sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Um conselho de classe

Capa do livro com os texto original da peça.
Seja por exemplo de família, oportunidade ou convicção, a vida me transformou em professor. São tantas as dificuldades que está mais para vocação do que para profissão. E isso está muito bem retratado na peça Conselho de Classe (ate 19 de outubro, no Teatro Fashion Mall).

A sinopse diz que uma reunião de professoras é desestabilizada pela chegada de um novo diretor após o afastamento da anterior que se envolveu numa confusão com alunos. O encontro faz eclodir dilemas éticos e pessoais que muitos ACHAM que conhecem, mas viver o dia-a-dia de uma sala de aula é bem diferente.

O espetáculo escrito por Jô Bilac tem direção de Bel Garcia e Susana Ribeiro e coloca a Cia dos Atores fazendo o papel das professoras. Isso mesmo: homens no papel de mulheres. No início, os personagens vão se construindo e o humor se apresenta. No entanto, quando a realidade da educação e do atual ambiente escolar, os dramas se intensificam e o humor serve como alívio.


É uma porrada. Às guerreiras Palomas, Célias e Mabels, meu mais sincero obrigado. Sei que sou capaz de encarar essa barra porque vocês abriram meu caminho e mostraram que é possível.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Arte urbana

Herbert Baglione
Também no Caixa Cultural rolou a exposição Street Art - Um panorama urbano, que trouxe a arte nascida nas ruas antes marginalizada e agora parte da cultura pop contemporânea. Teve o consagrado BanksyHerbert BaglioneJef Aérosol, projeto MaisMenos (Miguel Januário), HowNosm, Pixel Pancho, Rero, Sten Lex, Vhils (Alexandre Farto) e o interessante brasileiro Nunca (Francisco Rodrigues).

É muito legal ver essas manifestações artísticas urbanas que vão além do graffiti e permitem o conhecimento (e o questionamento) do que vem sendo feito hoje. O lado político é fundamental e - em muitas vezes - transcende o visual.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Cartazes (de hoje) para amanhã (e sempre)

"School", Mario Fuentes (Equador)
Poster for Tomorrow é o principal projeto da 4tomorrow, uma ONG parisiense fundada em 2009. Seu objetivo é encorajar as pessoas a criarem cartazes que estimulem o debate sobre questões universais, como liberdade de expressão, direitos das mulheres etc. Para a ONG, o cartaz é melhor plataforma por ser de fácil criação e distribuição, além de atrativos e acessíveis a todo espectro social.

Fica até o próximo fim de semana na Caixa Cultural, a ótima exposição Poster for Tomorrow - Direitos Humanos em Cartaz. A mostra traz uma seleção dos 100 melhores cartazes de seis edições do projeto, separados por temas: Direito à Educação, Igualdade de Gêneros, Um lar para todos, Desenhe a Democracia, Liberdade de Expressão e A Morte não é Justiça.

"Stand up", Elias Riedmann (Áustria)
"Where are you sleeping tonight?", Mathieu Rousseau (Canadá)
Adriana Bermúdez (Colômbia)
"Weapon of mass defence", Ferdinando Dambrosio (Itália)
"The truth revealed by its own cycle", Anadel Velasquez (México)

Tem cada um melhor do que o outro. As soluções gráficas são muito interessantes e abrem as portas da criatividade! Se quiser participar, o concurso é anual e aberto a todos. Inscreva-se no site do projeto.

domingo, 5 de outubro de 2014

Como se tornar o Wolverine (dentro de uma garagem!)

Já que estamos no mês do Wolverine, que tal saber como fazer garras hidráulicas do herói na sua garagem? Não acredita? Saquem só o que um encanador/engenheiro (e também diretor e dublê) inglês chamado Colin Furze fez dentro da garagem dele:



Olha aqui o passo-a-passo:



Eu quero. E o cara ainda fez o lança-chamas do Pyro e um sapato magnetizado a la Magneto!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Roseando o outubro

Há anos este blog entra na campanha do Outubro Rosa (2009 - onde explico tudo sobre esse evento -, 20102011, 2012 e 2013). Em 2014 não seria diferente. As cores daqui já mudaram e trago para vocês algumas campanhas sobre o câncer de mama (clique para aumentá-las).

