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sábado, 18 de março de 2017

Logan e o Apocalipse

Eu me considero um entusiasta dos X-Men, tendo o Wolverine como meu herói preferido. São inúmeras as postagens que fiz dele por aqui, sejam sobre quadrinhos ou sobre seus filmes. O primeiro e o segundo filmes do "baixinho", por exemplo, tiveram postagens sobre trailers, entrevistas, imagens etc etc etc. Por essa razão algumas pessoas me perguntam constantemente porque não falei nem do X-Men: Apocalipse nem do Logan, o último filme de Hugh Jackman personificando Bom... aguardem... porque vem aí um textão sobre ambos, mas com foco no Wolverine.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Arte ao Lado: Clementino Jr.

O Cinema é a Sétima Arte desde 1912, quando o teórico italiano Ricciotto Canudo escreveu o Manifesto das Sete Artes e estabeleceu uma lista de seis artes que estavam combinadas em qualquer produção cinematográfica. Mas, desde o fim do século XIX, o Cinema nos encanta. No caso de Clementino Jr., esse encantamento é de berço, uma vez que aprendeu a escrever e desenhar nas folhas de roteiros de novelas que seus pais trabalharam (ele é filho dos incríveis Clementino Kelé e Chica Xavier).

Sua primeira paixão foram os quadrinhos (a Nona Arte), já que sempre gostou de criar histórias, mas o Cinema e a TV rodeavam sua vida. Mesmo formado em Programação Visual na Escola de Belas Artes da UFRJ, não conseguiu se distanciar do audiovisual. Inspirado no “Cinema de Cavação”, começou a fazer seus filmes. Como ele mesmo diz:
“A realização do sonho de fazer o melhor filme a cada obra, o melhor filme possível dentro de cada tema, é o que me move”.

Clementino encontrou no universo educacional o espaço do ensino-aprendizagem que não só o leva a uma atualização constante como lhe oferece o retorno financeiro para se equipar. Com ajuda e permuta de grandes profissionais aos quais se aliou nos últimos anos dá vazão às suas ideias e histórias mais urgentes. Atualmente comanda o Cineclube Atlântico Negro, cujo programa foca o cinema da diáspora africana e foi presidente regional da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas e vice-presidente da ABD Nacional.


Conheci Clementino no Instituto de Tecnologia ORT, ambos professores do Curso Técnico em Comunicação Social. Em sua resposta à pergunta “o que você faz”, ele escreveu que “faz E ajuda a fazer filmes”. É essa generosidade que se percebe em sua fala doce e no brilho dos olhos quando o cinema está em discussão.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Todos contra todos, sem vitoriosos (só nós!)

Não. Não é uma postagem sobre a situação caótica do país (se bem que o nome Guerra Civil está me parecendo mais próximo do que se imagina...). Essa postagem é para falar sobre o terceiro filme do Capitão América, Guerra Civil (Captain America: Civil War, 2016), que também abre a terceira fase do Universo Cinematográfico da Marvel.

Primeiro, é difícil um viciado em quadrinhos como eu não se empolgar com um filme que tem Capitão América, Homem de Ferro, Máquina de Combate, Viúva Negra, Gavião Arqueiro, Pantera Negra, Homem-Aranha, Homem-Formiga, Soldado InvernalFalcão, Visão e Feiticeira Escarlate! Cara... é de quase chorar!!! Por isso, precisei de um tempo para escrever. Queria um certo distanciamento. Fui até buscar o significado de "guerra civil", que – resumindo – é o conflito armado entre grupos organizados dentro de um mesmo Estado. Faz sentido se pensarmos que o filme coloca herois contra herois.

Agora... vamos entender uma coisa: esse deveria ser o terceiro filme do Capitão América, mas acabou se tornando praticamente o terceiro filme dos Vingadores... um filme de vingança! De perseguição e vingança. Dizem por aí que a culpa foi do HORROROSO Batman vs. Superman, que colocou um certo medo na Marvel de lançar um filme solo do Capitão América resgatando Bucky. Que pena... o segundo filme dele foi MUITO bom e não havia necessidade de temer as boçalidades que a Distinta Concorrência anda fazendo. Com isso, a primeira coisa que fizeram foi colocar o Homem de Ferro como co-protagonista, já que Robert Downey Jr. é o cara na Marvel. Como são muitas estrelas com vários contratos milionários, acabaram resolvendo trazer a Guerra Civil dos quadrinhos para a telona.

Nos quadrinhos, um vilão mata centenas de inocentes após uma ação equivocada de jovens herois e isso gera uma comoção nacional em busca de um registro de todos aqueles que se acham no direito de impor justiça. Isso divide a comunidade heroica com Capitão América e Homem de Ferro comandando lados opostos e o bandeiroso levando a pior: "morre" no final e altera toda a estrutura do Universo Marvel (que sorte hein, Chris Evans!).

Esse filme começa quase onde o segundo filme do Capitão acabou: continuam os mistérios em torno do Soldado Invernal e Ossos Cruzados é logo o primeiro vilão (sim, ele sobreviveu). No entanto, as ligações com o segundo filme dos Vingadores também estão lá: o treinamento dos Novos Vingadores coloca a Feiticeira Escarlate fazendo besteira e matando pessoas de Wakanda (!!!). Juntando isso a confusão anterior em Sokovia, forma-se um acordo de controle dos heróis pela ONU que divide o grupo.

