terça-feira, 29 de setembro de 2015

Rock-ish in Rio

Em 2013, escrevi postagens sobre o Rock in Rio. Vou fazer de forma bem mais reduzida o que achei de alguns shows que vi no conforto do meu lar:
Comemoração dos 30 anos do Rock in Rio Achei bem bacana trazer diversos representantes da música brasileira para abrir o evento e relembrar grandes shows. Destaque pra Frejat com Ney Matogrosso. Ficou a prova q um dia tivemos um excelente rock nacional. Hoje estamos devendo.

Homenagem a Cássia Eller Que falta que ela faz! Só musicão! Nem importou quem cantou! Pena que cortaram o momento que todos ficaram de peito de fora pra mostrar o quão subversiva e foda Cássia era.

The Script Fui surpreendido pelos irlandeses. Som bacana, estilo pop rock. Vou baixar algumas músicas deles.

One Republic O status de grande compositor do vocalista eleva as expectativas. Os sucessos Apologize e Counting stars não seguraram o show morno. Eles mesmos pareciam só estar ali pro Queen se preparar. Gostei mais do The Script.

Queen Antes de tudo preciso dizer que é idiota quem ficou comparando Adam Lambert com Freddie Mercury. Em nenhum momento, ele ou a própria banda estavam fazendo isso e deixaram bem claro em TODAS as entrevistas da turnê mundial! Então: ponto final nisso (sim, Freddie é outro nível, mas Adam é mais bonito). Sobre o show, só vi acertos. Desde o próprio Adam com seus figurinos glamourosos à genialidade de colocar Freddie em Bohemiam Rapsody e na lendária Love of my life. Aliás, na história de 30 anos do evento, essa é talvez A música ícone. Adam não poderia cantá-la. O guitarrista Brian May foi pra frente e deixou mais uma vez o público se entregar. Novamente histórico.

Seal Sou fã da voz aveludada com vários discos na estante e posso dizer: festivais de música não são o melhor lugar pra lançar álbum e cantar músicas ainda desconhecidas. Passei pela mesma coisa no show que fui de lançamento do álbum System. Ele costuma cantar 5 músicas conhecidas (Crazy e Killer nunca faltam) e entre 7 e 10 músicas novas que ainda não levantam o público por mais dançante que seja.

Elton John No passado (bem passado mesmo) até pode ter sido um bom show, mas ficar sentado num piano durante 1h30 e levantar duas vezes pra fazer macacada sem microfone que possa interagir com o público não rola. Passei a mesma coisa no show dele na Apoteose. Sorte que as músicas salvam.

Rod Stewart Sério que esperaram tanto por ele? Nunca fui fã da voz rouca e do jeito canastra. Esse show confirmou isso: dançarinas que cantam pra ocupar o tempo num show morno. Me senti enganado.

De la Tierra Deixei a TV ligada durante esse show porque não conhecia essa banda mista e não é meu tipo de som, mas duas coisas me chamaram a atenção: o comentário/manifesto do vocalista argentino Andrés Gimenez sobre o fato da banda ser a única de rock latino a tocar no evento e a onipresença do guitarrista brasileiro Andreas Kisser que homenageou acertadamente os Titãs com a música Polícia.

Slipknot Depois do último Rock in Rio, confesso que fiquei esperando o show dos mascarados com a bateria giratória que ficava de cabeça pra baixo. Nada de surpresas esse ano, mas parece ter sido um show bem empolgante para a família de mother fockers do metal. O demônio se arrepiou com o baterista central e com a galera pulando depois da ordem do vocalista na música Spit it out. Final apoteótico com os fogos do festival.

Ultraje a Rigor Banda, que faz parte daquele rock bom e crítico que fazíamos há anos atrás, mandou os clássicos com o baterista possuído e o Roger mordendo a língua como um velho gaga. Erasmo Carlos entrou pra dividir e o som ficou ruim. Depois o tremendão partiu pros seus sucessos, mas não rolou. PS.: As letras das músicas do Ultraje deveriam ser estudadas!

Lulu Santos Tá global, tá ainda mais celebridade e posudo, mas tá cantando muito as suas músicas clássicas junto com milhares de pessoas aos berros! Caiu como uma luva no dia pop do evento, levando Mr. Catra e mais um monte de artista vindo do The Voice, Superstar etc etc etc.

Sam Smith Tão ansioso estava pra ver esse show que ignorei o Sheppard que veio antes. E ele me abre com I know I'm not the only one. Matou. Com seu primeiro e único premiado álbum estourado nas paradas, o show não tinha como ser ruim, mas foi bem morno, como se suas músicas não funcionassem em festivais de grande porte, mas num show mais intimista. No entanto, daquela carinha jovem com olhos azuis sofridos de um coração partido sai um vozeirão que preenche o palco e não precisa de muito mais.

Rihanna O último álbum da bela diva não fez sucesso e nem turnê teve. Doida pra lançar um novo trabalho, trouxe um show pout-pourri de sua carreira. Parecia estar se divertindo no palco e levou os fãs à loucura só com suas melhores em versões reduzidas (e um "play backing vocal"). Impossível ficar parado!

A-Ha O som da minha adolescência. Vem muita coisa na memória... das festas americanas aos passinhos e música lenta com copos ou vassouras pra trocar de par. É a prova de que música boa é atemporal, mesmo q Morten já não alcance mais seus falsetes como antes em um show que amornou com a chuva, mas manteve velhos corações aquecidos.

Katy Perry A turnê Prismatic aterrissou no Rio com seus cenários, figurinos e coreografias esperados. A carnuda Katy gritou sem precisar, pois o público sabia tudo de cor. Destaque para as múmias peitudas e bundudas: fantasia de carnaval e até mesmo de Sapucaí! O show em si foi legal... e o momento de chamar alguém do público foi "vergonha alheia" pura!

CONCLUSÃO
Mesmo que não tenha atraído o público esperado, ainda é um puta evento! A transmissão do Multishow deixou um pouco a desejar se compararmos à última edição, mesmo assim, vale ouro poder ver tudo sem passar perrengue.

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