"Prevenir o câncer de mama não está nas suas mãos. Detectar no início está". (Campbell-Ewald Advertising)
"Você pode detectar o câncer de mama antes que seja tarde". (Agência Vaculik, Eslováquia)
"Eu não tenho tempo. Eu faço o autoexame". (IBCC)
"Detecte o câncer de mama antes que ele ataque. Para saber como, insira e dê play". (Agência Publicis, Malásia)
"Perder um pode ser fácil assim". (Agência Jimenezbasic, Filipinas)
"Infelizmente não podemos testar tudo por você". (FV BBDO, Holanda, para a Mercedes-Benz)

Tem outras AQUI. No Brasil já temos programações em Bauru (SP) e em Campo Grande (MS).

E, pra quem não sabe ainda, outubro é o mês dedicado exclusivamente à prevenção do câncer de mama, no qual todas as mulheres entre 40 e 69 anos são estimuladas a fazer o exame mamográfico. O câncer de mama é o segundo com mais casos no Brasil, sendo superado somente pelo câncer de pele. Mesmo assim, muitas pessoas não tomam as devidas providências para fazer os exames regulares de prevenção da doença logo em seu início.

Faça a sua parte (e seus exames).

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O melhor do melhor no que faz

Mais um ano para o imortal herói, que anda passando por mais bocados. No último filme solo dele, sua imortalidade foi colocada em cheque. E parece que gostaram disso porque, não só descobriram como matá-lo (afogando, ora!), como resolveram tirar seu fator de cura para provar que ele é realmente o melhor no que faz independente de seus poderes.

E isso me fez pensar no quanto Wolverine já FOI realmente o melhor anti-herói que já foi escrito. Uma época em que o mistério rondava seu passado cheio de lavagens cerebrais e memórias implantadas. Qualquer nesga de informação dada era preciosa! Os segredos de Logan eram guardados a sete chaves na Marvel até que dois eventos mudaram tudo:

  1. Quando Magneto retirou o adamantium dos ossos de Wolverine e surgiram misteriosamente as garras de ossos (que só foram explicadas na série Origens, mas abriu um monte de buraco de continuidade e, inclusive, meio que eliminou a história Arma X).
  2. Quando a Feiticeira Escarlate surtou e criou um mundo governado por mutantes (na saga Dinastia M), mas Logan não foi afetado por isso e, ao fazer tudo voltar ao normal, acabou recuperando todas as suas memórias.

Ed. Panini, 2013 (156 páginas, capa dura, R$48)
OK... a história do herói precisa evoluir com o tempo, mas ao ler suas antigas histórias da década de 1990 sabemos quem realmente é o personagem. Por isso, Arma X é absolutamente FODA. É uma obra de teor psicológico que poucas vezes é visto nas histórias de super-heróis.

Escrita e desenhada por Barry Windsor-Smith (lançada originalmente em 1991, nas páginas de Marvel Comics Presents #72 a #84), é uma das mais clássicas envolvendo o personagem e definiu os conceitos nos quais diversos autores se basearam para desenvolver a vida de Wolverine. Nela se estabelece como Logan recebe o adamantium em seus ossos. Ele é sequestrado, desumanizado e despido até o seu âmago, reduzido a uma arma de destruição em massa. Os traumas se estabeleceram por anos (foram levemente mostrados - alterados - nos primeiros filmes dos X-Men e no primeiro dele).

Pra você ver a importância da história: a HQ já foi publicada três vezes no Brasil! (em formatinho pela Editora Abril, em 1992, na edição #35 da série Grandes Heróis Marvel; novamente pela Abril numa edição especial em formatinho, Wolverine Extra, em 1995; e em especial formato americano pela Panini Comics em 2003, com um confronto extra do herói com Lady Letal). E reza a lenda que haverá ainda uma nova publicação pela Editora Salvat!

PS.: Alguém duvida que tenho todas as publicações?

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Street Jackson

Poppin John e Ricardo Walker fizeram uma mescla dos passos de Michael Jackson com passos de street dance para dançar o hit Beat It em dubstep. Vejam:


Muito bacana, não? E pra quem não sabe o que é dubstep:
É um gênero de música eletrônica que se originou na Inglaterra no início da década de 2000. Seu som possui linhas de baixo muito fortes e padrões de bateria reverberantes, samples e vocais ocasionais.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Contente-se com a realidade sem graça


Depois da insanidade que já fizeram este ano, Dwayne Johnson resolveu fazer o filme da sua vida: transformar Hércules num herói real. Que pena. Sinceramente... pra falar do filme em si, acho melhor que vocês leiam as críticas do Hollywoodiano e do Omelete, porque minha opinião cinematográfica é um misto das duas. Se você é fã de mitologia, leia meus comentários completos AQUI. Se não, veja o trailer que é o suficiente.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Um símbolo nacional pode mudar?