Enquanto o Homem de Ferro defende o controle da equipe por um comitê da ONU, Capitão América acha que a parcialidade da ONU pode causar mais danos do que se imagina. Mescla-se ainda toda a história do Soldado Invernal que se liga ao passado do Homem de Ferro e dá mais peso emocional às disputas. No fim, quem se dá mal é (spoilers) o Máquina de Combate, mas também temos uma alteração no status quo do Universo Cinematográfico da Marvel, com o Capitão deixando de ser o Capitão e se escondendo em Wakanda.


Tony e Steve sempre pareceram irmãos que se amam e vivem às turras. Todos os filmes onde eles aparecem juntos é possível ver essa relação. Isso chega ao limite aqui. Percebemos a mudança individual de paradigma entre os dois: os arcos do Homem de Ferro mostram um Tony que faz o que quer e se coloca acima dos governos, mas aos poucos vai pensando no coletivo, no bem maior, e nesse filme ele se coloca a mercê da lei; enquanto os arcos de Steve o colocam como um soldado que sempre obedece ordens, mas vai se dando conta que os líderes estão sempre tomando decisões erradas, o que o estabelece em Guerra Civil como um fora-da-lei.

A loira ao lado do Capitão é a Agente 13, Sharon Carter, filha da Peggy. Ela
aparece aqui no lugar da Feiticeira Escarlate. Homem-Formiga e Homem-Aranha
não aparecem na imagem.

TIME CAPITÃO AMÉRICA
  1. Falcão
  2. Soldado Invernal
  3. Gavião Arqueiro
  4. Feiticeira Escarlate
  5. Homem-Formiga
TIME HOMEM DE FERRO
  1. Máquina de Combate
  2. Viúva Negra
  3. Visão
  4. Pantera Negra
  5. Homem-Aranha
Bom... nessa listagem aí em cima vocês perceberam que o time do Homem de Ferro trouxe novidades. Mas vamos por partes... A Marvel tem contratado roteiristas que conseguem amarrar muito bem as histórias e, no meio disso, ainda conseguem colocar a quantidade de ação e humor suficientes. Isso faz com que (praticamente) todo milésimo de segundo de filme seja importante e não se torne arrastado.

TIME CAPITÃO AMÉRICA
O filme era pra ser dele, mas não é. Ele passa o tempo inteiro tentando ser o "melhor amigo do Bucky" e acaba perdendo espaço para todo mundo. Ele perde espaço até para o Falcão! Assim como o Capitão ficou mais ágil ao longo dos filmes, o uso que o Falcão faz de suas asas como escudo e arma de ataque é incrível! Acrescentou muito ao personagem, mais até do que nos quadrinhos. E ele ainda tem tem um Asa Vermelha drone ao invés de um falcão de verdade (que sempre me pareceu inútil e sem propósito).

Já o Gavião Arqueiro é talvez o personagem que me parece mais perdido e alterado. Dão a ele uma família! Colocam ele de babá/tutor! Não sei... achei um grande erro o que fizeram com um personagem que já era questionado. No fim, me pareceu que queriam encerrar a participação efetiva dele.

A Feiticeira deveria ser um personagem principal. Afinal, ela perdeu o irmão e é responsável pela explosão em Wakanda que gerou o controle da ONU. Logo no início sabemos o quanto ela está ficando poderosa (nos quadrinhos ele chega a ser um grande temor para heróis e vilões), mas, de repente, ela cai num drama romântico com o Visão. Mas deve ter funcionado porque tem gente querendo realmente fazer uma comédia romântico com os dois...

Ao lado do Falcão, o Homem-Formiga é talvez a melhor adição ao time! Ele realmente deixou o quinto escalão do cinema para mostrar o que pode fazer... afinal... (spoiler) ele vira o Gigante!!! Ele voa na flecha do Gavião!!! Que venha seu segundo filme solo com a Vespa!

TIME HOMEM DE FERRO
Já disse que Robert Downey Jr. é o embaixador da Marvel. Então, tinha que ser ele a trazer as novidades da Fase 3: Visão, Pantera Negra e Homem-Aranha. Ok... o Pantera Negra não foi ele bem que trouxe, mas eu chego lá. O grande problema é que o Homem de Ferro escolhe seu lado de forma muito rasa. Tony Stark já havia se estabelecido em três filmes solos, dois dos Vingadores e várias cenas pós-créditos como o personagem mais importante e decidido da Marvel. Ele jamais falaria um sim tão rápido para a proposta da ONU (é isso mesmo: eu sou #TeamCap), mesmo com a morte de um garoto ou problemas conjugais com a Pepper.

A Viúva Negra é a grande amiga do Capitão, mas, desde o primeiro Vingadores, é possível enxergá-la como nós mesmos. É ela que tem as dúvidas e se coloca pequena diante das situações “cósmicas”. Ela também é talvez um dos maiores furos da Marvel no que diz respeito ao MCU. A espiã russa meio que se tornou uma fraca bússola moral e melhor amiga mulherzinha do Capitão. Deixou de ser a badass. Todos pediram um filme solo dela desde que apareceu em Homem de Ferro 2. Porém, a indústria de quadrinhos no cinema sempre teve medo de lançar um filme protagonizado por uma heroína porque os brinquedos e merchandisings com mulheres eram os menos vendidos. Digamos que a gente até entenda esse mundo machista que vivemos... mas aí veio a concorrente DC e resolveu que vai fazer a Mulher-Maravilha! E agora?

