sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Stop now!
Uma parte das vendas líquidas anuais vão para instituições de caridade e organizações sem fins lucrativos que apóiam o movimento pela paz. Disponível em vários modelos.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Sobre tatus e cartazes
E Fuleco (futebol + ecologia) será o nome do tatu-bola mascote da Copa do Mundo no Brasil. É ruim? É. As desculpas que a Fifa deu para a escolha dos três nomes que foram para votação popular não caíram bem (os outros era Amijubi e Zuzeco). Dizer que precisavam de nomes capazes de serem falados em qualquer língua... bom... TA-TU BO-LA são quatro sílabas simples.
No entanto, acho que as manifestações agressivas estão um pouco além da conta na minha opinião. As redes sociais estão cheias de comentários desnecessários para algo que foi decidido por 1,7 milhões de pessoas em votação on line. Não queria nenhum dos três nomes? Não votasse em nenhum. Ficou claro que todos iam reclamar de qualquer nome que vencesse e isso pra mim é birra. Já deu. Entubem.
E ontem foram apresentados os cartazes das 12 sedes definidas para a Copa do Mundo. Desde 2006, a Fifa permite que cada cidade-sede crie seu próprio desenho. Vamos ver cada um... mas antes... um destaque... para prestigiar os profissionais brasileiros, a Prefeitura do Rio optou pela realização de um concurso nacional, coordenado pela Empresa Olímpica Municipal e pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, e aberto para profissionais e empresas da área de design. O concurso foi lançado no dia 4 de julho, e contou com 59 participantes. Os vencedores foram minha amiga Julia Gostkorzewicz e Eduardo Leichner da Modo Design!
Belo Horizonte (MG)
A Igreja de São Francisco de Assis, que integra o conjunto da Pampulha, aparece em destaque no desenho da capital mineira. As imagens que decoram o exterior da Igreja (pombas e flores) se unem em sobreposições formando os pentágonos da bola.
Acompanho as críticas sobre a simplicidade de formas e cores, além da forçada na barra dos pentágonos. Sinceramente... achei fraco.
Brasília (DF)
A imagem faz uma estilização da Catedral, que simboliza a cidade e é um ícone arquitetônico mundial. As cores do jogador chutando a bola reforçam as múltiplas etnias que compõem a sociedade brasileira e remontam à presença dos cinco continentes na Copa. O amarelo no lado direito da imagem simboliza o sol nascente sempre a leste.
Bem interessante na geometria e nas curvas. A explicação das cores e etnias era desnecessária. Eu até acho que quanto mais argumentação melhor, mas precisa ser uma boa argumentação, como o amarelo à direita.
Cuiabá (MT)
Na capital de Mato Grosso, o tuiuiú - ave símbolo do Pantanal - é um dos destaques. O futebol é representado pela bola nos pés do jogador. A vibração das pessoas com o evento, em especial da torcida pantaneira, é traduzida no movimento da bola e as formas que a cercam. O mapa do estado no centro da bola mostra que Cuiabá está preparada para receber o maior evento de sua história.
Toda essa explicação dá de bandeja o problema: parece que cada elemento foi tratado separadamente sem união: a ave parece clipart; as imagens de fundo não parecem vibração nenhum, mas tem um grafismo interessante que não foi bem aproveitado; e o jogador com a bola são óbvios.
Curitiba (PR)
A Araucária, símbolo de Curitiba e do Paraná, é onipresente na imagem de Curitiba. O pinheiro adulto se ergue para o infinito, feito taça de luz. É como se Curitiba fizesse um brinde ao futebol.
Minha opinião vai ficar no gosto: achei lindo. Pouca argumentação com uma solução visual e técnica muito boa deram um resultado que me agradou muito.
Fortaleza (CE)
Uma bola que carrega os principais símbolos da cidade sai como se fosse lançada a partir do Castelão. As texturas utilizadas e os traços do desenho remetem a uma cidade moderna que não esquece suas tradições.
