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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Sprinklers... hã?

Preferi não tecer comentários aqui no blog sobre a tragédia de Santa Maria, porque o mundo todo só fala nisso: das 24 horas antes de cada vítima até os estabelecimentos fechados porque só agora resolveram fiscalizar. Já começou à caça às bruxas, sejam os donos da boate, a banda, a prefeitura que liberou o alvará ou até mesmo os bombeiros que não fiscalizaram antes da maneira correta. Mas foi o conjunto de todos esses fatores que resultaram na tragédia.

No entanto, algo me surgiu à cabeça. Falou se tanto em casa lotada, espuma acústica inflamável, extintores que não funcionaram... mas e os sprinklers? Fiquei achando até que ia ter uma daquelas chamadas do Globo Repórter com a voz de Chapelen:
Sprinklers: o que é? Como funciona? Tem no seu prédio? Tem na sua academia? Tem na boate? De onde vem a água? Bombeiros explicam tudo o que você queria saber sobre sprinklers nesta sexta, no Globo Repórter...
Confesso que comecei a procurá-los em restaurantes e academias e nada... Comece a procurá-los e você ficará tenso. Mas você sabia que existe o Instituto Sprinkler do Brasil, uma organização sem fins lucrativos dedicada à divulgação de informações relativas ao combate a incêndios por meio da utilização de chuveiros automáticos?


Então (pra quem não sabe), o ISB diz que o sprinkler
é um chuveiro automático capaz de controlar ou suprimir um incêndio antes que ele se espalhe, por meio da distribuição de um jato de água que atua sobre o foco inicial do fogo. É ativado por meio de um elemento termo-sensível que, quando atinge a temperatura de operação (de 68˚C a 74˚C, dependendo do sistema), rompe-se, permitindo que o sprinkler se abra. Nesse momento, sob pressão, a água é descarregada pelo orifício do sprinkler, espalhando-se em formato de guarda-chuva sobre o fogo.

Um sistema de sprinkler faz soar um alarme sempre que a água é descarregada por um ou mais sprinklers. O alarme local – a campainha fora do edifício – soa, alertando a todos na área da liberação de água. Ao mesmo tempo, um alarme também poderá soar em uma central remota de monitoramento ou supervisão. Ao ouvirem o alarme ou descobrirem o fogo, as pessoas presentes no edifício devem telefonar para a brigada local de combate a incêndio. Mas terão a segurança de que o sistema de sprinkler já estará acionado para o controle e até a supressão do fogo, minimizando as perdas e facilitando o trabalho dos bombeiros.

O sistema de sprinklers inicia o combate ao incêndio sem a necessidade da ação humana. Outros meios, como extintores e mangueiras, obviamente pressupõem a ação de pessoas. Como o fogo provoca altas temperaturas em pouquíssimo tempo, gerando densa fumaça e acabando com o oxigênio, a ação humana no controle do incêndio é prejudicada. Em um edifício sem sprinklers, o fogo facilmente fica descontrolado e quando os bombeiros chegam, têm dificuldade de combatê-lo – muitas vezes não evitando perdas irreparáveis.
Acho que fica bem claro o recado que eu quero passar aqui. No filme Constantine (2005), os sprinklers são utilizados com água benta para destruir demônios... ou seja... brincadeiras ficcionais a parte, vale a pena gastar um pouco mais com a segurança, não?