Visão é J.A.R.V.I.S. Visão carrega uma Joia do Infinito na testa. Visão se considera filho do Stark, depois da Era de Ultron. Ele parece responder à lógica e à lealdade, mas percebe que sentimentos e intuições podem ser bem mais importantes. É nesse paradoxo que também está sua relação com Wanda. Ela vai sendo construída aos poucos, com ambos tentando se adaptar a suas novas realidades, mesmo que em lados opostos. Afinal, são ciência e “magia”, um dos casais mais poderosos da Marvel.

Wakanda já havia aparecido em Era de Ultron com Ulisses Klaw e roubo de Vibranium. Nesse filme, ficamos conhecendo mais com a presença do Rei T'Chaka e seu filho T'Chala em uma reunião da ONU que acaba na morte do rei após os atos dos Novos Vingadores. O príncipe parte para a vingança como o Pantera Negra em cenas de ação de tirar o fôlego que fazem a gente querer mais e mais. Por considerar que o Soldado Invernal é o responsável pela explosão, T'Chala se "une" ao Homem de Ferro, mas, no fim, também utiliza de furtividade, espionagem e da sua realeza para identificar o responsável.

Esse heroi merece destaque não por sua rápida construção ou por ser simplesmente foda, mas pela sua representação como heroi negro. Mas aí você vai perguntar: "E o Falcão? E o Máquina de Combate?" Sim, ambos são negros e estão excelentes em seus papéis, porém, são personagens sempre secundários. O Pantera Negra é um coadjuvante nesse filme, porém é o rei de uma poderosíssima nação africana e terá um filme solo para contar sua história. Isso é inovador e significativo!

Agora chegamos ao Homem-Aranha... Trazer o teioso para esse filme foi outra "guerra civil". As negociações com a Sony (dono dos direitos cinematográficos do herói) foram beeeeeem complicadas e cada vez mais sabemos dos bastidores difíceis (nem tem peças promocionais!). E aí que foi o problema: a entrada do Homem-Aranha deveria ter sido pontual. (Spoilers) Era pra ele ter aparecido somente na grande batalha heroica, de repente, de surpresa, com suas piadinhas clássicas (o que aliás ficou ótimo! O uso da teia incrível!). Toda cena de recrutamento e conexão com Robert Down... oops... o Homem de Ferro pareceu fora do tom. Sim, é engraçadinha e tal, mas nunca... NUNCA! Peter Parker seria um baba-ovo que entra numa batalha sem pensar! Me lembrou um certo heroi que foi descaracterizado e acabou perdido... E o interessante que essa cena de recrutamento acabou fazendo o Robert Downey Jr. ser contratado para o novo filme do Aranha!!! Sério, Marvel? O Homem-Aranha não se sustenta sozinho? E a Tia May precisa ser uma Tonyzete? Sério, Marvel? O que importa é que ele chegou renovado. O humor de sempre veio com ele e mais uma vez temos um personagem que queremos ver mais porque agora ele voltou pra casa!

TEM VILÃO?
Já disse que os vilões da Marvel nunca foram bem trabalhados. Então, a Marvel preferiu colocar heróis contra heróis mesmo. Mas tem vilão sim: é o Barão Zemo! Um vilão clássico do Capitão América da Segunda Guerra nos quadrinhos que no filme é só um articulador para ativar Bucky (o Soldado Invernal), que está num vai-e-vem mental e se torna o "vilão" a ser salvo pelo Capitão. Apesar dessa redução de importância em relação aos quadrinhos, seu papel foi fundamental para a desestruturação da equipe. Isso mostra o quanto Loki ainda é o grande vilão da Marvel no Cinema (virou até heroi nos quadrinhos!).


CONCLUSÃO
O filme é MUITO BOM, um filme de ação muito bom com a luta do aeroporto entrando para a história do cinema dos super-heróis. Não há o desejo de profundidade ou evolução de personagens. O objetivo é entreter mostrando os personagens já queridos caindo na porrada, enquanto novas maravilhas são introduzidas. E é melhor do que Era de Ultron e – definitivamente – Homem de Ferro 3. Aliás... esse filme também poderia ter sido o terceiro filme do ferroso já que ele é bem dividido com o bandeiroso.

domingo, 27 de março de 2016

Agora nem o Batman me representa...

Antes que você leia o que vou escrever aqui, por favor faça duas coisas: (1) veja o filme porque contarei algumas coisas; e (2) leia o que escrevi quando saiu o filme do Superman porque tudo que vou falar aqui é um sequência do que está lá.

Então... eu comecei na outra postagem falando para vocês esquecerem qualquer filme que viesse na sequência daquele Superman porque a essência dos personagens foi alterada de forma inadequada. E isso se comprovou nesse. Cheguei até a escrever que o Batman também não mata... mas o que acontece nesse filme? Não interessa se ele está amargurado pela morte do Robin. Não interessa se ele é um Batman mais velho e cansado de crimes. Não interessa se os filmes devem ser mais adultos. NÃO. O BATMAN NÃO MATA ASSIM COMO O SUPERMAN!! Detalhe: a Mulher-Maravilha MATA, mas eles dois NÃO!

Mas vamos ao filme em si... ele deveria ser o "Superman 2", mas resolveram que seria a porta de entrada do novo Batman e da Liga da Justiça. Com isso toda a discussão (até bem interessante) ao redor dos poderes do Superman se misturou à origem e problemas do Batman e às rasas motivações de Lex Luthor. Isso fez com que o filme se arrastasse por 1 hora com a necessidade de não só contar essas três histórias como dar espaço para todos os atores que foram contratados: Amy Adams, Laurence Fishburne, Diane Lane, Jeremy Irons, Holy Hunter, Jeffrey Dean Morgan... até o Kevin Costner trouxeram de volta numa cena totalmente desnecessária! Só faltou o Russel Crowe, o Marlon Brando...