Gente... mas o que esse cartaz fez foi exatamente esquecer das tradições! Que cores são essas? E texturas? Pra quê todos os pontos turísticos? Modernidade ruim.
Manaus (AM)
Duas araras vermelhas pousadas sobre uma trave de futebol resumem a relação buscada: mostrar que, no coração da maior floresta tropical do mundo, somos todos torcedores por natureza.
Se houvesse uma votação popular de melhor cartaz, acho que esse ganharia. Realmente um belíssimo cartaz. Clichê. Simples. Porém, belo. Se pensarmos na ideia que as araras estão se amando no lugar onde a coruja dorme, ganhamos um tom a mais.
Natal (RN)
O verde das matas. O amarelo das areias escaldantes. O azul do mar. Localizada na esquina da América do Sul, Natal se mostra de braços abertos para o evento. No corpo do torcedor é possível ver o Morro do Careca, na Praia de Ponta Negra, uma das marcas da capital potiguar.
Acho que esse cartaz tinha uma boa direção, mas se perdeu no uso de imagens estilizadas dos pontos turísticos. A Praia do Careca não é tão bonita assim, e ainda ficou parecendo uma faixa de campeão (ou do Vasco? Ponte Preta?).
Porto Alegre (RS)
Um atleta chutando a bola e a imagem da Usina do Gasômetro representam a grandeza do evento e o legado deixado por ele, como a riqueza cultural, desenvolvimento tecnológico, estrutural e riqueza econômica, representados também pelas faixas coloridas. As pessoas que aparecem no cartaz vibrando representam a paixão do porto-alegrense pelo futebol.
Muito bla-blá-blá... Assim como Natal, me parece que o cartaz tinha uma boa direção e ficou no meio do caminho. A bola é uma miniatura ou veio voando no rastro branco? Usina do Gasômetro como ponto turístico? Acho que já ficou bem claro até aqui o quanto usar pontos turísticos pode ser uma armadilha.
Recife (PE)
Repleto de movimento e cores, remete ao frevo, manifestação cultural típica do estado. Com uma sombrinha na mão, o passista realiza movimentos ágeis e leves, como as acrobacias dos jogadores, que fazem com a bola o mundo "ferver".
Ideia excelente, argumentação perfeita, resultado primoroso. E ainda forma um 6 que pode representar o vindouro hexacampeonato. UAU!
Rio de Janeiro (RJ)
Representa a essência do carioca, que se move no ritmo do mar e com a energia da natureza que o cerca e do calor do sol. A silhueta e a bola em um gesto descontraído formam um coração que está no centro de várias camadas expressando o amor do carioca pelo futebol. Cada camada representa um aspecto do Rio: a praia, a montanha, o Pão de Açúcar, o mar e o céu.
Essa é a situação típica onde a explicação melhora o cartaz. À primeira vista, todos dizem que o conceito da silhueta é simples e acaba no onipresente Pão de Açúcar. Mas ao ler a ideia do mar e ligar com os "altinhos" realizadas na beira da praia acrescentam força ao cartaz. Parabéns Modo! Parabéns Julinha!
Salvador (BA)
O Elevador Lacerda transformado em trave de futebol e uma bola estufando a rede que o envolve aparecem em destaque no pôster de Salvador. Do alto das torres do primeiro elevador público do mundo é possível avistar outros diversos pontos turísticos da cidade, oferecendo, como pano de fundo, a vista espetacular da Baía de Todos-os-Santos. Esse imponente cartão postal é também um atalho que liga a cidade baixa, litorânea e histórica, à moderna e crescente cidade alta.
Finalmente um bom uso para um ponto turístico! Pode não ser um cartaz maravilhoso, mas a ideia é muito boa.
São Paulo (SP)
O caráter cosmopolita e múltiplo de São Paulo é o destaque. A imagem reflete uma metrópole onde milhares de pessoas vivem, se emocionam, comemoram e respiram futebol. O futebol está no sangue da cidade, nas ruas, no mar de edifícios, no ar.