A Union Jack, bandeira que representa o Reino Unido, poderá mudar caso a Escócia assegure a sua independência no referendo de hoje! A bandeira existe desde 1801 e é composta por três bandeiras de santos que representam três países: Santo André (Escócia), com fundo azul e um "X" branco; São Patrício (Irlanda), que é branca e tem um "X" em vermelho; e São Jorge (Inglaterra), que tem fundo branco e cruz em vermelho.


Caso a Escócia deixe de pertencer ao Reino Unido, a bandeira poderia perder a cor azul! Os assuntos relativos à bandeira são analisados pelo Instituto UK Flag, que constatou que a maioria de seus membros são favoráveis à mudança na bandeira caso a Escócia saia do Reino Unido. A proposta seria incluir ou o dragão do País de Gales (que também pertence ao Reino Unido, mas não está representado na bandeira), ou as cores preta e amarela, que representam São David, o santo galês, ou ainda substituir o azul escocês pelo verde galês.

Algumas opções de mudança na bandeira do Reino Unido (Foto: Reprodução/GloboNews)

No entanto, a bandeira não foi modificada depois que parte da Irlanda deixou o Reino Unido. Além disso, como a Escócia permaneceria vinculada à Família Real Britânica mesmo após a separação, defende-se que a cor azul seja mantida.

O Partido Nacional Escocês anunciou a intenção de que a nova Escócia seja uma monarquia constitucional, com a rainha Elizabeth II como sua soberana – como acontece com a Austrália, a Nova Zelândia (e ambos possuem referência a Union Jack em suas bandeiras) ou o Canadá – e de se unir à Commonwealth, organização intergovernamental composta por 53 países membros independentes, a grande maioria formada por países que foram colônias britânicas.

Confuso, não? Mas e aí... muda ou não muda?

sábado, 6 de setembro de 2014

Super-Heróis Futebol Clube

A designer espanhola Nerea Palacios trabalha com customização e possui um blog chamado "I Want to Work for Nike", onde exibe seu sonho de criar modelos de camisas esportivas. Ela fez uma série de camisetas da Nike inspiradas em super heróis e algumas equipes. Confere aí, porque ficou bem legal!

A Escola Xavier para Jovens Superdotados já tem o uniforme do time.
O Capitão América agora pode ser capitão do seu time.
As agentes femininas da S.H.I.E.L.D. podem entrar no esporte e se inspirar nas amazonas do time da Mulher-Maravilha.
Batman pode juntar todos os seus Robins em um time para enfrentar os bandidos do Gotham Rogues.

Para os amantes da série Game of Thrones, também tem camisas.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Chocolego

Se todo mundo gosta e conhece Lego, imagina se fosse de chocolate!


O designer e ilustrador japonês Akihiro Mizuuchi criou essas peças em chocolate branco, ao leite, amargo e com corante rosa, despejando os chocolates em moldes do brinquedo. Só nos resta saber se você vai conseguir brincar antes que derreta na sua mão. Mas quem se importa?

sábado, 23 de agosto de 2014

Maniqueísmo símio

O bem e o mal estão em todos os lugares. Um não existe sem o outro. Precisamos saber conviver com ambos. No entanto, uma simples ação maléfica costuma ganhar proporções gigantescas e colocar pra escanteio todas as atitudes do bem. Perde-se a confiança, a credibilidade... é o tal vaso quebrado que mesmo consertado terá sempre uma rachadura.

Esse é o tema geral de Planeta dos Macacos: O confronto (Dawn of the Planet of the Apes, 2014), continuação do prequel de 2011 que tenta explicar como o mundo foi dominado por macacos. Assim como o primeiro, somos induzidos o tempo inteiro a ficar do lado dos macacos (impossível não se apiedar do César de Andy Serkis, seus familiares e amigos mais próximos que dão um voto de confiança), porque a culpa recai constantemente sobre os humanos. Mesmo quando sabemos que a confusão toda é culpa de um macaco, pensamos que o estopim foi o egoísta instinto de sobrevivência humano somado ao medo da inferioridade e o eterno desejo de conquista. Os poucos humanos que provam a possibilidade de interação entre as espécies não são o suficiente.

No fim, com um olhar conformado, César fala que não adianta mais tentar a coexistência pacífica: só a guerra e a obliteração de um dos dois lados é capaz de trazer a paz. É como se o vaso tivesse mais cacos e rachaduras do que cola para restaurar. É a vitória dos discursos de ódio.