Algumas escolhas de edição e direção de Zack Snyder realmente foram péssimas. A cena do Bruce caindo no buraco de cara no chão era pra ter sido fatal, mas ele acaba voando com morcegos. Oi? Tá... era sonho. Um sonho desnecessário. Toda a origem do Batman é mais do que conhecida e deveria ter ficado em rápidos flashbacks (como no momento Martha, no fim do combate entre os heróis).

E o roteiro... bom... vá ver o filme e você perceberá que a luta entre os heróis que dá título é TOTALMENTE INÚTIL. O Superman acabaria com a luta em milésimos de segundo, mesmo enfraquecido: não estou falando de porrada, estou falando de conversa!!! Era só falar porque ele estava ali!!! E digo mais: ele também teria salvo a mãe em milésimos de segundo!!! Mesmo assim fica a pergunta: por que... POR QUE Luthor queria que eles brigassem??? POR QUÊ, GENTE??? Porque o Batman roubou a kryptonita? Foi por birra, então?

E aí... abro um mínimo espaço para o HORRÍVEL Lex Luthor de Jesse Eisenberg, o PIOR DE TODOS! Avisem pra ele que Lex NÃO É O CORINGA!!! É visível que houve uma tentativa de trazer o Heath Ledger à tona: a forma de andar, as risadinhas entre falas... NÃO!!! Lex é sociopata, mas não psicopata louco! Mais um erro crasso!

Como apreciador de quadrinhos, é claro que a chegada da Mulher-Maravilha é realmente de arrepiar. Sua entrada no filme engole os outros dois... até porque o Batman só foge e o Superman só toma porrada do Apocalipse (bem retratado), enquanto ela ataca. Gal Gadot segurou bem essa batata quente, porém, mesmo assim, fiquei com duas pulgas atrás da orelha: (1) fisicamente ela é muito modelo, ou seja, bela e muito magra (ah Lucy "Xena" Lawless...); e (2) será que a personagem aguenta o filme solo que vem em 2017? Ela mais do que merece, mas, do jeito que a DC/Warner anda tratando seus heróis, temo por ela.


Não tenho muito mais a acrescentar sobre o Superman de Henry Cavill do que já falei até aqui. Do Ben Affleck como Batman/Bruce Wayne... posso dizer que a retratação está muito boa visualmente e eles consertaram a péssima voz criada por Christian Bale da melhor forma possível. Mas não gostei da transformação atormentada. O personagem é considerado o grande detetive dos quadrinhos e, de repente, passa a agir sem pensar, a bater antes de perguntar... ruim.

Ainda temos um rápido vislumbre do Flash (nem vou comentar o cabelinho), do Aquaman (o ator é fraco, mas pode dar liga! piadinha infame...) e do Cyborg (que cubo é aquele? A caixa-materna?). Robin aparece num sonho dentro de um sonho... que também mostra um grande ômega que representa a chegada de Darkseid na Terra, o vilão do vindouro filme da Liga da Justiça.

Filme raso. Mal editado. Muito escuro. Péssimo em 3D... sério... realmente não sei o que acontece com a DC/Warner, que tem nas mãos os super-heróis mais conhecidos do mundo e não conseguem fazer algo decente com eles para o cinema.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Deuses do Egito

Vi Deuses do Egito (Gods of Egypt, 2016) nesse fim de semana e posso afirmar: não gaste tempo ou dinheiro. Talvez... se passar na Temperatura Máxima, Sessão da Tarde ou Supercine...

Mitologicamente tem erros e acertos, mas o ruim do filme em si mascara o que tem de bom nos deuses. Bom... crítica mais desenvolvida no meu blog Mito+Graphos.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O dia-a-dia de um ícone

Hoje começa a nova saga da maior saga de todas: Star Wars! Mas infelizmente uma das maiores celebridades, ícone pop, não estará presente... Darth Vader está curtindo o ostracismo depois de anos sendo perseguido.


Obra do polonês Pawel Kadysz. Outras fotos da intimidade de Vader, aqui.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Ponte de Espiões

Neste último fim de semana, mergulhei em filmes de espionagem na telona: Ponte dos Espiões (Bridge of Spies, 2015) e 007 contra Spectre (007 Spectre, 2015). Vou começar pelo segundo já que o título da postagem é homônimo ao primeiro.

O novo filme do espião mais famoso do mundo é um retorno às histórias clássicas, com direito à organização criminosa e capanga super forte. Mas entenda: Daniel Craig não é o clássico James Bond. Ele não tem o charme que se supõe ao personagem. Mesmo em cenas quentes, ele não convence. Seu biquinho não convence. Seu jeito brucutu faz com que esperemos um filme de ação e não é exatamente o caso desse filme. Claro que temos ação, mas nada significativo. Como eu disse, esse filme traz de volta a espionagem, a busca pelas informações. Aliás... falando em informação, em 1997, Pierce Brosnan (um Bond beeeeem mais charmoso) enfrentou um império midiático (em O amanhã nunca morre / Tomorrow never dies), já nos alertando que essa Era da Informação que vivemos tem um lado bem perigoso.

O filme é até bacana no geral, mas previsível. Tem poucas reviravoltas na tentativa de amarrar todos os filmes de Craig, mas desde o início suspeitamos de tudo que realmente irá acontecer depois, mesmo as incoerências que sempre estiveram presentes em filmes do espião. As atuações também não ajudam em nada: Waltz fraco e repetitivo; Monica Belucci deve estar se perguntando porque quis ser uma Bond girl; Dave Bautista nem fala; e Léa Sedoux tenta ser Eva Green, mas também não tem o charme para tal. O séquito de Bond também nada diz, nem Fiennes nem Naomi Harris. Salve Sam Smith com uma música que pode ganhar mais um Oscar para o espião.

