O bem e o mal estão em todos os lugares. Um não existe sem o outro. Precisamos saber conviver com ambos. No entanto, uma simples ação maléfica costuma ganhar proporções gigantescas e colocar pra escanteio todas as atitudes do bem. Perde-se a confiança, a credibilidade... é o tal vaso quebrado que mesmo consertado terá sempre uma rachadura.
Esse é o tema geral de Planeta dos Macacos: O confronto (Dawn of the Planet of the Apes, 2014), continuação do prequel de 2011 que tenta explicar como o mundo foi dominado por macacos. Assim como o primeiro, somos induzidos o tempo inteiro a ficar do lado dos macacos (impossível não se apiedar do César de Andy Serkis, seus familiares e amigos mais próximos que dão um voto de confiança), porque a culpa recai constantemente sobre os humanos. Mesmo quando sabemos que a confusão toda é culpa de um macaco, pensamos que o estopim foi o egoísta instinto de sobrevivência humano somado ao medo da inferioridade e o eterno desejo de conquista. Os poucos humanos que provam a possibilidade de interação entre as espécies não são o suficiente.
No fim, com um olhar conformado, César fala que não adianta mais tentar a coexistência pacífica: só a guerra e a obliteração de um dos dois lados é capaz de trazer a paz. É como se o vaso tivesse mais cacos e rachaduras do que cola para restaurar. É a vitória dos discursos de ódio.
Agora leia o que escrevi novamente. Só que desta vez, pense nas guerras religiosas do Oriente Médio. Pense nos preconceitos raciais e de gênero. Será que chegamos nesse ponto? Somos incapazes de coexistir com a diferença e para isso precisamos eliminá-la? Vamos continuar vivendo em meio a tanto ódio injustificável que nos leva ao "olho por olho, dente por dente"? É triste ver que estamos tomando este caminho, mas precisamos ter a esperança e a coragem de AGIR para que não seja assim.
sábado, 23 de agosto de 2014
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Subindo a parábola
Não foi bem um salto. O obstáculo era tão alto que preferi escalar bem de mansinho, com cuidado, no seu devido tempo. Acho que ainda não cheguei no topo porque encontrei uns percalços. Mas, na verdade, isso é um bom sinal porque significa que ainda não cheguei no auge, no topo da parábola de onde só vemos a descida. E espero que minha descida seja lenta, porque não estou gostando nada de ficar fisicamente velho.
Pelo menos, a minha parábola está cheia de parábolas.
Pelo menos, a minha parábola está cheia de parábolas.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Saudade da chuteira à alma
Há um mês acabava a Copa do Mundo no Brasil. A BBC de Londres fez um vídeo de despedida pelo término de sua cobertura dos jogos. Força no passinho!
Que saudade... e o vídeo ainda termina com imagens do Campeonato Inglês, quando eu tenho que ver Flamengo vs. Chapecoense, ou Goiás vs. Bahia... dureza...
Que saudade... e o vídeo ainda termina com imagens do Campeonato Inglês, quando eu tenho que ver Flamengo vs. Chapecoense, ou Goiás vs. Bahia... dureza...
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Copa tipográfica
A Copa acabou. Infelizmente. Mas nesse blog, futebol e design são assuntos constantes. Por exemplo, vejam as famílias tipográficas criadas pela Nike para as camisas das seleções que patrocinou.
Stu McArthur, diretor de design da Nike chamou alguns designers famosos para ajudar. É o caso da Case Crouwel da Holanda (Wim Crouwel) e Case Brody da Inglaterra (Neville Brody). No caso da AvantGarde da seleção francesa, foi a estilização de uma fonte já existente.
E não pensem que é simples, Stu diz que encontrar o equilíbrio entre originalidade e legibilidade dentro dos padrões da Fifa é um árduo e longo processo.
Bacana, não? Se quiser, leia a entrevista de Stu no Designboom.
Stu McArthur, diretor de design da Nike chamou alguns designers famosos para ajudar. É o caso da Case Crouwel da Holanda (Wim Crouwel) e Case Brody da Inglaterra (Neville Brody). No caso da AvantGarde da seleção francesa, foi a estilização de uma fonte já existente.
E não pensem que é simples, Stu diz que encontrar o equilíbrio entre originalidade e legibilidade dentro dos padrões da Fifa é um árduo e longo processo.
Fundição Brasil: Inspirada em grafites e tipografias vernaculares. |
Case Crouwell: Inspirada na fonte típica holandesa Gridnik, do designer Wim Crouwel. |
Case Brody: Inspirada em stencils com caraterísticas geométricas e inovadoras. |
ITC AvantGarde: Estilização de fonte já existente. |
Ronaldo: Inspirada em tipografias art decó de sinalizações portuguesas. |
Rex: Inspirada nos uniformes de outros esportes americanos. (Adquira AQUI) |
Bacana, não? Se quiser, leia a entrevista de Stu no Designboom.
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sábado, 9 de agosto de 2014
Coleções inusitadas do século XX
Picasso |
A exposição Visões na Coleção Ludwig apresentou 70 trabalhos provenientes da coleção do empresário alemão, sediada no Museu Estatal Russo de São Petersburgo. Contou com Pablo Picasso, Andy Warhol, Robert Rauschenberg, Roy Lichtenstein, Jeff Koons, Jean-Michel Basquiat, Joseph Beuys, Gerhardt Richter, Anselm Kiefer e George Baselitz, entre outras obras da arte pop, do neoexpressionismo alemão, do fotorrealismo e de outros movimentos internacionais de arte, dos anos 1960 aos dias de hoje.
Basquiat e Warhol |
Keith Haring |
“Eu não sei o que é arte. Eu não sei o que é ‘bom’ ou não. Eu passeio. Eu flano. Eu não quero nada em particular. Eu não sei exatamente o que eu fiz. Eu não sei exatamente como tudo começou. Há coisas que me intrigam e me perturbam. Para que algo se ative, é preciso que seja enigmático. E difícil, também. Senão não é interessante. Não é excitante”
Roy |Lichtenstein |
O interessante em ambas é ver como a arte mudou drasticamente no século passado em busca de novos padrões estéticos que determinaram a arte contemporânea. É o momento onde se fica perguntando "tá... mas isso é arte?" e a resposta se torna complexa e tão inusitada quanto as coleções. A primeira já terminou, mas a segunda ainda fica no MASP até amanhã.
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