Entrada da exposição. |
A exposição traçou uma linha cronológica com textos, vídeos, livros, objetos, fotografias, pinturas, colagens e até músicas feitas por esse múltiplo artista maranhense.
Poema Sujo (1976), um dos principais poemas da literatura brasileira. |
Poema Enterrado (1959), apresentado pela primeira vez em público. |
Eu já conhecia alguma de suas obras por três razões: (1) dou aulas de Arte e um professor de Arte não pode desconhecê-lo; (2) sou fascinado pelo Concretismo/Neoconcretismo do qual ele fundamental; e (3) julgo que minha veia artística se inspira no que foi feito por Gullar. Ainda tive a oportunidade de ver este ano o Manifesto Neoconcreto escrito por ele na Tate Modern, em Londres (abaixo).
Há alguns anos atrás, ele apareceu na mídia contando sua história de vida por causa de seus dois filhos com esquizofrenia, assunto que, naquela época, estava sendo retratado em uma novela. Mas o grande público não sabia de sua capacidade de dizer tudo com poucas palavras. Sinceramente... acho que nunca soube.
É dele a sábia frase que entitula esta postagem. Agora, em sua morte, espero que ele seja elevado ao seu lugar de direito, ao hall dos grandes artistas brasileiros, responsável por mostrar ao mundo nosso potencial para a Arte.