Agora leia o que escrevi novamente. Só que desta vez, pense nas guerras religiosas do Oriente Médio. Pense nos preconceitos raciais e de gênero. Será que chegamos nesse ponto? Somos incapazes de coexistir com a diferença e para isso precisamos eliminá-la? Vamos continuar vivendo em meio a tanto ódio injustificável que nos leva ao "olho por olho, dente por dente"? É triste ver que estamos tomando este caminho, mas precisamos ter a esperança e a coragem de AGIR para que não seja assim.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Subindo a parábola

Não foi bem um salto. O obstáculo era tão alto que preferi escalar bem de mansinho, com cuidado, no seu devido tempo. Acho que ainda não cheguei no topo porque encontrei uns percalços. Mas, na verdade, isso é um bom sinal porque significa que ainda não cheguei no auge, no topo da parábola de onde só vemos a descida. E espero que minha descida seja lenta, porque não estou gostando nada de ficar fisicamente velho.

Pelo menos, a minha parábola está cheia de parábolas.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Saudade da chuteira à alma

Há um mês acabava a Copa do Mundo no Brasil. A BBC de Londres fez um vídeo de despedida pelo término de sua cobertura dos jogos. Força no passinho!


Que saudade... e o vídeo ainda termina com imagens do Campeonato Inglês, quando eu tenho que ver Flamengo vs. Chapecoense, ou Goiás vs. Bahia... dureza...

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Copa tipográfica

A Copa acabou. Infelizmente. Mas nesse blog, futebol e design são assuntos constantes. Por exemplo, vejam as famílias tipográficas criadas pela Nike para as camisas das seleções que patrocinou.

Stu McArthur, diretor de design da Nike chamou alguns designers famosos para ajudar. É o caso da Case Crouwel da Holanda (Wim Crouwel) e Case Brody da Inglaterra (Neville Brody). No caso da AvantGarde da seleção francesa, foi a estilização de uma fonte já existente.

E não pensem que é simples, Stu diz que encontrar o equilíbrio entre originalidade e legibilidade dentro dos padrões da Fifa é um árduo e longo processo.

Fundição Brasil: Inspirada em grafites e tipografias vernaculares.
Case Crouwell: Inspirada na fonte típica holandesa Gridnik, do designer Wim Crouwel.
Case Brody: Inspirada em stencils com caraterísticas geométricas e inovadoras.
ITC AvantGarde: Estilização de fonte já existente.
Ronaldo: Inspirada em tipografias art decó de sinalizações portuguesas.
Rex: Inspirada nos uniformes de outros esportes americanos. (Adquira AQUI)

Bacana, não? Se quiser, leia a entrevista de Stu no Designboom.

sábado, 9 de agosto de 2014

Coleções inusitadas do século XX

Picasso
Duas exposições que passaram pelo Brasil mostraram um número impressionante de importantes obras do século XX em diferentes movimentos e estilos artísticos.

A exposição Visões na Coleção Ludwig apresentou 70 trabalhos provenientes da coleção do empresário alemão, sediada no Museu Estatal Russo de São Petersburgo. Contou com Pablo Picasso, Andy Warhol, Robert Rauschenberg, Roy Lichtenstein, Jeff Koons, Jean-Michel Basquiat, Joseph Beuys, Gerhardt Richter, Anselm Kiefer e George Baselitz, entre outras obras da arte pop, do neoexpressionismo alemão, do fotorrealismo e de outros movimentos internacionais de arte, dos anos 1960 aos dias de hoje.

Basquiat e Warhol

Keith Haring
A mostra A Inusitada Coleção de Sylvio Perlstein é a primeira feita no Brasil a partir do acervo do brasileiro de origem belga. Cerca de 150 obras foram selecionadas pelos curadores para a mostra que se resume nas palavras do próprio:
“Eu não sei o que é arte. Eu não sei o que é ‘bom’ ou não. Eu passeio. Eu flano. Eu não quero nada em particular. Eu não sei exatamente o que eu fiz. Eu não sei exatamente como tudo começou. Há coisas que me intrigam e me perturbam. Para que algo se ative, é preciso que seja enigmático. E difícil, também. Senão não é interessante. Não é excitante”
Roy |Lichtenstein
Pensada de forma a oferecer um passeio livre do olhar pela produção do século XX, a exposição é dividida nas seções: Dada / Surrealismo; Fotografia Vintage; Novo Realismo / Pop Art; American Painting; Minimal Art; Arte Conceitual / Land Art / Arte Povera. Sim... tem Dalí, Man Ray, Roy Lichtenstein, Magritte, Tunga, Rauschenberg, Jasper Johns, Kandinsky, Bresson, Vik Muniz e muitos outros.