Taí: gostei. Poderia ter um melhor acabamento nos prédios para não haver repetição de prédios e na escolha de cor da tipografia (talvez branco ao invés de azul para melhorar a legibilidade), mas ficou simples e bacana.
No geral, é isso. Nem vou comentar do selo "Guaraná Antártica" da horrorosa marca da Copa ou o eterno problema em diagramar trocentas marcas na parte inferior de um cartaz. Mas fico super feliz com toda essa produção genuinamente brasileira.
Mas fica aqui uma pergunta: sei que tivemos bancas selecionando os cartazes, mas porque não colocaram os três melhores de cada estado para ser selecionado em votação popular como foi com o mascote? Teríamos a oportunidade de ver outros trabalhos, conhecer melhor a produção em design de outros estados e ainda obter o que o povo quer! Fica a dica para descentralizar o poder de escolha da Fifa...
No entanto, acho que as manifestações agressivas estão um pouco além da conta na minha opinião. As redes sociais estão cheias de comentários desnecessários para algo que foi decidido por 1,7 milhões de pessoas em votação on line. Não queria nenhum dos três nomes? Não votasse em nenhum. Ficou claro que todos iam reclamar de qualquer nome que vencesse e isso pra mim é birra. Já deu. Entubem.
E ontem foram apresentados os cartazes das 12 sedes definidas para a Copa do Mundo. Desde 2006, a Fifa permite que cada cidade-sede crie seu próprio desenho. Vamos ver cada um... mas antes... um destaque... para prestigiar os profissionais brasileiros, a Prefeitura do Rio optou pela realização de um concurso nacional, coordenado pela Empresa Olímpica Municipal e pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, e aberto para profissionais e empresas da área de design. O concurso foi lançado no dia 4 de julho, e contou com 59 participantes. Os vencedores foram minha amiga Julia Gostkorzewicz e Eduardo Leichner da Modo Design!
Belo Horizonte (MG)
A Igreja de São Francisco de Assis, que integra o conjunto da Pampulha, aparece em destaque no desenho da capital mineira. As imagens que decoram o exterior da Igreja (pombas e flores) se unem em sobreposições formando os pentágonos da bola.
Acompanho as críticas sobre a simplicidade de formas e cores, além da forçada na barra dos pentágonos. Sinceramente... achei fraco.
Brasília (DF)
A imagem faz uma estilização da Catedral, que simboliza a cidade e é um ícone arquitetônico mundial. As cores do jogador chutando a bola reforçam as múltiplas etnias que compõem a sociedade brasileira e remontam à presença dos cinco continentes na Copa. O amarelo no lado direito da imagem simboliza o sol nascente sempre a leste.
Bem interessante na geometria e nas curvas. A explicação das cores e etnias era desnecessária. Eu até acho que quanto mais argumentação melhor, mas precisa ser uma boa argumentação, como o amarelo à direita.
Cuiabá (MT)
Na capital de Mato Grosso, o tuiuiú - ave símbolo do Pantanal - é um dos destaques. O futebol é representado pela bola nos pés do jogador. A vibração das pessoas com o evento, em especial da torcida pantaneira, é traduzida no movimento da bola e as formas que a cercam. O mapa do estado no centro da bola mostra que Cuiabá está preparada para receber o maior evento de sua história.
Toda essa explicação dá de bandeja o problema: parece que cada elemento foi tratado separadamente sem união: a ave parece clipart; as imagens de fundo não parecem vibração nenhum, mas tem um grafismo interessante que não foi bem aproveitado; e o jogador com a bola são óbvios.
Curitiba (PR)
A Araucária, símbolo de Curitiba e do Paraná, é onipresente na imagem de Curitiba. O pinheiro adulto se ergue para o infinito, feito taça de luz. É como se Curitiba fizesse um brinde ao futebol.
Minha opinião vai ficar no gosto: achei lindo. Pouca argumentação com uma solução visual e técnica muito boa deram um resultado que me agradou muito.
