Perdão pela falta de legendas. Só sei que as duas imagens menores são de Arthur Amora e Fernando Diniz. Se alguém souber, me atualize!
Ainda busco várias dessas respostas, mas a apreciação por esse tipo de arte só aumentou. Fui até fazer um mini-curso sobre o diálogo entre a arte concreta e o design. E nesse curso fui novamente despertado pela necessidade de conhecer o Museu do Inconsciente ao saber que a história do design brasileiro, de nossa arte concreta e do museu se cruzaram na década de 1950.
A produção dos ateliês de terapia ocupacional organizados por Nise da Silveira no Centro Psiquiátrico Pedro II era tão abundante e cientificamente/artisticamente relevante que, em 1952, houve a necessidade da criação de um acervo para pesquisa. Em 56, já era um museu. Em 57, Carl Jung conheceu o trabalho de Nise no museu em uma exposição em Zurique.
Tentar interpretar os belos grafismos concretos e abstratos me fez ter mais tolerância por muita arte que é feita hoje. Por isso, acho que o Museu de Imagens do Inconsciente merece maior destaque. Acredito que dificilmente ele sairia de onde está (muito escondido) hoje pela importância do local, mas acho que precisa de mais mídia... por que não exposições no Centro do Rio e seus incríveis espaços culturais gratuitos?
Além disso, Nise da Silveira precisa sair do universo da psiquiatria/psicologia e ser conhecida pela grande massa. Uma mulher pioneira, ética, forte, inquieta e batalhadora. Enxergou que ter alguém assistindo em silêncio a produção artística de um esquizofrênico mudaria seu trabalho: o artista queria ser visto. E, hoje, quem não quer?
Ser visto? Ser ouvido? Ter um minutinho de atenção? O Museu de Imagens do Inconsciente quer! Deve! Precisa!
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