O interessante em ambas é ver como a arte mudou drasticamente no século passado em busca de novos padrões estéticos que determinaram a arte contemporânea. É o momento onde se fica perguntando "tá... mas isso é arte?" e a resposta se torna complexa e tão inusitada quanto as coleções. A primeira já terminou, mas a segunda ainda fica no MASP até amanhã.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Guaxinim da Galáxia Musical

Antes de qualquer coisa, dê play aí embaixo para tocar uma música que precisar ser ouvida enquanto você lê o que escrevi. É pra entrar no clima, mas sinta-se à vontade para pausá-la.



Agora vamos lá. O novo filme da Marvel foi uma aposta e tanto, afinal quem já ouviu falar nos Guardiões da Galáxia (Guardians of the Galaxy, 2014)? A trama do filme é a seguinte:
Peter Quill foi abduzido da Terra quando ainda era criança. Adulto, fez carreira espacial como saqueador e ganhou o nome de Senhor das Estrelas. Quando rouba uma esfera, na qual o poderoso vilão Ronan, da raça kree, está interessado, passa a ser procurado por vários caçadores de recompensas. Quill acaba unindo forças com quatro foras-da-lei: a árvore humanóide Groot, a sombria e perigosa Gamora, o guaxinim rabugento Rocket Racoon e o vingativo Drax. Juntos eles descobrem que a esfera roubada possui um poder capaz de mudar os rumos do universo. Será que serão capazes de proteger o objeto e salvar o futuro da galáxia?
Peraí... Senhor das Estrelas? Gamora? Drax? Rocket Racoon? Groot? Ronan? Já ouviu falar? Duvido. Sendo mais um filme da Marvel e esses heróis descritos como "Os Vingadores do Espaço" com direito a grande possibilidades de um cruzamento cinematográfico entre as equipes (atenção ao vilão roxo), quem não iria ver? E digo que o tiro foi certeiro por duas razões: um guaxinim falante rouba TODAS as cenas e a trilha musical é absolutamente fantástica e fundamental à trama.

Talvez, ao dizer que a trilha é fantástica, eu tenha entregado minha idade. Não... não sou tão velho (apesar de saber que na imagem ao lado tem uma fita K7 em seu tocador), mas quem não gosta de Jackson Five, Marvin Gaye e David Bowie, entre outros? Nesse filme a música não é só um pano de fundo. Ela é uma escada para os atores. Veja que até a identidade visual da trilha não é o convencional cartaz reduzido e sim um dos acessórios mais importantes da galáxia Marvel! Show!

Mas vamos ao tal guaxinim...


Rocket Racoon é um experimento científico que parece um guaxinim, mas não é (hã? Dane-se!). Ele não é vendido como o personagem principal e, quando aparece na tela, muitos devem pensar "isso aí não vai me convencer". Só que aí entra um texto excelente e um trabalho de computação gráfica incrível. Chego a dizer que a voz de Bradley Cooper não acrescenta muito: qualquer um com esse texto e esse visual conseguiria o mesmo resultado. Não há uma cena sequer de Rocket que não te divirta. Quando ele se junta, então, com seu parceiro Groot (voz de Vin Diesel), não há pra ninguém. Nem para o carismático Chris Pratt (Senhor das Estrelas) ou para sexy poderosa Avatar-agora-verde / trekker Uhura, Zoe Saldana (Gamora).


Sobre a assassina, vale dizer que fico na torcida para ver a luta entra Gamora e a Viúva Negra, caso os Guardiões encontrem os Vingadores. E imaginem o choque das personalidades de Rocket Racoon e Tony Stark! Tem que acontecer! O filme ainda tem Glenn Close (Nova Prime) e Benício del Toro (Colecionador), mostrando que todo mundo quer uma pontinha em qualquer filme da Marvel. É certeza de dinheiro (até agora) — indo na direção contrária de sua concorrente (DC), que está tendo dificuldades de transformar os super-heróis com poderes em versões excessivamente realísticas.

