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sábado, 29 de agosto de 2015

Arte ao Lado: Letícia Vicentini

Doce, sorridente e delicada, Letícia Vicentini era aquela aluna fofa. Os professores sempre esperavam muito de seus resultados por sua dedicação e bom gosto. Já se via em alguns trabalhos o seu empenho e aquele brilho no olhar que aparece no momento de criação do artista. Mas preciso confessar: a escola não deixou ela dar vazão ao seu real talento. Posso dizer isso agora que comecei a ver o que ela desenvolve para a faculdade.

Desenho em aquarela, lápis de cor e nanquim para aula de ilustração de produto.
Exercício em grafite.

Mesmo estando voltada quase que exclusivamente para o curso de Desenho Industrial da PUC-Rio e para o estágio no IP Studio, Leticia está sempre tentando variar e aprender novas técnicas. Desenho, pintura, escultura, depende da técnica e do projeto, não sem antes fazer vários esboços e ver referências. Ela diz que vai modificando constantemente o trabalho até chegar em um esboço que considera “aceitavel”:
Me sinto “realizada” quando eu imagino algo e consigo passar o que eu imaginei para o trabalho, seja para o papel ou computador, ou o que for. Então, quanto mais técnicas eu souber, mas interessante serão os resultados imaginados.

Olha… isso deve ser difícil pacas pra ela, porque o perfeccionismo faz parte da pessoa. Repararam nas aspas que ela usa? Isso tem dois lados: o bom é a busca contante pelo melhor; o ruim é a insatisfação garantida, porque nunca vai estar no nível que realmente gostaríamos. Por isso, acho que, quando ela divulga os desenhos que faz por diversão, conseguimos ter um vislumbre da ponta do iceberg que é o potencial dessa menina.

Boca em lápis de cor.
Darth Vader em Bic.
Desenho em grafite.

E fico feliz em saber que Leticia faz os trabalhos da faculdade com gosto. Percebo pelas suas palavras que ela tem como objetivo abrir ainda mais seus horizontes criativos. Como fui seu orientador de Projeto Final do Curso de Comunicação Social do Instituto de Tecnologia ORT (jabááá!!!), me sinto como um dos responsáveis por tê-la colocado na frente de um possível caminho a seguir na vida.

sábado, 22 de agosto de 2015

Arte ao Lado: Fernando Gonçalves

Fernando Gonçalves é fotógrafo e professor, graduado e pós-graduado em Comunicação. Em uma era onde a quantidade e a velocidade da informação de certa forma anestesiam nossa capacidade de percepção e de apreensão das coisas, ele gosta de discutir os limites do conhecimento e da representação do mundo e as possibilidades de sua transformação através da imagem. Seu trabalho fotográfico, então, propõe desconstruir nossa percepção do cotidiano, explorando a capacidade que linhas, volumes e texturas têm de produzir outra coisa. Lugares e coisas reais - e ao mesmo tempo inventados - se tornam formas inusitadas com forte carga pictórica que nos convidam a criar e recriar nossas próprias imagens do mundo.

Zebra, 2011.
Snow steps, 2008.

Procura ser fiel à cena que se apresenta pelo acaso independente do equipamento, ou seja, nunca sai com objetivo de apenas fotografar (“É a coisa que me acha”). Por não ter formação em fotografia não realiza intervenções digitais no computador. Como ele mesmo diz:
“O que importa pra mim não é o registro em si, mas construir uma imagem a partir daquilo que vejo, por meio da regulagem da luz e dos pontos de vista e de enquadramentos que favoreçam e valorizem esse ou aquele aspecto da cena que eu crio no meu olho e com a ajuda do olho da câmera. Procuro mostrar que às vezes mesmo na coisa mais banal e mais improvável pode haver beleza, mas que para isso é preciso estar atento.”
A rocha, 2011.
Masp, 2013.

Conheci Fernando como coordenador do Escritório Modelo de Relações Públicas da UERJ (pra sempre ERP, nada de LCI - piada interna), onde trabalhei como designer por quatro importantíssimos anos da minha vida. Sempre aparentemente calmo e de discursos precisos, trazia resoluções quando estávamos empacados e também questionamentos quando ficávamos no cliché e precisávamos de um empurrão. Me lembro de ter procurado por seus conselhos quando pensava em fazer mestrado. E agora enxergo que seu trabalho fotográfico segue o reflexo de quem ele é. Me parece que a busca pela desconstrução para construir e propor novos diálogos entre as imagens e o olhar se manifestaram de inúmeras formas em seu trabalho como educador e profissional de comunicação.

Ponto de Fuga, 2004.
Vítreo, 2012.

Fico feliz de saber que concordamos com a necessidade de criar beleza no mundo, “belezas que também sirvam para fazer pensar e causar um certo estranhamento, mas sem perder a poesia”.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Arte ao Lado: Introdução

Os poucos que acompanham este blog devem saber que há um mês estou envolvido em escrever sobre amigos, conhecidos e familiares envolvidos com arte (quem não acompanha o blog, ficou sabendo agora). E amanhã à meia noite entra meu primeiro texto.

A partir de então, por pelo menos 2 meses, apresentarei alguém a vocês aos sábados (acabei agendando porque tenho TOC). Mas não fiquem esperando o óbvio, porque extrapolei o universo da arte: sim, teremos o desenho, a fotografia, a escultura e a dança, mas também teremos o artesanato de bolos, a cirurgia plástica, a curadoria e o colecionar (assim espero).

Não é porque sou eu que estou escrevendo, mas vale a pena conferir. Garanto que você vai olhar para o seu lado e começar a enxergar arte também.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Arte ao lado

Quando pensei em escrever sobre amigos, conhecidos e familiares que são artistas, não imaginava que ia me dar tanto prazer. Não só pelo fato de estar me (re)conectando com algumas pessoas, mas também pelo retorno incrível que estou tendo.

Abordei os participantes, pedindo que respondessem três perguntas que todo jornalista precisa fazer para escrever um texto: o que você faz? Como você faz? Por que você faz? Depois dessas respostas começaria o processo cíclico de escrever, revisar, aprovar até que ficasse bom para ambas as partes. Quando comecei a receber as primeiras respostas, percebi que estava pedindo que os artistas se distanciassem de suas produções e refletissem sobre seus processos de criação. Confesso: não pensei nisso quando tive a ideia. Porém, criou um diálogo tão mais rico que estou fascinado.

O selo que está aqui nessa postagem abre caminho neste blog para este projeto que chamei de Arte ao Lado, uma vez que estou identificando, buscando e espalhando a Arte que vejo ao meu redor. No entanto, como disse anteriormente, não tenho agendamento para as postagens. Quero que seja um processo fluido como tem sido, para um resultado que condiga com as minhas expectativas.