Fortaleza (CE)
Uma bola que carrega os principais símbolos da cidade sai como se fosse lançada a partir do Castelão. As texturas utilizadas e os traços do desenho remetem a uma cidade moderna que não esquece suas tradições.
Gente... mas o que esse cartaz fez foi exatamente esquecer das tradições! Que cores são essas? E texturas? Pra quê todos os pontos turísticos? Modernidade ruim.
Manaus (AM)
Duas araras vermelhas pousadas sobre uma trave de futebol resumem a relação buscada: mostrar que, no coração da maior floresta tropical do mundo, somos todos torcedores por natureza.
Se houvesse uma votação popular de melhor cartaz, acho que esse ganharia. Realmente um belíssimo cartaz. Clichê. Simples. Porém, belo. Se pensarmos na ideia que as araras estão se amando no lugar onde a coruja dorme, ganhamos um tom a mais.
Natal (RN)
O verde das matas. O amarelo das areias escaldantes. O azul do mar. Localizada na esquina da América do Sul, Natal se mostra de braços abertos para o evento. No corpo do torcedor é possível ver o Morro do Careca, na Praia de Ponta Negra, uma das marcas da capital potiguar.
Acho que esse cartaz tinha uma boa direção, mas se perdeu no uso de imagens estilizadas dos pontos turísticos. A Praia do Careca não é tão bonita assim, e ainda ficou parecendo uma faixa de campeão (ou do Vasco? Ponte Preta?).
Porto Alegre (RS)
Um atleta chutando a bola e a imagem da Usina do Gasômetro representam a grandeza do evento e o legado deixado por ele, como a riqueza cultural, desenvolvimento tecnológico, estrutural e riqueza econômica, representados também pelas faixas coloridas. As pessoas que aparecem no cartaz vibrando representam a paixão do porto-alegrense pelo futebol.
Muito bla-blá-blá... Assim como Natal, me parece que o cartaz tinha uma boa direção e ficou no meio do caminho. A bola é uma miniatura ou veio voando no rastro branco? Usina do Gasômetro como ponto turístico? Acho que já ficou bem claro até aqui o quanto usar pontos turísticos pode ser uma armadilha.
Recife (PE)
Repleto de movimento e cores, remete ao frevo, manifestação cultural típica do estado. Com uma sombrinha na mão, o passista realiza movimentos ágeis e leves, como as acrobacias dos jogadores, que fazem com a bola o mundo "ferver".
Ideia excelente, argumentação perfeita, resultado primoroso. E ainda forma um 6 que pode representar o vindouro hexacampeonato. UAU!
Rio de Janeiro (RJ)
Representa a essência do carioca, que se move no ritmo do mar e com a energia da natureza que o cerca e do calor do sol. A silhueta e a bola em um gesto descontraído formam um coração que está no centro de várias camadas expressando o amor do carioca pelo futebol. Cada camada representa um aspecto do Rio: a praia, a montanha, o Pão de Açúcar, o mar e o céu.
Essa é a situação típica onde a explicação melhora o cartaz. À primeira vista, todos dizem que o conceito da silhueta é simples e acaba no onipresente Pão de Açúcar. Mas ao ler a ideia do mar e ligar com os "altinhos" realizadas na beira da praia acrescentam força ao cartaz. Parabéns Modo! Parabéns Julinha!
Salvador (BA)
O Elevador Lacerda transformado em trave de futebol e uma bola estufando a rede que o envolve aparecem em destaque no pôster de Salvador. Do alto das torres do primeiro elevador público do mundo é possível avistar outros diversos pontos turísticos da cidade, oferecendo, como pano de fundo, a vista espetacular da Baía de Todos-os-Santos. Esse imponente cartão postal é também um atalho que liga a cidade baixa, litorânea e histórica, à moderna e crescente cidade alta.
Finalmente um bom uso para um ponto turístico! Pode não ser um cartaz maravilhoso, mas a ideia é muito boa.