E o que esperar de um filme de espião com Tom Hanks sendo dirigido por Steven Spielberg? Tudo, né? Então... mas não espere tanta espionagem assim. É um filme de advogados, leis e negociações diplomáticas na época inicial da Guerra Fria. Tom usa todo seu carisma e fama de bom moço para se tornar um herói honesto, justo que luta pela Constituição americana e os verdadeiros direitos humanos. Você quer que ele se dê bem (e é óbvio e previsível que isso acontece).

E como Tom é o único ator realmente significativo em uma história de raso entendimento, o destaque vai - infelizmente - para a realidade contextual do filme. As cenas do Muro de Berlim são as mais pesadas, de sua construção às filas e assassinatos. Saber que fomos capazes disso tira a surpresa dos últimos atos terroristas. Nós somos maus. Tão maus que a bondade de Tom Hanks chega a incomodar por ser quase ingênua. Mas não é um filme maniqueísta, com bem versus mal. O que mais vemos são inúmeros cinzas, inclusive na coloração do próprio filme.

Comparando... são dois filmes longos demais, previsíveis demais. Um com mais ação e o outro com mais tensão. Ainda estou esperando um filme de espião não previsível com agentes duplos, reviravoltas e final aberto sem vitórias.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Um quarteto nada fantástico

Críticas pesadas acompanharam o novo filme do Quarteto Fantástico (Fantastic 4, 2015) desde o momento de sua concepção até sua estreia. Claro que isso fez com que minhas expectativas estivessem lá embaixo para encará-lo no cinema. E olha... é ruim mesmo.

Sinceramente não gosto do grupo nos quadrinhos (julguem-me), mas não posso negar a importância e o potencial cinematográfico da "Primeira Família". Já tiveram um primeiro filme que foi escondido pela Marvel e dois filmes recentes que apelaram para um jeitão pop-infanto-juvenil. O novo filme se inspira em um universo paralelo que a editora construiu nos quadrinhos com certo sucesso para um público jovem, mas que altera alguns princípios básicos do original. E foi essa liberdade que a Fox usou para também mudar sua história, colocando inclusive um personagem negro no grupo. Mas eu não quero ser tão purista... O filme é ruim porque é mau escrito!

Perde-se tempo demais construindo a máquina que vai transformá-los numa tentativa vã de aprofundar os personagens e recontar a origem. Mas nada acontece. Mesmo que Miles Teller e Kate Mara sejam fisicamente perfeitos para o papel, tudo fica rasteiro, superficial, sem propósito. Ou você acha que qualquer ferro-velho tem um conversor de energia assim dando sopa? Ou que você, num momento, sofre pra usar seus poderes e, no momento seguinte, você vira um ninja? E o que falar de um Coisa sem as calças e de voz fina?


Porém... volto a ser purista pra dizer: pena mesmo eu tenho do Dr. Destino. Ele já foi um empresário rico que ganhou poderes elétricos e se transformou numa estátua de metal. Agora ele é um escrotinho sem qualquer motivação. Será que as pessoas envolvidas nesses filmes não leem mais de 60 anos de histórias? Victor Von Doom não é maligno por ser mauzinho. Ele tem uma história de dor, tristeza e vingança que o deixaram amargurado, capaz de fazer qualquer coisa (mesmo!) para recuperar sua mãe. Dessa vez conseguiram não só matar o personagem no fim como reduzi-lo a um vilão insignificante. Detalhe: nos quadrinhos atuais, Dr. Destino está sendo responsável por uma das maiores reformulações da editora...


Vendo os filmes que a própria editora anda fazendo (Vingadores, Capitão América, Homem de Ferro, Guardiões da Galáxia, Homem-Formiga etc etc), pedimos encarecidamente que a Fox devolva os direitos do Quarteto a Marvel. Aliás, fico pensando que, mesmo conseguindo fazer bons filmes dos X-Men, eu adoraria que os mutantes estivesse nas mãos da Casa das Ideias...

sábado, 1 de agosto de 2015

Cartazes para o novo herói

Vamos ver alguns cartazes bacanas feitos para o filme do Homem-Formiga (Antman, 2015)?


Não descobri quem fez, mas veio do Facebook brasileiro da Marvel.

domingo, 19 de julho de 2015

Grande diversão, pequenas expectativas

Olha... se você quer ler uma boa crítica sobre o filme, vá até o Hollywoodiano, pois meu amigo Otávio escreveu basicamente o que achei do filme. Mas farei alguns acréscimos, porque achei o filme 3,5 e não 3,0 como ele pontuou.

Primeiro, preciso dizer que tem sido quase impossível continuar com minha estratégia de não ver trailers de filmes que desejo ver. Aliás... não podia ser pior o momento para manter essa decisão: não vi nada do Batman vs. Superman, do Esquadrão Suicida, do Deadpool ou do novo Star Wars!!! Só a Força mesmo pra me ajudar... Além disso, fugir dos memes que circulam constantemente nas redes sociais é uma tarefa árdua (sim... já sei que tem gente que vai sangrar).

Você pode se perguntar "por que você faz isso?". A resposta é bem simples: quero ser surpreendido. Hoje em dia vive-se uma guerra de spoilers. Os trailers já apresentam o fim do filme e ainda mostram as melhores frases e cenas. Quando o filme estreia, ainda somos bombardeados por críticas que elevam ou reduzem suas expectativas.


