terça-feira, 11 de novembro de 2008

Cinco dias depois...

"Design é arte que se faz útil", cartaz de Pierre Mendell
Museu de Artes Aplicadas e Design (Munique, Alemanha, 1984)

Ainda estou comemorando o Dia do designer! hehehehe! Na verdade, eu demorei para escrever esse post porque estava com um dilema ético-profissional. Faço ou não faço uma crítica praticamente herege aos designers brasileiros? Bom... se eu não fosse fazer, eu nem começaria esse post, certo?

No dia 6 de novembro, ou seja, há cinco dias atrás, eu estive numa palestra de Alexandre Wollner no Rio de Janeiro. Eu queria ter a oportunidade de ver um expoente do design brasileiro falando e passando suas experiências. Wollner é responsável pela fundação do primeiro escritório brasileiro de design (o FormInform em 1958). Estudou em Ulm e desenvolveu trabalhos por toda a cultura brasileira. Além disso, esteve presente na fundação da ESDI, a Escola Superior de Desenho Industrial, que – por alguma razão cósmica (rsrs) – assinou o meu certificado.

Só por esses mínimas razões acima dentro de um vastíssimo currículo, eu deveria ficar de boca fechada. Mas não dá. Sou estudante de mestrado da ESDI e desde a minha graduação na instituição, eu venho percebendo que o ensino do design está engessado no binômio Bauhaus/Ulm. Acontece que que esse binômio aconteceu há 40 anos! O mundo mudou, pelo amor dos meus filhinhos! Não dá para ficar com discursos antigos, dizendo que o computador estragou o design. Que coisa ultrapassada. Que coisa não evoluída. E o pior foi sentar ao lado de outros nomes do design brasileiro e ver que todos concordavam com esse blá-blá-blá!

Outro discurso chato é o da "busca pelo design brasileiro"... cansatiiiiivo! No P&D que estive, apresentei um trabalho que gerou essa mesma discussão. E no meio dos questionamentos acalorados, uma aluna calou a boca de todos quando perguntou: "quem disse que a gente tem que ter um design nacional todo regulamentado?" E eu pergunto: quem disse? Nossa nação é composta por inúmeras culturas e a gente vai perder nosso tempo buscando uma que signifique tudo para um profissão tão plural como essa?

Não sei... só sei que isso precisa mudar. Uma vez ouvi no mestrado que "muita gente precisa morrer para o design brasileiro aparecer no cenário mundial". Essa é a minha heresia: concordar com isso.

Pelo menos o evento (que trouxe o Wollner) era muito bem intencionado: discutir o cartaz no mundo moderno. Não pude ver as palestras de Rico Lins, mas sei que Wollner não respondeu à questão. Bom... só sei que a exposição de Pierre Mendell que puxou o evento era MUUUUUITO boa. Cartazes simples, diretos e lindos. É difícil ver isso hoje... é difícil acreditar que um cliente compraria suas idéias, mas eu adoraria ter pensado neles porque eu adoro cartazes. E, apesar das minhas críticas, achei a iniciativa excelente! Que venham mais eventos, exposições e discussões sobre design. Precisamos demais disso.



quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Ainda em comemoração ao Dia do Designer...

É um dia tão incrível (hã?) que resolvi postar no dia seguinte duas manifestações que encontrei.

Em primeiro, o decreto que transformou o dia 5 de novembro nesse dia tão especial. Não me pergunte nada sobre o Artigo 2º, porque nada sei e acredito que ninguém vá conseguir te ajudar com clareza:

DECRETO DE 19 DE OUTUBRO DE 1998.
O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso II, da Constituição, DECRETA:
  • Art. 1º Fica instituído o “Dia Nacional do Design” que será comemorado no dia cinco de novembro de cada ano.
  • Art 2º Caberá ao Comitê Executivo do Programa Brasileiro do Design - PBD a coordenação das atividades relacionadas à comemoração do “Dia Nacional do Design”.
  • Art 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 19 de outubro de 1998; 177º da Independência e 110º da República

E, em segundo, o MARAVILHOSO manifesto que deveria virar filipeta, camisa (boa idéia!), cartaz e até mesmo ser falado em carros de som pela cidade:

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Dia do Designer

Hoje, dia 5 de novembro, é dia do designer no Brasil (por mais incrível que pareça). A data foi instituída em homenagem ao dia de nascimento de Aloísio Magalhães, designer e artista pernambucano, grande defensor do design e da cultura brasileira. Parabéns pra mim e para os meus colegas.
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DESIGNER'S DAY
5th of November is Designer's day at Brazil (believe it or not!). This date honours the birthdate of Aloísio Magalhães, a designer and fighter of brazilian culture. Congrats to me and my coleagues!

Obama

Não gosto de falar sobre política, mas os EUA escolheram o primeiro presidente negro de sua história e o mundo comemora. Eu confesso que ainda não acredito... estou esperando a conspiração que irá mudar isso (ou seja, irá matá-lo, como foi com JFK). Mas será que ele será responsável pelos ventos de mudança que todos nós acreditamos e precisamos? É ele que irá mudar os rumos do mundo?

Assim como acreditamos no Lula, vamos acreditar em Obama. Lula ainda está por aqui, por bem ou por mal. A responsabilidade de Obama é maior. O mundo inteiro irá vigiá-lo. Bom... eu nunca votei no Lula. Mas votaria no Obama.

E como designer, não poderia deixar de lembrar a campanha de Obama. Ele se transformou numa marca! Tornou-se uma identidade que os americanos resolveram incorporar. Toda esta eleição americana teve manifestações gráficas incríveis. Vejam 50 cartazes pró-Obama ou, então, compre qualquer coisa na lojinha virtual do novo presidente dos EUA!

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OBAMA
I hate politics... but I have to write about the first afro-american president of USA! We need a change and we hope that it will come now! Sometimes I think someone will kill Obama as JFK. Who knows...? And as a designer, I must say that this american election was the best about graphic manifestations.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Halloween!