São Paulo (SP)
O caráter cosmopolita e múltiplo de São Paulo é o destaque. A imagem reflete uma metrópole onde milhares de pessoas vivem, se emocionam, comemoram e respiram futebol. O futebol está no sangue da cidade, nas ruas, no mar de edifícios, no ar.
Taí: gostei. Poderia ter um melhor acabamento nos prédios para não haver repetição de prédios e na escolha de cor da tipografia (talvez branco ao invés de azul para melhorar a legibilidade), mas ficou simples e bacana.
No geral, é isso. Nem vou comentar do selo "Guaraná Antártica" da horrorosa marca da Copa ou o eterno problema em diagramar trocentas marcas na parte inferior de um cartaz. Mas fico super feliz com toda essa produção genuinamente brasileira.
Mas fica aqui uma pergunta: sei que tivemos bancas selecionando os cartazes, mas porque não colocaram os três melhores de cada estado para ser selecionado em votação popular como foi com o mascote? Teríamos a oportunidade de ver outros trabalhos, conhecer melhor a produção em design de outros estados e ainda obter o que o povo quer! Fica a dica para descentralizar o poder de escolha da Fifa...
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quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Às armas!
Pegue sua carteira de identidade, carteira de motorista, CPF, passaporte, carteira de trabalho... e ache o Brasão da República (ou uma das inúmeras versões dele). Aliás... você conhece o Brasão de Armas da República Federativa do Brasil? (shhh... É esse aí do lado...)
Então... se você procurou, deve ter percebido que todos são meio diferentes. Talvez o único padrão existente seja estabelecido pela baixa qualidade de reprodução das marcas d'água, reduções e versões monocromáticas que aparecem. E foi isso que intrigou Fabio Lopez.
Sabendo da necessidade do cotidiano administrativo das repartições públicas, Fabio resolveu fazer um redesign simplificado para facilitar o reconhecimento desse importante símbolo nacional criado no século XIX. Na proposta criada todos os elementos e traços do desenho original foram repensados para proporcionar maior consistência e legibilidade. É até possível entender melhor o desenho, com as folhas de café e fumo ladeando a estrela (que eu nem sabia que tinha um significado!).
A fonte utilizada (UnB Pro e Office) é livre e pode ser implementada sem ônus algum pro país. Trata-se de um projeto desenvolvido pelo designer brasileiro Gustavo Ferreira para a reformulada identidade visual da Universidade de Brasília. Para reduções extremas, tem uma versão onde as fitas apareçam sem os dizeres oficiais, deslocando-os para fora do Brasão e garantindo sua legibilidade.
Só lamento ser uma proposta não-oficial. Mas deveria ser vista por mais pessoas. É pra isso que escrevo aqui: divulgar uma produção de design independente com qualidade (melhor ainda se for do nosso país). Sugiro a todos que façam como eu e revejam seus conceitos.
Então... se você procurou, deve ter percebido que todos são meio diferentes. Talvez o único padrão existente seja estabelecido pela baixa qualidade de reprodução das marcas d'água, reduções e versões monocromáticas que aparecem. E foi isso que intrigou Fabio Lopez.
Sabendo da necessidade do cotidiano administrativo das repartições públicas, Fabio resolveu fazer um redesign simplificado para facilitar o reconhecimento desse importante símbolo nacional criado no século XIX. Na proposta criada todos os elementos e traços do desenho original foram repensados para proporcionar maior consistência e legibilidade. É até possível entender melhor o desenho, com as folhas de café e fumo ladeando a estrela (que eu nem sabia que tinha um significado!).
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A fonte utilizada (UnB Pro e Office) é livre e pode ser implementada sem ônus algum pro país. Trata-se de um projeto desenvolvido pelo designer brasileiro Gustavo Ferreira para a reformulada identidade visual da Universidade de Brasília. Para reduções extremas, tem uma versão onde as fitas apareçam sem os dizeres oficiais, deslocando-os para fora do Brasão e garantindo sua legibilidade.