E isso aconteceu com Homem-Formiga (Ant-man, 2015). Venho acompanhando a saga desse filme desde o primeiro roteiro, passando pela demissão do tão amado diretor;/autor até o descrédito da mídia. A contratação do comediante Paul Rudd para o papel principal - confesso - não me ajudou a querer o filme. Mas aos poucos você vai entendendo que tudo tem um porquê. A demora na saída do filme (e uma das razões da saída do diretor) teria sido a coerência do Universo Cinematográfico da Marvel, ou seja, o Homem-Formiga precisava fazer sentido. E fez. Fui ao cinema achando que veria um filme só pra fãs, mas vi um filme bem divertido. As referências ao novo filme dos Vingadores (e até às séries Agents of Shield e Agent Carter) são inúmeras e bem legais, mas até podemos questionar a necessidade de algumas delas.

Preciso destacar alguns pontos, então:

  • Paul Rudd me enganou, assim como Chris Evans fez quando foi escalado para ser o Capitão América. Ambos vieram de comédias, mas conseguiram mostrar ao que vieram. Rudd ainda teve o caminho facilitado pelo tom menos sério de seu filme e pela ajuda de Michael Douglas e Evangeline Lilly. É a melhor atuação do ano? Longe disso, mas nada como uma expectativa baixa para você ver alguma coisa com bons olhos.
  • Talvez o tom de exército com tecnologia tenha sido demais, mas o uso das formigas foi bem bacana. Não me lembro desse uso tão específico nos quadrinhos, que costumam tratar um formiga como se todas fossem iguais.
  • A cenas das fofocas... mesmo que você odeie filmes de super-heróis e deteste esse filme no fim, eu garanto que você terá se divertido com as cenas que Michael Peña (outro destaque do filme, por sinal) espalha uma fofoca. Impagável. Sério, não me lembro de ter visto uma solução tão interessante para essa tipo de cena.
  • O combate final no meio de um trenzinho de brinquedo é muito boa. Não por causa das explosões ou lutas de artes marciais como se espera, mas pelo non-sense do mundo diminuto vs. o mundo real. Se você viu o trailer acima, você verá uma das cenas dessa luta e entenderá não só como deve ser boa essa luta como também o porquê de não ver trailers. Será que eu teria a mesma sensação se tivesse visto o trailer antes? Com certeza não.

Por causa disso aí em cima, que discordei da nota do Hollywoodiano e da indicação de um filme esquecível. A cena de fofoca e a luta no trenzinho não serão esquecidas e me fizeram dar o meio ponto a mais.

Vamos passar rapidamente para o herói dos quadrinhos que possivelmente só será conhecido pelo grande público agora. O Homem-Formiga é, na verdade, um dos fundadores dos Vingadores! Ele e sua esposa Vespa estavam do lado de Hulk, Homem de Ferro e Thor quando eles encontraram o corpo congelado do Capitão América. Hank Pym é considerado uma dos maiores cientistas da Marvel, porém, sua cabeça é um pouco perturbada. Tanto que num surto, desenvolveu outra personalidade e uniforme: o Jaqueta Amarela. Pym também inverteu seus poderes: foi tanto o Homem-Formiga quanto o Gigante, quando usava suas partículas Pym para ficar enorme (será que veremos isso na telona? É possível, hein!). Hope não existe nos quadrinhos (ainda).

E Scott Lang existe também. Ele realmente era um ladrão que entrou na casa de Pym e roubou seu traje. Aproveitou suas novas habilidades para se tornar um ladrão melhor e queimar o filme de Pym. O fim da história é o semelhante ao criado no cinema: Scott vira herói por sua filha, Cassandra - que no futuro se torna a heroína Estatura (um futuro para a fase 616 da Marvel no cinema?). Já Darren Cross é sim um inimigo de Lang, mas nunca o Jaqueta Amarela.

É isso. O título desse post meio que resume tudo. Não vi em 3D e acho que não precisa, mas deve ser bem legal ver as cenas reduzidas (e até subatômicas) em três dimensões. A Marvel vem acertando par os fãs e conseguindo atingir um público maior. Espero que continue nesse ritmo, pois um viciado por quadrinhos como eu só tem a agradecer por estar vivo nesse momento. :)

PS.: E não esqueçam das DUAS cenas pós-créditos. A primeira era de se esperar e vai animar todos os fãs que esperam cada vez mais ansiosos pelo terceiro filme dos Vingadores com uma penca de heróis. A segunda cena serve para ligar ainda mais o Homem-Formiga ao universo criado, colocando o herói como parte importante da guerra civil heróica que será estabelecida no próximo filme do Capitão América.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Eu, robô vingador

Pra falar do filme Vingadores: Era de Ultron (The Avengers: Age of Ultron, 2015), tentarei fazer uma postagem semelhante a que fiz para o sensacional primeiro filme.


Depois do espetáculo que foi o primeiro filme, a expectativa para a sequência só aumentou. Todos queriam ver mais... mas não mais do mesmo. Se pegarmos o roteiro dos dois filmes, eles são praticamente iguais. O problema é que tudo no primeiro filme era novo e surpreendentemente bom e agora nada foi acrescentado. Sim... é outro vilão e novos personagens são introduzidos, porém, o que importa neste é o desenvolvimento das relações entre os personagens (as pessoas e não os heróis) que já nos são familiares. Acaba sendo um filme para fãs ou dos quadrinhos ou de toda essa saga do cinema e da TV.