Entenda a magia:


Cartaz da Mondo
UAU! (limpa as lágrimas de alegria...) UFA! Bom... Existem várias questões quadrinísticas/cinematográficas a se considerar:
  • A Tropa Nova é beeem diferente, mas ficou melhor assim do que inserir mais um tipo super-heróico na história.
  • Youndu (Michael Rooker) foi totalmente descaracterízado (a flecha foi mantida)! Ele é o oposto do que foi feito! Será que não teria outro personagem?
  • Drax é um misto de sua versão "bombado imbecil" com sua versão "bombado com um propósito", porém, num nível de força bem baixo, se considerarmos que ele é o destruidor de Thanos! Dave Bautista dá conta e -até- surpreende positivamente.
  • O cão Cosmo merecia um melhor destaque. Mas ficou bacana.
  • Luganenhum e a história das jóias do infinito ficaram 10!
  • Algumas motivações ficaram superficiais e participações ficaram mínimas.
  • A vilã Nebula prestou pra quê? e Korath?
  • Finalmente um primeiro filme de uma franquia que não foca na origem dos personagens, mas também não deixa de dar explicações sobre eles. (by the way... a cena de descrição do grupo na prisão é bem legal).
  • A primeira cena pós-crédito é engraçadinha e divertida. A segunda... sinceramente... não acrescentou nada. É uma piadinha para os fãs.
  • E NÃO... NÃO É MELHOR DO QUE OS VINGADORES! Claro que um filme que as pessoas vão sem expectativa nenhuma e se surpreendem pode chamar a atenção, mas nada conseguiu (ainda) barrar a estreia da equipe de Homem de Ferro, Capitão América e Thor juntos!
No entanto, junta isso tudo, bota num canto do cérebro e vá se divertir pacas no que deve ser o blockbuster do momento e de durante algum tempo!

PS.: Se você acompanha a série Agents of S.H.I.E.L.D da Marvel sabe que ela anda estreitando laços com os filmes. SPOILER: Por um acaso você se deu conta que o alien azul que é fundamental para o retorno do Agente Phil Coulson é um kree, raça de Ronan?

sábado, 2 de agosto de 2014

Dalí aqui

O CCBB do Rio está comemorando seus 25 anos com a mais significativa retrospectiva de Salvador Dalí do país, com cerca de 150 obras do artista, entre pinturas, gravuras, documentos, fotografias e ilustrações. A mostra abrange as diversas fases criativas do pintor (temos um autorretrato cubista logo no início, por exemplo), com ênfase no período surrealista, que o consagrou e no qual refletiu seu imaginário singular. No entanto, não são as obras mais conhecidas (como os relógios d'A persistência da memória). São obras menos óbvias que fazem não só a gente ter uma ideia do escopo do trabalho do artista como também da sua importância.

Mesmo com significativos trabalhos envolvendo o mundo ilusório de Dom Quixote, destaco duas séries impressionantes: suas ilustrações para "Alice no País das Maravilhas" e suas impressões botânicas em flores e frutas surreais. Na primeira, Dalí e Alice parecem ter sido feitos um para o outro. Talvez o pintor tenha vindo do País das Maravilhas! São imagens incríveis! Quem viu a animação que Dalí e Disney quase fizeram, vai reconhecer a personagem de Alice nas pinturas abaixo.

Clique para aumentar

As flores e frutas demonstram a criatividade frenética de Dalí. Talvez algumas delas façam você realmente acreditar que o bigodinho do pintor seria um traço de loucura. Engano: é genialidade.

Clique para aumentar

Genialidade essa que fica muito clara nas obras, mas não na exposição. Falta bastante informação sobre o pintor e sobre o período vivenciado. Documentos e revistas com grande importância artística são dispostos apenas como ilustrações sem qualquer relevância editorial. Uma sala com capas de revista e até anúncios de TV que Dalí participou, mostram um lado comercial importante do pintor que fica só como um registro que ele era excêntrico. Mas ele era mais do que isso. Sua postura artística tinha um significado até político.

Mesmo assim, ver Dalí é mais do que importante. É ver sonhos, metáforas e novos mundos se realizarem numa tela. Fica até setembro.

domingo, 20 de julho de 2014

Gurda-chuva-poste

Vocês sabiam que todo ano os japoneses inventam alguma novidade em relação à guarda-chuvas? A última é o guarda-chuva iluminado!


Afasta perigos de noites escuras de temporal com duas pequenas lâmpadas que podem ser avistadas a 30 metros de distância! Só vende no Japão em seis modelos diferentes, mas não consegui descobrir nem o preço nem como funcionam ou onde ficam as lâmpadas. Acredito que deva ser algo no cabo.