Só lamento ser uma proposta não-oficial. Mas deveria ser vista por mais pessoas. É pra isso que escrevo aqui: divulgar uma produção de design independente com qualidade (melhor ainda se for do nosso país). Sugiro a todos que façam como eu e revejam seus conceitos.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Guarda-chuvas que protegem e colorem
Numa rua na cidade portuguesa de Águeda, uma instalação propunha cobrir a rua com guarda-chuvas coloridos "flutuantes",
fazendo com que as pessoas que andam sobre o sol quente ficassem mais
aliviadas e mais felizes com as cores.
Essa bela instalação me deu a impressão que esse objeto odioso tem solução. Claro que tinha que ser uma solução artística.
Essa bela instalação me deu a impressão que esse objeto odioso tem solução. Claro que tinha que ser uma solução artística.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Bala desodorante?
Criada pela empresa alimentícia Beneo, a Deo Perfume Candy é uma bala que promete fazer com que seus poros exalem um delicioso aroma de campos floridos da Bélgica! Tudo isso por causa de uma substância chamada Geraniol, um antioxidante natural que, quando ingerido, é expelido através dos poros, em forma de suor, deixando para trás um aroma agradável de rosas.
Apenas uma bala por dia seria o suficiente para que uma pessoa de 65 kg não precisasse usar desodorante - mas é preciso esperar 6 horas até que a substância comece a ser expelida pelo organismo. E, se você está preocupado com a dieta, o fabricante já avisa: não tem açúcar na composição do doce! A mecânica é bem parecida com a do alho, que, como você sabe, quando é ingerido em excesso faz com que você exale um aroma definitivamente menos agradável. Cominho e aspargo também fazem isso.
Por enquanto, esses desodorantes comestíveis são vendidos apenas nos EUA, pelo preço de U$10 por pacote. Acredita-se que a Deo Perfume Candy seja apenas a ponta do iceberg: outros "nutricosméticos" estão em desenvolvimento, como o Swallowable Parfum, uma fragrância potável que também seria exalada pelos poros. Vale dizer que o conceito de "perfume engolível" não é novo. Pesquisadores japoneses foram os primeiros a confirmar a ligação entre comer e suar com o chiclete Otoko Kaoru ("cheiro de homem"), que só mantinha o odor floral por 1 ou 2 horas. O produto foi descontinuado por causa de erro de marketing, ou você acha que os homens japoneses estavam gostando de ficar com cheiro de rosas?
Apesar da embalagem que parece produto de higiente feminina, acho que essa vai ser a balinha mais vendida em ônibus lotados...
Apenas uma bala por dia seria o suficiente para que uma pessoa de 65 kg não precisasse usar desodorante - mas é preciso esperar 6 horas até que a substância comece a ser expelida pelo organismo. E, se você está preocupado com a dieta, o fabricante já avisa: não tem açúcar na composição do doce! A mecânica é bem parecida com a do alho, que, como você sabe, quando é ingerido em excesso faz com que você exale um aroma definitivamente menos agradável. Cominho e aspargo também fazem isso.
Por enquanto, esses desodorantes comestíveis são vendidos apenas nos EUA, pelo preço de U$10 por pacote. Acredita-se que a Deo Perfume Candy seja apenas a ponta do iceberg: outros "nutricosméticos" estão em desenvolvimento, como o Swallowable Parfum, uma fragrância potável que também seria exalada pelos poros. Vale dizer que o conceito de "perfume engolível" não é novo. Pesquisadores japoneses foram os primeiros a confirmar a ligação entre comer e suar com o chiclete Otoko Kaoru ("cheiro de homem"), que só mantinha o odor floral por 1 ou 2 horas. O produto foi descontinuado por causa de erro de marketing, ou você acha que os homens japoneses estavam gostando de ficar com cheiro de rosas?
Apesar da embalagem que parece produto de higiente feminina, acho que essa vai ser a balinha mais vendida em ônibus lotados...
