Antes que você leia o que vou escrever aqui, por favor faça duas coisas: (1) veja o filme porque contarei algumas coisas; e (2) leia o que escrevi quando saiu o filme do Superman porque tudo que vou falar aqui é um sequência do que está lá.
Então... eu comecei na outra postagem falando para vocês esquecerem qualquer filme que viesse na sequência daquele Superman porque a essência dos personagens foi alterada de forma inadequada. E isso se comprovou nesse. Cheguei até a escrever que o Batman também não mata... mas o que acontece nesse filme? Não interessa se ele está amargurado pela morte do Robin. Não interessa se ele é um Batman mais velho e cansado de crimes. Não interessa se os filmes devem ser mais adultos. NÃO. O BATMAN NÃO MATA ASSIM COMO O SUPERMAN!! Detalhe: a Mulher-Maravilha MATA, mas eles dois NÃO!
Mas vamos ao filme em si... ele deveria ser o "Superman 2", mas resolveram que seria a porta de entrada do novo Batman e da Liga da Justiça. Com isso toda a discussão (até bem interessante) ao redor dos poderes do Superman se misturou à origem e problemas do Batman e às rasas motivações de Lex Luthor. Isso fez com que o filme se arrastasse por 1 hora com a necessidade de não só contar essas três histórias como dar espaço para todos os atores que foram contratados: Amy Adams, Laurence Fishburne, Diane Lane, Jeremy Irons, Holy Hunter, Jeffrey Dean Morgan... até o Kevin Costner trouxeram de volta numa cena totalmente desnecessária! Só faltou o Russel Crowe, o Marlon Brando...
Algumas escolhas de edição e direção de Zack Snyder realmente foram péssimas. A cena do Bruce caindo no buraco de cara no chão era pra ter sido fatal, mas ele acaba voando com morcegos. Oi? Tá... era sonho. Um sonho desnecessário. Toda a origem do Batman é mais do que conhecida e deveria ter ficado em rápidos flashbacks (como no momento Martha, no fim do combate entre os heróis).
E o roteiro... bom... vá ver o filme e você perceberá que a luta entre os heróis que dá título é TOTALMENTE INÚTIL. O Superman acabaria com a luta em milésimos de segundo, mesmo enfraquecido: não estou falando de porrada, estou falando de conversa!!! Era só falar porque ele estava ali!!! E digo mais: ele também teria salvo a mãe em milésimos de segundo!!! Mesmo assim fica a pergunta: por que... POR QUE Luthor queria que eles brigassem??? POR QUÊ, GENTE??? Porque o Batman roubou a kryptonita? Foi por birra, então?
E aí... abro um mínimo espaço para o HORRÍVEL Lex Luthor de Jesse Eisenberg, o PIOR DE TODOS! Avisem pra ele que Lex NÃO É O CORINGA!!! É visível que houve uma tentativa de trazer o Heath Ledger à tona: a forma de andar, as risadinhas entre falas... NÃO!!! Lex é sociopata, mas não psicopata louco! Mais um erro crasso!
Como apreciador de quadrinhos, é claro que a chegada da Mulher-Maravilha é realmente de arrepiar. Sua entrada no filme engole os outros dois... até porque o Batman só foge e o Superman só toma porrada do Apocalipse (bem retratado), enquanto ela ataca. Gal Gadot segurou bem essa batata quente, porém, mesmo assim, fiquei com duas pulgas atrás da orelha: (1) fisicamente ela é muito modelo, ou seja, bela e muito magra (ah Lucy "Xena" Lawless...); e (2) será que a personagem aguenta o filme solo que vem em 2017? Ela mais do que merece, mas, do jeito que a DC/Warner anda tratando seus heróis, temo por ela.
Não tenho muito mais a acrescentar sobre o Superman de Henry Cavill do que já falei até aqui. Do Ben Affleck como Batman/Bruce Wayne... posso dizer que a retratação está muito boa visualmente e eles consertaram a péssima voz criada por Christian Bale da melhor forma possível. Mas não gostei da transformação atormentada. O personagem é considerado o grande detetive dos quadrinhos e, de repente, passa a agir sem pensar, a bater antes de perguntar... ruim.
Ainda temos um rápido vislumbre do Flash (nem vou comentar o cabelinho), do Aquaman (o ator é fraco, mas pode dar liga! piadinha infame...) e do Cyborg (que cubo é aquele? A caixa-materna?). Robin aparece num sonho dentro de um sonho... que também mostra um grande ômega que representa a chegada de Darkseid na Terra, o vilão do vindouro filme da Liga da Justiça.
Filme raso. Mal editado. Muito escuro. Péssimo em 3D... sério... realmente não sei o que acontece com a DC/Warner, que tem nas mãos os super-heróis mais conhecidos do mundo e não conseguem fazer algo decente com eles para o cinema.
domingo, 27 de março de 2016
sexta-feira, 25 de março de 2016
Arte ao Lado 2 - A missão
De agosto a outubro do ano passado, postei semanalmente um texto que criei a partir de três perguntas (o quê? como? por quê?) feitas para amigos, familiares e conhecidos envolvidos de alguma forma com a Arte. Fiquei louco e maravilhado com as respostas que recebi, mas percebi que não era fácil de conseguir. Eu estava, na verdade, pedindo que os artistas penetrassem em si mesmos e encontrassem a essência de suas artes. E essa dificuldade acabou por encerrar o projeto antes do tempo que eu tinha planejado.
