quinta-feira, 10 de março de 2011

A voz real

Fechei meu carnaval com uma chave real: fui ver O Discurso do Rei (The king's speech, 2010). Apesar de ter saído impactado do Cisne Negro, não tinha como tirar o Oscar desse filme. É muito bom!

Na trama, vemos o príncipe Albert, segundo na linha de sucessão ao trono, com sua gagueira e pavor de falar em público - uma condição obviamente terrível para uma pessoa pública que tem papel de liderança e inspiração para uma nação. Passamos por períodos importantes da história mundial e vemos a ascensão de Albert ao trono inglês com grande ajuda do "terapeuta da fala" Lionel Logue. Vemos a força da família real e a amizade formada entre esses dois homens.


O Oscar de melhor ator para Colin Firth foi certeiro também. A agonia da gagueira atravessa a telona num mar de pena e ansiedade. Sua elegância e postura já deveriam ter sido premiadas no ano anterior. Agora... como assim Geoffrey Rush não ganhou TODOS os prêmios??? Eu não vi O Vencedor (The Fighter, 2010), que tinha Christian Bale levando todos os prêmios na categoria Ator Coadjuvante. Então, fica difícil opinar, mas imagino que o trabalho dele esteja sublime, porque Geoffrey beira a perfeição! Ele aparece e rouba TODAS as cenas! Seu persongaem é muito bem construído e o ator dá um credibilidade e um força indescritíveis! Ele começa a entrar no meu hall pessoal que só tem Meryl Streep.


Outro Oscar que o filme levou foi para Roteiro Original e esse eu louvo. Uma das coisas que não saía da minha cabeça ao final do filme é como uma passagem importante da história mundial tem tantos detalhes e meandros interessantes que podem gerar histórias interessantíssimas! Inclusive, o "rei" Colin Firth fala algo desse gênero no filme, quando cita que as pessoas esquecem que a realeza também é humana, mas ninguém se interessa muito pelas histórias deles. O carinho que vemos dentro da família real (protagonizado por Helena Bohan Carter num papel "normal" e suas filhas) também é surpreendente quando estamos acostumados com a frieza inglesa (que também aparece na morte do Rei George V).


Espero que essas histórias abram novos caminhos no cinema.

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