Bom... a partir de agora, comentários mais detalhados com spoilers.

ANTES DO FILME
Esse filme encerra a Fase 2 da Marvel no cinema, que teve Thor: O mundo sombrio, o ótimo Capitão América: O soldado invernalHomem de Ferro 3 e o incrível Guardiões das Galáxias. Se você não viu nenhum deles (o que eu acho impossível), você não vai ficar perdido, mas com certeza ficará sem algumas informações. Aliás, acompanhar a série Agents of S.H.I.E.L.D. e o spin off da Agent Carter também seria uma boa. O mais importante é a cena pós-créditos do segundo filme do Capitão, pois ela meio que apresenta a trama deste.

A HISTÓRIA
Joss Whedon dessa vez teve que se preocupar em trabalhar a dinâmica entre novos e velhos personagens, pois agora temos todos os Vingadores já conhecidos mais Máquina de Combate, Falcão, Feiticeira Escarlate, Mercúrio e Visão. No entanto, isso atrapalhou um pouco o enredo em si. Em vários momentos, o filme foca em um deles enquanto tem um monte de coisa acontecendo e acaba deixando uma sensação de que o filme voltou alguns minutos para contar outro lado da história. Ao invés do Tesseract, o objetivo agora é o Cetro de Loki, sumido desde o primeiro filme (nas mãos de Strucker, como visto em Capitão América 2) e que descobrimos ser muito mais (quem prestou atenção no filme galáctico já sabia). Na tentativa de salvar a todos, Tony Stark e Bruce Banner acabam criando a inteligência artificial Ultron, que perverte os ideias heroicos em busca da extinção da humanidade. Pelo menos, dessa vez, quase ouvimos o Avante Vingadores no fim!

CAPITÃO AMÉRICA
Seu segundo filme foi tão interessante, que ele deixou de ser a ponta fraca. Começou a assumir a posição de liderança que lhe cabe e talvez tenha as melhores cenas de combate, principalmente, quando faz dupla com Thor. Achei muito bom dar destaque para o dispositivo magnético que atrai o escudo para seu braço, porque não há explicação nos quadrinhos para isso. No fim, parece que ele irá assumir não só a liderança definitiva do grupo como terá um papel de destaque na nova S.H.I.E.L.D. (se é que isso ainda existe).

VIÚVA NEGRA
Talvez seja o personagem que mais se perdeu num excesso de vulnerabilidade. Mesmo com algumas cenas de ação, parece que jogaram o papel feminino para a convencional parte das emoções. Muito amorzinho com Bruce Banner, algo jamais retratado nas HQs. Ela ainda parece se preocupar com o gigantismo dos poderes de seus aliados, mas isso fica melhor retratado no Gavião.

GAVIÃO ARQUEIRO
Pois é... o Gavião ganhou mais presença nesse filme porque ele não deve continuar daqui pra frente. Só que não acho que a atenção dada tenha sido a correta. O discurso de ser um homem de arco e flecha no meio de deuses é muito bom, mas virar um homem de família que precisa ter um momento paternalista com os novos heróis ficou forçado. A relação com a Viúva virou parceria antiga de combate, quando deveria ser quente. Sua ex-esposa Harpia está na série de TV, mas parece não ter qualquer ligação com esse Gavião. E quem é Laura Barton com quem tem três filhos?

HULK
As ótimas cenas do Hulk no primeiro filme fizeram com que todo mundo pedisse um novo filme solo do herói (que não deve acontecer por problemas de direitos autorais), mas dessa vez tivemos mais nuances para Banner do que para o monstro verde. Vemos não só o lado inteligente do cientista como suas dificuldades emocionais. Quando o Hulk se enfurece e destrói tudo pela frente, vemos o lado que aterroriza Banner. Aliás, essa parte do filme é talvez a mais interessante porque a armadura Hulkbuster e Veronica dão um show a parte.

THOR
Thor é o Thor. Ele é um deus. Como já disse, suas cenas de ação com o Capitão são as melhores. Mas não se tem muito a acrescentar aqui. A brincadeira com o martelo é bem divertida, mas seu sonho com Heimdall e o Valhalla o leva para um caminho sem nexo. O fato dele conhecer as Jóias do Infinito até faz sentido, porque ele entende dessas coisas dimensionais/galácticas, mas precisar de um banho hipnótico e saber tudo sobre a criação do Visão ficou bem esquisito

HOMEM DE FERRO
Tony ainda é o protagonista, mas agora seu Homem de Ferro é secundário. Ele vem progredindo para paranoia total: da mudança de vida no primeiro filme solo, passando pelo estágio de milionário que quer privatizar a segurança mundial no segundo, até o medo de alienígenas que o fez criar várias armaduras (vistas em seu terceiro filme) e pensar agora em Ultron. Seu intelecto cria Jarvis e - consequentemente - o Visão. Só ele foi capaz de solucionar a cidade/meteoro voadora que Ultron usou como arma. Mas suas boas intenções foram responsáveis pelo mal e serão as prováveis razões do terceiro filme do Capitão América (Guerra Civil), pois eles precisam tirar as diferenças que existem desde o primeiro filme e se ampliaram nesse.