Só que de repente... um texto que pedi em julho de 2015 aparece para mim em fevereiro deste ano. Imediatamente toda a energia e empolgação voltaram! Comecei a disparar as perguntas, buscando os novos artistas da segunda fase do projeto Arte ao Lado, e... novamente os obstáculos apareceram.
Então, vou fazer uma mudança: ao invés de semanal, farei mensal. Acho que vou ter que encher alguns sacos, mas tentarei colocar um artista novo todo dia 1º; Essa é a missão: apresentar um processo criativo e uma visão artística de alguém próximo a mim pra estimulá-los a procurar ao lado de vocês.
Só que de repente... um texto que pedi em julho de 2015 aparece para mim em fevereiro deste ano. Imediatamente toda a energia e empolgação voltaram! Comecei a disparar as perguntas, buscando os novos artistas da segunda fase do projeto Arte ao Lado, e... novamente os obstáculos apareceram.
Então, vou fazer uma mudança: ao invés de semanal, farei mensal. Acho que vou ter que encher alguns sacos, mas tentarei colocar um artista novo todo dia 1º; Essa é a missão: apresentar um processo criativo e uma visão artística de alguém próximo a mim pra estimulá-los a procurar ao lado de vocês.
sábado, 19 de março de 2016
Salvadores da night
Nunca uma propaganda de bebida alcoólica me representou tão bem.
Claro que não sou mais o dançarino de antes, mas achei incrível e corajosa essa mudança de paradigma da Heineken. Parabéns.
Claro que não sou mais o dançarino de antes, mas achei incrível e corajosa essa mudança de paradigma da Heineken. Parabéns.
sábado, 12 de março de 2016
Mais do que Frida
A mostra Frida Khalo - Conexões entre mulheres surrealistas no México é mais uma daquelas exposições que tem um grande artista chamando as pessoas, mas apresenta outros artistas (como a do Kandinsky, por exemplo). A diferença é que dessa vez a grande artista engole tudo. E isso é Frida.
André Breton - teórico do Surrealismo - a levou para a fama ao lado de Picasso e Duchamp. Se resumirmos esse movimento à pintura de sonhos e representações oníricas, Frida não se encaixa, uma vez que ela mesma dizia que estava pintando sua realidade. Precisamos entender o Surrealismo como um movimento que idealiza a realidade através do inconsciente e subverte a realidade. Aí sim Frida reina.
As outras artistas que permeiam a mostra possuem obras interessantes e algumas bem bonitas (como Bridget Tichenor e Alice Rahon), porém, longe do impacto da mexicana. Fisicamente, Frida morreu cedo demais. Espiritualmente, acho que não morrerá jamais.
É difícil não falar de feminismo porque sua luta foi constante. Primeiro, Frida enfrentou toda dor física que a pólio e o acidente lhe trouxeram e a transformou em arte. Tentou suícidio, tinha uma relacionamento complexo com o muralista Diego Rivera, teve vários abortos... e manteve as cores e a força em sua obra. Contra o machismo enraizado em todos os cantos, criou uma persona para ser respeitada: sobrancelhas grossas e buço foi uma masculinização política; suas roupas coloridas foram sua identidade visual marcante que mexia com a cultura mexicana. Até mesmo a insistência em autorretratos era uma postura política.
Um dos primeiros autorretratos de Frida. Perceba que não há sobrancelhas grossas ou buço, muito menos cores coloridas em suas roupas. |
Este é um dos quadros que Frida assina seu sobrenome Khalo e define, por fim, sua persona masculinizada. |
Mais do que vestimentas coloridas, Frida criou uma marca, uma identidade visual para si. |
André Breton - teórico do Surrealismo - a levou para a fama ao lado de Picasso e Duchamp. Se resumirmos esse movimento à pintura de sonhos e representações oníricas, Frida não se encaixa, uma vez que ela mesma dizia que estava pintando sua realidade. Precisamos entender o Surrealismo como um movimento que idealiza a realidade através do inconsciente e subverte a realidade. Aí sim Frida reina.
As outras artistas que permeiam a mostra possuem obras interessantes e algumas bem bonitas (como Bridget Tichenor e Alice Rahon), porém, longe do impacto da mexicana. Fisicamente, Frida morreu cedo demais. Espiritualmente, acho que não morrerá jamais.
segunda-feira, 7 de março de 2016
Deuses do Egito
Vi Deuses do Egito (Gods of Egypt, 2016) nesse fim de semana e posso afirmar: não gaste tempo ou dinheiro. Talvez... se passar na Temperatura Máxima, Sessão da Tarde ou Supercine...
Mitologicamente tem erros e acertos, mas o ruim do filme em si mascara o que tem de bom nos deuses. Bom... crítica mais desenvolvida no meu blog Mito+Graphos.
Mitologicamente tem erros e acertos, mas o ruim do filme em si mascara o que tem de bom nos deuses. Bom... crítica mais desenvolvida no meu blog Mito+Graphos.
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