bem - Lincoln (2012) foi o grande perdedor. Considerado o papa-títulos do ano por retratar o grande presidente dos EUA, o filme de Spielberg só levou a estatueta óbvia para Daniel Day-Lewis. Quando digo óbvio, não estou falando do talento do ator. Estou falando dos resultados de prêmios anteriores que acabam tornando o show quase previsível.

A vitória de Argo (2012) foi pra mim uma surpresa mais do que agradável. Vibrei. Achei que a entrada da primeira-dama Michelle Obama dava como certa a vitória de Lincoln, mas tem gente dizendo que foi uma mensagem política. Dane-se. O filme é ótimo.

Mas o show foi marcado pela queda da bela e chique Jennifer Lawrence (afinal ela caiu de Dior e foi ajudada por Bradley Cooper e Hugh Jackman...), pelo endeusamento a Tarantino (Waltz e roteiro? Sei não...), pelo esquecimento de Ben Affleck como indicado à direção (e daí? Levou o filme!) e pelos musicais da história do cinema: Chicago, Dreamgirls (UAU Jennifer Hudson!), Hairspray (na presença de John Travolta), A noviça rebelde (na presença de Christopher Plummer), Les Miserábles (Ah essa revolução! E não é que Russell Crowe canta mesmo?), entre outros.

Ah... avisem ao Seth McFarlane que não deu.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Cartazes oscarizáveis

Mais tarde teremos a entrega do Oscar para o cinema americano. O maravilhoso designer Olly Moss fez um incrível cartaz com os 84 Oscar anteriores interpretando os vencedores daquele ano.

Clique para aumentar e divirta-se tentando lembrar os vencedores!


A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood também encomendou cartazes comemorativos celebrando os indicados a Melhor Filme aos artistas da Gallery 1988. Vejam:

Amor, por Matt Owen
A hora mais escura, por Godmachine
Django Livre, por Mark Englert
Argo, por Anthony Petrie
As aventuras de Pi, por Tom Whalen
Lincoln, por Jeff Boyes
Indomável sonhadora, por Rich Kelly
Os miseráveis, por Phantom City Creative
O lado bom da vida, por Joshua Budich

Excelente iniciativa. Tomara que ela seja repensada todos os anos! Meu palpite para o Oscar? Lincoln... americano adora se presentear. Mas podemos ter uma grande surpresa com o excelente Argo.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Ao Oscar com: A VIAGEM

Tá, tá... eu sei que esse filme não está no Oscar e foi considerado um dos piores filmes do ano passado, mas eu gostaria de fazer algumas considerações. Primeiro, vamos à história de A Viagem (Cloud Atlas, 2012):
Seis histórias ocorrem em épocas e países distintos, mas estão interligadas. No século XIX, Adam Ewing (Jim Sturgees) é um advogado enviado pela família para negociar a comprar de novos escravos. Ao retornar para casa, ele salva um escravo, Autua (David Gyasi), que muda toda sua vida. Em 1930, o jovem e talentoso compositor Robert Frobisher (Ben Whishaw) ajuda o também compositor, e já idoso, Vyvyan Ars (Jim Broadbent) a escrever sua obra-prima. Em 1970, a jornalista Luisa Rey (Halle Berry) conhece Rufus Sixmith (James d'Arcy) quando o elevador em que ambos estão quebra e acaba se envolvendo em uma trama nuclear de proporções apocalípticas. Nos dias atuais, Timothy Cavendish (Jim Broadbent) é dono de uma pequena editora, precisa se esconder de um autor violento e acaba preso em uma instituição psiquiátrica. Em uma Coréia do Sul futurista, Sonmi-451 (Donna Bae) é um clone que trabalha em um restaurante fast food. Ela foi programada para realizar todo dia as mesmas tarefas, sem manifestar qualquer reclamação, mas a situação muda quando outro clone acaba, sem querer, despertando-a sobre sua existência. Em um futuro pós-apocalíptico, conhecemos Zachry (Tom Hanks) e sua tribo que venera Sonmi como se fosse uma deusa. Sua vida muda quando a evoluída Meronym (Halle Berry) lhe pede para viver com sua tribo em troca de um favor.

Direto aos problemas, eu começo pelo título. Reza a lenda que o o nome "A viagem" foi dado porque acharam que tinha a ver com espiritismo e vidas anteriores e associaram o filme à antiga novela da Globo de mesmo nome. Acreditam? Pois é... na verdade, não existe encarnação, mas um maldito sinal de nascença em forma de cometa e o uso contínuo de atores em maquiagens distintas dão a entender que sim. Em alguns casos podemos até discutir algo como memória genética e por aí vai... Mas não! Não é sobre encarnação, mas sobre a repercussão dos atos que tomamos em vida! Confesso que não sei como traduzir o título, mas o que está não rola.

O segundo problema é a edição. Não há um porquê explícito nos cortes entre as histórias. De repente vamos do século XIX ao futuro pós-apocalíptico aos dias atuais em um piscar de olhos. Quase uma novela de Glória Perez... Às vezes até demoramos a nos dar conta do que estamos vendo. E isso é chato porque as histórias não são todas interessantes. Acho que 2 ou 3 te prendem e te fazem querer saber mais, como a história de Jim Broadbent como um editor preso em um hospital psiquiátrico. É leve, engraçada, romântica. A Coréia futurista lembra demais Matrix (1999) - que também foi dirigido pelos irmãos Wachowski - e nos intriga e nos envolve a cada cena (seria uma nostalgia ao original Matrix que desencadeou sequências medianas?). Podiam lançar um DVD onde poderíamos assistir cada história separadamente, na ordem que quiséssemos...

Por último, vem o objetivo. O filme começa em um lugar qualquer e vai pra lugar nenhum. Não estou falando de locações, mas de um motivo, um porquê, uma razão para aquilo tudo estar acontecendo. Ou seja, o filme acaba e é fácil você procurar uma razão para você estar ali vendo aquele filme.

Mas também não achei tão devastador assim. A maquiagem é interessante (mas não é essa cocada toda que estava sendo proclamada. Talvez merecesse uma indicação). Vale a pena esperar os créditos para ver como os atores se transformaram ao longo do filme. É um filme grandioso que vale o ingresso do cinema pelas imagens e sons. E só.