VISÃO
Foi preciso mudar a origem dos quadrinhos para o cinema, mas fez todo o sentido... aliás, a explicação da gema na testa ficou até melhor. Sua ligação com Ultron é realmente forte, porém seus poderes são mal explicados. Que raio é aquele da gema se ela é a Joia da Mente? Como ele faz aparecer do nada uma capa nas suas costas e ainda muda de cor? Como ele muda a densidade de seu corpo? Nos quadrinhos também não se explica, mas no filme precisava. Sorte que a personificação do herói ficou excelente, azar que apareceu pouco. Paul Bettany sempre foi a voz de Jarvis e agora é um novo e poderoso vingador.

FEITICEIRA ESCARLATE E MERCÚRIO
Aprimorados? Ok... eles não podem ser mutantes por questões de direitos, mas será que eles não poderiam ser Inumanos, agora que eles o são nos quadrinhos e a série de TV já fala nesses personagens? Isso acabou alterando o aparecimento deles no Universo Marvel e criando um elo de ligação superficial com Stark. Bom... tirando isso vamos falar de cada um. Primeiro, Mercúrio. Esse personagem é um grande imbróglio cinematográfico, pois ele faz parte tanto do nicho mutante quanto do nicho Vingadores. Por essa razão, Mercúrio esteve no último filme dos X-Men e está nesse... e provavelmente, também por essa razão, que ele não vai longe aqui. Aliás... Aaron Taylor-Johnson é subutilizado. Seus poderes são muito interessantes pra telona (vide sua única cena no filme dos X-Men) e poderiam oferecer muito mais. Então, fica claro que a confusão autoral determinou sua presença (e fim).

Já a Feiticeira Escarlate precisou ter seus poderes reduzidos para não ser a superpoderosa dos quadrinhos. O que foi bom... só que agora ela se aproxima (e muito!) da Jean Grey, com poderes telepáticos e telecinéticos. Até a cor dos poderes se assemelha! Achei boa a atuação de Elizabeth Olsen. Sabemos que ela terá futuro na franquia e espero que haja um desenvolvimento da sua relação com o Visão, pois já vimos um pequenino vislumbre aqui.

S.H.I.E.L.D E A HIDRA
Ainda não sabemos se a organização existe. A série de TV pretende resolver essa questão, mas não resolve. Coulson não aparece, mas Maria Hill trabalha para Tony e Fury volta com força total... com direito a porta-aviões e tudo! No fim, além da Torre dos Vingadores, vemos um novo QG, onde parece que a organização irá se reestabelecer com os novos Vingadores em treinamento. Já a Hidra parece fadada ao passado. Até mesmo a série de TV que repercutiu o segundo filme do Capitão, já mudou o foco. A morte simplória do Barão Strucker é a prova disso.

MÁQUINA DE COMBATE, FALCÃO, HEIMDALL, AGENTE CARTER E DR. SELVIG
São algumas participações que temos. Don Chadle faz do Máquina de Combate o antigo e divertido Homem de Ferro. O Falcão de Anthoy Mackie poderia ter feito parte do combate final, porém, no fim, vemos que elevou seu status na franquia. Heimdall (Idris Elba) e Peggy Carter (Hayley Atwell) são somente sonhos/pesadelos, mas mostram a força dos contratos e dos filmes. Só o Dr. Selvig (Stellan Skargaard) poderia ter ficado de fora, pois entrou numa trama que foi editada e perdeu intensidade.

ULTRON
E finalmente chegamos no único vilão do filme. Tudo em Ultron se aproxima muito com os quadrinhos, desde o design às motivações. Só a origem precisou ser alterada, assim como o Visão. Nos quadrinhos, ambos foram criados por Hank Pym (que será visto de outro jeito no filme do Homem-Formiga, fase 3 da Marvel) e agora Tony Stark é o pai (e Banner a mãe... rsrsrs). Mas isso não altera o quanto o vilão é terrível. Sua capacidade de espalhar seu controle/mente para outros construtos robóticos deixou seu ataque igualzinho ao filme Eu, Robô (I, Robot, 2004), com Will Smith. A ideia da cidade/meteoro é até boa, mas achei grandiosa demais... talvez códigos nucleares fosse cliché, mas alguém capaz de intervenções digitais poderia fazer muito mais.

Agora preciso destacar James Spader, o responsável pela voz e algumas expressões da inteligência artificial do mal. Como sou fã da série The Blacklist, sou absolutamente encantado pela atuação de Spader. Com isso, é fácil enxergar seus trejeitos de atuação e seu tom de voz intimidador. E isso é bom. Ultron se torna um robô com vida, com alma.


WAKANDA
Resolvi fazer essa parte sobre Wakanda por conta de sua importância nos quadrinhos. Além de ser o país africano responsável pelo vibranium (metal do escudo do Capitão América que Ultron consegue roubar), Wakanda é o local de origem do Pantera Negra, herói que terá sua adaptação cinematográfica em breve. Este filme também apresenta Ulisses Klaw, interpretado por Andy "Gollum" Serkis, o contrabandista de vibranium que se tornará o Garra Sônica, um dos arquiinimigos do Pantera Negra. O braço cortado por Ultron já dá o caminho e a presença de Serkis pode significar um vilão feito de puro som.


Acho que é isso. É inferior ao primeiro pela falta de surpresas, porém superior em grandiosidade (afinal tivemos uma cidade africana e uma do Leste Europeu totalmente destruídas). Talvez seja uma questão de profundidade, pois esse, mesmo recheado de ação, é bem mais denso e dramático (nem tanto...). Porém, pode ser também uma Síndrome de Filme do Meio, aquele que tem uma trama fechada mas tem mais valia como ligação entre o início e o fim de uma saga.

É um bom filme por nos dar o que já esperávamos. A cena pós-créditos nos dá a direção a seguir e mantém as expectativas altas.