(via Revista Galileu)
sábado, 10 de novembro de 2012
Se a vida te dá clientes chatos, faça um bom design!
Sabe aquela história "se a vida te dá limões, faça uma limonada"? Então, diretores de arte, designers e ilustradores da Irlanda resolveram criar o site Sharp Suits: transformaram o feedback que o cliente ignorante dá durante uma reunião e deixa qualquer um insano em uma coleção divertida de cartazes!
Coisas como "adorei a cor, mas pode mudar?", "aumenta o logo", "tem muito espaço em branco", "posso usar a imagem da internet mesmo?" se tornaram cartazes que já viraram uma exposição com venda dos cartazes em A3! E todo o dinheiro arrecadado foi em prol do Temple Street Children’s Hospital!
Catarse criativa bacana demais! Visitem o site deles porque tem outras frases hilárias!
Coisas como "adorei a cor, mas pode mudar?", "aumenta o logo", "tem muito espaço em branco", "posso usar a imagem da internet mesmo?" se tornaram cartazes que já viraram uma exposição com venda dos cartazes em A3! E todo o dinheiro arrecadado foi em prol do Temple Street Children’s Hospital!
Catarse criativa bacana demais! Visitem o site deles porque tem outras frases hilárias!
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Toda criança sonha em ser um super-herói
Uma toalha sobre as costas que te faz voar, a lanterna que vira raios laser, a caixa de papelão pra viajar pelas estrelas, sentir-se um gigante sobre a mesa da cozinha ou as infinitas possibilidades de uma folha branca de papel. Na série de silhuetas When I grew up, o ilustrador inglês Andy Fairhurst traduziu em seus desenhos a imaginação fértil de toda criança. Clique para aumentar porque vale a pena.
Apaixonado por HQs como sou, me identifiquei de cara!
Wolverine, Tempestade e Magneto |
Homem de Ferro, Capitão América e Hulk |
Thor e Loki |
Gavião Arqueiro, Justiceiro e Motoqueiro Fantasma |
Homem-Aranha e Dr. Octopus |
Superman, Mulher-Maravilha e Lanterna Verde |
Flash, Batman e Robin |
Mulher-Gato, Hera Venenosa e Charada |
Coringa, Arlequina e Bane |
Apaixonado por HQs como sou, me identifiquei de cara!
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Uma dose de geometria por dia
Penroses Asteroid |
O designer alemão Tilman Zitzmann posta em seu tumblr Geometry Daily um desenho geométrico por dia (como o nome sugere). Zitzmann trabalha na agência Die Krieger des Lichts (“Os guerreiros da luz”). Ele cria esquemas geométricos minimalistas em programas vetoriais inspirados em Albers, Mondrian e Frank Stella e os expõe em um fundo que lembra papel, porque diz odiar a aura pasteurizada que os desenhos por computador costumam ter.
Boa ideia, excelente exercício e ótimos resultados. Me parece ser um hobby quase mântrico. Eu coloquei aqui o 231º desenho do ano que provavelmente foi postado no dia do meu aniversário!
(Via Daniela Name)
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Até de cabeça pra baixo!
Na maioria das vezes, a vida de um designer vira de cabeça pra baixo.
Mesmo assim, a gente continua sendo designer. Parabéns pelo dia de hoje.
PS.: Esse ambigrama foi feito por uma designer inglesa do blog Paper Acrobat. Pra quem não sabe o que é um ambigrama, leia/veja O Código DaVinci, ou leia minha postagem.
Mesmo assim, a gente continua sendo designer. Parabéns pelo dia de hoje.
PS.: Esse ambigrama foi feito por uma designer inglesa do blog Paper Acrobat. Pra quem não sabe o que é um ambigrama, leia/veja O Código DaVinci, ou leia minha postagem.
domingo, 4 de novembro de 2012
Procrastinador!
