"Jardins suspensos da Babilônia" (clique para aumentar esta foto ou AQUI para ver outras) |
Essa intervenção artística – concebida e dirigida pelo fotógrafo Felipe Morozini em pleno Minhocão (SP) – propõe um questionamento sobre o uso do espaço público, a dureza do concreto e do asfalto, o plano diretor de urbanização da cidade. Em um domingo de outubro de 2009, o agressivo e cinzento elevado foi tomado por 30 pessoas que, munidas com cal, começaram a desenhar a primavera no chão.
Por ser uma obra de arte, provocou diferentes reações nas pessoas. Segundo o artista, uma pessoa disse que era bonito por ser primavera. Outra falou que alguém pensando positivamente na região já era uma boa coisa. E uma mulher acabou ligando para a polícia e disse que o Minhocão estava sendo pichado. "A polícia chegou, mas foi bacana", disse Morozini, que informou que o cal iria sair com água.
A foto acima foi leiloada hoje em um evento do movimento Baixo Centro que busca a articulação de centros culturais, políticos e humanos dos bairros Santa Cecília, Vila Buarque, Campos Elísios e Barra Funda ao redor do Minhocão. E esse movimento nasceu na Casa da Cultura Digital (CCD), um espaço para compartilhar ideias, projetos, experiências e criar coisas que tem como princípio tentar encontrar meios de entender e praticar novos pensamentos e relações entre pessoas pós-revolução digital contemporânea.
Tudo incrível.
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