Que palavrão, não? Procrastinação (do latim, pro, à frente, e crastinus, de amanhã) designa a ofensa que a pessoa faz a si mesma, mesmo sabendo que isso só a deixará mais vulnerável, sujeita a cometer mais erros, angustiada e exaurida. O impulso da procrastinação leva você a fazer qualquer coisa, mesmo sem graça, em vez daquilo que é mesmo necessário... Você nunca se pegou deletando o lixo do e-mail na hora em que deveria estar enviando um relatório? Ou perdendo tempo no Facebook?
Em levantamento inédito feito por Christian Barbosa (especialista em gestão de tempo), 33% dos profissionais brasileiros afirmaram gastar duas horas da jornada sem fazer nada de efetivo e 52% admitiram deixar atividades necessárias para a última hora. "A única coisa que se pode ganhar é culpa. A pessoa nem consegue fazer algo prazeroso em troca, porque não é uma escolha livre do uso do tempo", diz o professor de filosofia Mario Sergio Cortella, da PUC-SP.
Na pesquisa, as principais explicações para a enrolação foram falta de tempo, medo do fracasso e complexidade da tarefa a ser feita. Mas pode ser um autoboicote - ou, como Freud chamou - "fracasso como êxito" -, quando a pessoa, por motivos inconscientes, recua sempre que está perto de uma situação de sucesso. Um prêmio Nobel de economia, o americano George Akerlof, tratou do assunto e concluiu que as pessoas adiam porque os custos imediatos de fazer determinada tarefa parecem mais reais do que o preço de fazê-la no futuro.
Acredita-se que a culpa também seja do sistema educacional, onde o estudante é viciado em provas feitas só com a memória e, portanto, fica mais fácil estudar somente na véspera. E eu concordo com isso!
Acontece bastante - e principalmente - com os perfeccionistas. Para eles, o medo de não conseguir fazer algo impecável paralisa a ação, e o planejamento excessivo para cumprir metas muito idealizadas os leva a adiar o trabalho constantemente. A pessoa tem uma coisa importante para fazer, mas fica inventando, descobrindo problemas para resolver antes e não faz o que deve ser feito.
Se identificou?
Em levantamento inédito feito por Christian Barbosa (especialista em gestão de tempo), 33% dos profissionais brasileiros afirmaram gastar duas horas da jornada sem fazer nada de efetivo e 52% admitiram deixar atividades necessárias para a última hora. "A única coisa que se pode ganhar é culpa. A pessoa nem consegue fazer algo prazeroso em troca, porque não é uma escolha livre do uso do tempo", diz o professor de filosofia Mario Sergio Cortella, da PUC-SP.
Na pesquisa, as principais explicações para a enrolação foram falta de tempo, medo do fracasso e complexidade da tarefa a ser feita. Mas pode ser um autoboicote - ou, como Freud chamou - "fracasso como êxito" -, quando a pessoa, por motivos inconscientes, recua sempre que está perto de uma situação de sucesso. Um prêmio Nobel de economia, o americano George Akerlof, tratou do assunto e concluiu que as pessoas adiam porque os custos imediatos de fazer determinada tarefa parecem mais reais do que o preço de fazê-la no futuro.
Acredita-se que a culpa também seja do sistema educacional, onde o estudante é viciado em provas feitas só com a memória e, portanto, fica mais fácil estudar somente na véspera. E eu concordo com isso!
Acontece bastante - e principalmente - com os perfeccionistas. Para eles, o medo de não conseguir fazer algo impecável paralisa a ação, e o planejamento excessivo para cumprir metas muito idealizadas os leva a adiar o trabalho constantemente. A pessoa tem uma coisa importante para fazer, mas fica inventando, descobrindo problemas para resolver antes e não faz o que deve ser feito.
Se identificou?
sábado, 3 de novembro de 2012
Modele-se
Essas belas fotos do artista Julián Cánovas-Yañes foram tiradas pelo espanhol Alejandro Maestre. A ideia do homem que se cria é reflexiva e interessante.
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